Queiroz explica ausência no Forró da Macambira: “Projetos distintos”

Após sua ausência no Forró da Macambira ganhar destaque na mídia estadual, o prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), resolveu se explicar nesta segunda-feira (18). Em nota, ele afirmou que a festa no sítio da família Lyra, realizada no último sábado (14), era um evento político e, por isso, não compareceu.

“No campo pessoal, eu e João Lyra estamos muito bem: conversamos e convivemos sem qualquer problema. Na política, entretanto, nossos projetos são distintos. E a festa no sítio Macambira era um evento político”, declarou.

Justiça de Caruaru concede liminar favorável ao tratamento de hepatite C

Liminares que garantem novos tratamentos da hepatite C têm aumentado em Pernambuco. A Justiça no Estado tem se mostrado favorável ao apelo de pacientes que precisam aderir a soluções comprovadamente eficientes, mas que custam caro. A Justiça de Caruaru concedeu esta semana liminar obrigando um plano de saúde a fornecer a um usuário M.B.S. o tratamento que promete a cura da hepatite C.

A indignação de estar doente e de ver seus direitos serem ignorados pelo plano de saúde é o que alimenta as ações judiciais. Pacientes e familiares têm mostrado força de vontade para brigar na Justiça por seus direitos. As negativas, comuns a vários tipos de tratamentos, em especial o de câncer, agora têm alcançando os pacientes da hepatite C que não obtiveram resultados com tratamentos convencionais e precisam utilizar uma medicação mais moderna. 

Muitos pacientes com hepatite C necessitam de medicações que integram um esquema terapêutico de indicação mundial, com níveis de eficácia superiores a 90%. “É um tratamento caro, que custa em média R$ 400 mil e, por causa do valor, os planos de saúde não querem dar cobertura. Mas é um direito do paciente e estamos conseguindo na Justiça provar que as operadoras não podem recusar o fornecimento dessas medicações. O juiz analisa e geralmente concede a liminar. Tudo isso é muito rápido, porque quando se trata de saúde o tempo às vezes é o determinante entre continuar vivo ou morrer”, explica a advogada Diana Câmara, sócia fundadora do Câmara Advogados, escritório especializado em direito à saúde com endereço em Caruaru, Recife e São Paulo.

Em sua decisão, o Juiz José Tadeu dos Passos e Silva, diz que “presentes a prova inequívoca e a verossimilhança da alegação, a prestação jurisdicional poderá ser adiantada sempre que haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação”. No caso o dano irreparável seria à saúde ou à própria vida do autor da ação. “A indicação do tratamento médico medicamentoso, bem como a negativa de autorização por parte do plano de saúde estão demonstradas pelos documentos juntos aos autos. Ressalte-se que a obrigação de fornecer medicamento independe de sua inclusão em listagem administrativamente elaborada pela ANS ou previsão contratual, dada a garantia constitucional do direito à vida e à saúde, que não pode sofrer limitação por norma infraconstitucional. Portanto, tendo em vista a comprovada necessidade de utilização do medicamento pelo agravante, a obrigação do fornecimento do fármaco é indiscutível, ainda que seja importado”, concluiu na liminar. 

“Na maioria dos casos, como foi neste, os pacientes conseguem ser amparados por liminar e iniciar logo o tratamento. Temos obtido sucesso. Se a operadora ou o SUS não liberam medicamentos e cirurgias, a solução viável é recorrer ao judiciário”, diz Diana Câmara.

O escritório vem conseguindo garantir na Justiça decisões favoráveis para tratamentos de saúde que estavam sendo negados pelos planos de saúde. “Por lei, as seguradoras são obrigadas a cobrir as doenças catalogadas na Organização Mundial de Saúde. Mas o caminho para receber medicamentos de alto custo e se submeter a alguns procedimentos cirúrgicos através dos planos de saúde não é fácil, pois a regra das operadoras é negar. Por isso a importância de acionar a Justiça com advogados especializados”, reforça o advogado Marcelo Gomes, que responde pelo escritório em Caruaru.

