Deputados têm até às 14h de hoje para indicar comissão do impeachement 

Blog do Jamildo

Com reunião de instalação marcada para 18h de amanhã no plenário da Câmara dos Deputados, os partidos da base aliada e da oposição têm até as 14h desta segunda-feira (7) para definir os parlamentares que integrarão a comissão especial que analisará o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff e vai elaborar um parecer sobre a denúncia por crime de responsabilidade, aceita na semana passada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O PT confirmou que o líder do partido na Câmara, Sibá Machado (AC) e o líder do governo, José Guimarães (CE), integrarão a comissão. Sozinho, o partido tem direito a oito assentos e ao mesmo número de suplentes. O PT informou que os nomes restantes serão escolhidos na reunião de bancada do partido, na manhã desta segunda-feira.

O PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, e também de Eduardo Cunha, que deflagrou o processo de impeachment, terá o mesmo número de assentos que o PT. Segundo a assessoria de Leonardo Picciani (RJ), líder da sigla na Câmara, o deputado só divulgará os nomes para a comissão especial após terminar a lista. Ele próprio ainda não decidiu se integrará o grupo.

A reportagem da Agência Brasil não conseguiu contato com Carlos Sampaio, líder do PSDB, que terá seis vagas. Já no caso do DEM, partido de oposição com direito a dois assentos mais os suplentes, também não está decidido se o líder da legenda na Câmara, Mendonça Filho (PE), integrará a comissão especial. “Ele não definiu se vai, ou se vai indicar outra pessoa”, disse a assessora de imprensa do deputado. Segundo ela, o partido deve tomar a decisão amanhã cedo, provavelmente após reunir a bancada.

Ao todo, a comissão terá 65 membros, distribuídos conforme a representatividade de cada partido no Congresso. De acordo com o regimento interno da Casa, deve haver pelo menos um membro de cada partido. Além do DEM, PRB, SD, PSC, PDT e PROS terão duas vagas cada. PP, PSD, PR e PSD terão, cada um, quatro vagas e o PTB, três. As bancadas do PHS, PTN, PMN, PEN, PCdoB, PPS, PV, SOL, PTC, PTdoB, Rede e PMD, terão, cada uma, um representante na comissão.

Justiça Eleitoral garante acessibilidade 

Em comemoração ao Dia Internacional das Pessoas com Deficiência (3 de Dezembro), a Justiça Eleitoral destaca os avanços na legislação destinados a assegurar ao eleitor com deficiência pleno acesso, com segurança e autonomia, ao exercício do voto. Nesse sentido, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou há mais de três anos a Resolução nº 23.381/2012, que instituiu o Programa de Acessibilidade da Justiça Eleitoral. O programa tem como objetivo a implantação gradual de medidas para remover barreiras físicas, arquitetônicas, de comunicação e de atitudes. Isso sempre com a finalidade de promover o acesso, amplo e irrestrito, de pessoas com deficiência ou mobilidade diminuída ao processo eleitoral. 

Estabelece ainda que os TREs e as zonas eleitorais devem elaborar um plano de ação para garantir a plena acessibilidade desses cidadãos aos locais de votação, eliminando obstáculos dentro das seções eleitorais que impeçam ou dificultem que eleitores com deficiência ou mobilidade reduzida votem. 

Também prevê a assinatura de convênios de cooperação técnica com entidades públicas e privadas responsáveis pela administração dos prédios onde funcionem seções eleitorais. Convênios também devem ser firmados com entidades representativas de pessoas com deficiência, que poderão auxiliar no planejamento e no aprimoramento da acessibilidade na Justiça Eleitoral. 

Código Eleitoral 

O Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965) dispõe que os TREs deverão, a cada eleição, expedir instruções aos juízes eleitorais para orientá-los na escolha dos locais de votação de mais fácil acesso para o eleitor com deficiência física. 

Em 2002, o TSE editou a Resolução nº 21.008, que determinou a criação de seções eleitorais especiais destinadas a eleitores com deficiência. Segundo a resolução, estas seções devem ser instaladas em locais de fácil acesso, com estacionamento próximo e instalações, inclusive sanitárias, que atendam às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 

Deveres e direitos 
De acordo com a legislação eleitoral, o cidadão com deficiência é considerado um eleitor comum. Assim, tem a obrigação de se cadastrar a partir dos 18 anos e votar até os 70 anos de idade. No entanto, a pessoa com deficiência não está sujeita à sanção caso se mostre impossível ou demasiadamente oneroso cumprir as obrigações eleitorais, relativas ao alistamento e ao voto. 

