Veja como funciona a vaquinha virtual nas eleições

O processo eleitoral de 2022 será o terceiro no Brasil a utilizar o financiamento coletivo na internet para arrecadar recursos para campanhas. A arrecadação por crowdfunding, ou vaquinha virtual, pode começar a ser feita a partir do dia 15 de maio, seguindo as regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A modalidade de arrecadação de recursos para campanhas eleitorais foi regulamentada pela reforma eleitoral de 2017 e utilizada nas Eleições Gerais de 2018 e nas Municipais de 2020. A reforma de 2017 também proibiu a doação de empresas para candidatos. A vaquinha, ganhou, então, força para aumentar o montante para as campanhas eleitorais, somada às doações de pessoas físicas e aos recursos públicos, procedentes do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, que neste ano tem previsão de R$ 4,9 bilhões.

Segundo dados do TSE,  nas eleições de 2018, na primeira vez que as vaquinhas foram realizadas, foram arrecadados aproximadamente R$ 19,7 milhões por meio de financiamento coletivo. Nas eleições de 2020, foram arrecadados R$ 15,8 milhões.

Regras da vaquinha virtual

Partidos e pré-candidatos devem estar atentos às regras previstas nas resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nº 23.607/2019

Eles precisam contratar empresas ou entidades com cadastro aprovado pelo TSE para realizar esse tipo de serviço, respeitar as normas gerais de financiamento de campanha e declarar todos os valores arrecadados na prestação de contas à Justiça Eleitoral. A lista das empresas com cadastro aprovado está no site do TSE.

Para receber os recursos arrecadados, os candidatos devem ter feito o requerimento do registro de candidatura, inscrição no CNPJ e a abertura de conta bancária específica para acompanhamento da movimentação financeira de campanha. Somente depois de cumpridos esses requisitos é que as empresas arrecadadoras poderão repassar os recursos aos candidatos.

Quem pode doar

Somente pessoas físicas podem doar. Pelas regras do TSE, não existe limite de valor a ser recebido pela modalidade de financiamento coletivo.

As doações de valores iguais ou superiores a R$ 1.064,10 somente podem ser recebidas mediante transferência eletrônica ou cheque cruzado e nominal. Essa regra deve ser observada, inclusive na hipótese de contribuições sucessivas realizadas por um mesmo doador em um mesmo dia.

Caso o candidato desista de concorrer

Caso o eleitor tenha feito uma doação e o candidato desista de concorrer às eleições, o dinheiro deverá ser devolvido ao doador. Nesses casos, no entanto, é descontado o valor cobrado automaticamente para custear a plataforma da vaquinha virtual, ou seja, a taxa administrativa.

Prestação de contas

A emissão de recibos é obrigatória em todo tipo de contribuição recebida, seja em dinheiro ou cartão. Isso é feito para possibilitar o controle pelo Ministério Público e pelo Judiciário.

A empresa arrecadadora também deve disponibilizar em site a lista com a identificação dos doadores e das respectivas quantias doadas, a ser atualizada instantaneamente a cada nova contribuição, bem como informar os candidatos e os eleitores sobre as taxas administrativas a serem cobradas pela realização do serviço.

Todas as doações recebidas mediante financiamento coletivo deverão ser lançadas individualmente pelo valor bruto na prestação de contas de campanha eleitoral de candidatos e partidos políticos.

Prazos

As entidades arrecadadoras, após cadastramento prévio e habilitação no TSE, podem iniciar a arrecadação de recursos para pré-candidatas ou pré-candidatos a partir de 15 de maio. A data limite para a arrecadação é o dia da eleição, 2 de outubro.