O advogado alerta ainda que as ações judiciais estimulam a consolidação do direito. “Quanto mais as pessoas entram na Justiça, mais o direito vai se consolidando. Com o tempo, ele vira adquirido, sendo naturalmente garantido.Foi assim com a quimioterapia oral e com tantos outros tratamentos”, pondera. 

Praça do sítio Xique Xique passa por manutenção

A Empresa de Planejamento e Urbanismo de Caruaru (URB), entrega nesta semana, aos moradores do sítio Xique Xique, no 4º distrito na zona rural, a praça da comunidade, que está passando por manutenção e replantio do paisagismo. As mesas e os bancos, que haviam sido retirados por estarem quebrados, foram substituídos. O local também ganhou nova pintura e iluminação.

Com área de 46,37m², o espaço contribui para uma vida mais saudável dos moradores daquela comunidade. Ela é bastante frequentada por idosos, utilizada para práticas de exercícios físicos, além de ser um ponto de encontro para a vizinhança.

A URB continua realizando manutenções nas praças e parques da cidade, obedecendo à programação. Esta semana o trabalho está sendo feito no bairro Rendeiras. Destacamos que a população pode solicitar vistorias nas praças através dos telefones 3721-3640 ou 3701-1549

Lucas Ramos acompanha Jecana e faz homenagem à família de radialista

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A família do radialista Carlos Augusto Amariz Gomes, falecido no último mês de abril, recebeu neste domingo (14) uma placa simbólica do deputado estadual Lucas Ramos (PSB), durante a 44ª Jecana, tradicional corrida de jegues realizada no povoado do Capim, Zona Rural de Petrolina, Sertão pernambucano. A placa marca o ato de nomeação da Rodovia PE-624, no trecho que liga a BR-428 ao Capim, como Carlos Augusto.

O radialista, um dos fundadores da Emissora Rural e da Rádio Grande Rio AM, idealizou a Jecana. A Lei nº 15.523/2015, de autoria do parlamentar, vice-líder do governo, foi sancionada pelo governador Paulo Câmara na última quinta-feira (11).

“Tivemos uma das festas mais bonitas dos últimos anos, cheia de irreverência, enaltecendo a cultura do sertanejo. Nada mais justo do que homenagear Carlos Augusto, idealizador disso tudo, figura tão importante não só para Petrolina, mas para o povo do Sertão”, comentou Lucas Ramos.

Depois de acompanhar a Jecana, Lucas Ramos seguiu para Lagoa Grande, onde participou do 17º Concurso de Sanfoneiros, uma realização da Emissora Rural. O concurso fez parte dos festejos em celebração aos 20 anos de emancipação política do município.

Blog da Folha repercute Forró da Macambira

O Sítio Macambira, localizado em Caruaru, foi o destino das principais lideranças políticas na noite deste sábado. Como em outros anos, o ex-governador João Lyra Neto e a deputada estadual Raquel Lyra foram anfitriões de uma festa que, mais do que o som do forró, o que se ouvia eram projeções sobre os governos federal, estadual e de Caruaru, esta última merecendo um capítulo à parte, em virtude da disputa política que se avizinha.
Se o forró tocado pelas bandas não foi capaz de levar muitos casais à pista, a dança dos prognósticos sobre a disputa no município era o que importava na noite. Os principais pré-candidatos estavam presentes: além dos anfitriões, estavam pelo PSB o vice-prefeito Jorge Gomes com a sua esposa, a secretária executiva de Direitos Humanos, Laura Gomes; o ex-prefeito Tony Gel (PMDB), que chegou acompanhado do governador Paulo Câmara – fato que gerou intenso burburinho na festa -; e o senador Douglas Cintra (PTB).Personagem central na disputa do próximo ano, o prefeito José Queiroz (PDT) não apareceu, provocando, 

Devidentemente, mais especulações. Como Caruaru terá segundo turno nas eleições do próximo ano, há que fale que o município poderá ter até oito candidatos disputando a prefeitura.

