Humberto critica redução gradativa de mulheres no Governo Temer

Com base em dados do Ministério do Planejamento divulgados nesta sexta-feira (3) pela imprensa, o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), criticou o fato de o presidente Michel Temer vir reduzindo, de forma gradativa, o número de mulheres nos cargos comissionados do governo.

“Às vésperas do Dia Internacional da Mulher, vemos um quadro desolador, fruto do descaso de um governo não eleito e que, desde o seu início, dá sinais claros de sexismo. Em se tratando desse governo ilegítimo, não se trata de novidade alguma. Pelo contrário. Mas não deixa de ser muito preocupante”, afirmou o senador.

Em números absolutos, de acordo com o levantamento, foram cortados 1.104 cargos que eram exercidos por mulheres. Em termos globais, o governo reduziu em torno de um ponto percentual a participação de mulheres nos cargos DAS, entre os meses de maio e novembro no ano passado.

Na matéria publicada pelo UOL, a socióloga e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre as Mulheres da UnB (Universidade de Brasília), Lourdes Maria Bandeira, considera que o governo atua dentro de uma visão “sexista” e “desqualifica” as mulheres. “Esse quadro mostra que este governo reduz a presença feminina nos espaços de poder por entender que elas são menos importantes que os homens”, diz a socióloga.

Para Humberto Costa, a preocupação com a mulher não está no escopo do governo Temer. “Basta ver a composição do ministério e a ocupação dos principais cargos da República. Trata-se de um governo que nasceu de um golpe parlamentar e nasceu machista, fechando os espaços às mulheres”, salientou Humberto. Ele lembra que, em sua posse, Temer apresentou um ministério formado exclusivamente por homens, algo que não acontecia desde o governo do general Ernesto Geisel (1974-1979), em plena ditadura militar.

Ministério da Saúde amplia vacinação em todas as faixas etárias

Os postos de saúde de todo o país já estão com o novo calendário de vacinação para 2017. Neste ano, foi ampliado o público-alvo de seis vacinas: tríplice viral, tetra viral, dTpa adulto, HPV, Meningocócica C e hepatite A. A medida foi possível devido à economia de R$ 66,5 milhões, obtida pelo Ministério da Saúde, a partir da negociação e redução de até 11% no valor da dose de três vacinas: Hepatite A, HPV e dTpa. A eficiência de gestão garantiu a ampliação da cobertura vacinal e a aquisição de mais de 11,5 milhões de doses da vacina de febre amarela.

“O Ministério da Saúde investe anualmente R$ 3,9 bilhões na compra de 300 milhões de doses de vacinas para proteger contra 20 tipos de diferentes de doenças. Estamos conseguindo negociar com os fornecedores, inclusive os laboratórios públicos, vacinas por um menor. Só em três vacinas, economizamos R$ 66,5 milhões, e com isso, conseguimos ampliar a vacinação para diversos grupos, como por exemplo, a vacina HPV para meninos. Assim, vamos alcançar maior cobertura vacinal e mais segurança de saúde para a população”, afirmou o ministro da Saúde, Ricrado Barros..

HEPATITE A – A vacina hepatite A passa a ser disponibilizada para crianças até 5 anos de idade. Antes, a idade máxima era até 2 anos. Essa vacina é altamente eficaz, com taxas de soroconversão de 94% a 100%. Em países que adotaram o esquema de vacinação com uma dose, houve controle da incidência da doença, principalmente em creches e instituições semelhantes, proporcionando proteção de rebanho para a população geral. Além disso, estudos também têm demonstrado que, em cerca de 95% dos vacinados, há produção de anticorpos em níveis protetores, quatro semanas após a vacinação com uma dose.

TETRA VIRAL (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) – Em 2017, para as crianças, há ampliação da oferta da vacina tetra viral, passando a ser administrada de 15 meses até quatro anos de idade. Antes era administrada na faixa etária de 15 meses a menor de dois anos de idade. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda a vacinação das crianças com a tríplice viral (sarampo, Caxumba e rubéola) aos 12 meses de idade (primeira dose) e aos 15 meses com a tetra viral (segunda dose com a varicela). Vale reforçar que em países que adotaram esquema de uma dose contra varicela (semelhante ao do Brasil) houve queda acentuada do número total de casos da doença, de hospitalizações e de óbitos a ela relacionados.

