A anistia é inconstitucional e politicamente inviável

Por Maurício Rands

​Alguns projetos em tramitação no Congresso Nacional propõem anistiar os participantes em atos contra o estado de direito democrático. Um deles, o PL 2858/2022, do e ex-líder do governo Bolsonaro Major Vitor Hugo (PL-GO) concede anistia a todos os que tenham participado de manifestações em qualquer lugar do território nacional do dia 30/10/2022 ao dia de entrada em vigor da lei. No § 1º do art. 1º, o PL estende a anistia aos crimes políticos ou com estes conexos e eleitorais. Parece destinar-se ao ex-presidente Bolsonaro. Atualmente, esse PL aguarda na Câmara a criação de Comissão Especial para analisar a matéria. Outro, o PL n° 1068/2024, concede anistia aos envolvidos nos atos de 8/01/2023 e restaura os direitos políticos dos cidadãos declarados inelegíveis em face de atos relacionados às Eleições de 2022, de inciativa do senador Marcio Bittar (UNIÃO/AC), tem como relator o senador Humberto Costa (PT-PE), na Comissão de Defesa da Democracia. Para o autor do PL 1068, o objetivo é “resguardar esses direitos e dar um fim à perseguição que vem sendo perpetrada contra inúmeros cidadãos brasileiros, sejam políticos ou não, por conta de suas opiniões e posicionamentos ideológicos”.

​”Anistia é a exclusão, por lei ordinária com efeitos retroativos, de um ou mais fatos criminosos do campo de incidência do Direito Penal. A clemência estatal é concedida por lei ordinária editada pelo Congresso Nacional (CF, arts. 21, XVII, e 48, VIII).” Essa causa de extinção da punibilidade destina-se, em regra, a crimes políticos (anistia especial), abrangendo, excepcionalmente, crimes comuns. Abrange fatos, e não indivíduos, embora possam ser impostas condições específicas ao réu ou condenado (anistia condicionada). Divide-se em própria, quando concedida anteriormente à condenação, e imprópria, na hipótese em que sua concessão opera-se após a sentença condenatória. Pode ser também condicionada ou incondicionada, conforme esteja ou não sujeita a condições para sua aceitação. A anistia tem efeitos ex tunc, isto é, para o passado, apagando todos os efeitos penais. Rescinde até mesmo a condenação.” Como ensina Cleber Masson (Direito Penal: Parte Geral, E-book. ISBN 9786559649501).

​Avanço teórico do neoconstitucionalismo, a Constituição hoje é vista como um sistema de princípios e regras. Os princípios geralmente estão explícitos no texto. Mas existem também os princípios constitucionais implícitos. Que são os que, embora não expressos diretamente no texto constitucional, são extraídos do conjunto de dispostivos e valores que a fundamentam. São exemplos de princípios constitucionais implícitos: princípio da proporcionalidade (a interpretação e as medidas estatais devem ser adequadas, necessárias e proporcionais aos fins pretendidos); princípio da segurança jurídica (garante a estabilidade e previsibilidade das relações jurídicas, assegurando que os cidadãos possam confiar nas leis e nas decisões do Estado); princípio da dignidade da pessoa humana; princípio da segurança jurídica e princípio da supremacia da constituição. Para muitos juristas, o princípio do estado democrático de direito também se constituiria num princípio implícito do nosso sistema constitucional. Por isso que os seus elementos constitutivos, definidos nos incisos II (voto direto, secreto, universal e periódico), III (separação dos poderes) e IV (direitos e garantias individuais) do art. 60, § 4º, da CF/88, são cláusulas pétreas.

​Uma das teses em disputa sobre a constitucionalidade desses projetos de anistia, a que me perfilho, é a de que seria inconstitucional a anistia aos que praticaram atos incursos nos artigos 359-L (crime de tentativa de abolição do estado democrático de direito) e 359-M (tentativa de golpe de estado). O ex-presidente, seus ministros, generais e almirantes estão sendo processados por esses crimes. Ou seja, por crimes que atentam contra princípios implícitos da Constituição, como o são o do estado democrático de direito, o da proporcionalidade, o da supremacia da Constituição e o da segurança jurídica. Por isso, uma lei que anistia quem está incurso nesses crimes seria inconstitucional.

