Abril Laranja dedicado ao bem-estar animal

*Por Breno Tabosa

O mês laranja – Abril larannja busca enfatizar que assim como os seres humanos, os animais têm direito à vida, proteção e cuidados que garantam a sua sobrevivência e bem-estar.

 

Difícilmente você não se deparou com situações evidentes de maus tratos contra animais domésticos ou domesticados. Lojas que abrigam animais em gaiolas minúsculas, sem qualquer condição de higiene, cães presos em correntes curtas o dia todo, proprietários que batem, torturam covardemente seus animais ou os alimentam de forma precária, levando o animal à inanição, cavalos usados na tração de carroças que são açoitados e em visível estado de subnutrição.

Nas últimas décadas a humanidade tem se sensibilizado contra ações de crueldade e maus tratos contra animais. A sociedade vem entendendo que os animais realmente devem ser protegidos desses crimes. Não são somente as punições, meios suficientes para erradicar a covardia praticada contra os animais. Também se faz necessária a reeducação da população.

Denúncias de maus-tratos contra animais cresceram 15,60% em 2021, no estado de São Paulo. De janeiro a novembro de 2021 foram 16.042 denúncias e, no mesmo período de 2020, 13.887, de acordo com dados da Delegacia Eletrônica de Proteção Animal (Depa) da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo.

É importante que a sociedade assuma a posição de defensora dos animais denunciando a prática de tais crimes, e garantir a segurança e proteção dos direitos dos indefesos, o que infelizmente eles mesmos não podem fazer.

O mês laranja vem também reforçar mais ainda a importânica de identificar e denunciar situações de violência contra animais de domésticos e domesticados. Você deve obversar como está o estado de saúde do animal, como é comportamento desse animal, o ambiente que vive atende as necessidades básicas de higiene, alimentação, água, protegido de sol e chuva e frio. Esses aspectos uma vez diganósticado maus tratos procure uma delegacia mais próxima e faça a denuncia.

Lutamos por uma sociedade multiespécie.

Breno Tabosa é veterinário e proprietário da Hopevet, além de colunista do Blog

Fernando Rodolfo se reúne com associações pelo desenvolvimento rural de Caruaru

O deputado federal Fernando Rodolfo (PL) cumpriu agenda com representantes de associações da zona rural de Caruaru, neste final de semana. O parlamentar esteve no segundo distrito, ouvindo demandas dessas comunidades e se comprometeu a levar ações e recursos de Brasília para a população local.

Na ocasião, houve a posse da Associação Rural de moradores dos sítios Borba, Gafieira, Lagoa Roçada e adjacências (Amblar), que terá como líder Zé Ribeiro. Outra associação, que será criada em maio, reunirá os sítios Caldeirão, Reinado e Pé de Serra, também do segundo distrito, tendo Dui como liderança. Por sua vez, em Cachoeiras de Tabocas, distrito que fica divisa com Brejo da Madre de Deus, a principal demanda foi a construção de uma ponte ligando o município a Caruaru. O artista e professor Armandinho também acompanhou as agendas.

“Estivemos com as lideranças e com moradores desses sítios, todos nos relataram diversos problemas, como falta de água, infraestrutura, segurança, posto de saúde desativado, entre outras coisas. Vamos trabalhar para trazer ações da Codevasf para garantir a perfuração de poços, aquisição de tratores e caminhão pipa. Também vamos estudar a ponte para Brejo da Madre de Deus, a Codevasf fará os estudos e certamente essa obra sairá do papel muito em breve e melhorará significativamente a vida do distrito de Cachoeiras de Tabocas”, detalhou Fernando Rodolfo.

As lideranças comemoraram a visita e o compromisso firmado pelo deputado com a comunidade. “Fico muito feliz por ter o apoio de Fernando Rodolfo, que será o padrinho da nossa comunidade, da nossa associação, é um momento especial”, destacou Zé Ribeiro. “Nunca tinha visto um deputado federal vir aqui sem ser em época de eleição. Tenho certeza de que fará a diferença”, completou Dui.

Abertas inscrições gratuitas para 2ª Edição do evento ‘Se liga na Libras’, em Caruaru

Em Caruaru, no Agreste, estão abertas as inscrições gratuitas para participar da 2ª Edição do ‘Se liga na Libras’, que acontecerá no dia 21 de abril (sexta-feira), às 19h, no auditório do Teatro do Shopping Difusora. O evento que traz o tema ‘Valorização da Libras e Cultura Surda nos âmbitos sociais’, contará com palestras sobre a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), apresentação cultural através de um coral em Libras para homenagear os 21 anos do reconhecimento da Língua no Brasil, celebrado neste mês de abril. 

