Deputados pró-impeachment apontam crise econômica como motivo para afastamento

Ao defender o voto pela abertura de processo contra a presidente Dilma Rousseff, o deputado Rôney Nemer (PP-DF) disse há pouco que chegou a trabalhar na última campanha eleitoral pedindo votos para a presidente da República e Michel Temer. “Eu tive um desgaste político grande e até problemas dentro da família”, recordou o parlamentar, antes de anunciar que votará pelo impedimento da presidente.

“Eu conversava com as pessoas e dizia que os programas sociais iriam ser ampliados, mas, após a eleição, não foi o que ocorreu. Vimos a economia falir e o desemprego bater na porta das pessoas. Por isso, amanhã, eu votarei pelo impedimento da presidente Dilma”, completou.

Também favorável ao impeachment de Dilma Rousseff, o deputado Rafael Motta (PSB-RN) disse que ela é responsável pela atual crise econômica, que tem como principal consequência o aumento do desemprego. “Lembro aqui um professor de Natal que perdeu o emprego por conta da crise econômica. A crise fez a escola cortar custos. E ele é apenas um entre os 10 milhões de brasileiros que perderam o emprego desde 2012. Prometi defender a educação e por isso não posso fingir que esta tudo bem”, declarou.

Encerrada discussão sobre processo de impeachment; votação começa às 14h

Após 9 horas e 40 minutos de discursos dos deputados inscritos para falar contra e a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, a fase de discussão da matéria foi encerrada.

Nessa etapa, falaram 142 deputados, 66 favoráveis e 51 contrários, e outros 25 líderes partidários. Desde as 2h40 da manhã, não havia mais inscritos contra o impeachment e vários deputados favoráveis deixaram de falar para encerrar a sessão antes do previsto.

Todo o processo começou na sexta-feira (15), com as inscrições por partidos, e nessas quase 43 horas, foram ouvidos 389 discursos.

Relatório 
A sessão foi encerrada e os trabalhos devem ser reiniciados às 14 horas para a votação do parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), aprovado na comissão especial, que determina a abertura de processo de crime de responsabilidade contra a presidente Dilma Rousseff.

Uma das infrações da presidente seria a edição de decretos suplementares sem autorização do Legislativo e em desconformidade com um dispositivo da Lei Orçamentária que vincula os gastos ao cumprimento da meta fiscal. Sem a revisão da meta fiscal aprovada, o Executivo não poderia por iniciativa própria editar tais decretos, tendo de recorrer a projeto de lei ou Medida Provisória.

Em relação às pedaladas fiscais, o governo teria cometido crime ao atrasar repasses ao Banco do Brasil para o pagamento de benefícios do Plano Safra, levando o banco a pagar os agricultores com recursos próprios. Esse atraso, na avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU), configura a realização de uma operação de crédito irregular.

Rito
Cabe à Câmara dos Deputados autorizar, ou não, a abertura de processo de impeachment contra a presidente. Essa decisão depende do aval de 342 votos favoráveis, dois terços da composição da Câmara dos Deputados. Se o processo for aberto, o Senado será responsável por julgar a presidente Dilma.

Concursos: PE terá 966 vagas para escrivão, delegado e agente

A semana encerra com mais de 9 mil vagas em treze estados. Disponíveis em diversos níveis de formação, o maior salário é oferecido pela Prefeitura de Eredhim-RS, R$ 14 mil.

O início da próxima semana continua com mais 13.599 vagas disponíveis em 23 estados. A Secretaria de Defesa Social do estado de Pernambuco oferece 966 vagas distribuídas nas funções de Escrivão de Polícia, Delegado de Polícia e Agente de Polícia. O salário chega a R$ 9 mil e as inscrições terminam no dia 26 de abril.

O concurso será realizado pelo Cebraspe – Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoções de Eventos e para se inscrever, o candidato precisa ter curso superior.

