“vamos resistir”, diz Lula a Sílvio Costa

O ex-presidente Lula (PT) declarou ao deputado e vice-líder da oposição na Câmara Federal, Sílvio Costa(PTdoB), que considera importante a construção de uma frente de partidos, iniciada em Pernambuco, que visa a enfrentar as reformas do governo Michel Temer (PMDB) que atingem profundamente a segurança e organização dos trabalhadores.

O pré-candidato ao Senado e vice-líder da oposição na Câmara Federal, Sílvio Costa (PTdoB) participou do seminário, como convidado, na última semana, em São Paulo, realizado pela Executiva Nacional do PT, quando – na ocasião – conversou longamente com o ex-presidente Lula sobre os cenários políticos nacional e de Pernambuco.

Sílvio Costa comunicou ao ex-presidente que está participando de um diálogo permanente com o PT, PDT e PCdoB buscando construir uma frente política com o objetivo de defender os direitos dos trabalhadores no Congresso Nacional. Um primeiro exemplo dessa unidade já se configurou no processo de votação da Terceirização, na Câmara dos Deputados, quando Sílvio Costa, Wolney Queiroz (PDT) e Luciana Santos (PCdoB) votaram contra o projeto que acabou sendo aprovado.

“O ex-presidente Lula gostou da articulação e ressaltou que seria muito importante reproduzir essa frente nos 26 Estados da federação e no Distrito Federal para fortalecer a defesa dos trabalhadores contra as propostas do governo que querem tirar direitos adquiridos historicamente pelo povo brasileiro”, revelou Sílvio Costa.

O vice-líder da oposição na Câmara saiu convencido que o ex-presidente Lula será, mais uma vez, candidato a presidente da República. “Por mais que setores do Judiciário queiram torná-lo inelegível, não vão conseguir”, destacou Sílvio a sua convicção. O deputado Sílvio Costa aproveitou o encontro para comunicar ao ex-presidente Lula que, no próximo dia 3 de maio, vai estar em Curitiba, no Paraná, para acompanhar o depoimento que ele dará ao juiz Sérgio Moro.

Colégio Diocesano de Caruaru recebe evento mundial de tecnologia

O Arduino Day é uma ação mundial realizada há 13 anos. Durante 24 horas de eventos realizados ao redor do mundo, de forma oficial ou independente, pessoas interessadas na plataforma Arduino podem se encontrar para compartilhar suas experiências. O Colégio Diocesano de Caruaru receberá, no próximo sábado (1º), um desses encontros, no horário das 8h às 17h. No Brasil haverá 58 eventos para celebrar a data.

Esta é a terceira vez que o Arduino Day é realizado em Caruaru e sediado pelo Colégio Diocesano. Organizado pelos professores de robótica do Diocesano Adeilsa Ferreira e Diógenes Souza, o evento, a cada ano, movimenta professores, pesquisadores e alunos não só de Pernambuco, mas de outros Estados, que vêm apresentar as múltiplas possibilidades de utilização do Arduino.

O evento é gratuito e vai contar com ciclo de palestras, oficinas e exposição de projetos que utilizam o Arduino. A palestra de abertura será com o professor Rony Macolino de Andrade e terá como tema “Arduino: primeiros passos”. Rony é mestre em ciência da computação pela Universidade Federal de Campina Grande e professor do Senai Paraíba. Ele vai apresentar o caminho inicial para conhecer o Arduino, considerado uma das maiores soluções de hardware aberto destinado à prototipação e ao ensino de tecnologia.

O Arduino Day Caruaru também receberá o professor Daniel Basconcello, de São Paulo-SP, que vai falar sobre o tema “Construa você mesmo seu Arduino de 10 reais”. Artista plástico, engenheiro e professor de robótica livre, Basconcello é conhecido no país por ser um ativista da cultura livre e usar tecnologias sociais como ferramenta de transformação.

Já a mesa redonda “Tecnologia e educação: como elas se conectam?” será comandada pelos professores Marcos Egito e Martha Santos, que vão falar sobre o uso de tecnologia (robótica e Arduino) como ferramenta de mediação de aprendizagem e aquisição de conhecimento. Marcos Egito é colaborador Robolivre, educador de robótica/software livre e vendedor do Prêmio Aprender e Ensinar Tecnologias Sociais, promovido pelo FBB e Revista Fórum. A professora Martha Santos é educadora de robótica pedagógica livre, colaboradora do Projeto jabutiedu.org e educanda da 1ª turma do Centro Marista Circuito Jovem do Recife.

