Desigualdades agravam pandemias, alertam pesquisadores

Vista geral da favela Morro Azul, na zona sul do Rio de Janeiro.

O modelo econômico globalizado e marcado por desigualdades de diversos tipos deve provocar pandemias mais frequentes e acirrar diferenças na qualidade de vida e no acesso a direitos, disseram nesta semana especialistas em saúde pública que participaram de debate em comemoração ao centenário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisador e professor da universidade, o epidemiologista Roberto Medronho alertou que a frequência com que as pandemias ocorrem tem aumentado no século 21, quando o mundo já enfrentou surtos internacionais de MERS, SARS, ebola, gripe suína e covid-19.

“A frequência e intensidade das pandemias no mundo vêm se acelerando. Precisamos dar um basta nesse modelo capitalista selvagem e predador e nessa desigualdade social. Isso é insustentável com a vida no planeta. Não é uma questão de se ‘teremos outras pandemia, mas de quando teremos”.

Medronho classificou o impacto da pandemia no Brasil como “pavoroso” e “dramático”, e disse acreditar que o cenário seria muito pior se o país não contasse com um sistema de saúde público universal. “Se não chegamos a 1 milhão de óbitos é porque temos o Sistema Único de Saúde (SUS)”, disse o pesquisador, acrescentando que municípios com maior desigualdade tiveram maior incidência de covid-19. “Indíviduos de cor da pele não branca foram mais afetados por óbitos na pandemia. E os de nível superior tiveram maior proteção. Ou seja, essa pandemia tem rosto. Ela é negra e pobre”.

O epidemiologista destaca que, além das vítimas diretas, a pandemia deve trazer impactos mais amplos, como fechamento de postos de trabalho causados pelo esvaziamento dos centros urbanos, diagnóstico tardio de doenças, sedentarismo, transtornos psicológicos e aumento da desigualdade.

“É compreensível o medo de retornar às escolas, porque muitas não têm água, não têm banheiro nem janela adequada para a ventilação. Precisamos de escolas que possam acolher essas crianças, porque estamos afetando toda uma geração. A evasão escolar está aumentando, muitas crianças não voltaram”, disse ele, que citou possíveis consequências disso – os abusos sexuais, abusos físicos, a gravidez na adolescência, o analfabetismo funcional. “Esse é um tema que amplificará e muito a desigualdade social”.

O infectologista alerta que a desigualdade e a sustentabilidade são temas que impactam a saúde. “Não teremos paz se não tivermos uma radical mudança na forma de viver, conviver, de produzir e de nos relacionarmos com os animais, com a natureza e principalmente com o outro”.

Pesquisador da Fiocruz Bahia e da Universidade Federal da Bahia, o epidemiologista Maurício Barreto destacou que, ao longo da história, as epidemias e as doenças infecciosas sempre afetaram grupos populacionais de forma diferente, incidindo de acordo com a desigualdade social e gerando mais iniquidades como consequência.

No caso da pandemia de covid-19, ele lembra que pessoas que vivem em comunidades densamente povoadas como as favelas estão mais expostas ao contágio, ao mesmo tempo em que populações pobres sofrem mais frequentemente com questões de saúde como obesidade, doenças cardiovasculares e diabetes, consideradas comorbidades.

“São vários aspectos que se juntam para expressar esse complexo que genericamente chamamos de desigualdade”, diz ele, que aponta a necessidade de se buscar soluções globais para a pandemia e considera que organismos internacionais não conseguiram conduzir uma resposta conjunta. “No mundo, em geral, essa ação da pandemia foi muito nacional. Cada país foi tomando suas ações, e cada governo tomando suas ações, não vendo uma perspectiva global”.

O economista e sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Carlos Gadelha acrescentou que essas respostas nacionais geraram uma concentração das vacinas nos países mais ricos. Segundo o pesquisador, dez países concentram 75% das doses no mundo, e, enquanto nações ricas buscam garantir a aplicação da terceira dose, há países em que a vacinação ainda não começou.