​A tese antagônica sustenta que a CF/88 foi explícita quando falou dos casos em que a lei não pode conceder o perdão. Foi quando, no art. 5º, inciso XLIII, disse que não seriam susceptíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os crimes hediondos. Sem menção ao ataque ao estado de direito. E, no inciso XLIV, definiu como crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o estado democrático. Para essa tese, a CF/88 não incluiu o crime de ação de grupos armados (XLIV) entre os que não podem ser objeto de graça ou anistia. Ela definiu as hipóteses desse inciso XLIV apenas como inafiançáveis e imprescritíveis. Essa tese aduz ainda que a deliberação sobre a anistia é juízo político do parlamento. Não susceptível de controle de constitucionalidade pelo STF, exceto quanto ao procedimento.

​Caso o Congresso Nacional aprovasse um desses projetos de lei de anistia, a questão seria levada ao STF via uma das ações de controle concentrado de constitucionalidade (ADI, ADC, ADPF, MI). O STF poderia ser chamado a julgar a constitucionalidade à luz dos princípios e regras da CF/88. Penso que a melhor interpretação seria a que buscasse preservar os princípios explícitos e implícitos do sistema constitucional adotado em 1988. Entre esses princípios, o do estado democrático de direito, que fundamenta todo o sistema. O STF poderia utilizar uma das ferramentas mais praticadas na jurisdição constitucional: a interpretação conforme à Constituição. Seria dada uma interpretação conforme à Constituição aos incisos XLIII e XLIV do art. 5º para interpretá-los de modo a dizer que esses dois preceitos não permitem a anistia de crimes contra o estado democrático de direito. Ou seja, que esses incisos impõem a decretação da inconstituicionalidade da anistia aos crimes dos artigos 359-L e 359-M do CP por força dos referidos princípios implícitos e explícitos.

​Em caso análogo, o STF já se pronunciou nessa direção. Quando julgou a ADPF 964, em 10/05/2023. Esse caso tratou da constitucionalidade do decreto presidencial que concedeu graça (indulto individual) a Daniel Silveira, que havia sido condenado pelo STF a 8 anos e 9 meses de prisão por ataques às instituições democráticas e incitação à violência. Apenas os mministros André Mendonça e Nunes Marques votaram pela constitucionalidade do decreto. Todos os demais entenderam que o ex-deputado não poderia receber a graça por ter cometido crimes contra o estado de direito democrático. O decreto também foi considerado inconstitucional por desvio de finalidade.

​Provavelmente esse debate não chegará ao STF. As ações penais em curso no STF contra o ex-presidente e seus seguidores examinam a prática de atos de uma cadeia complexa de atos que materializem tentativas de abolição do estado democrático de direito e de golpe de estado. Atos que agora vão se tornando do conhecimento público. Por isso, o Congresso dominado pelo Centrão, em seu juízo político, não vai se expor perante a opinião pública. Vai preferir o de sempre. Manobrar para extrair vantagens e poder. Ainda que o Congresso aprovasse a anistia, o presidente poderia vetá-la. Ademais, a tese de que a anistia pode pacificar o país pode ser lida pelo seu inverso: para a pacificação, importa não sinalizar que serão perdoados futuros ataques às instituições. Mas, se a anistia fosse aprovada, provavelmente o STF determinaria a sua inconstitucionalidade. Essas são as razões por que a anistia proposta pela ultradireita populista não deve prosperar.