As Supremas Cortes em crise

Por Maurício Rands

A doutrina de separação de poderes de Montesquieu (O Espírito das Leis, 1748) foi materializada na Constituição Americana de 17/09/1787, que inspirou o nosso constitucionalismo. Somente em 1803, com o caso Marbury v. Madison, ficou estabelecido que o Judiciário tem poder para declarar a inconstitucionalidade de um ato do Congresso. Em sua evolução, a Suprema Corte americana tem alternado momentos de ativismo judicial (décadas de 50 e 60) e de autocontenção (judicial restraint). Mas geralmente havia um equilíbrio entre progressistas e conservadores. Com a ascensão da extrema-direita de Trump, esse equilíbrio foi desfigurado. A última nomeação que cabia a Obama (Merrick Garland) foi bloqueada pelos Republicanos no Senado. A maioria conservadora que se formou (6 x 3) está iniciando um novo período de ativismo. Em 02 de maio, vazou um esboço de voto a ser adotado pela maioria para rever a posição da Corte sobre o aborto. Há 50 anos tem prevalecido o precedente do caso Roe v Wade, que legaliza o aborto até que o feto se torne viável. Outros temas controversos estão em vias de ser reexaminados: armas, separação entre estado e igreja e ações afirmativas. O constitucionalismo americano reconhece que a Corte Suprema pode exercer um papel contramajoritário para defender as liberdades e os princípios fundamentais. Mas, o que hoje se teme é que esse novo ativismo conservador acabe por minar as bases de legitimidade da própria Corte (de 2007 até hoje, sua aprovação caiu de 60% para 40%). Muitos já percebem os ministros da Corte como membros vitalícios de um terceiro poder, não eleito e todo-poderoso.

Algo similar está acontecendo em outros países em que a polarização levou à ascensão de autocratas de ultradireita.  Na Hungria, Viktor Orbán tem sido acusado pela União Europeia de tentar submeter o Judiciário ao lhe alterar a composição. Na Polônia, as reformas feitas no Judiciário, inclusive com a criação de câmara disciplinar para os juízes, têm sido acusadas de minarem a independência da magistratura.

No Brasil, o presidente parece se inspirar naqueles líderes autocratas que admira. Dia sim, outro também, ataca o STF e seus membros. Um dos seus amigos fiéis, o deputado Daniel Silveira, foi condenado por incitar a invasão do tribunal e o ataque físico aos seus membros, assim tentando impedir o funcionamento do Poder. O presidente, ao conceder-lhe a graça, arvorou-se em juiz do STF. Em sua instância revisora. Desde a data desse decreto que constrangeu o STF, já se vão 18 dias. O desvio de finalidade apontado pela comunidade jurídica até hoje não foi apreciado pelo STF. Nesse período, soube-se que o deputado desafiou o STF ao desligar a tornozeleira que lhe havia sido imposta por decisão do ministro Alexandre de Moraes.

É fato que o nosso STF tem procurado exercer o seu papel de contenção dos rompantes autoritários do presidente e aliados. Mas não é difícil perceber que a fragilidade técnica e institucional de muitos dos seus membros acaba por debilitar esse exercício tão essencial para o estado de direito. Isso ocorre quando extrapola suas atribuições e usurpa competência de outros poderes. Quando pratica um “populismo de toga”. Como no caso da “desnomeação” de um delegado para o comando da Polícia Federal sob o argumento de que ele poderia vir a beneficiar a família do presidente. Ou como na “desnomeação” do ex-presidente Lula para o cargo de ministro da Casa Civil. Ou quando adota outras decisões juridicamente erradas. Como a de abrir um inquérito – o das fake news – sem que a Procuradoria Geral, a titular da ação penal, o provocasse. E com o relator designado sem o sorteio previsto no art. 66 do seu Regimento Interno. Ou quando vaidosamente seus membros se expõem nas mídias e em seminários realizados aqui e no exterior, emitindo opiniões sobre temas que depois poderão vir a julgar. Por isso, nosso STF tem perdido o respeito e a legitimidade não somente por causa dos ataques da ultradireita bolsonarista.