HPV – Também será ofertada, a partir de 2017, a vacina HPV para meninos. Desde 2014, a vacina é oferecida para meninas de 9 a 13 anos. Agora, o público-alvo incluirá também meninas de 14 anos. Ainda para este ano, além dos meninos, a vacina também será oferecida para homens vivendo com HIV e aids entre 9 e 26 anos de idade, e para imunodeprimidos, como transplantados e pacientes oncológicos. Desde 2015, as mulheres (9 e 26 anos) que vivem com HIV/Aids recebem a vacina.

MENINGOCÓCICA C – O Ministério da Saúde também passou a disponibilizar a vacina meningocócica C (conjugada) para adolescentes de 12 a 13 anos. A faixa-etária será ampliada, gradativamente, até 2020, quando serão incluídos crianças e adolescentes com 9 anos até 13 anos.A meta é vacinar 80% do público-alvo, formado por 7,2 milhões de adolescentes. Além de proporcionar proteção aos adolescentes, a ampliação alcançará o efeito protetor da imunidade de rebanho; ou seja, a proteção indireta das pessoas não vacinadas. O esquema vacinal para esse público será de um reforço ou uma dose única, conforme a situação vacinal.

dTpa ADULTO – A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (acelular) tipo adulto passa a ser recomendada para as gestantes a partir da 20ª semana de gestação. As mulheres que perderam a oportunidade de serem vacinadas durante a gestação, devem receber uma dose de dTpa no puerpério, o mais precoce possível. Com essa medida, o Ministério da Saúde busca garantir que os bebês possam nascer protegidos contra a coqueluche, por conta dos anticorpos que são transferidos da mãe para o feto, evitando que eles contraiam a doença até que completem o esquema de vacinação com a vacina penta, o que só ocorre aos seis meses de idade.

Apesar da vacina dTpa poder ser aplicada no puerpério, é importante ressaltar que esta estratégia só deve ser realizada como última opção, pois ao se vacinar uma gestante após o parto, não haverá transferência de anticorpos para o feto, consequentemente, há diminuição da possibilidade de proteção das crianças contra a coqueluche nos primeiros meses de vida.

TRIPLICE VIRAL (sarampo, caxumba e rubéola) – Outra alteração se deu para a vacina tríplice viral, com a introdução da segunda dose para a população de 20 a 29 anos de idade. Anteriormente, a segunda dose era administrada até os 19 anos de idade. Com esta mudança, busca-se a correção da falha vacinal neste grupo e também considera a situação epidemiológica da caxumba nos últimos anos, cujos surtos têm acometido, principalmente, adolescentes e adultos jovens nesta faixa etária. A adoção do esquema de duas doses para esse grupo contribuirá na redução de casos da doença. Deste modo, duas doses contra sarampo, caxumba e rubéola passam a ser disponibilizadas para pessoas de 12 meses até 29 anos de idade. Para os adultos de 30 a 49 anos permanece a indicação de apenas uma dose de tríplice viral.

VACINAS – Atualmente são ofertadas gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) 19 vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), beneficiando todas as faixas etárias. Por ano, são disponibilizados pela rede pública de saúde de todo o país, cerca de 300 milhões de doses de imunobiológicos para combater mais de 20 doenças.

 

Artigo: Raio X da Política em Pernambuco

Hérlon Cavalcanti – jornalista

O processo político em Pernambuco para 2018 está em pleno vapor. Já começaram nos bastidores as conversas, as reuniões, as articulações, os movimentos e os famosos cafés nas casas dos principais candidatos que vão concorrer a cargos no legislativo e no Executivo em nosso estado.

De um lado está oposição capitalizada pelo Senador do (PTB) Armando Monteiro, que vem fazendo duras críticas ao modelo de gestão implantado pelo atual governador do Estado. Armando ataca duramente o programa: “Pacto pela Vida”, fala que existe um “ Déficit” de articulação política de Paulo Câmara e vem reunindo há muito tempo, fortes lideranças políticas em todo Estado.

Seus encontros são com prefeitos aliados e alguns insatisfeitos, lideranças políticas, presidentes de partidos, os ministros da Educação Mendonça Filho, (DEM) das Cidades, Bruno Araújo do (PSDB).O grande feito político para Armando Monteiro e que ganhou força positiva na semana passada, é a presença do ex-governador João Lyra Neto. Filiado ao (PSDB).