As inscrições gratuitas para garantir a vaga e participar do evento estão sendo feitas através do endereço eletrônico: www.seliganalibras.com.br qualquer pessoa interessada em aprender a Libras poderá participar (entre elas, estudantes, profissionais das áreas de saúde e educação, pessoas que lidam com o público de modo geral, ou que querem conhecer um pouco mais sobre o universo da Libras, por exemplo). 

De acordo com o organizador do evento, Mateus Guardião, instrutor de Libras e um dos palestrantes, esta edição será importante para abordar temas atuais da Libras, como também a importância de cuidar da saúde emocional da pessoa surda. “É grande a expectativa para mais uma edição que vai fazer história em Caruaru, com a presença de palestrantes convidados. O evento vai promover conexão entre pessoas surdas e ouvintes, com a valorização da Libras”, destaca ele.

Haverá também palestra com Adalberto Ferreira, Licenciado em Letras Libras/UFPB e Especialista Tradução e Interpretação para Surdos. Além de Otávio Silva, Licenciado em Letras Libras/UFPB, Especialista em Libras e mestrando no Programa de Pós-graduação em Letras/UFPB. 

Entre os palestrantes também estão Adrielly Rosendo, Pedagoga, Especialista em Libras e Professora de Libras. Além da Clauryan Lourenço, Psicóloga Clínica com a abordagem na Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), Graduação pela UNIFAVIP.

SERVIÇO – 2ª EDIÇÃO DO ‘SE LIGA NA LIBRAS’ 

Inscrição gratuita pelo site: www.seliganalibras.com.br  

Data do evento: 21/04/2023 (sexta-feira) 

Local: Auditório do Teatro do Shopping Difusora, Av. Agamenon Magalhães, 444 – Maurício de Nassau, Caruaru (PE)

Tema: ‘Valorização da Libras e Cultura Surda nos âmbitos sociais’

Credenciamento: A partir das 18h30

Horário do evento: das 19h às 21h30

Informações: (81) 9 9491-4751 / @mateusguardiao

Minha Casa, Minha Vida entrega 336 apartamentos nesta semana no Recife

Após uma peregrinação de 13 anos em busca da casa própria, a pensionista Fabiana Carlos da Silva, de 44 anos, receberá nesta terça-feira (4) a chave do apartamento em seu nome. Ela é uma das 1.344 pessoas contempladas com a entrega de 336 apartamentos do Minha Casa, Minha Vida no Recife.

“Vou receber um apartamento bem estruturado num condomínio fechado. Já fiz a vistoria e vi que terei uma moradia digna. Não estão tirando as pessoas da favela e jogando elas de qualquer jeito num apartamento. Tudo é muito bem organizado”, diz a viúva, mãe de dois filhos, que vive da pensão do pai da filha caçula.

Composto por 14 blocos de três andares, com oito apartamentos por andar, o Condomínio Ruy Frazão, no bairro de Afogados, na capital pernambucana, atende à Faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida. Nessa categoria, o programa subsidia até 95% do valor do imóvel a famílias que recebem até R$ 2.640 por mês em áreas urbanas ou ganham até R$ 31.680 por ano em áreas rurais.

Destinado a famílias do Movimento de Lutas nos Bairros, Vidas e Favelas (MLB), o condomínio tem infraestrutura de água, esgoto, iluminação pública, energia elétrica, pavimentação e drenagem. Atendido por transporte público, o empreendimento tem, nas imediações, transporte público, uma creche, três escolas e um posto de saúde.

Além da moradia própria, Fabiana diz que a principal vantagem do Minha Casa, Minha Vida é o valor reduzido das prestações. Em vez de desembolsar R$ 500 de aluguel por mês, a pensionista, que recebe um salário mínimo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pagará cerca de R$ 120 de prestação. “Vou ser beneficiária de uma casa, mas vou pagar de acordo com minha renda”, elogia.

Construção

Para o desempregado Wandeberg da Silva Durval, de 33 anos, a inauguração do empreendimento será ainda mais especial. Por meio de um convênio entre o MLB e a construtora, ele morará no apartamento que ajudou a construir. “Por um ano, trabalhei com carteira assinada e ajudei a construir meu apartamento e o de outras várias famílias do movimento”, diz.

