Cassado, Eduardo Cunha aconselha eleitores: votem certo pra não se arrepender

O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) incentivou seus seguidores no Twitter na manhã deste domingo (2) a comparecer às urnas. Cassado há menos de um mês, o peemedebista declarou seu voto no candidato a vereador Chiquinho Brazão (PMDB), mas não divulgou a escolha do prefeito. O candidato do PMDB na capital fluminense é Pedro Paulo, um dos 450 votos a favor da cassação de Cunha na Câmara. “Em respeito ao meu partido eu não vou falar do prefeito. Mas com certeza não votei em quem votou contra mim”, disse o peemedebista.

Ainda afastado do exercício do mandato, Cunha participou do evento de lançamento da campanha de Chiquinho, no início de agosto, quando dividiu o palanque com o prefeito da capital, Eduardo Paes.

Ao deixar seu colégio eleitoral na manhã deste domingo, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, Cunha falou com a imprensa e disse que ainda entrará com recursos contra a sua cassação na Câmara. O peemedebista defendeu que seu processo ainda não está “sepultado”. “Ainda vou entrar com alguns recursos. Algumas ações no Supremo [Tribunal Federal]. Já entrei com embargo na Câmara. Eu não diria para você que esse assunto está sepultado”, disse o ex-deputado.

Cunha foi votar acompanhado de sua filha e chegou pouco depois das 9h em sua zona eleitoral. Apesar da pouca movimentação no local logo cedo, a presença do ex-deputado provocou reações diversas entre os eleitores que ali estavam. Um deles o chamou de “palhaço”, enquanto outros o cumprimentaram e tiraram até selfie com o peemedebista.

No Twitter, entre comentários sobre o desempenho do Flamengo, Cunha aconselhava os seguidores: “Vamos as urnas hoje para escolhermos o futuro prefeito de cada cidade e seus vereadores”, escreveu. “Não deixem de comparecer e não deixem de votar. Alguém será eleito de qualquer maneira, logo faça sua escolha para não se arrepender depois”, avisou.

Eleitor pode imprimir formulário de justificativa

Para quem estiver fora do seu domicílio eleitoral, nos dias 2 e 30 de outubro, datas do primeiro e segundo turnos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) oferece em seu Portal na internet uma facilidade: a impressão do Requerimento de Justificativa Eleitoral.

O documento, baixado em formato PDF, pode ser acessado na página inicial do TSE, por meio dos links “Eleitor” e, em seguida, “Justificativa Eleitoral”. Vale lembrar que o eleitor terá de preencher o formulário e assiná-lo na presença de um mesário, em qualquer local destinado ao recebimento de justificativa eleitoral no dia da votação.

Para preenchimento do formulário, é indispensável que o eleitor tenha em mãos o número do título. Além do requerimento devidamente preenchido, o eleitor terá de apresentar um documento de identificação oficial com foto, tais como carteira de identidade, carteira nacional de habilitação, carteira de trabalho, passaporte, identidade funcional ou qualquer outro documento de valor legal equivalente.

Se o eleitor não puder apresentar a justificativa de ausência no dia da votação, ele tem até 60 dias após as eleições (contados da realização de cada turno do pleito) para entregar o requerimento em qualquer cartório ou posto de atendimento eleitoral, ou, na impossibilidade, pode encaminhá-lo, via postal, ao cartório da sua zona eleitoral.

No caso do eleitor que estava no exterior no dia do pleito, este tem até 30 dias contados da data do retorno ao Brasil para apresentar a justificativa de ausência à Justiça Eleitoral. A justificativa pode ser encaminhada pelos Correios. Para tanto, é necessário preencher o Requerimento de Justificativa Eleitoral e encaminhá-lo, juntamente com cópia do documento válido de identificação e com a prova do motivo alegado, ao respectivo cartório do município onde vota.

Sete candidatos na disputa pela prefeitura de Caruaru

Dos sete candidatos, quatro já disputaram eleição para prefeito: Eduardo Guerra, Tony Gel, Jorge Gomes e Rivaldo Soares

Wagner Gil

Este ano sete candidatos concorrem a principal cadeira do Palácio Jaime Nejaim e, na sequência, os destinos de Caruaru para os próximos quatro anos, a partir de janeiro de 2017. São eles: Raquel Lyra (PSDB), Tony Gel (PMDB), Jefferson Abraão (PCB), Eduardo Guerra (Psol), Rivaldo Soares (PHS), Jorge Gomes (PSB) e Erick Lessa (PR). Desses, apenas três não disputaram eleição majoritária para prefeito: Raquel Lyra, Jefferson Abraão e Erick Lessa.

