PF diz que houve crime em vazamento, mas não indicia presidente

A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito sobre o vazamento de uma investigação sigilosa sobre um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sem indiciar o presidente Jair Bolsonaro. A Advocacia-Geral da União (AGU) argumentou no inquérito que o presidente não divulgou documentos sigilosos.

Em relatório enviado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), a delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro afirmou que os elementos colhidos na investigação indicam que Bolsonaro agiu de forma direta e consciente ao cometer o crime de violação de sigilo funcional, por ter divulgado informações sobre o inquérito do TSE em uma de suas lives pelas redes sociais, em 4 de agosto de 2021.

Contudo, a delegada escreveu que não procederia ao indiciamento do presidente em razão de seu foro privilegiado. Para justificar o não indiciamento, ela afirmou seguir entendimento do próprio Supremo, segundo o qual haveria necessidade de autorização da Corte para indiciar o presidente da República.

O mesmo entendimento foi aplicado ao deputado federal Filipe Barros (PSL-PR), que na condição de relator da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Voto Imprenso (135/2019), obteve acesso à investigação sigilosa da PF e a disponibilizou ao presidente por intermédio do tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens da Presidência da República.

Ela indiciou, contudo, o ajudante de ordens Mauro Cesar Barbosa Cid, que disse não ter foro privilegiado. Para a delegada, ele também teve acesso à documentação, em razão de seu cargo.

Por fim, a delegada disse que a ausência de Bolsonaro ao depoimento marcado por Alexandre de Moraes na superintendência da PF em Brasília, “não trouxe prejuízo ao esclarecimento dos fatos”.

Nesta quarta-feira (2), Moraes proferiu despacho encaminhando os autos do processo ao procurador-geral da República, Augusto Aras, para que tome as providências que considerar cabíveis.

Brasil tem 172 mil novos casos e 893 mortes por covid-19, em 24 horas

O Brasil registrou 172.903 novos diagnósticos positivos de covid-19 nas últimas 24 horas, segundo boletim divulgado hoje (2) pelo Ministério da Saúde. O número de pessoas infectadas desde o início da pandemia chegou a 25.793.112. Já o número acumulado de mortes, segundo os dados oficiais, é de 628.960, sendo 893 apenas nas últimas 24 horas.

No total, 22.464.029 pessoas (87,1% do total) se recuperaram da doença. Há 2.700.123 casos em acompanhamento por equipes de saúde. Ainda há 3.195 mortes em investigação, em casos que demandam exames e procedimentos posteriores para saber se a causa foi a covid-19.

Estados

São Paulo é o estado que concentra o maior número de casos (4,6 milhões) e de mortes (158,5 mil). No número de casos, o estado é seguido por Minas Gerais (2,7 milhões) e Paraná (2 milhões). No número de mortes, o segundo estado com mais óbitos é o Rio de Janeiro (69.970), seguido por com Minas Gerais (57.440).

O menor número de casos está no Acre (102,8 mil), em Roraima (143,5 mil) e no Amapá (154,3 mil). Os três estados também têm o menor número de mortes: Acre (1.877), Amapá (2.054) e Roraima (2.099).

Vacinação
A última atualização do Ministério da Saúde, de 28 de janeiro, mostra que 407,4 milhões de doses de vacinas foram distribuída a todo país, com 352 milhões de doses aplicadas.

O número de brasileiros vacinados apenas com a primeira dose é de 164 milhões. Já os brasileiros que receberam duas doses, ou a dose única, no caso da vacina Janssen, totalizam 151,2 milhões. A dose de reforço já foi aplicada em 37 milhões de brasileiros.

Abertas inscrições para competição de tecnologia voltada a estudantes

As inscrições para o Desafio Inspira Tech 2022, competição voltada a alunos da educação profissional e tecnológica, estão abertas. O concurso vai avaliar propostas de novos negócios.

O objetivo da iniciativa é estimular entre os alunos o envolvimento com projetos de inovação e empreendedorismo. A competição é organizada pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Os interessados deverão se organizar em equipes de cinco integrantes. As inscrições deverão ser feitas no site da competição, por meio do preenchimento de formulário.

As equipes terão de desenvolver projeto de negócio em uma das seguintes áreas: economia 4.0 no agronegócio, indústria e serviços. Os membros da equipe deverão formular o projeto, desde a ideia inicial até o detalhamento do modelo de negócio e as formas de operação.