Especialista no cruzamento entre desenvolvimento, economia e saúde, Gadelha alertou que a concentração de quase 90% das patentes em dez países indica que a desigualdade no acesso às vacinas tende a se perpetuar. “A patente de hoje é a desigualdade de amanhã. É a barreira de acesso de amanhã. Não é entrar em um discurso binário a favor ou contra as patentes. Mas isso se reflete em uma desigualdade estrutural nessa pandemia e nas próximas”.

Para ele, o setor da saúde pode se apresentar como importante alternativa para o desenvolvimento sustentável, articulando interesses privados e sociais. O economista cita o que ocorreu com a produção de vacinas no Instituto Butantan e no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz (Bio-Manguinhos), em parcerias com empresas desenvolvedoras dessas tecnologias.

Pfizer entrega 8,97 milhões de novas doses ao Brasil

vacina contra Covid-19 Pfizer/BioNTech

A Pfizer Brasil entrega ao Ministério da Saúde, entre os dias 8 e 12 de setembro, 8,97 milhões de doses da vacina ComiRNAty, contra a covid-19, produzida em parceria com a BioNTech. Sete voos que sairão do Aeroporto Internacional de Miami, nos Estados Unidos (EUA), com destino ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas.

A previsão é que a Pfizer envie 200 milhões de doses do imunizante ao país até o fim de 2021, por meio de dois contratos de fornecimento da vacina. O contrato fechado em com o Ministério da Saúde em 19 de março prevê a entrega de 100 milhões até o fim de setembro.

Já o segundo contrato, assinado em 14 de maio, prevê a entrega de mais 100 milhões de doses entre outubro e dezembro. As doses do imunizante que estão chegando ao Brasil são produzidas em duas fábricas nos EUA, Kalamazoo e McPherson, além de uma fábrica na Europa, em Purrs, na Bélgica.

Após chegarem no Aeroporto Internacional de Viracopos, as vacinas seguem para o depósito do Ministério da Saúde, em Guarulhos, e depois são enviadas aos mais de 38 mil postos de vacinação espalhados pelo país.

De acordo com o fabricante, já foram enviados mais de 1,2 bilhão de doses da vacina para mais de 120 países, incluindo o Brasil. A Pfizer apresenta uma taxa de sucesso de 99,9% em enviar lotes da vacina ao seu destino, dentro de todos os parâmetros pré-estabelecidos. Com base nas projeções atuais, a Pfizer e a BioNTech estimam que podem fabricar até 3 bilhões de doses da vacina no total, até o fim de 2021. Para 2022, a produção estimada é de 4 bilhões de doses.

Covid-19: 70 milhões já receberam duas doses ou dose única da vacina

Vacinação em massa contra a covid-19 de moradores do Complexo da Maré.

O Brasil já registra 70 milhões de brasileiros imunizados contra a covid-19 com as duas doses da vacina ou a dose única. Segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde neste sábado (11), 44% da população maior de 18 anos estão com o ciclo vacinal completo.

Mais 136,9 milhões de aplicações foram realizadas em primeira dose, ou seja, mais de 85% da população adulta vacinável recebeu ao menos uma dose de imunizante contra a covid-19.

No momento, 23 estados já estão com ocupação de leitos de UTI e clínicos abaixo de 50% e dentro dos padrões de normalidade. Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul ainda estão na zona de alerta, com taxas de ocupações que variam de 51% a 69%.

As médias móveis de casos e óbitos também estão em queda e registraram, nos últimos dois meses, redução de 61% e 60%, respectivamente.

“Vamos continuar avançando e contando com o apoio de todos. Quando assumi o Ministério da Saúde, o objetivo era vacinar 1 milhão de pessoas por dia, número que estamos atingindo com normalidade. Se continuarmos nesse ritmo será possível vacinar todo o público-alvo do país com as duas doses até o mês de outubro”, afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Em agosto, a pasta bateu outro recorde e distribuiu mais de 60,8 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 para todos os estados e o Distrito Federal. Desde o início da campanha, já foram distribuídas mais de 259,4 milhões de doses.

Cerimônias marcam 20 anos do 11 de Setembro em Nova York

Pedestrians react to the World Trade Center collapse September 11, 2001. Two commercial airplanes cr..

