Casa Brasil IBGE Sudene vai integrar dados e impulsionar o desenvolvimento regional

Recife (PE) – Esta segunda-feira (25) foi marcada pela instalação da primeira unidade descentralizada do IBGE, a Casa Brasil IBGE Sudene, que vai possibilitar acesso a plataformas, softwares, sistemas e dados, integrando informações regionais e contribuindo para uma gestão mais transparente e eficaz. Fruto de uma parceria entre a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a expectativa é que o espaço torne mais fácil e ágil as análises de situação e cenários social e econômico para a Região. O ambiente está funcionando na sede da Sudene e contará com um acervo de dados em versões física e digital, totem interativo, computador para pesquisas e diversos produtos do acervo do IBGE, que compreende um trilhão de variáveis e 1,5 bilhão de dados em suas plataformas.

“O nosso desafio é, a partir de uma decisão do presidente Lula, colocar novamente a capacidade de pensar, de formular e de planejar o Estado brasileiro na pauta da gestão pública e, sobretudo, na pauta da sociedade”, destacou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral. A Casa Brasil IBGE Sudene vai proporcionar aos pesquisadores, gestores públicos regionais, empreendedores que buscam avaliações sobre o mercado e população em geral o acesso às pesquisas, base de dados, programas e projetos do IBGE, podendo se transformar em um hub de informações para o desenvolvimento regional. Estão previstas, ainda, atividades presenciais e remotas, que incluem cursos, oficinas e programas de pós-graduação, além da promoção de eventos nacionais e internacionais. Danilo Cabral enfatizou que é necessária “a clareza que nós precisamos pensar não só o dia da amanhã, não só os quatro anos seguintes, mas pensar um futuro de longo prazo para o Brasil”.

Os principais objetivos da Casa Brasil IBGE Sudene são disponibilizar as informações possíveis a partir de recortes territoriais importantes para a Sudene, tais como área de atuação da Autarquia, semiárido e bioma da Caatinga; promover capacitação dos servidores em áreas de interesse da Sudene, de acordo com a disponibilidade dos cursos da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE); elaborar e/ou adaptar indicadores sintéticos que considerem a área abrangida pela Sudene e o semiárido como territórios de análise, a exemplo do Produto Interno Bruto (PIB) e Valor da Produção Agrícola Municipal (PAM); construir rankings por municípios, estados e sub-regiões; atuar em conjunto para a construção do Observatório Nordeste e atualização do SIGMapas (Sistema Georreferenciado para Desenvolvimento Regional do Nordeste); contribuir para o acompanhamento do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE) e do Plano Plurianual (PPA) Regional a partir de indicadores de monitoramento relacionados aos seus eixos.

O presidente do IBGE, Márcio Pochmann, fez uma explanação sobre as contribuições do trabalho realizado pelo Instituto para identificar os problemas do país e apontar soluções, levando, por exemplo, o Brasil a sair “de uma sociedade agrária muito primitiva e predominante até os anos 1970 e, em menos de 50 anos, deu um salto fundamental, se transformou em uma sociedade urbana e industrial”. Pochmann elencou algumas das pesquisas em andamento, como o Censo Agropecuário, pesquisa que analisa a inovação brasileira, o orçamento familiar e uso do tempo por parte dos brasileiros.

Está programado para março de 2025 o início das capacitações destinadas ao planejamento municipal, com módulos que focam nos desafios enfrentados pelos gestores municipais, principalmente para aqueles recém-eleitos. Serão quatro meses de treinamento remoto, com 10 módulos, além de uma semana presencial, em Recife. O tema “Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Regional” também será priorizado e está previsto um trabalho conjunto para levantamento e disponibilidade de dados sobre desertificação e semiárido.

O prefeito do Recife, João Campos, prestigiou o evento e falou sobre a importância dessa parceria entre a Sudene e o IBGE, com destaque para a “capacidade de cooperação, de poder juntar instituições diferentes que têm uma vocação comum e fazer um trabalho integrado que busque uma solução prática para a rotina da vida das pessoas”. O gestor reforçou, ainda, que “a gente precisa ter dado, ter informação, ter número, ter métrica para poder tomar decisões acertadas”. A prefeita de Camaragibe, Nadegi Queiroz, representou a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e também enfatizou a importância de um “banco de dados riquíssimo” para subsidiar as decisões tomadas pelos municípios. Márcia Aguiar, presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), disse que essa é “uma iniciativa exemplar” e que a disponibilidade de dados fortalece as instituições e o país.