Para apoiar e subsidiar a atuação dos participantes, estão previstos eventos como palestras e mentorias. A competição ocorrerá entre abril e julho deste ano. As propostas de novos negócios serão apresentadas em seleções denominadas pitches (apresentação resumida com o objetivo de despertar o interesse de outra parte).

Setor produtivo critica aumento da taxa Selic

Economia, Moeda, Real,Dinheiro, Calculadora

A elevação da taxa Selic (juros básicos da economia) para 10,75% ao ano desagradou ao setor produtivo. Na avaliação de entidades da indústria, o retorno dos juros a dois dígitos não combate corretamente as causas da inflação e prejudica a recuperação econômica, após a pior fase da pandemia de covid-19.

Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) chamou de excessiva e equivocada a alta da Selic. A CNI adverte para o risco de que o aperto monetário gere recessão em 2022.

“Isso inibe a atividade econômica e deve continuar a desacelerar a inflação nos próximos meses. Essa intensificação do ritmo de aperto da política monetária aumenta o risco de recessão em 2022, com efeitos negativos sobre a produção, o consumo e o emprego”, destacou no comunicado o presidente da CNI, Robson de Andrade.

Segundo a CNI, indicadores preliminares mostram estagnação da atividade econômica, como o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que em novembro estava 0,6% abaixo do índice de junho.

Fiesp

Para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a alta da Selic não representa o melhor instrumento para combater a inflação. Isso porque, na avaliação da entidade, os preços estão subindo por pressão de custos, como energia e alimentos, não por excesso de demanda.

“O novo patamar da Selic incomoda, e muito, já que a inflação que visa combater não apresenta um perfil condizente para um tratamento exclusivo via aumento dos juros”, criticou a Fiesp. “A expansão da renda e a geração de empregos de qualidade são características da indústria de transformação, com impactos positivos generalizados, do agronegócio aos serviços. Por isso, a Fiesp afirma: é preciso pensar para além do Copom”, acrescentou a federação.

Firjan

A elevação da taxa Selic de 9,25% para 10,75% ao ano pode comprometer a recuperação da atividade econômica em 2022, diz a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Segundo a Firjan, o aumento da taxa básica de juros em 1,5 ponto percentual já era esperado, mas pode comprometer a recuperação consistente da atividade econômica em 2022.

A Firjan diz ainda que as incertezas quanto à sustentabilidade fiscal de longo prazo continuam contribuindo para uma percepção ainda muito elevada de risco no país, o que reduz a confiança de empresários e investidores.

“Assim, é impreterível o resgate da credibilidade fiscal com a aprovação das reformas necessárias, que são capazes de sinalizar a boa conduta no caminho da sustentabilidade das contas públicas. Só assim conseguiremos resgatar a, já muito abalada, confiança dos empresários e promover um crescimento sólido da atividade econômica”, acrescenta a nota da Firjan.

Copom eleva juros básicos da economia para 10,75% ao ano

Sede do Banco Central em Brasília.

Em meio ao aumento da inflação de alimentos, combustíveis e energia, o Banco Central (BC) apertou ainda mais os cintos na política monetária. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic, juros básicos da economia, de 9,25% para 10,75% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.

A taxa atingiu os dois dígitos pela primeira vez desde julho de 2017, quando também estava em 10,25% ao ano. Esse foi o oitavo reajuste consecutivo na taxa Selic. De março a junho do ano passado, o Copom tinha elevado a taxa em 0,75 ponto percentual em cada encontro. No início de agosto, o BC passou a aumentar a Selic em 1 ponto a cada reunião. Com a alta da inflação e o agravamento das tensões no mercado financeiro, o reajuste passou para 1,5 ponto nas três últimas reuniões.

Em comunicado, o Copom indicou que continuará a elevar os juros básicos até que a inflação esteja controlada no médio prazo. O órgão, no entanto, informou que reduzirá o ritmo das altas da taxa Selic nas próximas reuniões, porque a economia ainda está sentindo o impacto dos aumentos anteriores.

“Em relação aos seus próximos passos, o Comitê antevê como mais adequada, neste momento, a redução do ritmo de ajuste da taxa básica de juros. Essa sinalização reflete o estágio do ciclo de aperto, cujos efeitos cumulativos se manifestarão ao longo do horizonte relevante”, destacou a nota do Copom.