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e os ex-presidentes Barack Obama e Bill Clinton participaram ontem (11), em Nova York, de cerimônia que marcou os 20 anos dos atentados de 11 de setembro. A Bandeira dos Estados Unidos foi levada até o memorial de Manhattan, local onde estavam as duas torres gémeas que caíram durante os ataques.

Quase 3 mil pessoas, cujos nomes foram lembrados na cerimônia, morreram nos ataques.

Um momento de silêncio foi observado às 8h46 (horário local), hora precisa em que o primeiro avião, desviado pelos terroristas da Al Qaeda, bateu na Torre Norte.

Em mensagem de vídeo divulgada na sexta-feira (10), o presidente Joe Biden pediu a união dos americanos. ” Testemunhamos as forças mais sombrias da natureza humana, medo, raiva, ressentimento e violência, e vimos a unidade nacional. aprendemos que a unidade é a única coisa que nunca deve ser quebrada. Unidade é o que torna o que somos, a América no seu melhor. Para mim, essa é a lição central do 11 de Setembro”.

Barack Obama
O ex-presidente Barack Obama lembrou os “heróis” do 11 de setembro de 2001, bem como os dos anos que se seguiram.

Ele destacou que a imagem que ficou daquele dia, juntamente com a da mulher, Michelle, não foram os destroços e a destruição, “mas as pessoas”.

Citou os bombeiros que subiram as escadas, enquanto outros corriam, e os voluntários que cruzaram o país nos dias que se seguiram.

Atentados

Em 11 de setembro de 2001, dois aviões de passageiros bateram, com alguns minutos de intervalo, nas torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, provocando o seu desabamento poucas horas após o impacto.

Um terceiro avião pilotado por terroristas colidiu pouco depois contra o edifício do Pentágono e um quarto avião caiu em um descampado em Shanksville, no estado da Pensilvânia, após os passageiros e tripulantes terem tentado tomar o controle do aparelho.

Os atentados praticados por membros do grupo terrorista Al Qaeda causaram a morte de cerca de 3 mil pessoas.

No 11 de Setembro, afegãos culpam saída dos EUA por seus problemas

FILE PHOTO: Member of Taliban security forces stands guard among crowds of people in a street in Kabul

Cansados da guerra, moradores de Cabul manifestaram raiva e sentimentos de traição pelos Estados Unidos (EUA) neste sábado, que marca o 20º aniversário dos ataques de 11 de setembro, que levaram à invasão do Afeganistão pelos norte-americanos e à derrubada do governo Talibã.

Após ocupação de duas décadas, as forças dos EUA retiraram-se abruptamente do Afeganistão no mês passado, provocando o colapso do governo, apoiado pelo ocidente, e o retorno dramático do Talibã ao poder.

“Os infortúnios que vivemos atualmente são por causa da América”, disse Abdul Waris, um morador de Cabul, enquanto as bandeiras brancas do Talibã estampadas com linhas do Alcorão eram penduradas em postes próximos.

Alguns dos jovens que falaram à Reuters reclamaram que as forças dos EUA não tentaram ajudar o povo afegão.

“Depois dos eventos de 11 de setembro, os norte-americanos estiveram em nosso país por 20 anos para seu próprio benefício”, disse Jalil Ahmad.

“Eles aproveitaram os benefícios que tinham em mente por 20 anos, enquanto nós não obtivemos nenhum benefício deles. Deixaram o país em um estado de confusão.”

Membros do Talibã com armas penduradas nos ombros eram visíveis em toda a capital, mas o clima estava calmo e tranquilo após as mudanças dramáticas das últimas semanas.

“Agora há segurança e a segurança é boa. Que Deus dê ao Talibã mais força para manter essa [calma] para sempre”, disse o morador Gul Agha Laghmni.

Fiocruz deve retomar entrega de vacinas na próxima semana

vacina Covid-19 Fiocruz.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) prevê que fará novas entregas da vacina Oxford/AstraZeneca contra covid-19 na próxima semana, normalizando as liberações ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). O número de doses disponibilizado será divulgado na próxima segunda-feira (13).