O eleitor nessa condição, mediante requerimento pessoal, ou por seu representante legal ou procurador devidamente constituído, acompanhado de documentação que comprove a deficiência, poderá solicitar ao juiz eleitoral a expedição de certidão de quitação eleitoral, com prazo de validade indeterminado. 

O Decreto nº 6.949/2009, que dispõe sobre os direitos da pessoa com deficiência, tratou de especificar os direitos de forma mais detalhada. Com relação à participação na vida política e pública, o decreto determina em seu artigo 29 que os Estados devem garantir à pessoa com deficiência direitos políticos e a oportunidade para exercê-los em condições de igualdade com as demais pessoas. 

O decreto estabelece que as pessoas com deficiência têm direito de participar efetivamente da vida política, diretamente ou por meio de representantes livremente escolhidos. Têm o direito de votar e serem votadas. O decreto prevê ainda que os procedimentos, instalações, materiais e equipamentos para votação devem ser apropriados, acessíveis e de fácil compreensão e uso para a pessoa com deficiência

Hospital Mestre Vitalino inaugura centro cirúrgico nesta segunda-feira 

A nova administração do Hospital Mestre Vitalino (HMV) abrirrá nesta segunda -feira (07), o Centro Cirúrgico que atenderá, de forma regulada, a população de 53 cidades da região. O HMV é uma unidade do governo do Estado e administrado pela Organização Social de Saúde Tricentenário. 

Inicialmente, o HMV vai ofertar cirurgia geral, oncológica e pediátrica. Serão 100 cirurgias por mês. O Centro Cirúrgico servirá para cirurgias eletivas – as que a unidade saúde escolhe a data para realizar o procedimento cirúrgico. Geralmente, realizada após exames, de acordo com as condições de saúde do paciente.

 
O local funcionará inicialmente com três salas que foram equipadas com recursos de infraestrutura e tecnologia médico hospitalar de última geração. Também será inaugurada uma Sala de Recuperação Pós-Anestésica (RPA) que servirá para o paciente após a cirurgia. Serão disponibilizados 13 leitos, contendo régua de distribuição composto por válvula de oxigênio, válvula de ar comprimido e vacuômetro para a aspiração das vias aéreas. Todas as camas são elétricas. Nesse espaço, também há aquecedores para os pacientes e um desfibrilador em caso de necessidade.

Operação Ponto Final: decisão deve sair em janeiro 

Do Jornal Vanguarda 

Operação Ponto Final: advogado de defesa não acredita em absolvição

Em entrevista por telefone ao VANGUARDA, o criminalista Émerson Leônidas disse não acreditar que o juiz Francisco de Assis Morais Júnior dê sentença favorável aos dez vereadores

Wagner Gil

Depois de quase dois anos de muita polêmica, prisões e afastamentos, o processo da Operação Ponto Final está chegando ao fim. Dez vereadores foram acusados de cobrar propina para aprovar o projeto do BRT, na época orçado em R$ 250 milhões. Na semana passada, a defesa entregou suas alegações finais, uma das últimas fases do processo.

Em tese, o juiz da IV Vara Criminal, Francisco de Assis Morais Júnior, teria dez dias para proferir a sentença, mas devido à complexidade do processo, esse prazo pode se estender. Os vereadores acusados são Evandro Silva (PMDB), Val de Cachoeira Seca (DEM), Louro do Juá (DEM), Eduardo Cantarelli (PSDB), Neto (PMN), Jajá (sem partido), Val das Rendeiras (Pros), Sivaldo Oliveira (PP), Pastor Jadiel (Pros) e Cecílio Pedro (PTB).

Ao falar com a nossa equipe de reportagem, o advogado Émerson Leônidas disse que é pouco provável que os vereadores sejam inocentados na Primeira Instância, aqui em Caruaru. Como exemplo, ele citou a Operação Ponto Final II que, no seu entender, não havia provas e os edis foram condenados. “Na Ponto Final II não tinha nada contra os vereadores. Nenhuma prova que houve pagamento para aprovar CPI. Pelo contrário, houve empréstimo entre eles, um fato comum”, justificou Leônidas. “Mesmo assim, eles foram condenados. Como vou ter boa expectativa em relação a esse processo?”, questionou o líder da equipe de defesa, que conta ainda com os advogados Saulo Amazonas, Marcelo e Marcílio Cumarú. 

O advogado disse acreditar que em outras instâncias a defesa pode reverter tudo o que ocorrer de negativo. “Tenho certeza que ganho em outras instâncias. Vamos recorrer como já estamos fazendo no caso da Operação Ponto Final II”, completou o advogado. 