Atualmente desempregado e beneficiário do Bolsa Família, Wandeberg vive de bicos para sustentar a companheira e três filhos, um dele e dois da mulher. Ele deverá pagar a prestação mínima, de R$ 80. “O valor, só vou conhecer na assinatura do contrato, mas o programa é pensado para quem não tem condições no momento”, declara o beneficiário, que atualmente paga R$ 400 de aluguel.

Metas

Desde o início do ano, o Minha Casa, Minha Vida entregou 4.785 Unidades Habitacionais em 11 cidades de oito estados, com investimento de R$ 491,8 milhões do governo federal até agora. O cronograma prevê a conclusão de cerca de 7,4 mil unidades habitacionais do programa em abril e maio. Com investimento de R$ 590,5 milhões em recursos da União, as novas obras estão localizadas em 17 municípios de 12 estados, em quatro regiões.

Segundo o Ministério das Cidades, o programa habitacional tem o compromisso de contratar 2 milhões de unidades habitacionais até 2026, incluindo as linhas de atendimento subsidiadas pelo Orçamento Geral da União e financiadas com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Bolsonaro tem prazo para defesa sobre reunião com embaixadores

O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), concedeu prazo de dois dias para a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentar alegações finais na ação que pode acarretar a inelegibilidade do ex-presidente.

A decisão foi assinada na sexta-feira (31) pelo ministro, que encerrou a fase de instrução. Se refere a uma das ações que contestam a conduta de Bolsonaro durante reunião com embaixadores, em julho de 2022, quando atacou as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro sem apresentar provas. As informações são do Misto Brasília.

“O rico acervo probatório reunido nos autos, que foi formado com ampla participação das partes e do MPE, esgota as finalidades da instrução, razão pela qual cumpre encerrar a presente etapa processual”, afirmou o ministro na decisão.

A minuta de golpe apreendida pela Polícia Federal (PF) na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres está entre as provas que fazem parte do processo.

Em depoimento prestado à Polícia Federal (PF), Torres disse que não sabe quem é o autor da minuta e disse que o documento é “totalmente descartável” e “sem viabilidade jurídica”, informou a Agência Brasil.

Participação feminina em cargos no governo federal mostra estagnação

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) lançou o Observatório de Pessoal, um portal de pesquisa de acesso público sobre os dados de pessoal do governo federal. Divulgada na última semana, a plataforma reúne dados estatísticos e informações sobre tabelas de remuneração dos servidores.

Entre os dados, estão comparações sobre as presenças masculina e feminina em cargos de alta e média lideranças e o perfil dos ocupantes quanto à idade, estado civil e escolaridade. O Observatório de Pessoal também apresenta um recorte sobre pessoas com deficiência e de mulheres negras e indígenas na liderança pública.

De acordo com a ministra Esther Dweck, na primeira versão do relatório de pessoal, foi constatada uma redução do número de mulheres em cargos efetivos do governo, que passou de 46%, em fevereiro de 2019, para 45% em fevereiro de 2023.

Brasília 06/03/2023 - A ministra da Gestão e da Inovação, Esther Dweck, participa da solenidade de abertura da Semana da Mulher 2023 no auditório do Ministério do Planejamento.Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Com recorte de gênero, raça e etnia, Observatório de Pessoal vai consolidar política de transparência ativa e oferecer dados de forma simples, diz a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dwek – Joédson Alves/Agência Brasil

“O período de ausência de concursos gerais e continuidade dos concursos em áreas predominantemente masculinas, como militares e segurança pública, foi um dos fatores que fizeram o percentual geral de mulheres no serviço público ficar estagnado”, explicou a ministra durante evento de lançamento da plataforma. “E quando olhamos sobre as mulheres no papel de lideranças, nem na média, nem na alta liderança, é proporcional à quantidade de servidoras na administração pública federal e mais abaixo ainda da média feminina da população brasileira”, acrescentou.