Uma das novidades da programação é a oficina “Criando meu próprio jogo Flappy Bird”, exclusiva para crianças de 8 a 12 anos, que será ministrada pelas professoras do Diocesano Adeilsa Ferreira e Flavia Soares. Adeilsa é mestranda em Educação Matemática e Tecnologia pela UFPE, professora de robótica educacional da educação infantil ao ensino fundamental e idealizadora do projeto Ensino de Programação e Robótica desde a Educação Infantil. Flavia Soares é musicista, graduanda em pedagogia e professora de robótica educacional da Educação Infantil ao Ensino Fundamental I. Busca, por meio do ensino da tecnologia e seus atributos, a desconstrução da informação pronta, e acessível ao público infantil.

PSDB tenta burlar TSE e quer dar golpe em eleição direta, diz Humberto

O pedido do PSDB no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que apenas a ex-presidenta Dilma Rousseff seja considerada culpada na ação que os próprios tucanos movem para cassar a chapa Dilma-Temer é, na avaliação do líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), uma tentativa de burlar as regras da Corte e dar um golpe para evitar a realização de eleições presidenciais diretas.

O parlamentar afirmou, nesta terça-feira (28), que a solicitação feita pelos tucanos para isentar Michel Temer (PMDB) de responsabilidade, nas alegações finais apresentadas ao TSE, justamente no momento em que o julgamento do caso se aproxima, é o “escárnio dos escárnios”.

Ele acredita que o governo e os partidos da base têm receio de que uma cassação da chapa vitoriosa de 2014 provoque novas eleições diretas, logo num momento em que Lula vence em todos os cenários para a Presidência, de acordo com as últimas pesquisas de opinião.

“A ordem é buscar urgentemente uma solução para manter o débil Michel Temer no poder para que, trôpego no cargo, ele possa chegar cambaleando até o fim de 2018, refém dos aliados que o querem suceder. Isso é o metagolpe, o golpe dentro do golpe”, disse.

Segundo ele, o PSDB – “que mama avidamente nas largas tetas dessa administração nefasta, que se locupleta das benesses desse governo por meio de extorsão política com olhos em 2018 – desce abaixo da linha da vergonha tentando remendar seu próprio pedido inicial para livrar Temer de uma eventual condenação naquele tribunal. Mas eles perceberam que deram um tiro no pé”, ressaltou.

Para Humberto, há uma mobilização na República, liderada por Temer e seus aliados no Legislativo, Judiciário, Ministério Público e em setores econômicos e na mídia, que se baseia apenas nas conveniências que norteiam os interesses políticos.

Diante de um possível acordão que se trama, o líder da Oposição cobrou atenção da sociedade para o TSE nas próximas semanas. Ele reiterou que a defesa da presidenta Dilma já mostrou que não houve o cometimento de qualquer ilicitude na disputa de 2014.
Segundo ele, que foi o coordenador da campanha presidencial do Nordeste naquele ano, o PT fez uma campanha limpa e auditada por todas as instâncias competentes.

“Portanto, se o TSE entender de forma diversa, que o peso da sua decisão seja para a chapa, que é integrada pelo vice e dela não pode, sob qualquer hipótese, se dissociar. Salvo por um acordão político inaceitável, salvo por um novo golpe que venha para impedir a realização de eleições diretas”, observou.

Armando marca para setembro votação na CAE de projetos pela produtividade

As propostas do Senado para aumentar a produtividade da economia e criar um ambiente favorável aos negócios, com empréstimos mais baratos, menos burocracia e maior segurança jurídica, serão votadas na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) em setembro.

A previsão está no plano de atividades do Grupo de Trabalho de Reformas Microeconômicas, criado no âmbito da CAE sob a coordenação do senador Armando Monteiro (PTB), aprovado nesta terça-feira (28), na Comissão.

O cronograma apresentado por Armando prevê a realização, até maio, de três audiências públicas, destinadas a debater medidas que ampliem a produtividade. A primeira analisa a evolução da produtividade, a outra discute os altos spreads bancários (diferença entre a taxa de captação dos bancos e a taxa final do financiamento) e a terceira examina as sugestões do empresariado. Entre abril e julho o GT examina os projetos em tramitação na Casa e a elaboração de novas propostas, conclui o relatório em agosto e no mês seguinte coloca as sugestões em votação na CAE.