Maurício Rands, advogado formado pela FDR da UFPE, professor de Direito Constitucional da Unicap, PhD pela Universidade Oxford

Ministro Flávio Dino completa um ano no STF

Ministro flávio DinoFoto: Gustavo Moreno/STF

O ministro Flávio Dino completa, neste sábado (22), um ano no Supremo Tribunal Federal (STF). Nesse período, tem se destacado por sua atuação em temas relevantes para o Brasil, como as decisões relacionadas às emendas parlamentares e os votos dados em ações que tratam da validade da Lei de Cotas e da contenção dos incêndios no Pantanal e na Amazônia. Coube a ele também propor ao Plenário a discussão sobre o alcance da Lei da Anistia, que teve repercussão geral reconhecida.

Natural de São Luís (MA), Dino teve passagens por diversos cargos nos três Poderes da República. Foi juiz federal, deputado federal, senador e, por dois mandatos consecutivos, governador do Maranhão, em 2015 e 2020. Indicado ao STF pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deixou o Ministério da Justiça e Segurança Pública para assumir a vaga aberta com a aposentadoria da ministra Rosa Weber.

Na cerimônia de sua posse no STF, Dino reafirmou o compromisso que tem com a Constituição e com as leis brasileiras. Disse também que seu trabalho tem como objetivo contribuir para que o Judiciário funcione bem e distribua justiça para os brasileiros. Na ocasião, ele reforçou a importância de elevar a harmonia entre os três Poderes para garantir que “as políticas públicas evoluam e os direitos cheguem a todos os lares”.

Confira abaixo alguns momentos marcantes da atuação do ministro Dino no STF:

Emendas Parlamentares

Com o objetivo de garantir a legalidade e o controle da utilização dos recursos públicos, Dino determinou a suspensão de emendas que não atendem a critérios de eficiência e rastreabilidade, além de impor exigências de transparência nas emendas “Pix”. O ministro também implementou bloqueios temporários e condicionou a liberação de recursos à observância de requisitos constitucionais. A discussão é tema da ADPF 854 e das Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 7688, 7695 e 7697.

Lei da Anistia

Dino é relator do Recurso Extraordinário (ARE) 1501674, que discute a aplicação da Lei da Anistia em um caso de ocultação de cadáver cometido por dois agentes das Forças Armadas na Guerrilha do Araguaia. Com base nesse caso, Dino levou a matéria ao Plenário Virtual, que reconheceu a repercussão geral do tema. Ele defende que, em respeito à Constituição e às convenções internacionais, os crimes da ditadura militar cujas vítimas ainda estão desaparecidas continuam sendo cometidos até hoje.

Pauta Verde

No julgamento das Ações de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPFs) 743, 746 e 857, prevaleceu o voto de Dino, que determinou a reestruturação da política de prevenção e combate aos incêndios no Pantanal e na Amazônia, com a implementação de medidas tanto pela União quanto pelos estados envolvidos. Desde então, o ministro tem conduzido audiências para acompanhar a elaboração e execução de um plano para enfrentar o desmatamento nessas regiões.

Validade das cotas raciais

Como relator da ADI 7654, Dino votou pela manutenção da Lei de Cotas, que tinha previsão inicial de duração de 10 anos. Para o ministro, esse prazo era um marco temporal para a avaliação da eficácia da ação, e o fim de sua vigência, sem levar em conta seus resultados, deporia contra a própria lei, além de afrontar a Constituição. A decisão foi confirmada, de forma unânime, pelos demais integrantes do Tribunal.

Terras indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais

Dino tem buscado conciliação em duas ações das quais é relator, ambas relacionadas à propriedade e ao uso de terras indígenas no Brasil. A primeira, o Mandado de Segurança (MS) 29293, trata da posse de terceiros em uma área no Estado de São Paulo tradicionalmente habitada pelos povos Guarani Mbyá e Nhandeva. A segunda, o Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 1425370, discute a possibilidade de mineração nas terras indígenas do povo Cinta Larga, nos estados de Rondônia e Mato Grosso.

Já na ADI 7776, Dino concedeu liminar para suspender a eficácia de um decreto do governo de Minas Gerais que restringe a autonomia de povos indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais sobre licenciamentos ambientais de áreas onde vivem. O ministro apontou possíveis violações à Constituição e o risco de a medida causar danos de difícil reparação ou irreversíveis. A matéria aguarda apreciação pelo Plenário do STF.