O evento de inauguração contou com uma programação especial, que incluiu palestras sobre análise de dados, desenvolvimento regional e práticas exitosas de naturezas semelhantes na gestão pública. Marcaram presença, também, Dorotea Blos, coordenadora-geral de Articulação e Integração do Planejamento Territorial do Ministério do Planejamento e Orçamento; Marcelo Carneiro, diretor do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene); Pedro Campos, deputado federal; Sileno Guedes, deputado estadual, representando a Assembleia Legislativa de Pernambuco.

SOFTEX marca presença em Caruaru e Garanhuns

O Softex Pernambuco reservou esta semana para disseminar a cultura da Tecnologia da Informação (TI) no Interior do Estado.  A primeira parada será nesta terça-feira, dia 26, em Caruaru. O Softex PE realizará encontro para debater o tema: “Desmistificando o Uso Consciente da Inteligência Artificial para Empresas”.
A palestra será de Jorge Maia, Cientista em Computação, arquiteto e consultor de soluções de Iot, Cloud e Inovação. Ele vem de Brasília para falar aos empresários associados de Caruaru sobre sua experiência como founder e CEO da CrazyTechLabs e mentor de times de software.
Desde 2013, Jorge Maia se especializou em Internet das Coisas e projetos de alta resiliência, com uso da computação em nuvem e inteligência artificial. O encontro acontecerá na empresa Navit, às 10h, na Rua Francisco Joaquim, n.º 181, bairro Maurício de Nassau.
Garanhuns
O Softex PE estará na próxima quarta-feira, dia 27, participando da 1ª Edição do AgresTI – evento Profissional e Científico do Agreste Pernambucano – que acontecerá em Garanhuns. Como patrocinador do evento, o Softex PE compartilha do objetivo de transformar o Agreste do Estado em um hub de inovação, empreendedorismo e desenvolvimento sustentável.
O evento é coordenado pelo professor da Universidade de Pernambuco (UPE), Ivaldir de Farias Júnior, e que contará também com a palestra de Cientista em Computação, Jorge Maia.
A presença do Softex PE – a maior associação de empresas de Tecnologia da Informação do Nordeste – representa a confirmação em 2024, de fomentar o desenvolvimento econômico regional, promover a inovação e competitividade no mercado de TI e capacitar principalmente os profissionais da área para que se sintam, cada vez mais, inseridos no ecossistema de inovação de Pernambuco.
O Softex PE será representado nesses dois eventos pelo Community Manager, Isaias Dias; o Gerente Administrativo, Manoel Borba Filho.

Uma Mulher Vestida de Sol estreia com sucesso em Caruaru

A estreia da turnê de Uma Mulher Vestida de Sol neste fim de semana foi muito bem recebida pelos caruaruenses. O público que compareceu à Casa Di Lucio, no Alto do Moura, acompanhou o espetáculo atentamente e se emocionou com a história de amor inspirada na obra de Ariano Suassuna e interpretada pelo Grupo Grial de Dança.

“O espetáculo é uma maravilha. Une várias simbologias dentro de uma linguagem nordestina própria, uma plasticidade incrível. É extremamente comovente e envolvente. É o tipo de ação que, quando gira cidades, move pessoas, instiga a vontade de se integrar a uma linguagem artística centrada sobre a dança, mas com arte cênica e uma série de contextos culturais associados”, disse o arquiteto Lucio Omena, ex-presidente da Fundação de Cultura de Caruaru.

A produtora cultural Valeria Saboia destaca um expressivo aspecto da peça coreográfica: “O que mais me toca, e de uma maneira geral o público percebe, é essa absoluta inteireza que diz respeito à inclusão, esse aspecto tão necessário a todos os segmentos artísticos. Acho que a produção foi muito feliz em tratar com tanta profundidade e delicadeza essa temática da inclusão. E trazendo qualquer obra de Ariano Suassuna, já existe a grandeza, não é?”

A turnê de Uma Mulher Vestida de Sol prossegue por sete municípios pernambucanos e termina em dezembro.