Integrarão o GT de Reformas Microeconômicas, que irá elaborar e fazer tramitar mais rapidamente na CAE projetos já existentes nas áreas tributária, trabalhista, de comércio exterior, crédito, inovação e investimentos em infraestrutura, os senadores José Serra (PSDB-SP), Cristovam Buarque (PPS-DF), Dalírio Berber (PSDB-SC), Kátia Abreu (PMDB-TO) e Ataides Oliveira (PSDB-TO).

“A atividade econômica no Brasil enfrenta uma série de ineficiências e custos sistêmicos, como o excesso de burocracia, complexidade ou deficiências regulatórias e insegurança jurídica. Esses fatores tornam o ambiente de operação das empresas mais hostil e oneroso, o que inibe os investimentos, dificulta o empreendedorismo e a geração de empregos no país”, justifica Armando Monteiro no plano de atividades do GT.

Segundo ele, o aumento da produtividade da economia brasileira, que foi da ordem de 4,5% anuais entre 1965 e 1980, despencou para 0,68% ao ano no período de 1990 a 2010. “Há um espaço enorme para que obtenhamos ganhos de produtividade por meio de reformas microeconômicas”, enfatizou o senador pernambucano.

Policiais, professores, juízes também tentam fugir da reforma da Previdência

A exclusão dos servidores públicos estaduais e municipais da reforma da Previdência, anunciada pelo presidente Michel Temer, estimulou outras categorias a reforçar o lobby para escapar das mudanças nas regras da aposentadoria. A pressão de policiais federais, juízes, procuradores, professores e servidores públicos federais ameaça desfigurar ainda mais o texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, revela reportagem de O Estado de São Paulo.

A retirada dos servidores estaduais e municipais da reforma provocou a quebra da isonomia constitucional, argumentam os servidores federais. Um professor de universidade federal, por exemplo, só poderá se aposentar aos 65 anos na nova regra geral. Mas um docente de uma universidade estadual poderá ter uma regra mais branda, a depender da reforma que aquele Estado fizer.

Para o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Luís Boudens, o governo terá de descobrir um malabarismo jurídico para fazer com que as regras para policiais civis estaduais e guardas municipais sejam diferentes do regime dos policiais federais, rodoviários e agentes penitenciários. “Essas forças de segurança pública estão regidas pelo mesmo artigo na Constituição, e devem seguir o mesmo ordenamento. É impossível separar as categorias sem alterar de maneira contundente o texto constitucional. Haverá novas manifestações e já há um grupo grande falando em greve”, alertou Boudens.

Trabalhadores rurais e profissionais de atividades com riscos de insalubridade, como mineradores, por exemplo, batalham para manter as regras atuais de aposentadoria, que exigem idade menor do que a proposta da reforma e menos tempo de contribuição.

No governo, porém, a ordem é manter a exigência à base aliada no Congresso para que a reforma dê o mesmo tratamento a todos os trabalhadores da iniciativa privada e servidores federais, incluindo políticos. “Nosso objetivo é uniformizar as regras. Se houver pressão, teremos de falar não”, disse o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida.

Para ele, os governos regionais não poderão aprovar regras mais brandas porque precisam ajustar suas contas e o governo federal não poderá bancar mais rombos dos entes federativos. “E o prazo é curto, porque os Estados voltarão a pagar o serviço cheio de suas dívidas com a União na metade de 2018”, lembrou, fazendo referência ao acordo que deu aos Estados um prazo para o pagamento de parcelas menores de seus débitos com o governo federal.

Julgamento de ação contra a chapa de Dilma-Temer pode começar na próxima semana

O ministro Herman Benjamin, relator da ação contra a chapa Dilma/Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou, por meio da assessoria da Corte, que disponibilizará o caso para julgamento assim que o Ministério Público Eleitoral (MPE) apresentar suas alegações finais sobre o processo, o que está previsto para acontecer ainda esta semana. O ministro trabalha na finalização do seu voto.

Em contato com o presidente do TSE, Gilmar Mendes, Herman Benjamin informou sobre os avanços no processo e a disponibilização de seu voto já nos próximos dias. Ao colega, Gilmar garantiu que pautará a ação e convocará sessões extraordinárias para o julgamento assim que o relator liberar o processo.