Quem mais disputou a Prefeitura de Caruaru foi Tony Gel. Foram quatro eleições com duas derrotas para João Lyra Neto (1989 e 1996) e duas vitórias: uma para João Lyra Neto (2004) e outra para Jorge Gomes (2000). Tony já foi deputado federal e atualmente é deputado estadual pelo PMDB. Seu candidato a vice-prefeito é Raffiê Dellon.

Jorge Gomes está na sua segunda disputa para o cargo de prefeito. Em 2000, ele perdeu para Tony Gel, mas tem uma vida pública com cargos importantes. O socialista já foi vice-prefeito de João Lyra Neto (1989), deputado estadual, vice-governador de Miguel Arraes, além de assumir cargo de secretário de Governo e de Saúde.

Em 2006, foi candidato a deputado federal, ficou na primeira suplência, assumindo com a ida de Eduardo Campos para o Ministério de Ciência e Tecnologia, no governo de Lula. Atualmente é vice-prefeito de José Queiroz (PDT). Sua candidata a vice é Louise Caroline.

Rivaldo Soares já disputou a prefeitura de Caruaru quatro vezes, nos anos de 2000, 2004, 2008 e 2016. Ele também já concorreu para governador em 2006, e deputado federal em 2002 e 2014. O candidato é formado em Direito pela Faculdade de Direito de Caruaru. Sua vice é Cida Assunção.

Eduardo Guerra, que é candidato desta vez pelo Psol, está na sua segunda disputa majoritária. Advogado e natural do Recife, ele mora em Caruaru há mais de dez anos, quando instalou uma fábrica de medicamentos na cidade. A sua vice é Michele Santos
NOVATOS NA DISPUTA

Dos sete postulantes, três estão estreando em eleição majoritária, mais uma candidata já é uma velha conhecida do eleitorado local: a tucana Raquel Lyra. Ela está em seu segundo mandato como deputada estadual (o primeiro foi em 2010), mas tem consigo uma grande tradição na política local. É neta de João Lyra Filho, ex-prefeito, ex-deputado federal e ex-deputado estadual, e filha do ex-governador João Lyra Neto, que já assumiu a prefeitura em duas oportunidades, ex-deputado estadual e duas vezes eleito vice-governador ao lado de Eduardo Campos. Como legado de família, Raquel traz consigo ainda o fato de ser sobrinha do ex-deputado estadual, ex-deputado federal e ex-ministro da Justiça, Fernando Lyra.

Porém, Raquel trilhou seu caminho independente da família. É formada em Direito, pela Universidade Federal de Pernambuco, e construiu sua vida pública por meio de concursos muito disputados. Foi advogada do BNB, delegada da Polícia Federal e hoje é procuradora do Estado, licenciada. Foi secretária estadual da pasta Criança e Juventude, a convite do então governador Eduardo Campos, e atualmente é presidente da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Alepe. Seu vice é Rodrigo Pinheiro.

Também disputando pela primeira vez, Jefferson Abraão é professor de História e entrou no pleito no dia da convenção, já que seu partido, durante toda fase de pré-campanha, tinha como majoritário o presidente do Sindicato dos Comerciários, Milton Manoel. O seu vice é Severino Soares.

Outro estreante é o delegado civil Erick Lessa. Natural de Maceió, ele mora em Caruaru há cerca de dez anos, onde conseguiu seguir sua carreira profissional. Ele se destacou na cidade por comandar as operações Ponto Final I e II e a Hipócrates. A sua vice é Marília Mota.

Mais de 400 candidatos disputam vaga de vereador: salário pode chegar a R$ 15 mil em janeiro

Na Câmara de Vereadores de Caruaru serão 23 vagas em jogo e mais de quatro centenas de candidatos de olho nelas.

A última legislatura – 2012 a 2016 – foi muito conturbada, devido a vários fatores que geraram notícias negativas para o Poder Legislativo. Entre os temas que deixaram a credibilidade da Câmara em xeque estão as operações Ponto Final I e II; a aprovação do PCC dos Professores sem debater com a categoria, além da rejeição e depois aprovação do projeto que teria como foco a retirada da Feira da Sulanca do Parque 18 de Maio, no Centro, para uma área às margens da BR-104.