New York Times destaca Congresso em Foco em matéria sobre a crise

Congresso em Foco

Em matéria com análise sobre o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o jornal norte-americano The New York Times faz menção ao Congresso em Foco como “um grupo de vigilância que monitora a corrupção no Legislativo”. O texto, publicado ontem (quinta, 14), concentra críticas a figuras da política nacional que, às voltas com os ”próprios escândalos”, agora patrocinam o rito de deposição presidencial – entre eles o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, e o deputado Paulo Maluf (PP-SP).

Ao lembrar os atores do impeachment, a publicação replica a menção feita recententemente à “quadrilha de ladrões” pelo jornalista Mario Sergio Conti, colunista da Folha de S. Paulo, em texto sobre os algozes de Dilma: “Ela não roubou nada, mas está sendo julgada por uma quadrilha de ladrões”, escreveu Conti em sua coluna semanal.

O New York Times pontua, por exemplo, que Paulo Maluf muitas vezes é descrito com o slogan “Rouba mas Faz” pelos eleitores. Mesmo assim, continua a publicação, como uma série de outros membros “atormentados por escândalos” do Congresso Nacional, Maluf diz estar farto de toda a corrupção no país e que, por isso, apoia a derrubada da presidente. Como este site registrou em 7 de abril, o deputado, que consta da lista de procurados da Interpol, diz ser “avesso a negociatas”.

“Eu sou contra toda a negociata duvidosa que este governo faz”, disse Maluf, identificado pela edição como um ex-prefeito de São Paulo que enfrenta acusações dos Estados Unidos. Ele teria roubado mais de US$ 11,6 milhões em um esquema de propina.

“Ganhar a eleição para o Congresso é uma licença para roubar para determinadas figuras”, disse Sylvio Costa, o fundador do Congresso em Foco.

“Neste sistema grotesco, os maiores ladrões são aqueles que detêm o maior poder”, enfatizou Sylvio.

Eduardo Cunha foi adjetivado como “o poderoso” presidente da Câmara. O periódico destacou que Cunha deve ir a julgamento na mais alta corte do país, o Supremo Tribunal Federal (STF), sob a acusação de ter embolsado cerca de US$ 40 milhões em subornos.

“O Sr. Cunha, um comentarista de rádio cristã evangélica e economista que emite regularmente mensagens no Twitter citando a Bíblia, é acusado de lavagem de ganhos através de uma mega-igreja evangélica”, diz o texto publicado pelo New York Times.

PDT ameça expulsar quem não votar contra o impeachment

O presidente do PDT, Carlos Lupi, ameaça expulsar os deputados do partido que votarem a favor do impeachment presidencial. O ofício número 015 trás um aviso duro: “Os parlamentares que votarem a favor do impedimento da presidenta Dilma Rousseff sofrerão as sanções previstas no estatuto que prevê a expulsão e a consequente perda do mandato parlamenta, além da imediata intervenção nas direções estaduais e municipais nos casos pertinentes.

O comunicado assinado por Lupi equivale a uma decisão de “fechamento de questão”, instrumento interno de cada legenda que obriga os deputados a seguir o desejo da maioria do partido, que é contra o impeachment. A direção do PDT enviou o ofício aos seus 19 deputados e exige que assinem para mostrar que tomaram conhecimento das consequências.

O PDT tem nove deputados contra o impeachment, seis indecisos e quatro a favor da saída de Dilma do Planalto. Esse último grupo pode ser expulso.

A decisão da direção do PDT revoltou alguns parlamentares. O deputado Sérgio Vidigal, representante do Espírito Santo, por exemplo, negou-se a assinar o documento e reafirma que vai votar pelo impeachment.

“Estou sendo obrigado a votar e apoiar o PT, que tem dirigentes presos pela Justiça, e serei expulso do partido que ajudei a fundar e pelo qual fui prefeito três vezes?”, protestou.

Vidigal é o presidente do PDT capixaba e candidato a prefeito da cidade de Serra. Se votar pelo impeachment e for expulso, ficará sem legenda para disputar a prefeitura novamente.

Com 28 anos de filiação partidária no PDT, Vidigal teve 161 mil votos para deputado e tem, segundo pesquisas, as melhores chances de ser eleito prefeito de Serra. A sua votação representou 9% de todos os votos válidos no estado para deputado.

