TSE adere à inclusão digital nas mídias sociais e adota hashtag #PraCegoVer

O Tribunal Superior Eleitoral está utilizando a hashtag #PraCegoVer em suas postagens no Facebook e Twitter. Posteriormente, a nova forma de comunicação também será adota no canal do Tribunal no YouTube. Mais do que cumprir a previsão legal de promover a inclusão de pessoas com deficiência, a iniciativa visa reforçar a importância e difundir a mensagem da acessibilidade por meio dos canais oficiais da Justiça Eleitoral.

Serão incluídos em todos os posts publicados nas redes sociais do TSE o texto descritivo da imagem, sem julgamentos ou opiniões, após o uso da hashtag #PraCegoVer. A descrição é lida por sistemas próprios de navegação e permite que não somente deficientes visuais, mas pessoas com dislexia, deficiência intelectual ou déficit de atenção também sejam beneficiadas.

Januário Couto é servidor do TSE há 20 anos e deficiente visual desde o nascimento. Ele conta que acessou com facilidade a hashtag #PraCegoVer e que essa iniciativa do Tribunal contribui muito para o acesso à informação. Atualmente, Januário está trabalhando no Tribunal Regional Eleitoral de Goiás onde exerce a função de programador, a mesma para a qual passou no concurso do TSE.

Ele lembra que o TSE sempre estuda formas de acessibilidade e que, como deficiente visual, foi um dos precursores da implantação do áudio na eletrônica. Antes de sua sugestão ser acatada, a urna dispunha somente o teclado em braile como forma de acessibilidade.

#PraCegoVer

A hashtag usada para retratar a imagem do post será seguida pela descrição textual da informação. O importante é que a ideia principal da imagem seja relatada, bem como o texto que a acompanha. O uso da ferramenta não acarreta custos ou interfere no planejamento e na criação dos conteúdos a serem publicados.

Todos os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) serão convidados a adotarem essa técnica, que já é utilizada por diversos órgãos do Poder Judiciário, como o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Tribunal Superior do Trabalho (TST), além de grandes empresas do setor privado.

Lei de Inclusão

A Lei Brasileira de Inclusão (LBI) – Lei nº 13.146/2015 -, prevê em seu artigo 63 a obrigatoriedade de acessibilidade nos sítios da internet de órgãos do governo, além da obrigatoriedade de utilização de legenda oculta, janela com interprete de Libras e audiodescrição em serviços de radiodifusão.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do IBGE, 6,2% da população tem algum tipo de deficiência, sendo a visual a mais representativa, pois atinge 3,6% dos brasileiros.

A Justiça Eleitoral já segue as recomendações da LBI nos materiais produzidos para veiculação em emissoras de televisão e rádio, além de seguir os padrões do Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (eMAG) em seus sítios eletrônicos.

As recomendações do eMAG permitem que a implementação da acessibilidade digital seja conduzida de forma padronizada, de fácil implementação, coerente com as necessidades brasileiras e em conformidade com os padrões internacionais.

Governo do Estado emite nota sobre salário de militares e bombeiros

NOTA

O Governo de Pernambuco encaminha, na próxima segunda-feira (06/02), à Assembleia Legislativa, o projeto de lei estabelecendo o reajuste do soldo da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) e do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBMPE). Representando um grande esforço financeiro para os cofres estaduais, no maior acordo de valorização funcional da história de Pernambuco, no momento em que o Brasil passa pela maior crise financeira da história, da qual o nosso Estado não está imune.

O reajuste representará um acréscimo de R$ 303 milhões na folha de pagamento de 2017. A proposta estabelece as correções para os meses de Maio de 2017, Abril de 2018 e Dezembro de 2018. Na tabela abaixo, estão os valores atuais e os corrigidos até o final do próximo ano.