O MP entregou uma petição informando que se manifestará em até 48h após a entrega oficial do relatório final, conforme previsto na Lei da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE). De acordo com a assessoria do TSE, o relatório foi entregue oficialmente nesta segunda-feira (27). Com isso, o prazo para que o MP entregue as alegações finais será nesta quarta-feira (29). O que aumentam as chances para que o julgamento do caso comece já na próxima semana.

Na última sexta-feira (24), o presidente Michel Temer, a ex-presidente Dilma Rousseff e o PSDB, autor da ação, entregaram suas alegações finais. O ministro Herman Benjamin também disponibilizará hoje (segunda-feira, 27) o relatório final da ação aos outros seis ministros titulares da Corte. O relatório final é sigiloso.

Entenda

Aprovada com ressalvas em 2014, as contas de campanha da então presidente Dilma Rousseff e seu então companheiro de chapa, Michel Temer, foram questionadas pelo PSDB. Capitaneada pelo presidente nacional do partido, Aécio Neves (MG) – que perdeu a disputa presidencial para Dilma por mais de três milhões de votos –, a ação aponta irregularidades na prestação de contas apresentada pela coligação.

Conforme entendimento atual do TSE, a prestação contábil da chapa é julgada em conjunto. Assim, uma eventual sentença pela cassação significa a queda também de Temer e, como reza a Constituição, a realização de eleição indireta, pelo Congresso, a partir do terceiro ano de mandato da chapa vencedora.

Prevista para ir a julgamento pelo TSE ainda no início deste ano, conforme previsão do próprio relator, o caso deve ter uma reviravolta após as delações da Odebrecht. Relatórios da Polícia Federal e do Ministério Público, divulgados na última semana, já apontavam fortes traços de fraude e desvios de recursos em contratos firmados pela chapa.

Fachin anuciará decisão sobre “lista de Janot” no próximo mês

O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Superior Tribunal Federal (STF), afirmou, por meio de sua assessoria, que decidirá sobre pedidos da Procuradoria-Geral da República (PGR) no próximo mês, em abril.

No dia 14 de março, o procurador-geral, Rodrigo Janot, enviou 83 pedidos de abertura de inquéritos contra políticos citados em delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht. Estima-se que mais de cem políticos ou autoridades com foro privilegiado estão entre os pedidos da PGR. Os nomes ainda estão sob sigilo e a situação tem causado apreensão os políticos no Congresso.

Fachin informou ainda que as decisões serão anunciadas em conjunto. A previsão inicial era de que o ministro começaria divulgações dos pedidos já nesta semana. Além dos pedidos de abertura de investigação contra políticos, Janot solicitou 211 declínios de competência para outras instâncias da Justiça, nos casos que envolvem pessoas sem prerrogativa de foro, além de 7 arquivamentos e 19 outras providências.

Entre as decisões, também há a expectativa para que o ministro acate o pedido do procurador-geral, Rodrigo Janot, para que torne público todo material. Todos os pedidos foram realizados a partir dos acordos de colaboração premiada firmados com 77 executivos e ex-executivos das empresas Odebrecht e Braskem, no âmbito da Operação Lava Jato.

Na ocasião do envio dos pedidos da PGR, o material chegou ao tribunal em dez caixas, que ficaram guardadas em uma sala cofre no 3º andar do prédio principal da Corte. O material, que é mantido em sigilo, já foi digitalizado e protocolado no sistema do STF. Somente na última terça-feira (21) o ministro recebeu em seu gabinete todos os documentos. De lá para cá, tem analisado cada caso.

Estados e municípios terão que se adequar à reforma da Previdência em seis meses

Se Estados e municípios não promoverem mudanças nas regras para concessão de aposentadorias a seus servidores no prazo de seis após a promulgação da reforma da Previdência, serão obrigados a se adequar à emenda constitucional aprovada pelo Congresso Nacional. Esse prazo será incluído no texto da reforma como emenda que será apresentada pelo governo federal.

O relator da comissão especial que analisa a reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), afirmou que a negociação respeita o pacto federativo. “Os governos estaduais e municipais terão de regulamentar a previdência dos servidores no prazo de seis meses. Caso contrário, terão de seguir as regras federais”, afirmou.