Nas operações Ponto Final I e II, dez vereadores chegaram a ser presos e afastados de seus cargos. Pouco mais de um ano e meio depois, a Justiça condenou todos eles, sendo que cinco permanecem desligados do cargo devido à sentença da Ponto Final II. Os outros cinco estão de volta e atuando normalmente, porque as decisões cabem recurso.

Dos dez, sete concorrem à reeleição, sendo que dois foram substituídos por seus filhos: Neto (PMDB) indicou Alícia Ramos (PMB) e o Pastor Jadiel (PSDC) o Jadiel Filho (PMB). Eduardo Cantarelli não vai disputar a reeleição.

Confira como acompanhar a apuração deste pleito em tempo real

O eleitor vai poder acompanhar em tempo real a apuração dos resultados deste pleito de quatro formas diferentes. A primeira delas pelo “Divulga”, sistema produzido pela Justiça Eleitoral para o acompanhamento dos resultados de votação de candidatos, partidos e coligações.

O “Divulga” permite a visualização dos dados por meio de várias consultas. Na versão desktop, ele oferece maior gama de informações, permitindo ao usuário consultar os resultados de todos os municípios. “O Divulga é um software instalável, que se encontra disponível para download gratuito na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em versões para Windows e Linux”, explica o chefe da Seção de Totalização e Divulgação de Resultados do TSE, Júlio Valente.

Outra forma de acompanhar a apuração dos resultados em tempo real é pelo aplicativo (APP) “Resultados”. O APP desenvolvido para tablets e smartphones pode ser baixado gratuitamente nas lojas Google Play (Android) e Apple Store (IOS). Por meio dele, é possível acompanhar os dados de cada município com a indicação dos eleitos ou dos que foram para o segundo turno (no caso dos municípios com mais de 200 mil eleitores). Os resultados do primeiro turno serão divulgados a partir das 17h do dia 2 de outubro.

Mais uma possibilidade é pelo aplicativo “Boletim na Mão”, também disponível para download gratuito nas lojas Google Play e Apple Store. A ferramenta permite que o resultado do pleito municipal de 2016 seja conferido por meio do código QR – um código de barras em 2D que pode ser escaneado pela maioria dos aparelhos celulares que têm câmera fotográfica. “Assim que acaba a eleição, o resultado da votação já é público. A urna emite o Boletim de Urna (BU), que o eleitor pode conferir no próprio local de votação. Agora, com o QR-Code, ele vai poder escanear uma cópia do BU e levar para casa o resultado da sua seção eleitoral no seu aparelho celular. Com a cópia do BU em mãos, o eleitor pode conferir no site do TSE se aquele boletim foi totalizado pelo Tribunal”, esclarece o chefe da Seção de Voto Informatizado do TSE, Rodrigo Coimbra.

Eleitor com deficiência poderá ter auxilio na cabine de votação

Somente aquelas pessoas que tenham alguma restrição de acessibilidade, que tenham dificuldade de locomoção (ou de visão) ou que precisem de um auxílio para votar poderão ser acompanhadas na cabina por uma pessoa de sua confiança. As urnas eletrônicas contam com uma marca de identificação em relevo na tecla 5, para o eleitor cego se orientar no momento do voto com relação às outras teclas, e um sistema de áudio, que é automaticamente habilitado para o eleitor que já se identificou perante a Justiça Eleitoral como deficiente visual. Além da marca de identificação, todas as teclas da urna têm Braille. O teclado corresponde ao de um telefone.

Para o eleitor que notadamente tiver deficiência visual, o mesário poderá habilitar, no instante do voto, o sistema de áudio da urna, a fim de facilitar a votação deste eleitor. Nestas eleições, 601.085 pessoas informaram ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida. A Justiça Eleitoral disponibilizará 32.271 seções eleitorais especiais acessíveis no dia 2 de outubro.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) instituiu o Programa de Acessibilidade da Justiça Eleitoral. Ele tem como meta implantar gradualmente medidas para remover barreiras físicas, arquitetônicas, de comunicação e de atitudes, sempre com o objetivo de promover o acesso, amplo e irrestrito, com segurança e autonomia, de pessoas com deficiência ou mobilidade diminuída ao processo eleitoral.