Os novos valores são o resultado de muito diálogo, em 17 reuniões realizadas entre o Governo do Estado e os comandos da PMPE e do CBMPE, que representam a tropa na valorização das duas corporações. Pernambuco será um dos primeiros Estados do Brasil a priorizar a equiparação entre as corporações militares e a Polícia Civil, que será atingida no final de 2018.
O objetivo da proposta encaminhada para apreciação da Assembleia Legislativa visa o incentivo à carreira militar, com uma estruturação que levará à criação de 300 novas vagas de subtenente (200 em 2017 e 100 em 2018) e 18 vagas de coronéis (12 em 2017 e 6 em 2018). O subtenente é o topo da carreira dos graduados e o coronel é o topo da carreira dos oficiais. Essas duas faixas terão um reajuste médio de 25% no soldo.

Nos últimos dois anos, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar receberam um aumento médio de 20% em 2015 e 20% em 2016. A política salarial tem objetivado reduzir a diferença de soldo entre os oficiais e os praças.

Infelizmente, durante todo esse processo, iniciado em novembro de 2016, as associações militares se negaram a conversar com os comandos militares.

O Governo de Pernambuco continuará atuando para devolver aos comandos militares a disciplina e a hierarquia, necessárias a instituições com uma respeitável folha de serviços prestados ao povo do nosso Estado.

Governo de Pernambuco

Primeiro Mês – Um tempo para cada coisa acontecer

Primeiro Mês – Um tempo para cada coisa acontecer

Por Paulo Nailson*

Ao ser eleita, Raquel definiu prioridades e assumiu compromissos com a população como um todo. Neste período inicial de ajustes na administração pública, processo natural devido a troca de gestores para nova composição, é preciso compreender que os encaixes não são tão fáceis, até pelo fato do necessário tempo para uma observação mais apurada do quadro encontrado.

O desafio para uma nova gestão é bem maior do que se possa imaginar. São quatro anos, que podem ser renováveis por mais quatro, para promover reparos sobre omissões centenárias. Por isso esse primeiro trimestre é fundamental para colocar cada peça no lugar e, em alguns casos, descartar as que julgar necessário, seja por identificar inadequação ao seu jeito de gerir ou por desalinhamento político.

Os vereadores precisam exercer seu papel de legislar e fiscalizar, não sendo mera correia de transmissão do executivo, porém visando sempre o bem comum, e a oposição ter uma pauta inteligente. Ainda assim ela deve contar com uma base de apoio robusta na Câmara Municipal, já identificada que será comandada pelo vereador Leonardo Chaves, e o amplo apoio popular de quem viu em sua candidatura jovem junto com Rodrigo uma brecha para mudanças.

Ainda em outubro do ano passado, ela afirmou: “Vamos fazer um trabalho inovador, que vai nos ajudar a mudar a forma de enxergar a nossa cultura dando visibilidade a ela, não só para Caruaru, mas para o Brasil inteiro”, isso no histórico encontro com artistas que lotou o teatro João Lyra, sinalizando desde lá que ela compreende o acesso à cultura como um direito básico de cidadania, assim como o direito à educação, à saúde, à vida num meio ambiente saudável.

Busca agora trazer para o mundo tangível a tarefa de unir a todos para executar o prometido. Que avive o velho e atice o novo. Numa dialética permanente entre a tradição e a invenção, nessa encruzilhada de matrizes milenares e informações e tecnologias de ponta.

Há um tripé a ser completado que é conciliar na equipe a eficiência técnica com a sensibilidade humana e a necessária composição política.

Os problemas existem, alguns são graves e outros ainda aparecerão. Que sejam corajosamente encarados e sabiamente enfrentados. E que todos os seus colaboradores tenham a mesma visão ou a decência de não atrapalhar.

Enfim, a expectativa é ao final de seu mandato uma cidade mais humana, mais respeitável e mais suportável para cerca de 350 mil pessoas viverem em sanidade.

*Paulo Nailson de Almeida Lima

Temer age para curar as mágoas dos aliados derrotados na eleição da Câmara

A reeleição do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara ainda nem tinha sido oficializada e o presidente Michel Temer se antecipou para tentar curar as mágoas dos aliados do governo, derrotados na campanha interna pelo segundo cargo mais importante da República. Ele recebeu no Palácio do Planalto o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), derrotado por Maia, e o deputado Paulinho da Força, aliado do petebista.