Serviços Funerários em São Paulo

Após conceder uma liminar para restabelecer a cobrança dos serviços funerários no município de São Paulo em valores anteriores à privatização, Dino tem se empenhado em mediar um acordo entre as partes. A ADPF 1196, que trata desse tema, foi discutida em uma audiência de conciliação e em uma reunião técnica para esclarecer os valores praticados pelas concessionárias. Atualmente, o Núcleo Técnico do STF está elaborando uma nota para apoiar o ministro na decisão sobre o caso.

Direitos dos animais

Na ADI 7704, da qual foi relator, o ministro Dino defendeu os direitos dos animais ao votar pela suspensão de uma lei que impunha a castração obrigatória de cães e gatos por criadores profissionais no Estado de São Paulo. Segundo ele, a norma violava a Constituição, que proíbe a crueldade contra os animais. Além disso, Dino ressaltou que a prática indiscriminada de castração poderia resultar em sérios danos à saúde e má formação nas espécies. O voto do ministro foi acompanhado de forma unânime pelos demais integrantes do STF.

Campanha vai estimular vacinação de adolescentes contra o HPV

São Paulo (SP), 04/04/2024 - Primeiro dia de vacinação contra dengue em crianças de 10 a 14 anos na Unidade  Básica de Saúde - UBS Vila Jaguara, na região oeste.
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
© Rovena Rosa/Agência Brasil

No Brasil há pelo menos 7 milhões de adolescentes entre 15 a 19 anos que não estão vacinados contra o HPV, apesar de já terem saído da faixa etária adequada para receber o imunizante, que é de 9 a 14 anos. Por isso, o Ministério da Saúde vai realizar ao longo deste ano uma campanha de resgate, para identificar e vacinar esses adolescentes.

O HPV é o vírus responsável por quase 100% dos casos de câncer do colo do útero, o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres brasileiras. Ele também pode causar câncer no ânus, pênis, vagina e garganta. A vacina disponível atualmente no Sistema Único de Saúde protege contra os quatro subtipos que mais provocam câncer e também verrugas e feridas nos órgãos genitais.

A vacina tem maior eficácia se for aplicada antes do início da vida sexual, porque isso diminui muito as chances de uma infecção prévia, já que a via sexual é a principal forma de transmissão do HPV. Por isso, a faixa etária da vacinação de rotina vai de 9 a 14 anos.

A consultora médica da Fundação do Câncer Flavia Correa ressalta que é fundamental resgatar quem não foi vacinado, para que o Brasil avance rumo à meta de eliminar o câncer de colo do útero. Segundo ela, quando o país começou a vacinação contra o HPV, em 2014, houve uma cobertura excelente na primeira dose, chegando a quase 100%. Já na segunda dose, teve uma queda muito grande, porque houve muito terrorismo contra a vacina.

“Depois disso, a gente teve a pandemia de covid-19, quando despencou a cobertura de todas as vacinas e agora a gente está num momento de recuperar essas coberturas vacinais. E a vacina protege contra quatro tipos de vírus. Então, mesmo que a pessoa tenha tido contato com um desses tipos, pode não ter tido contato com os outros. Então, ainda existe um benefício”, explica a médica.

Estratégias

Inicialmente, a ação é voltada para 121 municípios com as piores coberturas vacinais. Neles, vivem quase 3 milhões de adolescentes de ambos os gêneros não vacinados contra o HPV. A meta é que pelo menos 90% deles receba o imunizante. Quem não tiver certeza se tomou a vacina também deverá ser imunizado por precaução.

Para garantir a campanha de resgate, todos os estados contemplados devem solicitar doses extras da vacina contra o HPV ao Ministério da Saúde, que vai se encarregar da compra e distribuição. Em uma cartilha lançada essa semana com orientações aos municípios, a pasta recomenda que também seja feita a vacinação fora das unidades de saúde, em locais como escolas e shoppings.