Num dos momentos mais esperados da noite, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e segundo colocado na disputa estadual no ano passado, Armando Monteiro Neto (PTB), foi levado pelo anfitrião para cumprimento o governador Paulo Câmara, a quem havia criticado durante a semana. Um encontro protocolar, no qual ambos negaram qualquer atrito maior, mas não conseguiam muito esconder um certo desconforto com a situação.

Veja alguns fatos que ocorreram durante a noite:

– Passava um pouco das 22h quando o governador Paulo Câmara chegou ao Sítio Macambira, acompanhado pelo deputado estadual e adversário dos Lyras em Caruaru Tony Gel (PMDB). “Não há nada demais nisso. Tony Gel é um aliado do governador”, afirmou palaciano. Como se gestos em política não tivessem valor. Tá bom.

– O ministro Armando Monteiro Neto (PTB) chegou pouco tempo depois do governador. A diferença foi tão pequena que a deputada Raquel Lyra teve que se apressar para recepcionar o petebista, já que o seu pai ainda estava acomodando Paulo Câmara.

– O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), chegou bem antes de Paulo Câmara. Indagado sobre o por quê de não ter vindo com o governador, afirmou que o companheiro de partido tinha que vistoriar algumas obras antes da festa, por isso preferiu ir direto.

– Os políticos se dividiram em blocos. Os governistas numa mesa ao lado da piscina. O ministro Armando Monteiro Neto e os senadores Humberto Costa e Douglas Cintra ficaram em pé, conversando animadamente, inclusive com o anfitrião João Lyra.

– Vários secretários de Estado compareceram: Antônio Figueira (Casa Civil), Fred Amâncio (Educação), José Iran Costa Júnior (Saúde), Alessandro Carvalho (Defesa Social), Pedro Eurico (Secretaria de Justiça e Direitos Humanos).

– O ex-governador Joaquim Francisco saiu logo cedo, pouco depois da chegada do governador Paulo Câmara.

– Três deputados federais marcaram ponto na festa: Tadeu Alencar (PSB), Carlos Eduardo Cadoca (PCdoB) e Mendonça Filho (DEM).

Já da Assembleia Legislativa estiveram presentes o presidente da Casa, Guilherme Uchoa (PDT), o 1º secretário, Diogo Moraes (PSB), Aluísio Lessa (PSB), além da anfitriã Raquel Lyra e Tony Gel.

Crise faz Estados reduzirem seus investimentos em 46% neste ano

Da Folha de S. Paulo

A crise econômica e a dificuldade de arrecadação levaram os governos estaduais a cortar drasticamente os investimentos neste ano.

Obras paradas, adiamento de novos projetos e atrasos em pagamentos de serviços são realidade em alguns dos Estados mais ricos do país.

Levantamento realizado pela Folha mostra que o volume de investimentos nos 26 Estados e no Distrito Federal caiu de R$ 11,3 bilhões nos quatro primeiros meses de 2014 (valor corrigido pela inflação) para R$ 6,2 bilhões no mesmo período de 2015, uma queda de 46%.

Os dados foram extraídos dos balanços financeiros divulgados pelos governos.

Há casos em que o corte foi quase total, como Minas, com queda de 97%, e Distrito Federal, 91%. Entre as dez maiores economias do país, só a Bahia elevou seu volume de investimentos no ano.

Esses gastos abrangem despesas com obras públicas e aquisição de equipamentos ou instalações permanentes.

Sem essas obras, a economia como um todo acaba sendo afetada. O mercado de máquinas para construção, por exemplo, estima para este ano uma queda de 36% na demanda de novos equipamentos – valor comparável apenas ao registrado em meio à crise de 2009.

Além disso, com a crise, os gastos dos governos ficam limitados e acabam voltados à remuneração de servidores, a projetos já existentes e ao custeio da máquina.

Sem caixa, o desafio maior para os governadores hoje é ao menos manter em andamento obras que já vinham sendo feitas, o que nem sempre está sendo cumprido.

“A realidade atual é muito diferente da de 2014. Existe uma inércia em relação ao que o Estado já vinha fazendo”, reconhece a secretária da Fazenda de Goiás, Ana Carla Abrão; o Estado é governado por Marconi Perillo (PSDB).