Diocesano promoverá Cantata de Natal aberta ao público

O Colégio Diocesano de Caruaru promoverá na próxima quarta-feira (27), a partir das 19h30, a Cantata de Natal “A Estrela da Esperança”. O evento será aberto ao público e contará com uma mega estrutura com três cenários que serão montados em frente ao colégio para celebrar o início das comemorações natalinas em Caruaru.

O espetáculo tem direção coletiva dos departamentos de teatro, música e produção de eventos do Colégio Diocesano liderados, respectivamente, pela atriz e professora Maria Alves, pelo professor de música Elias Guinho e pela gerente de marketing Adriana Gomes. A cantata contará a história do nascimento de Jesus, lembrando que a verdadeira essência do Natal reside no amor, na compaixão e na união. “Vamos juntos anunciar essa história de redenção e luz, repleta de promessas e milagres, que nos convida a viver momentos de fraternidade e paz. Que esta celebração nos inspire a compartilhar sorrisos e a renovar nossas esperanças”, afirma Adriana Gomes.

A encenarão contará com a participação de cerca de 80 pessoas, incluindo os corais infantil e de funcionários do Diocesano, bem como professores e colaboradores do colégio e o ator convidado Guilherme Mergulhão, ex-aluno do Diocesano. Eles estão envolvidos nos ensaios há meses para apresentar um verdadeiro espetáculo de arte, com muita música, dramatização e beleza.

Por se tratar de um evento aberto ao público, o Colégio Diocesano disponibilizará cadeiras e também vai sinalizar lugares específicos para acomodação de idosos e PCDs. Por isso, é importante que a plateia chegue antes do início da apresentação para que todos possam escolher seus lugares e assistirem à cantata de forma confortável.

Cidades Sustentáveis no Semiárido: Integrando Verde, Azul e Cinza para um Futuro Resiliente

Por Marcelo Rodrigues

As Áreas de Infraestrutura Urbana Verde-Azul-Cinza (GBGIs) têm um enorme potencial para transformar a paisagem e a qualidade de vida nas cidades do Nordeste, especialmente nas regiões onde prevalece a caatinga, o bioma típico do semiárido brasileiro. Em um cenário de urbanização crescente e desafios climáticos intensos, soluções que integrem o verde, o azul e o cinza se tornam cada vez mais essenciais para criar ambientes urbanos mais equilibrados, sustentáveis e resilientes.

O “verde”, que diz respeito à infraestrutura verde, desempenha um papel central nesse processo. Ele inclui áreas de amenidades e jardins, que não apenas embelezam a cidade, mas também oferecem espaços de lazer, relaxamento e convivência. Em cidades do semiárido, como as que estão situadas em regiões de caatinga, a vegetação nativa, como o umbuzeiro, o xique-xique e a catingueira, pode ser incorporada a esses jardins e áreas públicas, promovendo o frescor, melhorando a qualidade do ar e diminuindo o impacto do calor urbano. Além disso, os recursos lineares, como arborização ao longo de ruas e avenidas, também ajudam a mitigar as altas temperaturas e oferecem sombra, tornando as áreas urbanas mais agradáveis para os moradores.

O conceito de “azul”, por sua vez, envolve a gestão da água e seu uso eficiente. No semiárido, onde a água é um recurso escasso e essencial, a infraestrutura híbrida para água, que combina soluções naturais e construídas, se torna fundamental. Isso inclui a captação de águas pluviais, o uso de cisternas e reservatórios, e a criação de áreas urbanas abertas que possam absorver a água da chuva. Jardins de chuva, por exemplo, são uma solução interessante para garantir que a água das chuvas seja corretamente canalizada e armazenada, ajudando a prevenir alagamentos e recarregar os lençóis freáticos. Além disso, áreas como parques e áreas verdes que integram sistemas de drenagem sustentável oferecem uma combinação de benefícios ambientais e sociais, ao mesmo tempo que ajudam a manter o equilíbrio hídrico.