A cartilha destaca que a vacinação de rotina, para meninas e meninos de 9 a 14 anos, deve continuar normalmente. Desde abril do ano passado, o esquema vacinal é de apenas uma dose. A vacina contra o HPV é contraindicada apenas para gestantes e pessoas com hipersensibilidade grave ou alergia a levedura.

A consultora médica  Flávia Correa lembra ainda que o imunizante é bastante seguro: “Já foram mais de 500 milhões de doses aplicadas no mundo todo. Ela tem um perfil de segurança ótimo. Os países que introduziram a vacinação há mais tempo já tiveram uma diminuição na prevalência de infecção de HPV e até na incidência de câncer de colo do útero. Ela é muito eficaz. Sempre que você tem prevenção primária, essa é a melhor maneira de evitar as doenças”, alerta a especialista.

Bets terão de apresentar políticas contra lavagem de dinheiro

Acesso internet celular

As bets (empresas de apostas eletrônicas) autorizadas a funcionar no Brasil têm até 17 de março para apresentar políticas de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo. A Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda enviou nesta semana ofício às empresas cobrando a apresentação dos documentos.

Segundo a pasta, as notificações foram emitidas tanto aos agentes operadores de apostas, autorizados diretamente pelo Ministério da Fazenda, quanto para as empresas que operam sob decisões judiciais. Cada plano deve detalhar os critérios e as ações previstas para as diferentes ocorrências de forma a prevenir crimes financeiros no setor de apostas.

A apresentação das políticas de prevenção segue as diretrizes da Lei 14.790/2023 e da Portaria 1.143/2024 da SPA. Quem não cumprir as determinações pode sofrer sanções.

No último dia 12, a SPA promoveu um webinar (seminário virtual) para detalhar a comunicação de atividades suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Os procedimentos estão detalhados nos artigos 27 a 29 da portaria da secretaria, editada em julho do ano passado.

Desde novembro, a SPA é membro da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Enccla), órgão interinstitucional com diversas entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para fortalecer ações de combate a crimes financeiros e aprimorar a regulação do setor. Segundo o Ministério da Fazenda, a inclusão da SPA na Enccla reforça o compromisso do governo de aumentar a transparência e a segurança no mercado de apostas.

Marcelo Melo e Rafael Matos são campeões de duplas no Rio Open

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Um título completamente brasileiro. Esta (nova) sensação foi vivenciada por Marcelo Melo e Rafael Matos na madrugada deste domingo (23) na final do Rio Open. Os brasileiros bateram os espanhóis Pedro Martinez e Jaume Munar por 2 sets a 0 (6-2, 7-5) na final do torneio, trazendo para o país a primeira conquista 100% de atletas da casa na história do campeonato, que começou em 2014. No ano passado, Matos – agora bicampeão consecutivo – havia se tornado o primeiro atleta do país, seja qual for o recorte, a ser campeão no Rio, também na chave de duplas, porém com a companhia de Nicolas Barrientos, tenista colombiano.

O título – conquistado após 1h37 de partida na decisão – coroa a carreira de Marcelo Melo, de 41 anos de idade, ex-número 1 do mundo nas duplas e vencedor de dois Grand Slams na carreira. O experiente tenista se mostrou muito emocionado após a conquista na quadra Guga Kuerten. Ele tinha dois vices no Rio, em 2014 e 2023. Na última atualização, Melo ainda era o tenista brasileiro mais bem posicionado no ranking de duplistas da ATP, na 35ª posição, imediatamente uma colocação acima de Rafael Matos, de 29 anos.

Müller e Báez fazem final de simples

A grande atração de hoje (23) no Jockey Club será a final da chave de simples. Estarão frente a frente o francês Alexandre Müller e o argentino Sebastián Báez, a partir das 17h30, horário de Brasília, cada um com suas credenciais.