Leônidas disse ainda que, ao entregar as alegações, fez um pedido ao titular do caso para que ele aguardasse o julgamento de duas apelações: uma no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que tenta anular escutas ambientais, e outra no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que tenta anular também algumas escutas telefônicas. Nesse sentido, decisões monocráticas foram desfavoráveis à defesa. 

Durante todo o processo, os vereadores negam ter pedido suborno para aprovar projetos do Executivo e dizem que estão pagando um preço muito alto “por fazer oposição”. Na época que foi deflagrada a Ponto Final I, em 18 de dezembro de 2013, dez vereadores chegaram a ser preso e afastados, seis representavam toda a bancada de oposição. Os outros quatro eram membros da base e, alguns deles, chegaram a votar pela aprovação. O valor da obra era de R$ 250 milhões e a PMC precisava da confirmação de 2/3 da Câmara para contrair empréstimo junto ao Banco do Brasil.

Escutas ambientais foram colocadas na Câmara e na sala do então secretário de Relações Institucionais, Marco Casé. O fato gerou repercussão em mídia nacional, com os principais telejornais do país noticiando o fato durante alguns dias. Atualmente, os dez vereadores estão afastados do cargo, mas continuam recebendo salários, no tentando perderam suas assessorias. 

‘Dilma nunca confiou em mim’, afirma Temer à Folha de São Paulo 

Congresso em Foco
O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), demonstrou incômodo com a declaração da presidente Dilma de que espera “integral confiança” dele contra o pedido de impeachment e com a imagem de que “conspira” contra a petista. Segundo a Folha de S.Paulo, Temer disse a amigos, nesse domingo (6), que Dilma nunca confiou nele. “Por que agora ela quer minha confiança?”, indagou o vice, de acordo com a reportagem.

Desde que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deu início ao processo de afastamento da presidente, Temer evitou se manifestar publicamente sobre o assunto, o que causou reclamações dentro do governo.

“Espero integral confiança do Michel Temer e tenho certeza que ele a dará. Conheço o Temer como político, como pessoa e como grande constitucionalista”, afirmou Dilma sábado durante visita a Pernambuco.

A declaração soou como uma cobrança ao vice. Jurista, Temer não condenou até o momento os argumentos jurídicos que constam do pedido de impeachment encabeçado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior, Janaína Paschoal e Flávio Costa.

Segundo a Folha, Temer afirmou que não cabe a ele fazer oposição a Dilma nem articular movimento para derrubá-la, mas também não demonstrou interesse em se solidarizar publicamente com a petista por entender que ela nunca confiou nele.

Ainda de acordo com o jornal, o vice-presidente também lamentou que a presidente prefira partir para o confronto em vez de buscar uma “pacificação nacional” e declarou que não pode impedir amigos e companheiros de partido de articularem o afastamento de Dilma. Mas que ele, pessoalmente, não vai participar de nenhum movimento nesse sentido

Vice-presidente Michel Temer acusado de ser ‘capitão do golpe’

“Temer, o capitão do golpe”

Para Flávio Dino, Ciro Gomes e Lupi, o impeachment de Dilma é uma tentativa de golpe. Os três se disseram dispostos a promover mobilizações de massa para reforçar o apoio à manutenção do atual governo. “Nós não podemos nos calar, aceitar passivamente uma virada de mesa antidemocrática. Não podemos aceitar que se rasgue a Constituição, isso está acima de qualquer governo”, afirmou o governador, que aproveitou para deixar um recado “para quem não gosta do governo”: “Quero dizer que as críticas todas são legítimas. O direito à oposição é legítimo, mas ele não está acima do país. No presidencialismo, não existe impeachment por gosto”.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi alvo de duras críticas dos três políticos. “Não vejo legitimidade do presidente daquela Casa em fazer o impeachment de ninguém. Ele é um homem sob suspeição”, disse Carlos Lupi, fazendo referência às acusações que levaram Cunha a responder atualmente a um processo no Conselho de Ética da Câmara por suposta quebra de decoro parlamentar. Além disso, o peemedebista é um dos investigados da Operação Lava Jato, em curso no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), suspeito de ter recebido propinas milionárias do esquema de corrupção descoberto pela Polícia Federal na Petrobras.“Não pode ser que esse homem seja transformado no guardião da Constituição e da lei. É uma inversão absurda”, completou Lupi.

O presidente do PDT aproveitou a ocasião para anunciar o pré-lançamento da candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República em 2018. Recém-filiado ao partido, Ciro Gomes ainda terá que enfrentar o senador Cristovam Buarque (DF) na disputa pela indicação da legenda na próxima corrida presidencial.