Com a decisão de hoje (2), a Selic continua num ciclo de alta, depois de passar seis anos em ser elevada. De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018. A Selic voltou a ser reduzida em agosto de 2019 até alcançar 2% ao ano em agosto de 2020, influenciada pela contração econômica gerada pela pandemia de covid-19. Esse era o menor nível da série histórica iniciada em 1986.

Inflação
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em 2020, o indicador fechou em 10,06%, no maior nível desde 2015, pressionado pelo dólar, pelos combustíveis e pela alta da energia elétrica.

O valor está acima do teto da meta de inflação, que era de 5,25% no ano passado. Para 2022, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 5% neste ano nem ficar abaixo de 2%.

No Relatório de Inflação divulgado no fim de dezembro pelo Banco Central, a autoridade monetária estimava que, em 2021, o IPCA fechará 2022 em 4,7% no cenário base. A projeção, no entanto, pode estar desatualizada com as tensões internacionais que elevam a cotação do petróleo e com fatores climáticos que prejudicam as safras em diversas partes do Brasil.

As previsões do mercado estão mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 5,38%. A projeção oficial só será atualizada no próximo Relatório de Inflação, que será divulgado no fim de março.

Crédito mais caro
A elevação da taxa Selic ajuda a controlar a inflação. Isso porque juros maiores encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais altas dificultam a recuperação da economia. No último Relatório de Inflação, o Banco Central projetava crescimento de 1% para a economia em 2022.

O mercado projeta crescimento um pouco maior. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 1,55% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) neste ano.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

Presidente Bolsonaro fala sobre Auxílio Brasil e prioridades para 2022

O presidente Jair Bolsonaro falou ontem, (2), em entrevista ao programa A Voz do Brasil, sobre a retomada econômica após os impactos da pandemia, sobre o Auxílio Brasil e sobre a entrada do país na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Esta foi a primeira vez em que um presidente em exercício foi entrevistado, ao vivo, pelo programa.

O presidente, que mais cedo participou da solenidade inaugural do ano legislativo no Congresso Nacional, falou sobre o novo programa de distribuição de renda do governo federal, o Auxílio Brasil, que classificou como importante ferramenta na manutenção da economia.

Bolsonaro anunciou que o governo pretende aumentar o benefício do Auxílio Gás. Segundo ele, o governo está em contato direto com a Petrobras e estuda viabilidade orçamentária para revisar o valor do benefício. O presidente também adiantou que, nesta semana, será apresentada por parlamentares proposta para diminuir ou zerar impostos sobre combustíveis, eletricidade e gás.

Auxílio Brasil e Pronampe
Segundo o presidente, o governo elaborou estratégias distintas para dois grupos da população: os informais, que não possuem vínculo empregatício estabelecido, e as pessoas que possuem emprego formal, mas que tiveram seus empregadores afetados pelas restrições sanitárias impostas pela pandemia. Para o último grupo, o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e o Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) foram as soluções encontradas para mitigar as perdas econômicas.

Bolsonaro falou ainda sobre as parcelas pagas em 2021 do auxílio emergencial. Segundo ele, 68 milhões de pessoas foram beneficiadas pelo programa social. “O que manteve a economia viva, além de manter o mínimo de dignidade para os informais, foi o auxílio emergencial. Nós gastamos com o auxílio emergencial, em 2020, o equivalente a 15 anos de Bolsa Família.”

Aumento do piso
O aumento do piso salarial de professores, estabelecido pelo governo federal, corre o risco de ser judicializado por municípios, informou o presidente. “Procuramos atender aos professores. Na ordem de 1,7 milhão de professores serão beneficiados. Ou seja, é um investimento na ponta da linha em educação”, comentou.

Transposição do São Francisco
O presidente informou que a retomada de obras paralisadas “desafogou” importantes vias de transporte e escoamento de mercadorias, além de levar dignidade à população nordestina. “Investimos maciçamente nisso. A satisfação em entregar obras que têm a ver com a água é enorme”, disse.

Economia
“O Brasil é uma oportunidade ímpar de negócios para o mundo todo”, explicou Bolsonaro. O convite para entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), feito esta semana, é um “selo de qualidade” que atesta a segurança jurídica para contratos, negócios e investimentos, argumentou. Ele avaliou também que a imagem do país no exterior foi fortalecida durante sua gestão. “O Brasil vai muito bem na política externa”, disse.