O argentino – número 31 do mundo – é o atual campeão do torneio e tenta se tornar o primeiro tenista a vencer o Rio Open por duas vezes na chave de simples. Já o francês, que ocupa a 60ª posição na lista da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), chamou a atenção no começo da semana ao eliminar a sensação brasileira João Fonseca logo na estreia.

Para chegar à decisão, Báez derrotou na semifinal o compatriota Camilo Ugo Carabelli por 2 sets a 1 (3-6, 6-1, 6-1), enquanto Müller passou por outro argentino, Francisco Comesana, também por 2 a 1 (7-5, 6-7, 6-3).

João Fonseca joga desafio com Del Potro e atletas do tênis em cadeira de rodas.

João Fonseca vibra durante partida contra Andrey Rublev no Aberto da Austrália
14/01/2025 REUTERS/Jaimi Joy
João Fonseca vibra durante partida contra Andrey Rublev no Aberto da Austrália 14/01/2025 REUTERS/Jaimi Joy – Reuters/Jaimi Joy/Proibida reprodução

O sábado também teve um desafio amistoso reunindo tenistas brasileiros e argentinos. Duas duplas, cada uma de um país, juntaram um atleta de renome da ATP e outro do tênis em cadeira de rodas.

A parceria brasileira, formada por João Fonseca e Daniel Rodrigues, encarou a lenda argentina Juan Martin Del Potro, além de Gustavo Fernández. No final, a dupla formada por Del Potro (aposentado das quadras desde 2022) e Fernández venceu o desafio, disputado em formato de tie-break, por 10 a 8

Mega-Sena vai pagar prêmio de R$ 130 milhões

As seis dezenas do concurso 2.832 da Mega-Sena foram sorteadas na noite do último sábado (22) no Espaço da Sorte, em São Paulo.Nenhuma aposta acertou o prêmio da faixa principal. A estimativa para o próximo sorteio, nesta terça-feira (25), é R$ 130 milhões.

Os números sorteados são os seguintes: 02 – 12 – 18 – 21 – 24 – 37.

A quina teve 238 apostas ganhadoras, cada uma vai pagar R$ 32.222,01. Já a quadra registrou 14.573 vencedores que vão receber, individualmente, um prêmio de R$ 751,76.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.

Prefeitura de Belo Jardim realiza 23º Baile Municipal e mantém viva a tradição carnavalesca no município

A folia tomou conta do 23º Baile Municipal de Belo Jardim, realizado na noite deste sábado (22). A festa, organizada pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura, Turismo e Empreendedorismo, reuniu cerca de duas mil pessoas. Com o tema “A Magia das Cores”, o evento contou com shows de Marcão Noventta, Fulô de Mandacaru e Renan Cruz, além de apresentações culturais de artistas locais, valorizando o talento da Terra de Músicos.

Os festejos começaram com a Escola de Artes Integradas do Instituto Conceição Moura, que reúne jovens de 8 a 23 anos, e seguiu com apresentações da Orquestra de Frevo Malungo e do Grupo Frevart, animando o público. Também participaram o Grupo de Maracatu Boi da Gente, com 18 anos de tradição, e a Orquestra Phoenix. Os shows no palco principal ficaram por conta de Marcão Noventta, Fulô de Mandacaru e Renan Cruz.

Valdirene Maria, belo-jardinense, 52 anos, comenta sobre a edição de 2025 do baile. “Eu amei muito o baile este ano. Confesso que não estava esperando uma estrutura e organização desse porte. Mas me surpreendi, a prefeitura está de parabéns. E aqui está cheio de gente bonita. Tem muita cor e muito brilho, do jeito que eu gosto”, declarou, entusiasmada.

Durante o evento, a prefeitura realizou ações das secretarias de Saúde, Políticas Públicas para a Mulher e Juventude, e Defesa Cidadã. A Saúde montou pontos de socorro, enquanto a Mulher e Juventude fez a campanha “Folia sim, assédio não”, promovendo um carnaval de respeito. A Secretaria de Defesa Cidadã cuidou da segurança, com a Guarda Municipal e agentes de trânsito.