Na final da tarde de quinta-feira (2) Temer telefonou para Jovair e o convidou para uma conversa no Palácio do Planalto. Magoado com a pressão que o Planalto fez para eleger Maia, o petebista resistiu ao convite e só atendeu a secretária do presidente depois do terceiro telefonema. Foi ao Planalto, conversou, saiu desconfiado, mas garantindo apoio ao governo.

Líder do PTB há mais de 10 anos, Jovair não pode reclamar muito da atuação de Temer pró Rodrigo Maia. Seu partido ocupa o ministério do Trabalho, onde o titular é o deputado Ronaldo Fonseca (RS). Os outros parlamentares da legenda, que tem 17 congressistas, não querem deixar o governo e abrir mão da fatia de poder para atuar somente no Congresso.

Além do ministério, o PTB indicou nomes paras delegacias estaduais do trabalho e outros cargos de segundo escalão nas autarquias, fundações e estatais. “Quem teve 105 votos na eleição para a presidência da Câmara não pode romper com o governo. Mas vai ter algum tipo de troco nas votações das reformas”, disse um petebista magoado que prefere o anonimato.

Temer sabe que o líder petebista foi fundamental para o impeachment e, em conseqüência, por sua chegada à presidência. Jovair foi o relator, na comissão especial, que deu parecer favorável ao afastamento da presidente cassada Dilma Rousseff. O petebista lembrou isto a Temer quando percebeu que o Planalto atuava para reeleger Rodrigo Maia.

Rede vai ao STF contra nomeação de Moreira Franco

A Rede Sustentabilidade acionou, nessa sexta-feira (3), o Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir o afastamento imediato de Moreira Franco do comando da recém-criada Secretaria Geral da Presidência. De acordo com nota divulgada pelo partido, a nomeação, feita pelo presidente Michel Temer na manhã de ontem (sexta, 3), trata-se de uma “artimanha para proteger o novo titular das investigações da Operação Lava Jato. A pasta já era ocupada por Franco. Entretanto, uma minirreforma fez com que a Secretaria ganhasse status de ministério e, por esse motivo, o peemedebista passa a ter foro privilegiado.

O agora ministro foi mencionado na delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Mello Filho. Diante da sua atual situação, Franco garante a prerrogativa de responder a eventuais investigações criminais somente no STF. Ele tomou posse do novo cargo após Temer editar uma medida provisória que recriou a Secretaria Geral da Presidência. Antes, Franco ocupava o cargo de secretário-Executivo do Programa para Investimentos do governo.

Elaborado pelos advogados Márlon Reis e Rafael Estorilio, o mandado de segurança se baseia no princípio da igualdade prevista na Constituição Federal – e também em uma decisão tomada pelo ministro do STF Gilmar Mendes, que suspendeu a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil. Isso aconteceu em 18 de março de 2016, em resposta a uma ação apresentada pelo PSDB e pelo PPS.

Naquela ocasião, a operação já tinha o ex-presidente Lula como alvo das investigações. “Se o STF adotou esse tipo de decisão quando a então presidente Dilma tentou protegê-lo, então esse argumento também pode ser aplicado no caso de Moreira Franco, que foi citado 34 vezes na delação da Odebrecht e, inclusive teria o nome de Angorá no esquema”, afirmou Reis, um dos idealizadores da Lei da Ficha Limpa.

Ele explica ainda que o mandado pede apenas o afastamento e a suspensão da nomeação de Franco como secretário geral da Presidência e não a extinção do cargo criado nesta semana. “O problema está em quem foi nomeado para comandar a secretaria com status de ministério, não nesse posto. Nesse caso, o presidente tem o direito legal de criar esse tipo de cargo”, esclarece

Câmara começa o ano priorizando tramitação da PEC da Previdência

A primeira semana de trabalhos legislativos da Câmara neste ano terá como ponto central a criação e instalação da comissão especial destinada a analisar o mérito da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, que trata da reforma da Previdência Social.