Governantes autocratas ora hostilizam ora manipulam as Supremas Cortes. Como nos Estados Unidos, as Cortes embarcam no jogo. Tornam-se mais ativistas. Assim, dividem mais suas sociedades. O resultado é a erosão da legitimidade e da confiança dos seus povos em suas Cortes. Para evitá-la, clama-se por uma volta ao judicial restraint. Que o Judiciário não siga se arvorando em poder que substitui os dois outros que são eleitos pelo povo. Que exerça suas atribuições com mais contenção, moderação e estudo. Para ampliar sua legitimidade, algumas reformas poderiam ser pensadas. Como o estabelecimento de um código de ética mais preciso e rigoroso. Ou como a substituição da vitaliciedade por mandatos. Que requisitos mais específicos sejam criados para aferição do notável saber jurídico e da reputação ilibada de que fala o art. 101 da CF/88. E que o Senado, nas sabatinas, realmente exerça suas atribuições para aferir a satisfação desses requisitos pelos nomeados.

Maurício Rands, advogado formado pela FDR da UFPE, PhD pela Universidade Oxford

Circuito de Jazz & Blues faz shows gratuitos em cidades fluminenses

1/ Konzert: Trompete von Wynton Marsalis im Scheinwerfer, Scheinwerferlicht, Musik, quer, hoch, Berlin Deutschland, Germ

A parceria de sucesso de dois anos entre o Serviço Social do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Sesc-RJ) e o Rio das Ostras Jazz e Blues, maior festival de jazz e blues da América Latina, levou o Sesc a realizar, pela primeira vez, o Circuito Sesc de Jazz & Blues, que promoverá mais de 90 shows com mais de 30 músicos, em cinco cidades fluminenses, a partir do próximo dia 13. O circuito será iniciado no município de Armação dos Búzios, passando por Paraty, Rio das Ostras, Niterói e Barra do Piraí. Os shows são totalmente gratuitos.

O objetivo é estimular o interesse do público pela música de alta qualidade, além de formar plateia e criar oportunidades para o público assistir in loco alguns dos maiores nomes do jazz, blues e da música instrumental internacional e nacional, conhecendo ainda bandas de novos talentos locais.

Em Armação dos Búzios, o Circuito Sesc de Jazz & Blues será aberto no dia 13 deste mês, englobando dez shows que reunirão, nas praças dos Ossos e Santos Dumont, nomes como o saxofonista americano Sax Gordon Beadle & Just Groove, Léo Gandelman, Tony Gordon, Nico Rezende, Wagner Tiso, Victor Biglione, entre outras atrações.

O Festival de Jazz & Blues de Búzios terá ações ambientais, sociais e culturais como atendimento às metas de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), coleta seletiva de resíduos, emissões de carbono zero, oficinas gratuitas de música e plantio de árvores, que já são efetuadas em Rio das Ostras e que, agora, serão estendidas aos demais municípios. A informação foi divulgada à Agência Brasil por Stenio Mattos, produtor do evento em Rio das Ostras e responsável pela organização do Circuito. O festival de Rio das Ostras está na 18ª edição.

Segundo Mattos, o festival de Rio das Ostras no ano passado foi um dos melhores a que ele assistiu em sua vida. “Foi um reencontro desde o início da pandemia do novo coronavírus. Tudo deu certo naquele evento teste, após a flexibilização das medidas para conter a disseminação da doença. O público se comportando, mantendo o espaçamento. Foram 8 mil pessoas, sem dar um problema sequer, sem filas, os músicos chorando no palco, emocionados”. Não só os integrantes da produção, mas o público, à média de mil pessoas por dia, eram testados diariamente. O produtor informou que, no final, somente três casos de covid-19 foram diagnosticados e acompanhados pelas autoridades de saúde, mas não chegaram a ir para o hospital. O sucesso do empreendimento levou o Sesc a decidir fazer agora um circuito de jazz e blues, abrangendo maior número de cidades, indicou Mattos.