O “cinza”, a infraestrutura construída, também precisa ser repensado dentro desse conceito. O planejamento de ruas, calçadas e edifícios deve integrar soluções de sustentabilidade, como a permeabilidade do solo, que permite a infiltração da água e evita alagamentos, além de usar materiais que absorvem menos calor, como pavimentos mais claros. A infraestrutura construída também inclui os parques, que, além de sua função recreativa e paisagística, atuam como espaços multifuncionais para o gerenciamento de água, captura de carbono e conservação da biodiversidade.
Uma das grandes vantagens de adotar a infraestrutura verde-azul-cinza nas cidades do semiárido é a criação de áreas urbanas abertas, que favorecem o contato com a natureza e contribuem para o bem-estar da população. Esses espaços podem ser projetados para atender a diversas necessidades da comunidade, incluindo lazer, educação ambiental e promoção de saúde. Além disso, a integração da infraestrutura híbrida para água, com soluções como sistemas de captação e reuso da água da chuva, permite um uso mais eficiente dos recursos hídricos, que são tão limitados nessas regiões.

Ao combinar o verde, o azul e o cinza de forma inteligente, as cidades do Nordeste podem se tornar mais resilientes aos efeitos das mudanças climáticas. A vegetação nativa ajuda a adaptar o ambiente ao calor intenso, enquanto a gestão integrada da água previne alagamentos e garante o uso sustentável desse recurso. A infraestrutura construída, quando planejada de maneira sustentável, contribui para um ambiente mais agradável e funcional, sem prejudicar o ecossistema local.

Em resumo, ao aplicar o conceito de infraestrutura verde-azul-cinza nas cidades do semiárido, especialmente nas áreas de caatinga, é possível criar um equilíbrio entre os diferentes elementos urbanos, promovendo espaços mais agradáveis, sustentáveis e adaptados ao clima. A inclusão de amenidades, jardins, recursos lineares, áreas urbanas abertas, parques e soluções híbridas para a água não só melhora a qualidade de vida das pessoas, mas também fortalece a resiliência das cidades frente aos desafios climáticos e ambientais. Esse planejamento integrado cria um futuro mais sustentável para as cidades do Nordeste e do semiárido, onde a natureza e a infraestrutura caminham juntas em harmonia.

  • Marcelo Augusto Rodrigues, é advogado especialista em direito ambiental e urbanístico, ex-Secretário de Meio Ambiente do Recife, e sócio proprietário do escritório de advocacia Marcelo Rodrigues Advogados

INSS começa hoje pagamento da folha de novembro

Instituto Nacional do Seguro Social (INSS),Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia,Previdência Social
Começa nesta segunda-feira (25) o pagamento da folha do mês de novembro a aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os créditos são escalonados, em dias úteis, e seguem até o dia 6 de dezembro, de acordo com o número final do cartão do benefício, sem considerar o último dígito verificador, que aparece depois do traço.

Os beneficiários do Rio Grande do Sul continuarão a receber o pagamento no primeiro dia do calendário enquanto durar o estado de calamidade pública na região, em razão das enchentes que atingiram o estado no mês de maio deste ano.

Para os demais beneficiários, quem ganha até um salário mínimo recebe primeiro. Aqueles que têm o número do cartão com final 1 terão o crédito no dia 25 de novembro, e assim sucessivamente até as pessoas com cartão com final 0, que recebem no dia 6 de dezembro.

Para quem ganha acima do mínimo, os créditos ocorrerão no dia 2 de dezembro para os benefícios com final 1 e 6. No dia 3, recebem os beneficiários com cartão de final 2 e 7 e, na sequência, cartão final 3 e 8, dia 4; cartão final 4 e 9, dia 5; e, por fim, em 6 de dezembro serão creditados os benefícios para aqueles com cartão com final 5 e 0.

Se houver feriado municipal, estadual ou federal, o pagamento do benefício é no dia útil seguinte. O prazo para saque dos benefícios com cartão é até o final do mês seguinte – aproximadamente 60 dias – ao da disponibilização do valor na conta. Caso o segurado não faça o saque nesse período, os valores correspondentes serão devolvidos ao INSS.

O INSS paga, mensalmente, cerca de 40 milhões de benefícios assistenciais e previdenciários. Na folha de pagamentos do mês de outubro foram 28.279.547 de benefícios até um salário mínimo. Os que ganham acima do piso nacional somaram 12.365.818 benefícios.