De acordo com o recorte apresentado sobre o estado civil dos ocupantes em cargos de liderança, o relatório do Observatório de Pessoal mostrou que, estatisticamente, a chance de homens com filhos menores de idade exercerem cargos de média e alta gestão é 3,2 vezes maior do que entre mulheres nas mesmas condições. “Isso reflete a dificuldade das mulheres em aceitar o cargo ou de serem chamadas a assumir cargos de gestão, porque o trabalho de cuidados geralmente fica com a mulher, e ela não consegue, ou não pode, aumentar sua responsabilidade. Mas é importante que a mulher seja chamada e a decisão de assumir, ou não, a liderança seja um fator pessoal, e não de incapacidade técnica”, afirmou a ministra.

Ainda segundo Esther Dweck, a ideia do observatório e do relatório sobre pessoal, por meio do recorte de gênero, raça e etnia, é consolidar uma política de transparência ativa e disponibilizar os dados de forma simples.

Como forma de ampliar a presença de pessoas negras em cargos de liderança, incluindo paridade entre homens e mulheres, o governo federal vai implementar um programa que reserva até 30% de vagas em cargos de comissão e funções de confiança na estrutura do Poder Executivo, incluindo administração direta, autarquias e fundações. O decreto foi assinado há pouco mais de 10 dias pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Argentinos submetidos a trabalho escravo são resgatados no RS

Quatro trabalhadores argentinos em condição análoga à de escravo foram resgatados  em Nova Petrópolis, na Serra Gaúcha. Segundo a Polícia Federal e o Ministério do Trabalho e Emprego, responsáveis pela operação, uma das vítimas é menor de idade.

As pessoas resgatadas trabalhavam no corte de lenha em uma propriedade rural do município. Segundo a Polícia Federal, eles haviam sido abandonados pelos empregadores e estavam sem recurso para alimentação e estadia.

A Polícia Federal foi acionada após receber denúncia da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, que também participou da operação. Um homem, responsável pelas atividades, foi preso em flagrante por submeter trabalhadores à condição análoga à de escravo, crime previsto no Artigo 149 do Código Penal. Conduzido à Polícia Federal em Caxias do Sul (RS), ele será encaminhado ao Sistema Penitenciário e permanecerá à disposição da Justiça Federal.

Ao chegarem à propriedade rural, os policiais federais, brigadistas militares e auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego encontraram os trabalhadores acampados na mata em condições insalubres e totalmente desassistidos. Os argentinos estavam sem água potável, sem energia elétrica e sem acesso a banheiros.

Policial penal é preso após morte de torcedor do Fluminense no RJ

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga episódio de violência registrado em um bar próximo ao Maracanã, onde aconteceu na noite do último sábado (1º) a primeira partida da final do campeonato carioca entre Flamengo e Fluminense. Torcedores do Fluminense costumam se reunir no local para assistir aos jogos do time. O bar estava cheio quando Thiago Leonel Fernandes da Motta foi baleado e morreu. Também foi atingido Bruno Tonini Moura, que foi levado para um hospital. Não há informações sobre seu estado de saúde.

O autor dos disparos é Marcelo de Lima, inspetor de polícia penal vinculado à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), que estava de folga. Segundo relatos de testemunhas, o crime não foi motivado por desentendimentos sobre futebol e sim por uma discussão envolvendo as últimas fatias de pizza vendidas pelo estabelecimento, que eram disputadas pelo atirador e pelas vítimas. Após o entrevero, o inspetor de polícia penal sacou a arma efetuando disparos.

Marcelo de Lima foi preso em flagrante por policiais militares e encaminhado à Delegacia de Homicídios. O policial penal foi autuado pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil contra Thiago Leonel Fernandes da Motta e tentativa de assassinato contra Bruno Tonini Moura.

Nas redes sociais, circula um vídeo que mostra a aglomeração de torcedores do Fluminense quando são ouvidos nove tiros. Inicialmente, os presentes demonstram não entender o que estava acontecendo. Em seguida, alguns correm e outros se abaixam.

Em nota divulgada em suas redes sociais, o Fluminense lamentou a morte de Thiago e manifestou torcida pela recuperação de Bruno. “Esperamos que os fatos sejam apurados com rigor e o responsável, punido. Toda a nossa solidariedade aos familiares e amigos das vítimas”, acrescentou o clube. A Seap repudiou o ato de violência praticado pelo seu servidor e informou que será aberto um Procedimento Disciplinar Administrativo.