O ato de criação da comissão deverá ser lido em sessão plenária da Casa na segunda-feira (5) ou na terça-feira (6). A partir daí, os líderes partidários farão a indicação dos deputados para compor a comissão, que deverá ser instalada na quarta-feira (7) ou na quinta-feira(8).

A comissão especial será composta, de acordo com a regra da proporcionalidade das bancadas ou blocos, por 36 deputados. Com isso, a maioria dos integrantes será de aliados do governo. A comissão terá até 40 sessões plenárias da Câmara para debater a matéria, de modo que ela seja levada para votação, em dois turnos, no plenário da Casa.

Aprovada, será imediatamente encaminhada à apreciação do Senado. No entanto, o relator da PEC poderá apresentar parecer à matéria na décima primeira reunião, a fim de que ela seja aprovada e levada a plenário.

Mesmo com a possibilidade da votação ocorrer a partir da décima primeira sessão, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), garantiu que não haverá prejuízo dos debates e da transparência. O relator da PEC será o deputado Arthur de Oliveira Maia (PPS-BA). O deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) já foi escolhido para presidir a comissão.

Além da comissão especial da Previdência, a Câmara terá sessões deliberativas a partir de terça-feira (6). A pauta prevê a apreciação de 15 requerimentos – a maioria para votação de projetos em regime de urgência – 11 projetos de lei e duas PECs.

Entre os requerimentos, um é para votação em regime de urgência do projeto 442/1991, que dispõe sobre a legalização do jogo do bicho (Marco Regulatório dos Jogos no Brasil). Outro é para votação em regime de urgência do Projeto de Lei 2.289, de 2015, do Senado Federal, que prorroga o prazo para disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos de que trata a Lei 12.305/2010.

Dilma, governadores e ex-ministros participam do velório de dona Marisa Letícia

A ex-presidenta da República, Dilma Rousseff, se despediu da ex-primeira dama Marisa Letícia Lula da Silva no fim da manhã de hoje (4). Dilma chegou ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo Campo, onde ocorre o velório de dona Marisa, por volta das 11h30. Ela cumprimentou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e permaneceu ao lado do caixão recebendo abraços de populares.

Também estiveram no velório para se solidarizar com o ex-presidente Lula e manifestar pesar à família os governadores do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e de Minas Gerias, Fernando Pimentel, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), além de ex-ministros da gestão de Lula na Presidência da República, como Luiz Dulci, Luiz Marinho, Gilberto Carvalho e Paulo Vannuchi. O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e os ex-ministros da gestão de Dilma Rousseff,Juca Ferreira e Aloizio Mercandate também prestaram solidariedade ao ex-presidente.

Iniciado às 9h apenas para familiares, o velório foi aberto ao público por volta das 10h20. Ao meio dia, uma fila de mais de 700 pessoas esperava para se despedir de dona Marisa Letícia e cumprimentar Lula. O ex-presidente permaneceu até por volta das 12h40 ao lado do caixão recebendo abraços dos populares que vieram ao velório. Depois disso, foi descansar em uma sala reservada. Um ato ecumênico deverá ocorrer às 14 horas..

“Minha vida acabou um pouco desde o dia em que ela entrou nessa situação”, disse Tânia Silva, 55 anos, que segurava nas mãos um retrato de Lula, Marisa e Dilma juntos. “Do jeito que o Lula está, só Jesus para dar força para ele. Ele está forte e abraçando e beijando todo mundo”, acrescentou Tânia, após cumprimentar o ex-presidente.