João é um homem articulado, tem boas relações em Brasília, tem experiência administrativa, é pai da atual prefeita de Caruaru, Raquel Lyra do (PSDB), tem forças para trazer novas lideranças para somar nesse palanque. Ele é cotado para concorrer a um cargo de deputado federal ou senador e vai usar a seu favor o discurso que foi durante oito anos vice-Governador ao lado de Eduardo Campos e com eles o estado avançou bastante.

Cobrasse muito nos bastidores, a presença e apoio do seu atual suplente o empresário Douglas Cintra, que desde os resultados das eleições municipais de 2016 em Caruaru, tem se mantido calado e ausente dos debates políticos.

Do outro lado está o palanque da situação, capitaneados pelo o atual Governador de Pernambuco, Paulo Câmara, o prefeito do Recife Geraldo Júlio, Renata Campos, o Senador FBC, ambos do (PSB).

O cenário atual do PSB em Pernambuco é renovar as forças dos aliados, ter calma, fortalecer o palanque, cumprir o que foi prometido na campanha passada a nível estadual, trazer novas lideranças, trabalhar com força máxima com os deputados no Congresso Nacional e na Alepe. É importante recuperar a confiança política com os milhares de eleitores, se aproximar de alguns políticos insatisfeitos da situação e da oposição, unir o partido e suas correntes e atacar a falta de empenho, emendas parlamentares e projetos que não foram apresentados nem conseguidos pelo senador Armando Monteiro para Pernambuco.

Já em Caruaru, o cenário político é de articulação, espera e paciência. O grupo ‘Gomes’ vem adotando um discurso de unificação e cautela perante a gestão municipal e estadual. Laura Gomes assumiu mandato de deputada estadual, é líder do vice-governo, vem fazendo visitas, se articulando bastante com os movimentos sociais, está montando seu escritório político aqui na cidade.Jorge Gomes foi nomeado Assessor Especial do governador e o vereador reeleito Marcelo Gomes, assumiu comissões importantes e apresenta sempre bons projetos na Câmara Municipal.

No (PMDB) temos o Deputado Estadual e líder do governo, Tony Gel e sua esposa Mirian Lacerda, assessora especial do governador. Eles vêm trabalhando e construindo seus alicerces políticos. Nos bastidores comentam-se que em 2018 vem aí uma dobradinha do casal para deputado estadual e Federal. Tony é muito forte nas urnas e no partido e conta com o apoio do Palácio do Campo das Princesas.

Mirian e carismática e muito prestativa. A falta de um escritório político na cidade é a principal crítica dos analistas e cientistas políticos de Caruaru ao grupo.

O grupo do (PDT) capitaneado pelo deputado federal, Wolney Queiroz e atual Presidente Estadual da legenda, vem se articulando para a renovação do seu mandato. Wolney que ao longo da sua vida pública já conseguiu muitos bons projetos, emendas e recursos para Caruaru.

Ele tem se colocando ao lado dos trabalhadores, votando e aprovando projetos, combatendo a corrupção e fazendo duras críticas ao governo Federal de Michel Temer. Ao lado dele está a presença do seu pai José Queiroz, ex-prefeito de Caruaru. Zé Queiroz trabalha fortemente nos bastidores, é um homem bem avaliado, tem excelentes serviços prestados e pode disputar o cargo de Deputado estadual, senador e até vice-governador dependendo para que lado o (PDT) apoiar.

No governo Municipal da prefeita Raquel Lyra, ainda é de total expectativa e credibilidade, tanto da parte da oposição, dos aliados e da população. A espera da reforma administrativa é a grande incógnita de todos, o grande teste político.

Raquel, tem feito um esforço enorme para organizar a casa, fazer uma gestão transparente e competente, garantir o apoio da base aliada, observar os cenários que envolve seu partido a nível municipal, estadual e nacional e encontrar equilíbrio financeiro e político para desenvolver as ações que a cidade tanto almeja.

Existem ainda outras lideranças e grupos políticos na cidade que trabalham no silencio e nas articulações para as eleições de 2018.
O primeiro tempo desse jogo já começou, agora é saber usar as regras, os jogadores e esperar o resultado. Daí esperar chegar o segundo tempo para de fato decidir os rumos políticos dessa partida.