13º salário

Serão contemplados com o abono anual os beneficiários de auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença), auxílio-acidente, aposentados, pensão por morte, auxílio-reclusão e salário-maternidade implantados a partir de junho. Não recebem 13º salário aqueles contemplados pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos com mais de 65 anos de idade, pessoas com deficiência de baixa renda e beneficiários de Renda Mensal Vitalícia.

Em março deste ano, o governo federal determinou a antecipação do pagamento das duas parcelas do 13º salário a 33,6 milhões de beneficiários.

Os segurados que ganharam o benefício a partir de junho, após o crédito da segunda parcela do 13º salário, terão esse valor incluído no benefício mensal em parcela única. Vão receber essa parcela única 2.016.620 de pessoas do Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

No caso de beneficiários que têm o fim do auxílio programado para antes de 31 de dezembro, será pago o valor proporcional do abono anual.

Valor do crédito

Os aposentados, pensionistas e beneficiários dos auxílios já podem conferir quanto vão receber ligando para a Central 135, canal de atendimento telefônico do INSS. Para saber o valor, é preciso informar o número do CPF e confirmar algumas informações cadastrais para a atendente, de forma a evitar fraudes. O atendimento é de segunda-feira a sábado, das 7h às 22h.

Os segurados também podem acessar o site ou aplicativo Meu INSS, disponível para smartphones com sistemas Android e iOS. Nos dois casos, é necessário fazer login e senha no portal Gov.br.

Para acessar todos os detalhes sobre o pagamento do benefício, basta clicar no serviço “Extrato de pagamento”.

Fake news

O instituto alertou que circula nas redes sociais boatos de que haverá o pagamento de 14º salário ou folha extra de 13º salário. “Essas informações não são verdadeiras”, ressaltou.

IBGE reconhece bezerros como maior produtor de tomate de Pernambuco

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reconheceu que Bezerros, no Agreste pernambucano, é o maior produtor de tomate de Pernambuco. Os dados de produção agrícola são referentes ao levantamento de 2023. De acordo com o instituto, o município tem uma produção estimada em 39.600 toneladas de tomate, ficando em primeiro lugar no ranking de produção. Em seguida, estão as cidades de São Joaquim do Monte, Camocim de São Félix, Lagoa Grande e Sairé.

Em 2020, a cidade ocupava a 9ª posição no ranking pernambucano, com 3.600 toneladas de produção de tomate, e a 309ª colocação no país. Ou seja, nos últimos três anos, houve um crescimento de 36 toneladas, graças ao incentivo e apoio das equipes da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Sustentável, com assistência técnica rural e orientação de plantio e manejo sustentável.

Ainda segundo os dados do IBGE, o município figura entre os 20 maiores produtores do Brasil (19ª posição) e o 2º do Nordeste, ficando atrás apenas de Ibicoara, na Bahia. A área plantada é de aproximadamente 550 hectares. Bezerros também produz fava (2º colocado no estado e 11º no Brasil), batata doce (10º colocado em Pernambuco), feijão (27º colocado em Pernambuco), mandioca, milho (32º colocação no estado), maracujá (16º colocado no estado) e goiaba (18º colocado no estado).

Nicoly Pedroza vence no LFA 197 com nocaute avassalador e se mantém invicta no MMA

A jovem atleta pernambucana Nicoly Pedroza deixou sua marca no octógono do LFA 197 , realizado na noite desta sexta (22), no Ginásio do Polvilho, em Cajamar, São Paulo. Lutando na categoria peso-galo feminino (até 61kg) , Nicoly surpreendeu a experiente Thalita Diniz e garantiu uma vitória impressionante por nocaute aos 4m25s do primeiro round, dominando a luta tanto em pé quanto no chão.

Com essa vitória, Nicoly mantém sua invencibilidade e avança para um cartel de seis vitórias em seis lutas, consolidando-se como uma das grandes promessas do MMA feminino brasileiro. Para a atleta, a vitória foi mais do que um resultado técnico: “Essa luta representou todo o trabalho duro da minha equipe e meu amor pelo esporte. Entrar no octógono e sair com a vitória é uma sensação indescritível. Continuo invicta porque nunca luto sozinha; Tenho a força de Pernambuco comigo”, afirmou Nicoly, emocionada após o combate.

Desde o início da luta, Nicoly mostrou por que é considerada uma das mais talentosas atletas da nova geração. Seu controle tanto na luta em pé quanto na luta de solo destacou sua preparação detalhada. O momento decisivo veio com um direto certo que levou sua adversária ao chão, encerrando a luta de forma contundente ainda no primeiro round.