Inclusão

Stenio Mattos reforçou que o festival tem o objetivo fundamental de promover a inclusão social e cultural da população, além de movimentar a economia municipal. O festival de Rio das Ostras oferece ainda acessibilidade em todos os palcos para portadores de deficiência e dispõe de coleta seletiva de lixo. O evento procura ser neutro em carbono, quantificando todas as emissões de gases de efeito estufa geradas no período e compensando-as com o plantio de milhares de mudas de árvores nativas nas áreas de preservação ambiental do município. Em ternos econômicos, o evento movimenta o turismo e a hotelaria e injeta, em média, cerca de R$ 9 milhões na economia da cidade.

Mattos salientou, ainda, que as oficinas gratuitas de luteria, isto é, de construção de instrumentos musicais, promovidas em Rio das Ostras, em conjunto com as secretarias municipais de Educação e Cultura, serão também desenvolvidas nos outros municípios. “É um projeto muito legal, que ocorre durante o ano inteiro, com os alunos das escolas públicas”. Os instrumentos confeccionados são vendidos ao final do festival. “Cada cidade vai ceder um espaço, no qual será construída a luteria. É um curso para os estudantes das escolas públicas”, disse o produtor cultural.

Seguem-se Paraty, entre os dias 10 e 12 de junho; e Rio das Ostras, no Feriado de Corpus Christi, de 16 a 19 de junho. Em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, o Circuito Sesc de Jazz e Blues chegará nos dias 24, 25 e 26 de junho, encerrando-se em Barra do Piraí, que realizará o evento entre os dias 15 e 17 de julho. O Circuito Sesc de Jazz & Blues tem apoio do governo fluminense, através das secretarias de Cultura e de Turismo do estado.

Taiwan registra tremor de magnitude 6,6, sem alerta de tsunami

Um tremor de magnitude 6,6 na escala Richter ocorreu hoje (9) no mar, entre o leste de Taiwan e o sudoeste do Japão, de acordo com as autoridades japonesas, que acrescentaram não haver perigo de tsunami.

O abalo ocorreu a cerca de 20 quilômetros (km) de profundidade, próximo à ilha japonesa de Yonaguni, localizada a cerca de 110 km a leste de Taiwan,informou a Agência Meteorológica do Japão.

A agência disse que o sismo poderia levar a uma subida do nível da água do mar, mas que não havia perigo de tsunami.

O Departamento Meteorológico Central de Taiwan informou que o abalo, de magnitude 6,1, aconteceu a 27 km de profundidade, enquanto o Serviço Geológico dos Estados Unidos afirmou que o sismo foi de magnitude 6,3.

As medições preliminares podem diferir imediatamente após um tremor e podem ser revistas após análise mais aprofundada.

Segundo a imprensa de Taiwan, o abalo fez tremer edifícios na capital Taipé, mas não foram divulgados quaisquer danos até o momento.

Kiev adverte para alta probabilidade de ataques russos com mísseis

O Estado-Maior do Exército da Ucrânia advertiu hoje (9) para a “alta probabilidade de ataques com mísseis” das forças russas. O alerta é feito no dia em que Moscou comemora o Dia da Vitória sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

Segundo as chefias militares ucranianas, a Rússia destacou cerca de 19 batalhões táticos para a região Belgorod, sobre a linha de fronteira com a Ucrânia. Os batalhões incluem aproximadamente 15.200 integrantes, tanques, baterias de mísseis e outros tipos de armamento.

Em algumas áreas da região de Zaporizhia, as forças russas estão, de acordo com Kiev, “apreendendo documentos pessoais da população local sem uma boa razão”. As autoridades ucranianas alegam que as forças russas forçam as populações locais a participar das comemorações do Dia da Vitória. A Praça Vermelha, em Moscou, é palco, nesta segunda-feira, do tradicional desfile militar de 9 de maio.