Mais de 200 mil eleitores vão às urnas hoje em Caruaru

As eleições deste domingo entram para a história da Capital do Agreste como a primeira com mais de 200 mil eleitores e a possibilidade real de segundo turno

Wagner Gil

Neste domingo (2), 209.898 mil eleitores de Caruaru vão às urnas para escolher prefeito e vice, além de 23 edis que passarão a integrar a Casa Jornalista José Carlos Florêncio, a partir de 1º de janeiro de 2017. Ao todo são sete candidatos na briga pela Palácio Jaime Nejain: Raquel Lyra (PSDB), Jefferson Abraão (PCB), Tony Gel (PMDB), Eduardo Guerra (Psol), Rivaldo Soares (PHS), Jorge Gomes (PSB) e Erick Lessa (PR). Já para a Câmara de Vereadores são mais de 400.

Além da possibilidade real de segundo turno pela primeira vez (Caruaru passou dos 200 mil eleirores), outra novidade este ano foi o início do rezoneamento, onde a 41ª Zona Eleitoral, que antes cuidava apenas da zona rural, agora vai receber seções eleitorais do perímetro urbano.

De acordo com o juiz Brasílio Guerra, a 41ª teve um acrésimo em torno de 11 mil eleitores com a inclusão de seções que estão nos bairro Cohab I, Afonsinho, parte do Jardim Panorama e Maria Auxiliadora. “Isso não muda nada para o eleitor. Apenas no seu título vai haver modificação de sua zona eleitoral. Os novos títulos serão entregues no dia da votação”, informou o magistrado. Ainda na 41ª são exatos 43.417 eleitores que irão votar em 140 seções. No total são 130 urnas, porque dez seções são agregadas, ou seja, duas na mesma urna.

Caruaru ainda conta com as zonas 105 e 106. Na 105 está Colégio Municipal Álvaro Linas, onde concentra o maior número de eleiores da cidade.

A cabina de votação é o local reservado da seção eleitoral em que o eleitor pode expressar, com total sigilo e inviolabilidade, seu voto na urna eletrônica. Com o objetivo de assegurar este sigilo, não é permitido ao eleitor, na hora da votação, o uso de celular (inclusive para tirar selfie do momento do voto). Também são proibidos máquinas fotográficas, filmadoras, equipamentos de radiocomunicação ou qualquer instrumento que possa comprometer a liberdade do sufrágio.

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Admar Gonzaga, ressalta que “quando o eleitor se dirige ao local de votação, é necessário ter em mente que está ali para o exercício de um direito de alta relevância na sua condição de cidadão”. Sobre o sigilo do voto, ele salientou que “tão importante é esse direito que o cidadão deve exercê-lo com absoluta liberdade, ou seja, é dever da Justiça Eleitoral zelar para que o eleitor vote sem qualquer assédio, intervenção ou constrangimento”.

“Mais que isso, a garantia do sigilo do voto se projeta como benefício para a sociedade, haja vista que a percepção de liberdade, para se manter íntegra, não pode ser abalada por episódios que se convertam em desconfiança contra o processo democrático. Com efeito, atuar contra a liberdade do voto, em qualquer hipótese, tem repercussão contra os interesses da sociedade e do país como nação. Isso porque o direito ao voto livre e consciente é um direito de igual valor para todos os cidadãos que estejam no pleno gozo de seus direitos políticos”, afirma o ministro.

No momento de votar, o eleitor pode levar para a cabina uma “cola”, um lembrete, ou seja, um papel com os números de seus candidatos para que possa marcar na urna eletrônica. No dia da votação também é permitida apenas a manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor por partido político, coligação ou candidato, revelada exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, dísticos e adesivos.

Em pronunciamento, presidente do TSE destaca importância do exercício da cidadania por meio do voto

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, em pronunciamento veiculado na noite deste sábado (1°) em cadeia nacional de rádio e televisão, destacou a importância do exercício da cidadania por meio do voto. Mais de 144 milhões de eleitores irão às urnas neste domingo (2) para eleger prefeitos e vereadores para os próximos quatros anos.

“Ao votar, damos um importante passo no fortalecimento da democracia. O voto, contudo, é apenas uma parte desse processo. Nosso papel também é o de fiscalizar aqueles que foram eleitos, a fim de que cumpram os compromissos assumidos. É momento de celebrar a democracia e exercer com liberdade e responsabilidade o direito de escolha dos nossos governantes”, afirmou em sua fala

Rede usa campanha municipal para formar quadros

Com um ano e registro e participando da primeira eleição, a Rede Sustentabilidade mede o seu desempenho no pleito municipal deste domingo (2) menos pelo número de candidatos a prefeito, vice e vereadores e mais pelo aprendizado dos militantes. O partido criado pela ex-senadora Mariana Silva utilizou a campanha municipal para formar quadros e criar uma estrutura partidária que possa sustentar a candidatura do seu principal nome na disputa presidencial de 2018.