O técnico Diego Veiga , líder do Esquadrão Esporte da Sorte , exaltou o desempenho de sua pupila: “Nicoly foi brilhante! Ela melhorou o plano de luta com precisão e maturidade dentro da gaiola. Essa vitória só reforça o que sempre digo: ela está pronta para desafios maiores.”

O técnico e colega de equipe, Caio Machado, também celebrou o resultado: “Ver Nicoly aplicar tudo o que treinamos com tanto foco é motivo de orgulho. Ela é o reflexo de dedicação e esforço. Esse nocaute é só o começo do que ela pode conquistar.”

Com mais uma vitória no currículo, Nicoly segue determinado a expandir sua trajetória no MMA. A lutadora pernambucana já começa a ser apontada como uma das possíveis novas estrelas do cenário internacional, com o objetivo de alcançar ligas maiores e representar Pernambuco no topo do esporte.

Ambientalistas dizem que acordo da COP29 é insuficiente

O novo acordo global de financiamento climático, estabelecido em US$ 300 bilhões por ano, é insuficiente para dar as respostas que o mundo precisa no enfrentamento à crise do clima. Essa é a visão de diversas entidades ambientalistas que acompanharam as discussões da 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP29), realizada em Baku, no Azerbaijão, e encerrada neste sábado (23).

Os participantes da COP29 fecharam um acordo de US$ 300 bilhões por ano que os países ricos deverão doar a países em desenvolvimento, até 2035, para combate e mitigação das mudanças do clima. O objetivo é promover ações para limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C. As nações mais impactadas por eventos climáticos extremos defendiam meta de US$ 1,3 trilhão anuais e consideraram a decisão um insulto.

“A COP29 adotou nova meta de financiamento aquém das necessidades dos países em desenvolvimento e sem nenhuma obrigação clara para os países desenvolvidos. A rota para Belém será difícil, mas temos confiança na liderança brasileira para entregar um resultado que contribua para a justiça climática global”, afirmou a diretora de Campanhas do Greenpeace Brasil, Raíssa Ferreira.

A próxima conferência sobre mudanças climáticas (COP30) será realizada no Brasil, em novembro de 2025, em Belém (PA). Para a Greenpeace, a principal missão do país será articular metas financeiras mais ambiciosas e mobilizar recursos que aproximem os compromissos globais das demandas urgentes dos países insulares e de outras nações em desenvolvimento.

O texto final de Baku determina que o total de recursos a serem financiados pelos países ricos sejam oriundos “de grande variedade de fontes, públicas e privadas, bilaterais e multilaterais, incluindo fontes alternativas”. A medida também é criticada pela entidade que defende que um financiamento público e robusto seria o melhor caminho para enfrentar a emergência climática de maneira justa.

“Recursos entregues por meio de empréstimos ou financiamento privado, em vez do financiamento público baseado em doações, podem aprofundar o endividamento externo dos países que mais precisam de ajuda neste momento e comprometem o princípio poluidor pagador, onde aqueles que mais poluem são financeiramente responsabilizados pela destruição que causam”, diz o Greenpeace.

No mesmo sentido, o Observatório do Clima avalia que essa previsão de diversidade de fontes dilui a responsabilidade das nações ricas, que dificilmente será revertida no futuro. “O acordo de financiamento fechado hoje em Baku distorce a UNFCCC [Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climática] e subverte qualquer conceito de justiça. Com a ajuda de uma presidência incompetente, os países desenvolvidos conseguiram, mais uma vez, abandonar suas obrigações e fazer os países em desenvolvimento literalmente pagarem a conta”, disse Claudio Ângelo, coordenador de Política Internacional do Observatório do Clima.

Novas metas

A diretora de Clima do WRI Brasil, Karen Silverwood-Cope, lembrou que o novo acordo substituirá os US$ 100 bilhões anuais previstos para o período 2020-2025. “Trata-se de um aumento que meramente cobre a inflação dos US$ 100 bilhões anuais prometidos em 2009 [na COP15, de Copenhague, na Dinamarca]. A lacuna de investimentos no presente aumentará os custos no futuro, criando um caminho potencialmente mais caro para a estabilidade climática”, avaliou.