Com base em relatório diário dos seus serviços de informações militares, o Ministério britânico da Defesa afirma que a Rússia está esgotando suas munições de precisão. A situação deverá resultar no recurso a armamento impreciso, que pode disseminar ainda mais a devastação em solo ucraniano.

O relatório britânico estima que, embora a Rússia tenha afirmado que “as cidades ucranianas estariam, portanto, a salvo de bombardeios”, as munições imprecisas representam risco crescente

“Como o conflito continua além das expectativas russas do pré-guerra, as reservas russas de munições guiadas com precisão provavelmente já se esgotaram”.

“Isso obrigou à utilização de munições antiquadas, mas disponíveis, que são menos fiáveis, menos precisas e mais facilmente interceptadas”, diz o relatório.

Londres acrescenta que a Rússia “provavelmente terá dificuldades para substituir o armamento de precisão que já gastou”.

No aniversário da 2ª Guerra, Zelenskiy diz que o mal voltou à Ucrânia

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse neste domingo (8) que o mal havia retornado à Ucrânia, mas que Kiev prevalecerá, em um discurso emocionado no momento que a Europa marca a rendição da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

A invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro, que já matou milhares e deslocou milhões de pessoas, terminou 77 anos de paz, disse ele no Dia da Memória e Reconciliação da Ucrânia. A Ucrânia lutou ao lado da Rússia como parte da União Soviética na Segunda Guerra Mundial.

Seu discurso em vídeo, gravado em frente a edifícios de apartamentos carbonizados por ataques de mísseis russos, aconteceu um dia antes do líder do Kremlin, Vladimir Putin, comemora a vitória soviética com um vasto desfile militar.

“A escuridão voltou à Ucrânia décadas após a Segunda Guerra Mundial. O mal voltou”, disse Zelenskiy. “De uma forma diferente, sob slogans diferentes, mas com o mesmo propósito”

“Nenhum mal pode escapar da responsabilidade, ele não pode se esconder em um bunker”, disse.

O líder nazista Adolf Hitler passou os últimos dias de sua vida em um bunker em Berlim, onde cometeu suicídio nos últimos dias da guerra.

Zelenskiy não nomeou Putin em todo seu discurso, mas usou uma linguagem firme para expressar seu horror perante a devastação.

Moscou chama suas ações de uma “operação especial” para desarmar a Ucrânia e livrá-la do que a Rússia chama de “nazistas” e do nacionalismo anti-russo fomentado pelo Ocidente.

A Ucrânia e o Ocidente dizem que a Rússia lançou uma guerra de agressão sem provocação e descartam a retórica sobre os nazistas como propaganda.

Bombardeio russo pode ter matado 60 pessoas em escola ucraniana

Bombardeio russo pode ter matado 60 pessoas em escola ucraniana, diz governador

Teme-se que até 60 pessoas tenham sido mortas no bombardeio russo a uma escola de um vilarejo na região ucraniana de Luhansk, no leste do país, disse o governador da região neste domingo.

As forças russas também continuaram bombardeando a siderúrgica Azovstal, último reduto da resistência ucraniana nas ruínas da cidade portuária de Mariupol, no sudeste, onde soldados do regimento Azov prometeram continuar lutando.

O governador de Luhansk, Serhiy Gaidai, disse que a escola em Bilohorivka, onde cerca de 90 pessoas estavam abrigadas, foi atingida no sábado por uma bomba russa que deixou o prédio em chamas por quatro horas.

“Trinta pessoas foram retiradas dos escombros, sete das quais ficaram feridas. Sessenta pessoas podem ter morrido”, escreveu Gaidai no aplicativo de mensagens Telegram, acrescentando que dois corpos foram encontrados.

A Reuters não pôde verificar de imediato a contagem do governador.

A Ucrânia e seus aliados ocidentais têm acusado as forças russas de mirar civis em meio à guerra, o que Moscou nega.