Rejeitado HC de acusado por homicídio de médico em Recife

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou seguimento (julgou inviável) ao Habeas Corpus (HC) 140273, impetrado em favor do médico Cláudio Amaro Gomes, preso preventivamente sob a acusação de ser o mandante do assassinato do médico Artur Eugênio de Azevedo Pereira, em 2014, em Recife.

No HC, impetrado no Supremo contra decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que negou habeas corpus a Cláudio Gomes, a defesa sustentava a ausência de fundamentação da custódia cautelar. Alegava, ainda, que seu cliente está acometido por grave enfermidade, necessitando ser submetido a tratamento médico indisponível na prisão.

Decisão

O ministro explicou que a Primeira Turma do STF consolidou o entendimento no sentido da inadmissibilidade da impetração de habeas corpus em substituição ao recurso ordinário previsto na Constituição Federal. A hipótese, portanto, é de extinção do processo sem resolução do mérito por inadequação da via eleita.

Segundo o ministro Barroso, também não é caso de concessão da ordem de ofício, pois a decretação da prisão preventiva está fundamentada na necessidade de garantir a ordem pública, em face da elevada periculosidade do agente e da conveniência da instrução criminal, considerando-se ameaças efetuadas pelo acusado na própria unidade prisional onde se encontra recolhido.

De acordo com os autos, o crime teria sido premeditado pelo acusado e cometido mediante pagamento. A vítima foi morta com tiros na cabeça e nas costas, em ato típico de execução, e o homicídio teria sido motivado para encobrir denúncias contra Cláudio Gomes de condução ilícita de suas atividades médicas.
“Nessas condições, as decisões das instâncias precedentes se alinham à orientação do Supremo Tribunal Federal no sentido de que a periculosidade do agente, evidenciada pelo modus operandi, constitui fundamentação idônea para a prisão preventiva”, afirmou o relator.

Prisão domiciliar

O relator destacou que a jurisprudência do STF admite a concessão de prisão domiciliar humanitária no caso de portador de doença grave que necessite de tratamento médico que não possa ser oferecido no estabelecimento prisional ou em unidade hospitalar adequada. No entanto, no caso dos autos, afastou a possibilidade de concessão da prisão domiciliar humanitária ao médico, citando decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) na qual se consigna que “não existe evidência nos documentos acostados de que o paciente sofre de doença grave que o esteja deixando ‘extremamente debilitado’ nos termos exigidos pela legislação”.

Ainda conforme o ministro Barroso, o TJ-PE determinou a adoção de medidas para garantir a prestação de atendimento médico ao acusado, entre elas prisão especial, em cela diferenciada, o fornecimento de dieta compatível com a sua patologia, e condições higiênicas compatíveis com a patologia do réu na cela e nos ambientes de seu atendimento médico.

Odebrecht diz ao TSE que Aécio pediu R$ 15 milhões nas eleições de 2014

Em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente da Odebrecht afirmou que o senador tucano Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, pediu R$ 15 milhões na campanha eleitoral de 2014. Odebrecht disse ainda que, em um primeiro momento, teria negado o pedido sob o argumento de que o valor era muito alto. No entanto, Aécio sugeriu que o valor fosse fatiado em pagamentos a seus aliados. Marcelo Odebrecht, de acordo com informações divulgadas no jornal O Estado de S. Paulo, disse que, ao tucano, as doações foram oficiais.

O depoimento do ex-executivo foi realizado nessa quarta-feira (1) no âmbito da Ação de Investigação Judicial (Aije) que apura irregularidades na chapa Dilma/Temer. Os detalhes das declarações foram divulgadas em reportagem no jornal O Estado de S. Paulo divulgada na tarde desta quinta-feira (2).

De acordo com o ex-presidente da Odebrecht, Aécio sempre pediu dinheiro para campanhas e, em 2014, pelo menos três ocasiões foram lembradas pelo empreiteiro. Um doação teria sido feita antes da campanha, de valor não informado; uma durante a campanha, no valor de R$ 5 milhões; e o pedido de R$ 15 milhões feito no final do primeiro turno.

Apesar da menção dos R$ 15 milhões, “Odebrecht disse ter sido informado que o aporte financeiro acabou não se concretizando”, diz trecho da reportagem. No entanto, o repasse seria discutido posteriormente entre Sérgio Neves, superintendente da Odebrecht em Minas, e o empresário Oswaldo Borges, apontado como tesoureiro de Aécio. O valor mencionado por Marcelo Odebrecht bate com total recebido pelo partido em doações eleitorais da empreiteira na campanha de 2014.