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, afirmou que a proposta partiu dos deputados federais, para “oferecer mais responsabilidade fiscal e para que os próprios governadores possam ter condições de argumentação junto às Assembleias Legislativas”.

O presidente Temer havia anunciado na semana, após reunião com parlamentares no Planalto, a exclusão dos servidores estaduais e municipais da reforma que tramita no Congresso. Os parlamentares argumentaram nos bastidores que teriam dificuldade em aprovar medidas amargas para os servidores estaduais. A tarefa caberá aos deputados estaduais. A decisão provocou críticas porque eliminaria a isonomia entre integrantes de uma mesma categoria nos estados e no serviço público federal.

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, argumenta que a solução é viável juridicamente. “Fica para os Estados e municípios a decisão de adotar ou não um regime diferente daquele da União”.

ProUni abriu inscrições para bolsas não preenchidas

O Programa Universidade para Todos (ProUni) abriu, na noite desta segunda-feira (27), as inscrições para as bolsas que não foram preenchidas no processo de seleção regular. O cadastro vai até 5 abril para os candidatos que não estão matriculados na instituição de ensino e até 5 de maio para os estudantes já inscritos na instituição em que desejam obter a bolsa.

Podem concorrer professores da rede pública e estudantes que fizeram alguma edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010. O candidato não pode ter nota 0 na redação e precisa de, no mínimo, 450 pontos na média no Enem. As inscrições serão pelo site do ProUni.

As bolsas integrais são para os candidatos com renda familiar bruta por pessoa de até 1,5 salário mínimo por mês e as parciais, para os participantes com renda familiar bruta por pessoa de até três salários mínimos. Os professores estão dispensados do critério de renda.

Além disso, o candidato deve ter cursado o ensino médio completo em escola da rede pública, ou em escola da rede particular, na condição de bolsista integral da própria escola, ou ser pessoa com deficiência.

A inscrição é gratuita e efetuada exclusivamente pela internet, acessando a página do Prouni no endereço eletrônico http://siteprouni.mec.gov.br. Antes de iniciar a inscrição, o candidato deve se cadastrar no sistema de bolsas remanescentes.

O ProUni oferece a estudantes brasileiros de baixa renda bolsas de estudos integrais e parciais (50% da mensalidade) em instituições privadas de ensino superior. Na primeira edição deste ano, o ProUni ofertou 214.242 bolsas de estudo. As bolsas que não foram preenchidas em nenhuma das chamadas regulares serão ofertadas nesta etapa.

Para líder, governo já tem votos para aprovar reforma da Previdência

O líder do governo na Câmara, deputado André Moura (PSC-SE), afirmou que já tem votos suficientes para aprovar a reforma da Previdência na Casa. Moura fez a afirmação após reunião no Palácio do Planalto com os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Secretaria de Governo da Presidência da República, Antônio Imbassahy e do Planejamento, Dyogo Oliveira. Também participaram do encontro o relator do projeto, deputado Arthur Maia (PPS-BA), e o presidente da comissão criada para debater o tema, Carlos Marun (PMDB-MS).

“Na nossa avaliação, nós já temos os votos suficientes para poder aprovar. Lógico que vamos trabalhar para avançar ainda mais, nós temos uma base de cerca de 400 deputados. Nós precisamos aprovar a reforma da Previdência, que é fundamental para o futuro do país”, disse. Segundo Moura, a decisão do governo de retirar servidores estaduais e municipais da reforma que tramita no Congresso Nacional contribuiu para arregimentar os votos que faltavam entre os deputados da base governista.

O presidente Michel Temer anunciou a alteração no projeto na semana passada.  A mudança, explicou Moura, “distensionou” a base aliada na Câmara. O líder disse ainda que o governo tem tempo para conseguir ainda mais votos. Arthur Maia deve apresentar o relatório final na semana que vem, de acordo com Moura.

Durante a reunião, os ministros e a base aliada falaram sobre a ideia do governo de dar um prazo de seis meses para que os governos estaduais e municipais aprovem uma reforma previdenciária para seus servidores. Perguntado várias vezes sobre a proposta do governo, o parlamentar desconversou e disse apenas que a questão foi “ventilada”, mas não discutida.

“Não estou descartando isso. Estou afirmando que foi ventilado, mas não foi discutido esse ponto e, portanto, prevalece o anúncio da semana passada. Não estamos dizendo que não podemos avançar nessa questão, mas no momento, isso sequer foi discutido”.