Em Mariupol, o vice-comandante do regimento Azov implorou à comunidade internacional para ajudar a retirar os soldados feridos da extensa siderúrgica Azovstal.

“Continuaremos lutando enquanto estivermos vivos para repelir os ocupantes russos”, disse o capitão Sviatoslav Palamar em coletiva de imprensa online.

Em uma operação de uma semana de duração, mediada pelas Nações Unidas e pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), dezenas de civis que se refugiavam nos abrigos subterrâneos da usina têm sido retirados.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse no sábado que mais de 300 civis já foram resgatados e as autoridades agora se concentrarão em tentar retirar os médicos e feridos. Outras fontes ucranianas têm mencionado números diferentes.

Separatistas apoiados pela Rússia disseram que um total de 145 pessoas, incluindo 24 crianças, foram retiradas de Mariupol no domingo para a vila de Bezimenne, cerca de 40 km a leste, na área que eles controlam.

Esse número se soma aos 182 retirados que chegaram a Bezimenne no início da operação, de acordo com dados fornecidos pelos separatistas. Eles disseram que aqueles que desejavam ir para áreas controladas pela Ucrânia foram entregues a representantes da ONU e do CICV.

Dia da Vitória

Na cidade de Zaporizhzhia, controlada pela Ucrânia, a cerca de 230 km a noroeste de Mariupol, dezenas de pessoas, que fugiram da cidade portuária e de áreas vizinhas ocupadas por conta própria ou com a ajuda de voluntários, esperavam para serem registradas em um estacionamento montado para receber os retirados.

“Ainda há muitas pessoas em Mariupol que querem sair, mas não conseguem”, disse a professora de história Viktoria Andreyeva, de 46 anos, acrescentando que ela havia acabado de chegar a Zaporizhzhia após abandonar com sua família sua casa bombardeada em Mariupol, em meados de abril.

Em um discurso emocionado neste domingo para o Dia da Vitória, quando a Europa comemora a rendição formal da Alemanha aos Aliados na Segunda Guerra Mundial, Zelenskiy disse que o mal há retornado à Ucrânia com a invasão russa, mas que seu país prevalecerá.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse ter iniciado em 24 de fevereiro uma “operação militar especial” para desarmar a Ucrânia e livrá-la do nacionalismo anti-russo fomentado pelo Ocidente. A Ucrânia e seus aliados, por sua vez, dizem que a Rússia começou uma guerra não provocada.

Líderes do G7 prometem aumentar isolamento econômico da Rússia

Os líderes do G7 disseram em um comunicado conjunto neste domingo que vão reforçar o isolamento econômico da Rússia e aumentar uma campanha contra as elites russas que apoiam o presidente Vladimir Putin.

Após se reunirem virtualmente com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, os líderes disseram que vão cortar os principais serviços dos quais a Rússia depende, reforçando o isolamento russo “em todos os setores de sua economia”.

Eles também se comprometeram a eliminar gradualmente a dependência da energia russa, proibindo inclusive as importações de petróleo russo.

“(Nós) continuaremos e elevaremos nossa campanha contra as elites financeiras e familiares, que apoiam o presidente Putin em seu esforço de guerra e desperdiçam os recursos do povo russo”, acrescentaram os líderes no comunicado.

Os Estados Unidos anunciaram neste domingo sanções contra três emissoras de televisão russas, proibiram norte-americanos de fornecer serviços de contabilidade e consultoria a russos e impuseram sanções a executivos do Gazprombank para punir Moscou por sua invasão à Ucrânia.

Putin chama a invasão de “operação militar especial” para desarmar a Ucrânia e livrá-la do nacionalismo antirrusso fomentado pelo Ocidente. A Ucrânia e seus aliados dizem que a Rússia iniciou uma guerra não provocada.