Henrique Alves diz não saber como R$ 2,5 milhões pararam em sua conta na Suíça

O ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) afirmou em sua defesa à Justiça Federal de Brasília que desconhece um depósito de US$ 832.975,98 em uma conta na qual é beneficiário na Suíça. Pelo câmbio atual, a quantia equivale a R$ 2,5 milhões. O ex-presidente da Câmara confirma que é formalmente beneficiário da conta na Suíça, mas alega que não a movimenta por motivos burocráticos.

Em sua defesa, Henrique Alves diz que abriu sua conta na Suíça após separação conturbada de sua segunda esposa, Priscila Jimenez, na noite de réveillon de 2009. O ex-deputado alega que a finalidade de “proteção contra a ganância de herdeiros” é assegurada pelos bancos suíços.

“Enquanto sua vida pessoal passava pela tormenta que antecede quase toda separação, o Acusado [Henrique Eduardo Alves] foi aconselhado e passou a considerar a possibilidade de abrir conta no exterior para receber uma parte da receita que vinha auferindo após a reorganização societária da TV Cabugi”, diz a defesa.

Henrique Eduardo Alves usou um escritório de advocacia para abrir a conta na Suíça em 2008. Os valores foram depositados em três datas diferentes. Em 18 de novembro de 2011 foi depositado R$ 341 mil, em 5 de dezembro de 2011 o crédito foi de de R$ 323 mil; e em 8 de dezembro de 2011 mais R$ 161 mil.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o dinheiro é fruto de propina paga pela empreiteira Carioca Engenharia para que fossem liberados recursos do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal. A quantia seria usada para financiar obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.

“É importante ressaltar que a utilização indevida da citada conta bancária e os depósitos acima mencionados jamais foram de conhecimento do acusado”, diz a defesa. Constam ainda mais dois créditos nos valores de US$ 980 e US$ 10 mil. Ambos, segundo a defesa, foram feitos para arcar com pagamento de taxas bancárias e despesas operacionais.

De acordo com a defesa, “somente ao tomar conhecimento dos documentos que instruem a presente ação penal é que o acusado teve ciência de que, mais de um ano após a data em que teria assinado a procuração para abertura da mencionada conta, precisamente em 14 de setembro de 2009, foi realizado o depósito de sua abertura no valor de U$ 980,00″.

Henrique Alves foi um dos ministros que se equilibrou na corda-bamba do impeachment. Mesmo após a mudança de governo, ele se manteve à frente da pasta do Turismo. Logo após as denúncias da Operação Lava Jato, em junho de 2016, pediu demissão do cargo.

Odebrecht usava cervejaria Itaipava como “fachada” para esconder doações eleitorais

O empreiteiro Marcelo Odebrecht afirmou, em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que a cervejaria Itaipava foi usada como “laranja” para fazer doações a campanhas políticas sem que o nome da empreiteira se tornasse público. As doações por intermédio da Itaipava teriam superado os R$ 30 milhões a 13 partidos, incluindo o PT, o PMDB e o PSDB. A revelação foi feita na ação do TSE que pede a cassação da chapa Dilma Rousseff e Michel Temer. A informação foi publicada no blog de Fausto Macedo, de O Estado de S. Paulo.

Segundo o jornal, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirma que as doações citadas nas planilhas da Odebrecht foram legais e realizadas pela Leyroz de Caxias, no valor total de R$ 1,1 milhão. Mercadante relacionou doações da Praiamar e da Leyroz de Caxias, no total de R$ 700 mil, às doações registradas nas planilhas da Odebrecht. Roberto Freire informou que “o valor de R$ 500 mil foi doado ao PPS pela construtora Odebrecht em 31/8/2012 (…) e devidamente declarado à Justiça Eleitoral”.

O comprovante anexado à nota não mostra um depósito da Odebrecht, mas da Leyroz de Caxias, salienta o blog do Estadão. A Leyroz de Caxias e a Praiamar, porém, não são ligadas à Odebrecht e, sim, ao grupo Petrópolis, que fabrica as cervejas Itaipava e Cristal.