Lava Jato: Delcídio diz que Palocci negociou para beneficiar campanhas políticas

Em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro nesta sexta-feira (3), o senador cassado Delcídio do Amaral voltou a acusar o ex-ministro Antônio Palocci de fazer a ponte entre os interesses do governo, à época da gestão petista, e os empresários para beneficiar campanhas políticas. Delcídio prestou depoimento como testemunha de acusação na ação penal que investiga o ex-ministro, o empreiteiro Marcelo Odebrecht e mais 13 pessoas. Eles foram denunciados pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Segundo Delcídio, Palocci teria uma influência muito grande entre o empresariado. “O ex-ministro Palocci transitava muito bem entre os empresários. Ele era a pessoa que fazia contatos com os empresários.” Questionado pela defesa do ex-ministro se acompanhou negociações entre Palocci e os empresários para arrecadar recursos para campanhas políticas, afirmou: “eu não participava dessa ‘entorragem’, mas eu tinha as informações necessárias para compreender o papel do ex-ministro Palocci na arrecadação de recursos nas campanhas”.

Segundo o advogado de Palocci, José Roberto Batochio, o senador cassado não trouxe provas que incriminem o ex-ministro. “O senador Delcídio disse que tudo o que ele sabia não tinha presenciado nada. Disse que tudo o que falou ele ouviu dizer de terceiros. Então estamos numa situação do ‘disse que me disse’, do ‘será que pode ser’. Isso não é prova. De modo que acabada a prova do Ministério Público Federal, o saldo incriminatório é igual a zero. Para condenar, vai ter que fazer muita força. Terá que fazer um ‘salto triplo carpado com twist’”.

Também prestaram depoimento na tarde desta sexta-feira (3), o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco e o engenheiro Zwi Skornicki. Os dois negaram ter tratado de pagamento de propina com Palocci. Quando Barusco detalhava o repasse de propina no esquema de corrupção da estatal, Sérgio Moro perguntou se ele tinha conhecimento da participação de Palocci nas atividades, o ex-gerente disse: “não tenho conhecimento. Eu sei que o João Ferraz [ex-diretor presidente da empresa Sete Brasil] conversava com ele. Sei que eles se reuniam, mas não sei qual era a agenda desses encontros. Eles se reuniram mais de uma vez, mas não era uma coisa frequente”.

De acordo a denúncia do Ministério Público Federal, Palocci e a construtora Odebrecht teriam estabelecido um “amplo e permanente esquema de corrupção” entre 2006 e 2015. O esquema envolveria o pagamento de propina ao PT. Os procuradores do MPF afirmam que o ex-ministro teria atuado de modo a garantir que a empreiteira vencesse licitação da Petrobras para a contratação de 21 sondas, mas a defesa de Palocci nega as acusações.

Ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva morre aos 66 anos em São Paulo

Ex-primeira-dama Marisa Letícia
Ex-primeira-dama Marisa LetíciaArquivo/Agência Brasil

A ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva morreu nesta sexta-feira (03), aos 66 anos, em São Paulo. A morte ocorreu às 18h57 e foi confirmada pelo Hospital Sírio-Libanês, onde Marisa estava internada desde o dia 24 de janeiro após sofrer um acidente vascular cerebral hemorrágico.

O velório da esposa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ocorrerá no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, neste sábado (4), das 9h às 15h. Em seguida, o corpo será cremado em cerimônia particular no Cemitério Jardim da Colina, também em São Bernardo do Campo.

Marisa Letícia passou hoje por um protocolo de averiguação de morte cerebral às 12h. Havia a previsão de que nova avaliação fosse feita às 18h. No entanto, o hospital não confirmou se o procedimento chegou a ser realizado. Por volta das 18h, o padre Júlio Lancellotti ministrou a extrema unção à ex-primeira dama.

Solidariedade

Durante o dia, Lula recebeu visitas de diversas personalidades políticas no Sírio-Libanês. A ex-presidenta Dilma Rousseff, que antecipou a vinda de uma viagem da Europa, ficou até o fim da tarde ao lado do ex-presidente. Os ex-ministros Ciro Gomes e Orlando Silva também estiveram no hospital para expressar pesar por Marisa Letícia.