Em seu pronunciamento, Ciro Gomes também acusou o vice-presidente Michel Temer de ser o “capitão do golpe”. “O Michel Temer é sócio íntimo do Eduardo Cunha, colega de partido, eu sei o que estou dizendo”, disse o ex-governador do Ceará, para quem o PMDB é principal beneficiário da saída de Dilma, já que os três nomes na linha sucessória da Presidência da República são do partido: Temer, Cunha e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também investigado na Lava Jato. Para Ciro, no entanto, Eduardo Cunha age em favor do impeachment por encontrar respaldo em “setores conservadores e reacionários” do país.

Ciro Gomes também fez críticas à política econômica adotada pela equipe de Dilma e pediu para que a população se organize em duas frentes de luta. “De um lado, proteger a democracia. Não tolerar que um grupo de mafiosos utilizando protocolos formais derrube a democracia no Brasil”, declarou. Por outro lado, prosseguiu, é preciso “exigir, pedir, suplicar para que a presidente Dilma se reconcilie com os valores e os grupos sociais que lhe deram a vitória”. Trata-se de uma alusão ao que alguns qualificam como conversão de Dilma a políticas neoliberais, marcadas pelo arrocho monetário (apoiado principalmente nos elevados juros) e pela redução dos investimentos públicos, entre outras medidas.

Lançada frente anti-impeachement 

Congresso em Foco

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), o ex- governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) e o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, lançaram neste domingo (6) uma nova versão da Rede da Legalidade, contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa, na sede do governo do Maranhão. A proposta é similar à iniciativa capitaneada em 1961 por Leonel Brizola, que buscou organizar uma resistência à primeira tentativa de golpe contra João Goulart.

Enquanto na década de 1960 a Rede da Legalidade teve o rádio como principal canal de difusão, a versão moderna da iniciativa vai buscar apoio principalmente na internet. Uma das estratégias é mobilizar o público por meio das redes sociais. Pensando nisso, Flávio Dino anunciou o lançamento da página Golpe nunca mais no Facebook. O nome é uma alusão ao projeto “Brasil nunca mais”, que denunciou os crimes cometidos pela ditadura militar de 1964/1985 contra os seus opositores políticos. Segundo o governador, o objetivo é “mostrar o que acontece quando a Constituição não é respeitada”.

Os responsáveis pelo lançamento da frente em defesa do mandato de Dilma argumentam que o pedido de impeachment não encontra respaldo na Constituição Federal, pois a presidente não está diretamente envolvida em crimes de responsabilidade. “Não há nenhum ato da presidente da República que atente contra a probidade dela. Mesmo os adversários mais firmes da presidente não imputam a ela nenhum ato de corrupção”, disse Flávio Dino. “Não é razoável, ela é uma senhora decente”, completou Ciro Gomes, que enfrentou o PT nas eleições presidenciais de 2002, mas desde o primeiro governo Lula tem sido aliado das administrações petistas.

O governador do Maranhão afirmou que as chamadas “pedaladas fiscais” praticadas pelo governo Dilma em 2014 não justificam a interrupção do atual mandato presidencial. Ele também rebate outro argumento utilizado por aqueles que são favoráveis ao impeachment: a abertura de créditos suplementares pelo governo em 2015 sem observar o superávit da meta fiscal do ano. Para o governador, no momento em que o Congresso Nacional aprovou a proposta de revisão da meta fiscal (PLN 5/2015), as supostas irregularidades foram suprimidas. “Ao aprovar o PLN 5/2015, o Congresso deu uma prova de que não deseja o impeachment”, avaliou Flávio Dino.

Pernambuco será a referência para outros Estados‏

Durante reunião no último sábado (05), no Comando Militar do Nordeste (CMNE), com a presidente Dilma Rousseff, para discutir medidas de combate ao Aedes aegypti, o governador Paulo Câmara destacou a eficiência da Vigilância em Saúde de Pernambuco por ter sido o primeiro Estado a identificar os vírus zika e chikungunya, transmitidos pelo mosquito, que também propaga a dengue. O zika vírus foi apontado pelo Ministério da Saúde como causador do aumento de casos de microcefalia em bebês no País. Segundo a presidente Dilma, os protocolos firmados pela Secretaria de Saúde de Pernambuco para identificar a doença e cuidar das crianças e suas famílias vão servir de referência para outros Estados.

Na próxima terça-feira (08), a presidente reunirá os 27 governadores da Federação e mais entidades nacionais que representam os municípios. “Temos uma vigilância em Saúde que tem um dos protocolos mais eficientes do País”, disse Paulo Câmara, durante a reunião que contou com a presença de quatro ministros, deputados federais, senadores, prefeitos e secretários estaduais, além de comandantes do Exército, que ajudarão os Municípios e os Estados no combate ao Aedes.