Para ela, mais financiamento incentivaria que as nações apresentassem novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC, na sigla em inglês) – planos climáticos de cada país – mais ambiciosas no ano que vem. Como país-sede da COP30, o Brasil já apresentou a terceira geração da sua NDC que define a redução de emissões de gases de efeito estufa de 59% até 67%, em 2035. O documento entregue reafirma a meta de neutralidade climática até 2050 e resume as políticas públicas que se somam para viabilizar as metas propostas.

Como destaque da COP29, Karen menciona uma imagem positiva do protagonismo brasileiro. “Agora, ao assumir a presidência da COP30, o Brasil terá o dever de continuar sendo um exemplo positivo e cobrar maior ambição dos demais países, assim como recuperar a confiança das partes após um processo decisório desgastado e em um contexto geopolítico mais desafiador”, afirmou a diretora do WRI Brasil.

Para a organização WWF-Brasil, o acordo “não chega nem perto de atender as necessidades de financiamento dos países em desenvolvimento”, e o resultado da COP29 corre o risco de atrasar a ação climática precisamente no momento em que sua aceleração é mais crítica e necessária. “Insuficiente para as ações de mitigação, o valor anunciado também desconsidera os esforços urgentes e necessários para adaptação e para perdas e danos, o que afeta de forma negativa e desproporcional países menos desenvolvidos e ilhas, que menos contribuíram para a emissão dos gases de efeito estufa”, diz.

Negociações

O WWF-Brasil avalia a “necessidade urgente” de fortalecer o multilateralismo e diz que o Brasil terá papel determinante em 2025, pressionando por um financiamento climático adicional, após o resultado insatisfatório da COP29.

“Embora os negociadores azeris nunca tenham se destacado em conferências anteriores, a concentração das decisões na presidência e a subtração de trechos resultantes de conquistas anteriores – como a menção aos combustíveis fósseis feita no acordo da COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos – abriram espaço para que as divergências entre países desenvolvidos e em desenvolvimento escalassem níveis não vistos pelo menos desde a COP15 em Copenhague”, afirmou a entidade, criticando a presença maciça de representantes das indústrias de petróleo e gás na COP29.

“Responsáveis por dois terços das emissões globais dos gases que estão aquecendo o planeta e alterando o clima, as indústrias fósseis não podem mais ser admitidas nas conferências climáticas dado o evidente conflito de interesses. Esse é um ponto especialmente importante para a próxima COP, a ser realizada no Brasil, onde a exploração de petróleo já é objeto de disputa, criticou o WWF-Brasil.

Em discurso na plenária final da COP29, a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, avaliou a conferência em Baku como uma “experiência difícil”. “É fundamental, sobretudo após a difícil experiência que estamos tendo aqui em Baku, chegar a um resultado minimamente aceitável para todos nós, diante da emergência que estamos vivendo”, disse.

A ministra criticou a proposta inicial das nações mais ricas para o financiamento climático de US$ 280 bilhões até 2035, que avançou para US$ 300 bilhões anuais para custear os compromissos internacionais. “Os países em desenvolvimento não estão buscando esses recursos para benefício próprio, mas em benefício de todos. Então, os países desenvolvidos têm obrigações, conforme o Acordo de Paris, de fazer esses aportes que ajudem a alavancar recursos privados”, reforçou Marina.

“Difícil experiência”, diz Marina sobre a COP29, em discurso final

Chegada de delegações e participantes na COP29 em Baku, Azerbaijão, Novembro 11, 2024. Credito: ApexBrasil / Divulgação

A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, avaliou a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024, em Baku, Azerbaijão, como uma “experiência difícil”. A declaração foi dada durante o discurso da autoridade brasileira, neste sábado (23), na plenária final da COP29. “É fundamental, sobretudo após a difícil experiência que estamos tendo aqui em Baku, chegar a um resultado minimamente aceitável para todos nós, diante da emergência que estamos vivendo.”

As negociações sobre a contribuição dos países ricos às nações em desenvolvimento para enfrentar a crise do clima se estenderam além do prazo inicialmente estabelecido, que era a tarde desta sexta-feira (22).