A singela expectativa da Rede é reeleger seus dois prefeitos – Clécio Luiz, em Macapá, e Audifax Barcelos, em Serra, no Espírito Santo. Os dois têm chance. A direção da Rede também tem esperanças em conquistar a vice-prefeitura de Belo Horizonte, com a candidatura de Paulo Lamac, vice de Alexandre Kalil (PHS), e também tentar eleger o candidato a vice em Curitiba, o vereador Jorge Bernardi, na chapa encabeçada por Requião Filho (PMDB).

Clécio foi vereador pelo PT, depois mudou-se para o PSol e, em 2015, transferiu-se para a Rede. Agora, tenta a reeleição. O deputado estadual Lamac desistiu de concorrer sozinho e optou por uma aliança com um nome de maior peso e com mais chances. Audifax, apesar de ter ficado fora da campanha enquanto se recuperava de uma pneumonia, também tem chance de se eleger.

A Rede lançou 3.500 candidatos a vereador em quase todos os estados. Deste grupo, pouco mais de mil são mulheres. E outros 180 concorrentes a prefeito. “A renovação na política que a Rede propõe virá com o tempo. Por enquanto, estamos aprendendo e formando quadros”, disse um dos coordenadores da legenda, Bazileu Margarido.

“Nosso desempenho está dentro das nossas expectativas”, completou.

Na reta final da campanha, Marina Silva vai concentrar seu trabalho em Rio Branco, onde vota domingo, para tentar eleger Carlos Gomes prefeito e Gabriel Santos vice, uma chapa pura. As últimas pesquisas mostram as poucas chances da chapa da Rede na terra de Marina. Além de Macapá e Rio Branco, a Rede lançou candidatos a prefeito em mais outras cinco capitais – Belém (Úrsula Vidal), Manaus (Luiz Castro), Natal (Freitas Junior), Cuiabá (Renato Santana), São Paulo (Ricardo Young) e Rio de Janeiro (Alessandro Molon).

O desempenho do deputado Molon no Rio de Janeiro ficou muito aquém do esperado pela Rede. Mesmo sendo um dos parlamentares mais atuantes em Brasília, e tendo participado de ações políticas de peso, como o trabalho pela cassação do agora ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB), Molon não decolou. Nas pesquisas de quase todos os institutos ele não passa de dois por cento e é o último colocado, atrás de nomes como o do vereador Flávio Bolsonaro. A campanha municipal da Rede está de olho na candidatura de Marina Silva em 2018

PMDB e PSDB lideram os barrados na Ficha Limpa

O PMDB e o PSDB são, respectivamente, os dois partidos com mais candidatos barrados com base na Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2016 em todo o país – em números absolutos e proporcionalmente ao total de nomes lançados. Os dados são de levantamento do Congresso em Foco, a partir de registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao todo, 306 peemedebistas foram considerados inelegíveis pela Justiça eleitoral. O número representa 11,1% do total de barrados. Até segunda-feira (26), 93 candidatos do PMDB haviam sido excluídos em definitivo da campanha. Outros 213 ainda tentam reverter a decisão e correm o risco de não se eleger mesmo obtendo a votação necessária. O partido é responsável por quase 9% de todas as candidaturas deste ano.

Exclusivo: conheça os candidatos que caíram na Lei da Ficha Limpa

Em segundo lugar, aparece o PSDB – que também é o vice-campeão em filiados, com 7,2% de todos os candidatos. Ao todo, 209 tucanos foram considerados inelegíveis. Desses, 63 foram retirados da disputa. Os demais 146 seguem na disputa pendurados em recursos na Justiça.

Depois do PMDB e do PSDB, aparece o PSD, com 184 candidatos incluídos na lista dos inelegíveis. Desses, 134 ainda tentam reverter a decisão. Apenas três partidos não tiveram candidatos barrados pela Lei da Ficha Limpa: PSTU, PCO e Novo. Essas são, também, as legendas que têm menos concorrentes.

Envolvido na maior crise ética e política de sua história, em meio ao impeachment de Dilma e as denúncias contra o ex-presidente Lula, o PT aparece apenas na 12ª colocação entre os partidos com mais candidatos barrados na Ficha Limpa. Ao todo, 108 petistas tiveram registro negado. Desses, 66 seguem na corrida eleitoral. Proporcionalmente ao número de candidatos lançados, porém, é o sétimo