Até gastos menores, como intervenções em saneamento e mobilidade, também vêm sendo atingidos.

O governo de Minas, comandado por Fernando Pimentel (PT), afirma ter constatado em abril que havia 497 obras paradas no Estado desde o mandato anterior, sendo 346 por falta de verbas. Entre elas, há dois hospitais regionais, no norte do Estado, estimados em R$ 196 milhões.

No Paraná, que vive uma crise política com greves e protestos contra o governador Beto Richa, (PSDB) obras em estradas foram afetadas. O investimento passou de R$ 242 milhões no primeiro quadrimestre de 2014 para R$ 18 milhões agora.

No Rio Grande do Sul, o governador José Ivo Sartori (PMDB) vem adiando o pagamento das parcelas da dívida com a União e cogitou parcelar salários. A Secretaria da Fazenda prevê que terá o menor investimento proporcional do país neste ano e só garante o “mínimo do mínimo”. Em relação a 2014, o valor investido no Estado caiu 75%.

“A despesa com pessoal e com dívida é muito rígida. Quem acaba sofrendo maior ajuste é sempre o investimento”, diz o subsecretário de Tesouro, Leonardo Busatto.

CONSEQUÊNCIAS

A paralisação de obras e a estagnação de melhorias de infraestrutura dificultam a retomada do crescimento.

“Quando uma empresa não recebe pagamentos, cancela os contratos com os sub-empreiteiros, estes não compram máquinas e demitem empregados. É uma reação em cadeia”, diz Mário Humberto Marques, vice-presidente da Sobratema, associação que reúne fabricantes de máquinas para construção.

Em Minas, o sindicato da indústria de construção pesada diz que metade dos postos de trabalho foi fechada desde o fim do ano passado.

“É um ajuste de má qualidade. O investimento é a variável que mais dinamiza crescimento e emprego. É um gasto que aumenta a produtividade da economia”, diz o economista Rodrigo Orair, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Ausência de Queiroz no Forró da Macambira ganha destaque na mídia estadual

Do Blog do Magno

A ausência do prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), no tradicional forró promovido pelo ex-governador João Lyra Neto (PSB), sábado passado, na fazenda Macambira, só serviu para ratificar que não há de fato a menor chance de entendimento nas eleições para prefeito do ano que vem entre os dois grupos.

Já o deputado Tony Gel (PMDB) roubou a cena, deixando de lado as indiferenças. Sua presença sinalizou que deseja e pode fazer uma aliança com João Lyra. Adversários históricos e figadais, Gel e Lyra contam com a torcida do governador Paulo Câmara, que aprovou o gesto do parlamentar peemedebista. “Ele (Gel) deu uma demonstração de grandeza”, disse Câmara.

Antes de seguir para a fazenda Macambira, o governador foi recebido pelo prefeito, que com ele circulou pela cidade para mostrar três grandes obras que vem tocando na área urbana. Mas ao final da última visita Queiroz se despediu e disse, secamente, que não poderia acompanhá-lo até o forró de Lyra. “Eu pensei que Queiroz viria”, lamentou Câmara.

Enquanto o prefeito optou pela radicalização no confronto com Lyra, no plano estadual o ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento) quebrou o gelo com o governador, cumprimentando-o em sua mesa repleta de aliados, entre os quais o prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), e o presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa (PDT).

Antes dele já havia chegado o senador Humberto Costa, líder do PT no Senado, que circulou bem à vontade no convescote. A ausência do prefeito, assunto mais comentado, já era esperada pelos correligionários do ex-governador, que chegou a ligar pessoalmente para convidá-lo.

“Ele me disse que viria”, chegou a comentar João Lyra após confirmar o telefonema. Há quem diga que o prefeito tenha se ausentado para não contrariar Wolney Queiroz, seu filho, deputado federal, que segundo uma fonte ouvida pelo blogueiro, além de não atender a ligação de João Lyra não teve a delicadeza de retornar a ligação, mostrando que de sua parte o grau de radicalização é maior.