Covid-19: Brasil tem 6.006 casos e 13 mortes em 24 horas

O Brasil registrou 6.006 casos de covid-19 e 13 mortes em 24 horas, segundo o boletim epidemiológico divulgado neste domingo (8) pelo Ministério da Saúde. O total desde o início da pandemia é de 30.564.536 casos e 664.139 óbitos.

Segundo o boletim, há 270.977 casos em acompanhamento e 29.629.420 pessoas se recuperaram da doença, o que corresponde a 96.9% dos contaminadose .

As informações deste domingo não incluem dados atualizados do Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Roraima e Tocantins. O Mato Grosso do Sul não atualizou o número de óbitos.

Estados

São Paulo é a unidade da Federação com maior número de casos (5,42 milhões) e de mortes (168,33 mil). No número de casos, o estado do Sudeste é seguido por Minas Gerais (3,36 milhões) e pelo Paraná (2,47 milhões). Os menores números de casos foram registrados no Acre (124.969), em Roraima (155.525) e no Amapá (160.400).

No número de óbitos, o segundo e terceiro estados com mais mortes são Rio de Janeiro (73.543) e Minas Gerais (61.377). Os menores números estão no Acre (2.002), no Amapá (2.132) e em Roraima (2.151).

Boletim epidemiológico covid-19
Boletim epidemiológico covid-19 – Ministério da Saúde

Vacinação

O Ministério da Saúde informou que foram aplicadas 418,81 milhões de doses de vacina contra a covid-19 no Brasil, sendo 175,16 milhões de primeira dose, 155,72 milhões de segunda dose e 4,84 milhões de doses únicas.

Também foram aplicadas 77,57 milhões doses de reforco, 2,13 milhões de segundas doses de reforço e 3,37 milhões de doses adicionais.

Secretaria de  Saúde de Caruaru alerta sobre baixa procura pela vacina da gripe

Desde o Dia D de Influenza, realizado no último dia 30 de abril, o município de Caruaru iniciou a segunda etapa para aplicação do imunizante, que passou a contemplar as crianças de 6 meses até 4 anos, 11 meses e 29 dias; gestantes e puérperas; povos indígenas; professores; pessoas com comorbidades; pessoas com deficiência permanente; membros de forças de segurança e salvamento e das forças armadas; caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso; trabalhadores portuários; funcionários do sistema prisional; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medida socioeducativa e pessoas privadas de liberdade, além dos trabalhadores da Saúde e dos idosos, já contemplados na primeira etapa. 

Na ocasião, foram aplicadas 6.257 doses da vacina contra a influenza e 1.688 contra o sarampo. A vacina contra o sarampo está sendo destinada, durante a campanha, aos trabalhadores da saúde e as crianças, como recomenda o Ministério da Saúde(MS). 

Até o momento, o município atingiu 26% do público-alvo.

Apesar do saldo positivo do Dia D e da antecipação da vacinação da segunda etapa da vacina, o número ainda é muito baixo, uma vez que a recomendação do MS é de vacinar 90% do grupo prioritário. 

“Com a pandemia da Covid-19, muitas pessoas negligenciaram a proteção contra doenças imunoprevisíveis, como a gripe e o sarampo. Todas as vacinas de rotina se encontram com baixa procura e abaixo da meta preconizada”, contou Tatiane Lino, coordenadora do PNI. 

Tatiane falou ainda sobre a importância da vacinação para proteção das pessoas que correm maior risco de óbito pela influenza. “Os idosos representam o grupo de maior risco para formas graves e óbitos. É importante se vacinar anualmente porque, a cada ano, nós temos uma nova vacina com as variantes mais prevalentes em circulação, como ocorreu recentemente com a H3N2. Não podemos alimentar essa falsa sensação de proteção, porque nos vacinamos em anos anteriores”, explicou a coordenadora. 

As vacinas estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Caruaru tanto na zona urbana, quanto na zona rural. O horário de funcionamento das unidades da zona urbana é das 8h às 16h. Já na zona rural, das 8h às 15h.