“Acho este documento uma violência. Não vou assinar”, avisou. Assim como Vidigal, o PDT tem outros quatro casos de dissidentes. Entre eles está o deputado Mário Heringer, de Minas Gerais, que já deu declarações a favor do impeachment.

Com fértil técnico, Bruno Lagos vai tentar chegar à Câmara pelo PDT

O ex-secretário de infraestrutura, Bruno Lagos, carrega extenso currículo técnico. Formado em engenharia civil, pela Universidade de Pernambuco, e em Ciências Sociais, pela Fafica, Bruno traz um carisma que vem agradando caruaruenses. Em sua página numa rede social as pessoas demonstram apoio pela pré-candidatura a vereador. 

Filiado ao PDT, ele vai para sua primeira disputa eleitoral. Este ano são 23 vagas que estarão em disputa na Casa Jornalista José Carlos Florêncio. Devido uma série de acontecimentos locais e nacionais, o sentimento de renovação pode ajudar candidatos de perfil técnico.

Foi lá que o ex-secretário declarou “Muitas vezes a vida da gente dá uma virada e algo que não pretendíamos realizar vira sonho. Sou técnico! Isso muito me orgulha. Trabalhei com o prefeito, José Queiroz, e com o vice-prefeito, Jorge Gomes, objetivando construir uma cidade melhor, com maior mobilidade e qualidade de vida. Foi quando vi que como político poderei fazer mais pela Caruaru que tanto amo”.

  

Auto da Compadecida será apresentado hoje no distrito de Pau Santo

Teatro Experimental de Arte – TEA, dando continuidade ao projeto Arte na Comunidade, criado por Argemiro Pascoal, na década e 80, vem levando e espetáculo ‘Auto da Compadecida’, a um público sem acesso aos bens culturais. Neste sábado, a comunidade de Pau santo vai receber o espetáculo, que começa às 17h, na praça e sem custo para a população.

 O objetivo do projeto é possibilitar aos habitantes mais distantes e, principalmente da Zona Rural, a oportunidade de ver e discutir um espetáculo teatral. ”Nós estamos resgatando esse projeto que é muito importante para a formação cultural das pessoas. O Auto da Compadecida traz uma reflexão importante”, disse Arari Marrocos, diretora do TEA. Os atores foram formados em oficinas iniciadas este ano no próprio TEA

Artigo: A mudança começa em nós 

O Brasil passa por um momento delicado da sua história. Vamos enfrentar o segundo processo de impeachment de um presidente da república em menos de 30 anos. Tudo isso que está ocorrendo nos faz pensar no que queremos para nossa nação, mas principalmente para as nossas vidas.

O desemprego aumenta diariamente e assusta, especialmente, quem está entrando no mercado de trabalho. O poder de compra diminui bruscamente e o nível de endividamento da população cresceu. Nossos indicadores econômicos estão em queda desenfreada e as conquistas socioeconômicas dos últimos anos começam a entrar em risco.

Todos os dias, tomamos conhecimento de novos casos de corrupção nos mais variados níveis do estado brasileiro. A generalização das pessoas envolvidas e não envolvidas nos casos é inevitável, mas pergunto será que tudo isso só ocorre na política? Será que nós cidadãos não temos uma parcela de culpa ou responsabilidade? O jeitinho brasileiro de se fazer as coisas, a furada na fila, o pedido de benefícios por motivos escusos, a tentativa de se livrar da multa e tantos outros casos que sabemos que acontece no cotidiano também são atitudes condenáveis.

Acredito que precisamos todos fazer uma grande reflexão. Falamos tantas vezes no Brasil que desejamos, mas tratamos pouco das mudanças que as pessoas precisam fazer. Nosso país é formado por um povo eclético, com diferentes culturas e tradições, mas com um grande amor em comum: a nossa pátria.

O momento que estamos enfrentando se torna ainda mais delicado por ser às vésperas das eleições municipais. É por essa razão que sou a favor que as mudanças que já iniciaram ganhem corpo, voz e força ainda mais.