Mesmo assim, Lyra conseguiu fazer uma grande festa, atraindo cerca de 800 convidados, a maioria políticos, que os recebeu ao lado da filha, a deputada estadual Raquel Lyra. Pela desenvoltura do ex-governador, que fez questão de circular ainda por quase todas as mesas, ficou a impressão de que será ele e não a filha o candidato do grupo a prefeito.

MÃO ESTENDIDA

Muito bem à vontade na fazenda de João Lyra, o deputado Tony Gel (PMDB) disse que não foi a primeira vez que ali esteve. “No jantar do seminário Todos por Pernambuco eu também estive aqui”, lembrou o parlamentar, dando a entender que pode discutir uma aliança com o ex-governador. “Tudo é possível na política”, disse Gel, que é pré-candidato a prefeito e se uniria a Lyra com o único objetivo de acabar com a hegemonia de Queiroz.

Paulo Câmara debate hub da Latam com bancada federal pernambucana

Do Blog de Jamildo

O movimento suprapartidário pela implantação do hub (centro de conexões de voos) da Latam no Recife, iniciado pelo governador Paulo Câmara (PSB), terá uma nova reunião nesta segunda-feira (15), às 11h, no Palácio do Campo das Princesas. O encontro terá a participação da bancada federal pernambucana.

Na última quinta-feira (11), Paulo já havia reunido ex-governadores, prefeitos, empresários, representantes da sociedade civil organizada e deputados estaduais de governo e oposição para tratar da instalação, na capital pernambucana, do centro de voos nacionais e internacionais da companhia. Todos os deputados federais e os senadores pernambucanos são convidados para o encontro desta segunda-feira.

PROJETO

O Grupo Latam definiu o aeroporto de Guarulhos como o seu principal hub internacional, e o novo hub no Nordeste vem complementar de maneira estratégica os objetivos do grupo. O Hub Nordeste tem a meta de oferecer tempo menor de voos na ligação entre a Europa e o Brasil, na comparação com São Paulo e Rio de Janeiro, e gera ainda melhor distribuição de conexões e horários.

Para Cunha, seria melhor PT romper com PMDB sem fazer ‘agressões’

Da Folhapress

Alvo de ataques de setores do PT, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), subiu o tom e a temperatura das críticas aos petistas.

Um dos principais nomes do PMDB, maior aliado do governo Dilma no Congresso, Cunha afirmou que a dobradinha entre PT e PMDB não se repetirá em 2018 e indicou que a ruptura pode ser antecipada caso os desentendimentos entre os dois partidos se agravem. “No momento, temos compromisso com o país e a estabilidade, mas isso não quer dizer que vamos nos submeter a humilhação do PT”, disparou o deputado pelo Twitter.

Os peemedebistas reclamam da investida de ministros do governo para enfraquecer o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), articulador político do Planalto. “O PMDB está cansado de ser agredido pelo PT constantemente e é por isso que declarei […] que essa aliança não se repetirá. Talvez tivesse sido melhor que eles aprovassem no congresso o fim da aliança. Não sei se num congresso do PMDB terão a mesma sorte”, afirmou Cunha.

Suas declarações foram feitas primeiro ao jornal “O Estado de S.Paulo”.

No fim da reunião do 5º congresso nacional do PT no sábado (13), o partido rejeitou a revisão da política de alianças, que tem como principal aliado o PMDB. Apesar da decisão, dirigentes petistas ecoavam gritos de “fora, Cunha” enquanto era discutida a proposta sobre o rompimento com o PMDB e demais partidos aliados.

A relação de Cunha com o PT foi estremecida desde sua eleição, quando o partido atuou para deixá-lo de fora do comando da Câmara. Desde que assumiu o posto em fevereiro, ele tem articulado uma série de derrotas para o governo e tem avançado com uma pauta conservadora, segundo petistas, como a redução da maioridade penal, a revisão do estatuto do desarmamento, além de articulado uma reforma política contrária ao governo.