Familiares e amigos de Thiago publicaram mensagens em sua homenagem. Ele era fotógrafo e cinegrafista e participou de trabalhos do Grupo Globo. Artistas que o conheciam manifestaram pesar. “Que tristeza! Muita luz para esse cara tão especial”, escreveu a atriz Fernanda Paes Leme. “Meu Deus!!! Thiago é pura luz!!! Tristeza”, postou o ator José Loreto. Outra atriz que lamentou o episódio foi Débora Secco: “Sem acreditar”.

Ele também integrava o Samba Pra Roda, grupo que fundou com amigos. “Perdi um amigo, um irmão, uma das pessoas mais geniais e talentosas que eu já conheci, que me ensinou tantas coisas nas ladeiras desse morro. Isso tudo por causa da violência, do descontrole das armas, da banalização da vida. Inacreditável”, escreveu Omar Monteiro, dono do Bar do Omar, localizado próximo ao Morro do Pinto no bairro Santo Cristo, onde o grupo costumava se apresentar.

Violência

O novo episódio de violência nos arredores do Maracanã ocorre menos de um mês após briga generalizada entre torcedores de Vasco e Flamengo que deixou diversos feridos. O confronto ocorreu no dia 5 de março, quando as duas equipes se enfrentaram em partida válida pelo campeonato carioca.

O vascaíno Eder Eliazar acabou morrendo após ficar 15 dias internado. Também no dia 5 de março, outro vascaíno foi baleado e morreu perto do estádio São Januário, mas a Polícia Civil considera a hipótese principal de execução motivada por uma rixa com traficantes.

Episódios de violência nos arredores dos estádios da capital levaram o Tribunal de Justiça do Rio Janeiro (TJRJ) a decretar, no mês passado, a prisão temporária dos presidentes das torcidas organizadas Young Flu (Fluminense), Força Jovem (Vasco), Torcida Jovem (Flamengo) e Raça Rubro-Negra (Flamengo). A decisão da juíza Ana Beatriz Estrella apontou que eles já haviam sido autuados e, diante da posição de liderança, são responsáveis diretos pela prática dos crimes investigados.

Seguindo entendimento semelhante, o juiz Bruno Vaccari Manfrenatti, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos do TJRJ, autorizou posteriormente ações de busca e apreensão e a indisponibilidade de bens das quatro torcidas. Além disso, determinou que elas fiquem impedidas de acessar eventos esportivos por cinco anos. O magistrado estabeleceu ainda que 16 torcedores usem tornozeleiras eletrônicas por seis meses, ficando proibidos de se aproximarem de estádios em dias de jogos.

Os mandados de prisão contra os presidentes das quatro torcidas organizadas ainda não foram cumpridos e eles são considerados foragidos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) se manifestou nos autos processuais contra as prisões, alegando fragilidade da acusação, uma vez que não haveria provas da participação pessoal de cada um nos atos de violência. “Não consta qualquer elemento indiciário acerca da autoria delitiva”.

A Associação Nacional das Torcidas Organizadas (Anatorg) também contesta a decisão e defende que as torcidas organizadas não podem se responsabilizar por crimes cometidos por grupos de marginais infiltrados.

“Somos contra a violência, defendemos a punição no CPF de quem comete crime, e queremos que os torcedores incentivem os seus times, fazendo a festa na arquibancada. Justiça sim, ditadura não!”, registra postagem em suas redes sociais.

Com base nas decisões vigentes, a Polícia Militar deteve ontem 17 integrantes de torcidas organizadas que não poderiam estar presentes no Maracanã e nos seus arredores durante a partida entre Flamengo e Fluminense.

Mega-Sena acumula e próximo prêmio deve pagar R$ 37 milhões

Bilhetes de aposta da mega-sena

Ninguém acertou as seis dezenas sorteadas no último sábado (1º), em São Paulo, no concurso 2579 da Mega-Sena: 05, 10, 26, 35, 38 e 44, e o próximo prêmio deve pagar R$ 37 milhões.

A quina teve 109 apostas ganhadoras e pagará prêmio de R$ 21.479,95 a cada ganhador. Com 5.186 acertadores, a quadra pagará a cada um prêmio de R$ 644,95.

A aposta inicial, com 6 dezenas, custa R$ 4,50. A mais alta, em que a pessoa pode escolher 20 entre 60 dezenas (de 1 a 60) fica em 174.420.

O próximo sorteio da Mega-Sena será na quarta-feira (5).