Temos que separar aquela velha prática da política assistencialista, onde, para se eleger, ganha quem “der” mais para as pessoas. A essência da política é de poder mudar as vidas das pessoas por meio de transformações e projetos com foco na coletividade, não através de favores. Não podemos mais aceitar a infeliz prática de comercialização de apoios, temos que colocar na prioridade o debate das idéias, das políticas públicas. As pessoas que querem e as que já estão na vida pública precisam fazer o debate do nós, e não do eu.
Reafirmo que podemos iniciar um novo tempo no Brasil, mas essa transformação só se faz possível se mudarmos as nossas posições e concepções. Independente do que ocorrer neste domingo, tudo deve servir de aprendizado e não podemos parar esse processo no domingo.

Precisamos continuar essas mudanças todos os dias. De nada serve ser a favor ou contra o que está passando, se no pessoal aceitarmos os “favores” cotidianos de qualquer que seja. Para qualquer grande mudança precisamos, primeiramente, de uma pequena atitude: agir.

* Miguel Coelho (deputado estadual e presidente do PSB de Petrolina)

Conselho Municipal das Mulheres emite nota contra impeachment

Nota do Conselho Municipal da Mulher de Caruaru, contra os ataques de gênero à Presidenta Dilma Rousseff, contra o golpe e em defesa da democracia. 

Diante dos últimos acontecimentos no cenário político brasileiro, no que diz respeito aos constantes ataques à democracia deste país, o Conselho Municipal da Mulher de Caruaru, vem por meio desta cumprir o seu papel social. 

Defender a Presidenta Dilma Rousseff está muito além de defender um cargo e passa pela defesa de todas as mulheres brasileiras. As mulheres negras que saíram do único campo de visão que lhes era apresentado e cresceram. Salve Benedita da Silva. As mulheres negras que entraram na Universidade para se tornarem médicas. Salve Suzana. As mulheres que graças a este governo, puderam enfim ter programas específicos de proteção, porque este, entendeu que políticas públicas precisavam ser desenvolvidas. Salve a lei do feminicídio. Salve as casas do Programa Minha Casa Minha Vida, com as escrituras nos nomes das mulheres. As que ficam. As que resistem. 

É inadmissível que uma chefe de estado sofra os ataques que a Presidenta vem sofrendo, com ataques diretos ao gênero feminino, como se, por ser mulher, ela fosse menos competente. É inadmissível que qualquer mulher tenha suas capacidades questionadas por sê-la. 

Este Conselho Municipal repudia todo e qualquer ataque à figura da Presidenta Dilma, porque na ofensa dela, somos ofendidas e ao contrário do que vários setores conservadores, brancos e ricos deste país desejavam, nós estamos quebrando as correntes do patriarcado e nos defenderemos, nos manteremos e resistiremos. 
Vai ter mulher Presidenta, vai ter mulher sindicalista, vai ter mulher dirigindo cooperativa, vai ter movimento de mulheres, vai ter mulher organizada sim. 
Não vai ter golpe.

Mais Médicos será ampliado e novos municípios poderão aderir 

Municípios com interesse em participar do Programa Mais Médicos terão nova chance de aderir à ação. Os editais publicados, nesta sexta-feira (15), para reposição de vagas desde a última seleção da iniciativa, realizada em janeiro, também abre nova oportunidade para as prefeituras.

 Agora, as cidades que não participam do Programa poderão aderir e solicitar vagas. Serão ofertadas ainda 1,4 mil vagas a médicos brasileiros com registro no país, e, em caso de não preenchimento total, para brasileiros formados do exterior.  
O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação da Saúde do Ministério da Saúde, Hêider Pinto, afirma que a possibilidade de novas adesões vai beneficiar as cidades que, por algum motivo, acabaram não ingressando no Programa anteriormente.

 “Nós estamos dando esta nova oportunidade para municípios aderirem e conseguirem, assim, expandir com qualidade o atendimento à população na Atenção Básica. Além disso, municípios cujos médicos saíram do Programa por algum motivo poderão repor novamente este quantitativo”, explicou. “Alguns municípios têm ampliado a capacidade de atrair e fixar médicos, isso permite que possamos atender melhor a quem tem mais necessidade”, completou o secretário.