O governador Pernambuco elogiou a iniciativa da presidente em reunir os governadores e disse que “Pernambuco está todo mobilizado”, informando que as prioridades são o atendimento permanente às crianças com microcefalia e às suas famílias, além do combate diário ao mosquito Aedes aegypti.

Paulo Câmara lembrou que Pernambuco adotou protocolos que hoje já são referência nacional no que diz respeito ao aumento de casos da microcefalia: instituiu a notificação, imediata e compulsória; realizou o estudo descritivo; definiu e articulou a rede de referência; fez a investigação epidemiológica em parceria com a Fiocruz; elaborou e publicou o protocolo clínico epidemiológico e elaborou e divulgou informes semanais. “Precisamos agora sensibilizar a população para a gravidade desse desafio que temos pela frente”, completou o governador.

“Precisamos da união de todos, Governo Federal, Estados, municípios e a sociedade civil”, disse a presidente Dilma, acrescentando que “o compromisso não é de apenas uma unidade da Federação”, mas de todo Brasil. Dilma assegurou que “não faltarão recursos”, apesar das dificuldades fiscais do Governo Federal. Já o ministro da Saúde, Marcelo Castro, lembrou que essa é a primeira vez que ocorre o registro no mundo da vinculação do zika com a ocorrência da microcefalia.

CASTRO – a exemplo do que fez Pernambuco na última segunda-feira (30/11) – apresentou um Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia e Propostas de Ação. O secretário de Saúde de Pernambuco, Iran Costa, detalhou as primeiras ações do Plano Estadual de Enfrentamento à Doenças Transmitidas pelo Aedes aegypti.

Raquel Lyra lota primeira edição de seminário em Caruaru‏

Mobilidade e cidadania foram os principais temas abordados no seminário “Caruaru, a cidade que precisamos” que aconteceu, na manhã deste sábado (05), no Centro de Convenções do Senac, na Capital do Agreste. Com o auditório lotado, o evento contou com palestra do arquiteto e urbanista Francisco Cunha. A presidente da Executiva Municipal do PSB, deputada Raquel Lyra, adiantou que este é o primeiro de um ciclo de debates sobre a maior cidade do Agreste pernambucano.

Em sua palestra, Francisco Cunha abordou a necessidade de um espaço planejado para as pessoas conviverem e esclareceu que o termo “cidade que precisamos” é diferente de “cidade que queremos”, pois representa o desejo de um coletivo, e não de um grupo limitado de pessoas. “Ao longo do tempo, as cidades foram redesenhadas para automóveis, que ditam as normas de circulação do espaço público. Precisamos garantir os espaços para circulação adequadas dos respectivos modais. Não existe cidade sem pedestre, nem existe pedestre sem calçada”, analisou.

O encontro também teve a participação do diretor-musical e músico Anderson do Pife e do arquiteto e urbanista Pedro Vilarim. Eles abordaram sobre cultura, cidadania e o seus desafios para o presente e futuro. Segundo Vilarim, a população de Caruaru deve tomar coragem para fazer essas transformações urbanísticas. Já Anderson, falou da importância de preservar os patrimônios e a cultura popular. “Os seguimentos culturais e tradicionais da cidade de Caruaru precisam ser vistos”, disse.

Também presente no local, o ex-governador de Pernambuco e ex-prefeito de Caruaru, João Lyra Neto (PSB) falou do processo de renovação das cidades. “A cidade que precisamos se constrói através do sentimento de uma sociedade. É isso a ideia de Raquel”. Lyra também mencionou que a história cultural e urbanística de Caruaru tem que ser preservada. “Da mesma forma que nós implantamos o Armazém da Criatividade, um simbolismo da inovação tecnológica mundial, nós temos que preservar o artesão do Alto do Moura, os repentistas da feira, os músicos da banda de pífano”, completou.

Ao final, Raquel agradeceu a todos que participaram do seminário. “Conseguimos aqui unir pessoas de vários seguimentos da nossa sociedade que vieram interessadas na construção de uma cidade melhor para se viver. Esse encontro é o início de um ciclo de debates que iremos promover em Caruaru a partir de agora. Agradeço mais uma vez ao arquiteto Francisco Cunha, que trouxe um olhar diferenciado sobre a forma de se conviver nas cidades e aos colaboradores Anderson do Pife e Pedro Vilarim, que enriqueceram esse debate.”, disse a presidente do PSB de Caruaru.