“É um momento de consternação, de muita tristeza, as pessoas estão muito comovidas. Todo mundo sabe como ela era importante para o equilíbrio emocional do presidente, o apoio que ela sempre deu para ele. Então eu sinto muito, todo mundo que esteve perto deles em algum momento sente muito a perda da dona Marisa”, disse Orlando Silva.

No fim da tarde, cerca de 30 militantes do PT, a maioria mulheres, puderam entrar no hospital encontrar o ex-presidente. Após terem sido recebidos por Lula, os militantes, muito comovidos, não quiseram se manifestar.

Também estiveram no hospital nesta sexta-feira o ex-governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, e os ex-ministros Tarso Genro, Luís Marinho, e Paulo Vanucchi.

Biografia

Marisa Letícia Lula da Silva nasceu em São Bernardo do Campo (SP), em 1950. Figura discreta ao lado do marido, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marisa começou a trabalhar aos 9 anos como babá na casa de um sobrinho do pintor Cândido Portinari. Cresceu em uma família de 11 irmãos e casou-se aos 19 anos com o taxista Marcos Cláudio da Silva. Três meses depois e grávida do primeiro filho, Marisa ficou viúva depois que o marico foi assassinado durante um assalto.

Em 1973, conheceu Lula no Sindicato dos Metalúrgicos e se casaram sete meses depois. Com Lula, teve três filhos. Também compõem a família Marcos, filho do primeiro marido, e a enteada Lurian, filha de outro relacionamento de Lula. Marisa esteve ao lado do ex-presidente durante sua ascensão política, desde os tempos de sindicato, passando pela fundação do PT – que ajudou a criar – até a Presidência da República, em 2003.

Durante os anos no Palácio da Alvorada, Marisa não encabeçou projetos sociais, função comum às primeiras-damas anteriores, e deixava os holofotes para o marido. Mas, durante as campanhas presidenciais de Lula participava, junto com ele, de comícios, passeatas e outros compromissos. Em 2011, incentivou Lula a realizar os exames que descobriram um câncer na laringe do ex-presidente. Foi Marisa que cortou os cabelos e a barba do marido, antecipando os efeitos da quimioterapia.

Em 2016, a ex-primeira tornou-se ré em processo da Operação Lava Jato após a Justiça acatar a denúncia do Ministério Público Federal contra ela e Lula no caso do triplex no Guarujá (SP).

 

“Estado está sem rumo e sem direção’, dispara Sílvio Costa

O retorno dos trabalhos na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) foi marcado pelo debate entre a bancada de oposição e a base do governo na Casa. Destacando a importância do debate do contraditório e o papel da oposição para qualquer governo, o deputado Silvio Costa Filho (PRB), líder da bancada oposicionista, destacou a preocupação dos parlamentares com a situação fiscal do Estado e seus desdobramentos para a sociedade.

“Infelizmente, vivemos num Estado sem governo, sem rumo e sem direção”, afirmou Silvio, destacando que Pernambuco hoje é um Estado dependente do Governo Federal, de operações de crédito e de fontes extraordinárias de recursos, como o programa de recuperação de créditos fiscais, o aumento de impostos e a cota estadual da repatriação de divisas, feita pela União.

“Em dez anos de gestão do PSB, a dívida pública subiu de R$ 4,4 bilhões para mais de R$ 12 bilhões. Nos últimos dois anos, Pernambuco encerrou o exercício com mais de R$ 1 bilhão de restos a pagar, quando em 2013 e 2014 esse valor girava em torno de R$ 350 milhões. Até mesmo o FEM, criado em 2013, teve seus desembolsos reduzidos de R$ 142 milhões em 2013 para a média de R$ 65 milhões em 2015 e 2016”, destacou o deputado.

Para Silvio, o desequilíbrio fiscal do Estado é refletido nos serviços prestados à população, como na precariedade do sistema público de saúde, no crescimento da violência no Estado, na paralisação de mais de 900 obras públicas, na estagnação dos projetos de mobilidade, entre outros problemas.