O presidente disse que outra iniciativa de incentivo à economia é a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que incide sobre automóveis, prorrogada no ano passado por mais cinco anos. O desconto do imposto é aplicado para taxistas e pessoas com deficiência, com a adição recente de deficientes auditivos na tabela de descontos.

Bolsonaro citou também a implementação do Pix, sistema gratuito de movimentações bancárias do Banco Central, que avaliou como revolucionário. “O Pix é uma revolução. Mais de 100 milhões de pessoas usam e é grátis. Foi uma maneira inteligente do Banco Central de trazer as pessoas para os bancos pelo Pix.”

Sobre financiamento estudantil, Bolsonaro informou que a anistia de dívidas para quem está inadimplente está disponível e que estudantes poderão quitar os débitos em agências da Caixa ou do Banco do Brasil. Os descontos chegam a 92%. “Para essa garotada, pegamos o que tinha agregado em forma de juros e anistiamos 92% desse valor. O jovem pode procurar a caixa ou o BB e pagar 8% do que recebeu e ainda pode parcelar.”

Em relação a mudanças anunciadas hoje pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), Bolsonaro disse que “inverteu o ônus da prova” para aposentados e que o governo tem uma base de dados suficientemente ampla para identificar quem está vivo e quais beneficiários já morreram. “Não é justo fazer 99,99% [dos aposentados] procurarem o posto do INSS para dizer que estão vivos. É uma medida até humanitária”, acrescentou.

Fernando Rodolfo participa da festa de São Sebastião, em Bom Jardim

O deputado federal Fernando Rodolfo (PL) participou, nesta quarta-feira (2), da 96ª festa de São Sebastião, padroeiro de Bom Jardim, no Agreste pernambucano. Junto com o prefeito do município, Janjão, também acompanhou a entrega de ambulâncias, van e utilitários para a prefeitura. O parlamentar comemorou a chegada dos 12 equipamentos, que somam investimentos de R$ 1 milhão.

“É um dia muito especial para Bom Jardim, que celebra seu padroeiro e recebe equipamentos que trarão melhorias para a população. Na próxima semana, o município receberá mais três equipamentos que conseguimos em Brasília, sendo uma escavadeira hidráulica, um trator de esteira e um trator agrícola, que também representam mais de R$ 1,3 milhão para a cidade”, destacou Fernando Rodolfo. Toda a frota nova recebeu a benção do padre Pedro e do pácoro da cidade, padre Severino Fernandes.

Putin acusa Estados Unidos de tentarem atrair Rússia para guerra

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante reunião em Sochi

O presidente russo, Vladimir Putin, acusou o Ocidente, nessa terça-feira (1º) de, deliberadamente, criar cenário destinado a atraí-lo para a guerra e ignorar as preocupações de segurança da Rússia sobre a Ucrânia.

Em seus primeiros comentários públicos diretos sobre a crise em quase seis semanas, Putin não mostrou sinais de recuo das exigências de segurança que o Ocidente chamou de destinadas ao fracasso e uma possível desculpa para iniciar uma invasão, o que Moscou nega.

“Já está claro agora que as preocupações russas fundamentais foram ignoradas”, disse Putin em entrevista, durante visita do primeiro-ministro da Hungria, um dos vários líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que tenta fazer interlocução à medida que a crise se intensifica.

Putin descreveu possível cenário futuro em que a Ucrânia seria admitida na Otan e depois tentaria recapturar a península da Crimeia, território que a Rússia tomou em 2014.

“Vamos imaginar que a Ucrânia é membro da Otan e inicia essas operações militares. Devemos entrar em guerra com o bloco da Otan? Alguém já pensou nisso? Aparentemente não”, disse ele.

A Rússia concentrou mais de 100 mil soldados na fronteira ucraniana, e os países ocidentais dizem temer que Putin possa estar planejando uma invasão.

A Rússia nega, mas afirmou que poderia haver ação militar não especificada, a menos que suas exigências de segurança sejam atendidas. Países ocidentais dizem que qualquer invasão traria sanções a Moscou.

O Kremlin quer que o Ocidente respeite o acordo de 1999, segundo o qual nenhum país pode fortalecer sua própria segurança às custas de outros, o que considera ponto central da crise, disse o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.