“Se estão com raiva da pauta, ao invés disso, busquem debater e convencer das suas posições e não agredir. Aliás, as críticas que recebo porque estamos pautando, debatendo e votando matérias que estão anos na gaveta não são justas. Continuarei pautando e ainda não conheço uma maneira melhor do que a democracia,onde a maioria aprova ou derrota alguma matéria”, disse.

CRENÇA

Evangélico e defensor de posições conservadoras na área dos costumes, Cunha voltou a defender a manifestação de deputados católicos e evangélicos no plenário na quarta (10).

Em reação à simulação da crucificação de uma transexual na Parada Gay de São Paulo (dia 7) e a manifestações de sexo explícito com imagens sagradas, parlamentares liderados pela bancada evangélica interromperam a votação da reforma política exibindo cartazes com essas imagens. Ao final, rezaram um Pai-Nosso.

“Todos devemos respeitar a laicidade do estado e todas as políticas de Estado devem ser assim. Agora, não se pode confundir Estado laico com os representantes que [não] possam ter as suas opiniões e crenças. Ter o estado laico não significa ter de proibir os parlamentares de se manifestarem nas suas crenças. O direito de manifestação e de opinião são preservados na nossa Constituição”.

Cunha reafirmou a avaliação de que deputados religiosos são perseguidos. Ele lembrou protestos recentes da oposição no plenário, batendo panelas para criticar ações do governo Dilma, e manifestações de populares que acompanham as votações nas galerias.

“Se invadem plenário,batendo panela ou cantando samba para depreciar atuação de outro partido, ninguém fala nada. Se invadem com faixas protestando contra a votação de alguma matéria não falam nada”, afirmou.

Segundo o peemedebista, o regimento da Câmara prevê punição para abusos e qualquer distorção pode ser questionada.

“A mim como presidente cabe manter a ordem e o respeito no plenário,independente de quem faz qualquer manifestação. Não me cabe fazer juízo de censura a quem quer que seja, detentor de mandato e com livre direito na Constituição para isso”, disse.

Câmara tem agenda cheia com reforma política, desoneração da folha e vetos

Da Agência Brasil

A votação da matéria que institui a reforma política ainda deve dominar a próxima semana de trabalhos na Câmara dos Deputados. A semana também vai ser marcada pelo retorno ao debate das pautas de autoria do governo federal. É que os deputados devem analisar a Medida Provisória (MP) 670/15, que reajusta a tabela mensal do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF), e talvez votem o Projeto de Lei (PL) 863/15, que altera as regras de desoneração da folha de pagamento concedida a 56 setores da economia, um dos itens do ajuste fiscal.

Também está prevista a realização de uma sessão do Congresso Nacional para analisar cinco vetos da presidente Dilma Rousseff sobre temas como o impedimento da fusão de partidos políticos recém-criados, o Orçamento, o Código de Processo Civil (CPC), a alteração da política nacional de resíduos sólidos para incluir dispositivo sobre campanhas educativas e o que retira trechos da Lei Geral das Antenas (13.116/15).

“Terça [16] vou continuar a reforma politica e poderá ter sessão [do Congresso Nacional] às 19h e, tendo, vamos ter o trabalho um pouco prejudicado na terça e podemos retomar a votação na quarta”, disse, nessa sexta-feira (12), o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Caso os deputados concluam as votações da reforma política na terça-feira, será aberto o caminho para as pautas do governo. Os deputados votarão os tópicos fidelidade partidária, cotas para mulheres nas eleições, data de posse de prefeitos e vereadores, federação partidária e projetos de iniciativa popular. Para ser aprovado, cada ponto do texto precisa do voto favorável de um mínimo de 308 deputados.

“A partir daí a gente pode votar [o projeto de] desoneração, mas depende do governo. Antes de votar a desoneração, precisamos votar a MP 670/15 e o governo também precisa retirar a urgência dos dois projetos”, ponderou Cunha, para quem a programação da semana poderá sofrer alterações em razão das festas juninas. “A outra será uma semana de quórum mais delicado porque haverá as festividades de São João no Nordeste, e sabemos que a semana será mais difícil. Seria bom semana que vem votar a desoneração”, complementou.