Em entrevista coletiva à imprensa, após o discurso, Marina Silva explicou que a experiência dolorosa ocorre porque, ao fim do dia de debates na Conferência, ainda há assuntos que são altamente importantes para serem resolvidos e que o principal deles é o financiamento climático por países ricos até 2035 demandado pelos países em desenvolvimento, entre eles o Brasil.

“Nós, que somos mães, se ficássemos apenas olhando para o processo das dores de parto, talvez a gente não olhasse com tanta ternura para a criança. Então, aqui [em Baku], ainda estamos esperando a criança nascer. E se nascer, temos a oportunidade de olhar o processo difícil, como algo que valeu a pena. Estamos no processo”, avalia Marina.

Estados Unidos

Ao ser questionada por uma jornalista sobre possíveis desafios relacionados às questões ambientais do planeta, a partir da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em janeiro de 2025, a ministra destacou que o convite para que os Estados Unidos se comprometam com a redução da emissão de gases de efeito estufa do planeta está feito.

“Não paramos quando os Estados Unidos não entraram no protocolo de Kyoto e no Acordo de Paris mas também não deixamos de reconhecer que é um prejuízo muito grande, não só para os países em desenvolvimento, os desenvolvidos que estão nessa agenda, mas um prejuízo para toda a humanidade, inclusive um prejuízo político porque o povo americano está sofrendo as consequências dos eventos climáticos extremos que estão ficando cada vez mais frequentes e intensos.”

COP das COPs

A ministra Marina ainda comentou sobre a próxima conferência das mudanças climáticas, em novembro de 2025, no bioma amazônico. E chamou a COP30, em Belém (PA), de COP das COPs.

“Fazer da COP30, no território tão simbólico da Amazônia, o momento da vida para restaurar tudo aquilo que parece que estamos perdendo, a cada situação extrema que estamos enfrentando, é um dos maiores desafios que temos pela frente”, prevê.

Financiamento climático

A ministra criticou a proposta inicial das nações mais ricas para o financiamento climático de US$ 280 bilhões até 2035, que avançou para US$ 300 bilhões anuais para custear os compromissos internacionais com a justiça climática. A proposta inicial rejeitada pelas nações desenvolvidas era de US$ 1 trilhão.

Marina Silva reforçou o alinhamento com o Acordo de Paris, firmado na COP21, por 195 países, entre eles, o Brasil. “Os países em desenvolvimento não estão buscando esses recursos para benefício próprio, mas em benefício de todos. Então os países desenvolvidos têm obrigações, conforme o Acordo de Paris, de fazer esses aportes que ajudem a alavancar recursos privados. Mas, é preciso garantir aquilo que é essencial e que assegure, também, uma base para países mais vulneráveis fazerem já suas transições e suas adaptações”.

Mais vulneráveis

Sobre a saída das delegações de pequenos Estados insulares e de países em desenvolvimento da sala de negociações da COP29, no Azerbaijão, neste sábado, contra redação atual do documento que não consideraria as necessidades de países mais vulneráveis, Marina Silva disse que o esforço é que todos voltem ao diálogo. “Assumimos não deixar ninguém para trás. Todos estamos imbuídos que voltemos todos ao processo da negociação para que possamos contemplar aqueles objetivos estratégicos que são colocados por cada grupo, principalmente quando se trata de países e segmentos tão vulneráveis diante do problema da mudança do clima”.

Contribuição Nacionalmente Determinada

Em sua declaração, a ministra do Meio Ambiente destacou o compromisso brasileiro com o cumprimento das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês), que são os compromissos de cada país com a redução dos gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global. “Até a COP30, nosso objetivo central passa a ser alinhar NDCs suficientemente ambiciosas para alcançar a missão 1,5 grau Celsius (ºC).” Marina ressaltou que para ter a meta de redução de gases de efeito estufa alinhadas é preciso viabilizar, ainda na COP 29, os meios necessários para implementar esses compromissos.”

Créditos de carbono

Até a noite deste sábado (no Brasil), os países participantes da COP29 aceitaram um acordo sobre as regras para um mercado global de compra e venda de créditos de carbono, que é a moeda que representa a não emissão de uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, contribuindo para a redução do efeito estufa e das mudanças climáticas. Entre os meios, estão, por exemplo, a substituição de combustíveis não renováveis por fontes limpas e o plantio de árvores.