Caminhada do Silêncio lembrou vítimas da ditadura de 1964

São Paulo (SP), 02/04/2023, 3ª Caminhada do Silêncio pelas Vítimas da Violência do Estado na praça da Paz, Parque do Ibirapuera.
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A terceira edição da Caminhada do Silêncio, realizada neste domingo (2) na capital paulista, relembrou o golpe civil-militar de 1964, homenageou a memória das vítimas da violência, e pediu o fim da impunidade dos crimes cometidos por agentes estado brasileiro durante a ditadura.

O ato teve início na Praça da Paz, no Parque Ibirapuera, e se deslocou até o Monumento em Homenagem aos Mortos e Desaparecidos Políticos, em frente ao parque. “A mensagem é impunidade nunca mais. O Brasil provou nos últimos quatro anos que é um país que não superou ainda o seu passado. É um país que está marcado pela violência, porque nunca processou de forma adequada os seus processos de violência”, disse Rogério Sottili, diretor executivo do Instituto Vladimir Herzog, uma das instituições que organizou o ato.

“Nós queremos que os responsáveis pelos genocídios, responsáveis por mortes, desaparecimentos forçados, de torturas, sejam responsabilizados. Essa é a única forma de a gente superar, virar esta página da história, e o Brasil avançar para uma cultura de paz, o Brasil avançar para uma democracia dia plena”, acrescentou.

No gramado da Praça da Paz, foram dispostas fotografias, acompanhadas de flores, de cerca de 70 pessoas mortas ou desaparecidas pelo aparelho de estado durante a ditadura. Entre os homenageados, Maria Lúcia Petit, Antônio Carlos Nogueira Cabral, Aurea Eliza Pereira, e Jane Vanini.

São Paulo (SP), 02/04/2023, Detalhe de cartazes com fotografias de vitimas durante a 3ª Caminhada do Silêncio pelas Vítimas da Violência do Estado na praça da Paz, Parque do Ibirapuera. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Faixas estendidas cobravam o cumprimento de recomendações da Comissão Nacional da Verdade: “Desmilitarização das polícias”, “Fim do genocídio da população indígena e negra”, e questionavam o posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a lei de Anistia: “Anistia para torturador? Só o Brasil tem. STF ainda garante impunidade”.

A procuradora regional da República, Eugênia Gonzaga, presente no ato, lembrou que a lei de Anistia ainda é usada pelas instituições brasileiras para livrar da punição os agentes do estado que cometeram crimes durante a ditadura. De acordo com ela, essa leitura da lei foi moldada pelos militares desde a sua criação.

“A anistia no Brasil foi negociada, a transição do governo da ditadura para o governo democrático foi completamente negociada e controlada pelos militares. E isso plasmou na cabeça das pessoas, das instituições, que era para se virar essa página, e não fazer a punição”, disse.

“Esse caminho foi completamente errado. Não é um caminho que leva ao amadurecimento da democracia, e é um caminho que leva a repetição das práticas. Nós ainda estamos nessa luta. O Supremo Tribunal Federal até hoje não reviu o posicionamento de aceitar a lei da anistia para os torturadores também. Mas, aos poucos por judiciário vem mudando a sua posição”, acrescentou.

São Paulo (SP), 02/04/2023, O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, participa da 3ª Caminhada do Silêncio pelas Vítimas da Violência do Estado na praça da Paz, Parque do Ibirapuera. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
São Paulo (SP), 02/04/2023, O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, participa da 3ª Caminhada do Silêncio pelas Vítimas da Violência do Estado na praça da Paz, Parque do Ibirapuera. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, destacou que a importância do ato está em relembrar o passado para não repeti-lo no presente. “Quando a gente fala dos jovens que morrem nas periferias de São Paulo e do Brasil inteiro, da violência policial presente, nós estamos falando, portanto, desse passado que não passou”, disse.

“Estamos fazendo hoje esse ato de memória para que possamos construir um futuro em que essa violência não ocorra de novo, e para que essa violência não repercuta como tem repercutido na vida de cada um de nós. Nós vimos isso nos atos que aconteceram agora no dia 8 de janeiro, nós vimos nos quatro anos que nos antecederam a esse, ou seja, eles são resultados direto de um país que não consegue lidar com seus traumas”, acrescentou.

A partir desta edição, o evento passou a fazer parte do calendário oficial da cidade de São Paulo, incluído pela lei 17.886 de 2023. A 3ª Caminhada do Silêncio foi organizada pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania e pelo Movimento Vozes do Silêncio, composto por dezenas de entidades.