Nas negociações para a delação premiada, os executivos da Odebrecht prometeram entregar aos investigadores planilhas das contribuições eleitorais executadas pelo Grupo Petrópolis. Naquele momento, a Lava Jato já havia identificado que executivos ligados à Odebrecht e o grupo eram sócios no banco Meinl Bank Antígua, utilizado pela empreiteira para operar as contas do departamento da propina no exterior.

O executivo Luiz Eduardo Soares, o Luizinho, funcionário do Setor de Operações Estruturadas, identificado pelos investigadores como o departamento da propina, prometeu contar como a Odebrecht injetou cerca de R$ 100 milhões em uma conta operada pelo contador do Grupo Petrópolis no Antígua Overseas Bank (AOB) e construiu fábricas em troca de dinheiro no Brasil disponível para campanhas eleitorais e pagamento de propina para agentes públicos nas eleições de 2010 e 2012. As doações eram compensadas com pagamentos no exterior.

A Itaipava afirmou que  “todas as doações feitas pelo Grupo Petrópolis seguiram estritamente a legislação eleitoral e estão devidamente registradas”.

TV por assinatura perde clientes no país

O número de clientes de TV por assinatura no Brasil caiu 1,91% entre janeiro do ano passado e o mesmo mês deste ano, com redução de 364,4 mil assinantes. De dezembro de 2016 para janeiro deste ano, houve queda de 105 mil clientes de TV paga no país.

Atualmente, o país tem 18,69 milhões de clientes de TV paga, segundo dados divulgados hoje (2) pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A tecnologia por satélite é a que tem o maior número de assinantes, com 10,6 milhões de clientes, seguida pela TV a cabo, com 7,7 milhões.

Nos últimos 12 meses, Pernambuco liderou a redução percentual de assinantes de TV no país, com queda de 8,02%, seguido de Rondônia (-7,98%) e do Amapá (-7,58%). Lideraram o crescimento da TV paga no Brasil os estados do Piauí (7,47%), de Sergipe (4,26%) e do Maranhão (4,08%).

Segundo especialistas, uma das causas para a queda no número de assinantes de TV por assinatura é a crise econômica, que tem levado muitas famílias brasileiras a cancelar o serviço.

Receita recebe 287 mil declarações do IRPF 2017 no primeiro dia de entrega

Quase 300 mil contribuintes acertaram as contas com o Leão no primeiro dia de entrega da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2017. Segundo balanço divulgado pela Receita Federal, 287.571 declarações foram recebidas até as 17h de hoje (2), de um total de 28,3 milhões de documentos esperados.

O prazo de entrega começou hoje e vai até as 23h59min59s de 28 de abril. O programa gerador da declaração está disponível no site da Receita Federal para download. A declaração do Imposto de Renda é obrigatória para quem recebeu rendimentos tributáveis superiores a R$ 28.559,70 no ano passado.

Neste ano, a declaração do Imposto de Renda teve uma série de mudanças. As principais são a redução da idade mínima, de 14 para 12 anos, na apresentação de CPF como dependentes, e a incorporação do Receitanet, programa usado para transmitir a declaração, ao programa gerador do documento.

Dólar tem a maior alta diária em três meses e fecha acima de R$ 3,1

Em um dia de turbulência no mercado financeiro, a moeda norte-americana teve a maior alta diária em mais de três meses e fechou acima de R$ 3,15. O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (2) vendido a R$ 3,151, com alta de R$ 0,058 (1,88%), a maior subida para um dia desde 1º de dezembro (2,4%). A cotação está no maior nível desde 26 de janeiro (R$ 3,152).

A divisa operou em alta durante todo a sessão, mas intensificou o ritmo de valorização no fim da manhã, após a apresentação de estatísticas sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos. O Departamento de Trabalho norte-americano informou que o número de pedidos de auxílio-desemprego no país atingiu o menor nível em 44 anos na semana passada.

O bom desempenho do mercado de trabalho nos Estados Unidos aumenta a probabilidade de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central do país) aumente os juros básicos da maior economia do planeta na próxima reunião. Taxas mais altas nos países desenvolvidos acarretam a retirada de capitais de países emergentes, como o Brasil, pressionando para cima a cotação do dólar.

No mercado de ações, o dia foi de perdas. O índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, encerrou o dia com queda de 1,69%, aos 65.855 pontos. As ações da Petrobras, as mais negociadas, tiveram forte retração. Os papéis ordinários (com direito a voto em assembleia de acionistas) despencaram 3,53%. As ações preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) caíram 2,64%.