Ele levantou a carta assinada em Istambul por membros da Organização para Segurança e Cooperação na Europa, que inclui os Estados Unidos (EUA) e o Canadá, durante conversa telefônica com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.

Segundo Lavrov, Blinken reconheceu que é preciso discutir mais o assunto, enquanto relato dos EUA sobre a conversa afirma que ela se concentrou na necessidade de Moscou recuar.

“Se o presidente Putin realmente não pretende guerra ou mudança de regime, então este é o momento de retirar tropas e armamento pesado e de se envolver em uma discussão séria”, disse autoridade graduada do Departamento de Estado.

Instrumento

Putin não falava publicamente sobre a crise na Ucrânia desde 23 de dezembro, enquanto diplomatas da Rússia e do Ocidente estão envolvidos em repetidas rodadas de negociações.

Suas declarações ontem refletiram visão de mundo na qual a Rússia precisa se defender de agressividade e hostilidade dos Estados Unidos. Para Putin, Washington não está preocupada essencialmente com a segurança da Ucrânia, mas com a contenção da Rússia.

“Nesse sentido, a própria Ucrânia é apenas um instrumento para atingir esse objetivo”, disse.

“Isso pode ser feito de diferentes maneiras, atraindo-nos para algum tipo de conflito armado e, com a ajuda de seus aliados na Europa, forçando a introdução contra nós das duras sanções de que estão falando agora nos EUA”.

Taquaritinga do Norte receberá Ação de Cidadania na próxima quinta – feira  (03)

Está precisando emitir a carteira de identidade? A segunda via das certidões de nascimento, casamento ou óbito? Cortar o cabelo? Receber orientações juridicas? Pois, próxima quinta – feira (03), a Prefeitura da Terra do Café junto com o Governo Presente, que é regido pela Secretaria Estadual de Políticas de Prevenção a Violência e as Drogas irão disponilizar estes e muitos outros serviços de graça durante uma Ação de Cidadania.

O local escolhido, é a Escola Francisca Moura Pereira da Silva, das 8h às 12h. Também serão disponibilizados seviços de fisoterapía, ventoterapia, atendimentos veterinários, teste para a Covid-19, aferição de pressão, teste glicêmico entre tantos outros serviços de graça para a população.

Por causa da pandemia da Covid – 19, e para não gerar aglomerações, o cidadão que for participar da Ação precisa agendar o atendimento através do site www.pecidadao.pe.gov.br ou presencialmente na sede da Secretaria de Ação Social do Municipio. O evento foi uma solicitação do deputado estadual Diogo Moraes a Secretaria Estadual, com o objetivo da promoção da cidadania

SERVIÇO:

Ação de Cidadania em Taquaritinga do Norrte

Quando? 03/02 (quinta – feira)

Onde?  Escola Francisca Moura Pereira da Silva.

Hora? 8h às 12h

Covid-19: Pfizer pede aval dos EUA sobre vacina para menores de 5 anos

Vacinas Covid-19 pediátricas da Pfizer-BioNTech

A Pfizer e a BioNTech anunciaram, nessa terça-feira (1º), o envio de dados a reguladores dos Estados Unidos (EUA) em busca de aval para uso emergencial de vacina contra covid-19 para crianças menores de 5 anos, apesar de respostas imunes mais fracas que o esperado no ensaio clínico de 2 a 4 anos.

A FDA – agência reguladora de medicamentos dos EUA – informou que um comitê externo especializado se reunirá em 15 de fevereiro para discutir a autorização.

O pedido é para aplicação da vacina em duas doses. O presidente executivo da Pfizer, Albert Bourla, disse acreditar que três doses da vacina serão necessárias para alcançar altos níveis de proteção contra variantes atuais e potenciais futuras. “Se duas doses forem autorizadas, os pais terão a chance de iniciar a vacinação de seus filhos enquanto aguardam autorização de uma terceira”, disse Bourla.

As empresas esperam concluir o envio de dados para os EUA sobre o regime de duas doses nos próximos dias, com dados a seguir sobre a terceira dose.

Pfizer e BioNTech estão testando dose de 3 microgramas da vacina na faixa etária, em comparação com a de 10 microgramas em crianças de 5 a 11 anos e 30 para pessoas com 12 anos ou mais.