“É uma grande satisfação ver a realização de mais uma edição do Baile de Belo Jardim, que já é tradição no município e faz parte do nosso calendário cultural. Fico feliz com o resultado e ver o local lotado é motivo de alegria. Parabenizo a Secretaria de Cultura, Turismo e Empreendedorismo e agradeço a todos os presentes por manterem esse legado vivo”, disse o prefeito Gilvandro Estrela.

O 23º Baile Municipal de Belo Jardim contou com o apoio e patrocínio da Imobiliária Casuarina, Posto São Pedro, Óticas Visão, Robson do Mercado Novo Horizonte, DCM Construtora, Livraria e Gráfica Maciel, Hotel Lacazzona, Ivanildo do Posto BR, Marcos Coca-Cola, Irmãos Valença, Nuna Gás, Óticas Arcoverde e Kal do Compre Asfalto.

Raquel Lyra inaugura nova sede da Faculdade de Odontologia da UPE e autoriza a construção de mais um lote de creches

Na manhã desta segunda-feira (24), no Centro de Convenções, em Olinda, a governadora Raquel Lyra participa do acolhimento aos novos 1.599 residentes do Sistema Único de Saúde (SUS) que atuarão no Estado. Em seguida, às 11h, a governadora inaugura a nova sede da Faculdade de Odontologia de Pernambuco, no bairro de Santo Amaro, no Recife.

Seguindo agenda no Sertão, a gestora visita, às 15h30, a obra de acesso ao Habitacional Vanete Almeida, que viabilizou a retomada da construção de 902 casas em Serra Talhada. Depois, às 17h, entrega o primeiro Centro de Hemodinâmica 100% SUS do Sertão, no Hospital Eduardo Campos. Ainda em Serra Talhada, às 18h, a governadora assina a ordem de serviço para construção de oito novas creches para municípios da região.

*AGENDA DA GOVERNADORA RAQUEL LYRA | Segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025*

*8h30 –* Acolhimento dos novos residentes do SUS na saúde pública do Estado

Local: Centro de Convenções de Pernambuco – Avenida Professor Andrade Bezerra, s/n, Salgadinho, Olinda

*11h –* Inauguração da nova sede da Faculdade de Odontologia de Pernambuco (FOP-UPE)

Local: Avenida Norte Miguel Arraes de Alencar, nº 80, Santo Amaro, Recife

*15h30 –* Visita à obra do acesso ao Habitacional Vanete Almeida

Local: Residencial Vanete Almeida, BR-232, Serra Talhada -PE

*17h –* Inauguração do primeiro Centro de Hemodinâmica 100% SUS do Sertão, no Hospital Eduardo Campos

Local: Hospital Eduardo Campos, BR 232, Serra Talhada-PE

*18h –* Assinatura da ordem de serviço de oito novas creches para municípios do Sertão

Local: Senac Serra Talhada, Av. Waldemar Ignácio de Oliveira, nº 325, Serra Talhada-PE

Dayse Silva lamenta morte de Mercia Pinheiro, mãe de Rodrigo Pinheiro

Com profunda tristeza, recebo a notícia do falecimento de dona Mércia Maria Anselmo de Moura Pinheiro, mãe do nosso prefeito, Rodrigo Pinheiro. Dona Mércia foi um exemplo de amor e dedicação à família.

Minha solidariedade ao prefeito, a seu irmão Felipe e a todos os familiares. Que Deus conforte seus corações neste momento de dor. Caruaru se une em oração, homenageando a memória de uma mulher tão especial, cujo legado de amor e dedicação permanecerá vivo para sempre.

Dayse Silva,

Vice-prefeita de Caruaru.

Na posse do Consórcio de Desenvolvimento do Agreste Meridional, governadora Raquel Lyra destaca parceria para fortalecimento dos municípios do Agreste

A governadora Raquel Lyra participou, neste sábado (22), da posse da nova diretoria do Consórcio de Desenvolvimento do Agreste Meridional (CODEAM), em Garanhuns. Na solenidade, a chefe do Executivo estadual destacou a parceria do Governo do Estado com o Agreste para assegurar o desenvolvimento das cidades da região. A vice-governadora Priscila Krause também participou da agenda.

“Temos um diálogo permanente com os prefeitos e eu vim a Garanhuns reforçar nosso compromisso de trabalhar junto com os consórcios dos municípios pernambucanos. A parceria com os consórcios é importante porque é muito mais fácil quando temos uma estratégia conjunta para o desenvolvimento das regiões. Eu, por vocação, sou municipalista e trabalho para todas as cidades de Pernambuco”, afirmou a governadora Raquel Lyra.

A gestora estadual listou algumas benfeitorias realizadas para melhorar a vida da população do Agreste. “Demos ordens de serviço recentemente para 38 creches e pelo menos 20 delas são no Agreste. Aqui em Garanhuns serão construídas duas unidades. Nos próximos dias, lançaremos o edital do Hospital Mestre Dominguinhos e da Maternidade para Garanhuns. Já temos terreno definido, adquirido pelo Governo de Pernambuco. Será um local com fácil acesso para a população. Em breve, lançaremos o edital da obra do Complexo de Polícia Científica de Garanhuns. Temos parceria com as cidades em diversas áreas, como educação, saúde e assistência”, reforçou a gestora estadual.

O Consórcio tem o objetivo de promover o desenvolvimento dos municípios. O novo presidente da CODEAM, Junior de Rivaldo, prefeito de Saloá, foi empossado junto com a nova diretoria da instituição para o biênio 2025/2026.

“A gente está tendo a felicidade de aproximar realmente a CODEAM ao Governo do Estado e ao governo federal. Já tivemos várias reuniões com a nossa governadora, que tem nos ajudado bastante. Juntos, vamos fortalecer não só a CODEAM, mas o Agreste Meridional e os municípios que fazem parte desse consórcio tão importante”, disse. Anfitrião do evento, o prefeito de Garanhuns, Sivaldo Albino, também discursou. “É importante que a gente pense cada vez mais no fortalecimento do Agreste”, pontuou.

Outras autoridades políticas presentes no evento destacaram a importância da parceria do Governo do Estado com a União e com o Congresso Nacional, apontando os resultados desse trabalho em conjunto.

Em Garanhuns, a governadora também recebeu representantes das Escolas Estaduais Indígenas Fulni-ô, que agradeceram o apoio do Governo do Estado no fortalecimento da educação no Agreste Meridional.

Estiveram presentes na posse da CODEAM os ministros Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), André de Paula (Pesca e Apicultura); os deputados federais, Lula da Fonte, Fernando Rodolfo, Fernando Monteiro; os deputados estaduais, Débora Almeida, Dannilo Godoy, Cayo Albino; os secretários estaduais Túlio Vilaça (Casa Civil), Coronel Hercílio Mamede (Casa Militar); e o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), André Teixeira.

Ainda estiveram presentes os prefeitos Henrique Goes, (Paranatama); Pite (Quipapá); Dr. Elton Martins (Águas Belas); Edmilson da Bahia (Correntes); Rivanda Teixeira (Jupi); Celso Peixoto (Jucati); Branco de Geraldo (Jurema); Arnoóbio Gomes (Terezinha); Saulo Maruim (Brejo); Carlos Henrique – Caíque (Angelim); Nivaldo Martins – Tirri (Caetés); Nêgo do Mercado (Capoeiras); Zé Elias Filho (Calçado), Wilson Lima (São João); e Josafá Almeida (São Caetano); além do vice-prefeito de Águas Belas, Eniale de Codinho.

Também estiveram na solenidade os ex-prefeitos Douglas Duarte (Angelim); Mateus Martins (Terezinha); Valmir (Paranatama); o ex-presidente da Codeam, Expedito Nogueira; e o ex-prefeito de Águas Belas e Assessor Especial do Governo do Estado, Luiz Aroldo.