A Fiocruz já havia informado no último dia 2 que suas próximas entregas seriam realizadas entre os dias 13 e 17 de setembro. A última entrega foi em 27 de agosto, quando 3,5 milhões de vacinas foram liberadas.

O intervalo entre as entregas ocorreu porque os lotes mensais de agosto do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), importado para a fabricação da vacina, só chegaram nos dias 25 e 30 do mês passado. Como o processo de fabricação e controle de qualidade das doses demora cerca de três semanas, a liberação só deve ocorrer a partir da semana que vem.

Desde o início do ano, a Fiocruz já entregou 91,9 milhões de doses ao Ministério da Saúde, sendo 87,9 milhões produzidas no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) e 4 milhões importadas prontas da Índia.

O número de doses produzidas no Brasil, porém, deve ultrapassar 100 milhões na próxima semana, contando com as vacinas já entregues e as que ainda estão em produção e controle de qualidade. A previsão foi apresentada na Jornada Nacional de Imunizações pelo gerente do projeto de implementação da vacina covid-19 em Bio-Manguinhos, Fábio Henrique Gonçalez.

Ele detalhou ainda os avanços na produção do IFA nacional e divulgou a projeção de que será possível produzir neste ano 14 milhões de doses totalmente fabricadas no Brasil. Dessas, 6 milhões poderão ser entregues ao PNI.

Fernando Rodolfo ganha mais um aliado visando as eleições 2022

Após Diogo Cantarelli, que poderá ser candidato a deputado estadual nas eleições de 2022, o deputado federal Fernando Rodolfo (PL) ganha mais um importante apoio visando sua reeleição.

Gil Bobinho (Cidadania), que trabalhou na secretaria de desenvolvimento rural e é atual suplente de vereador de Caruaru, além de conselheiro tutelar, agora faz parte do grupo do deputado.

Isto demonstra o apoio da prefeita Raquel Lyra na reeleição de Fernando Rodolfo no próximo ano.

“Nosso grupo só tem a crescer com a chegada de Gil Bobinho, que tem um excelente trabalho na zona rural e no conselho tutelar”, afirmou o deputado.

O apoio de Gil a Fernando Rodolfo foi uma articulação do secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de João Alfredo, Luciel Emerson, e do suplente de vereador, Heleno do Morro, que estão buscando lideranças da Capital do Agreste para a reeleição do parlamentar.

Condomínios residenciais buscam alternativa durante crise hídrica para reduzir custo de energia

A capacidade energética brasileira advinda da geração de energia a partir do biogás, proveniente da decomposição do lixo orgânico em aterros, cresce no mercado nacional a cada dia. Com a chegada da pandemia, o aumento no consumo de energia residencial cresceu e a ENC Energy viu a oportunidade de investir em um mercado que está conquistando espaço entre os compradores de energia alternativa, os condomínios residenciais.

De acordo com dados do Ministério de Minas e Energia (MME), em maio de 2020, apenas dois meses após o início da adoção do distanciamento social, o setor residencial já apresentava um aumento de 6,5% no consumo de energia, se comparado ao mesmo período de 2019.

“A geração de energia a partir do biogás é uma excelente alternativa diante da crise energética enfrentada pelo país, que já começou a pesar no bolso do consumidor com a utilização da bandeira vermelha no patamar 2. Esta tarifa sofreu novo reajuste de 50% nos últimos dias em função da redução acentuada nos níveis dos reservatórios das hidrelétricas do país. A negociação de energia alternativa no mercado livre ou via geração distribuída tende a ser mais econômica e possui uma menor dependência frente a questões climáticas”, afirma Rodrigo Missel, presidente da ENC Energy.

Visando expandir e atender aos novos consumidores, a ENC Energy inaugura sua terceira usina no município de Rosário, região metropolitana no Maranhão. Operada pela ENC Energy Brasil, a nova usina contou com investimento de R$ 6,5 milhões. A empresa já conta com outros dois motores e capacidade de geração de 2 MW. O novo projeto tem foco no mercado de geração distribuída, para consumidores de média e baixa tensão, e a energia gerada está sendo direcionada para os condomínios residenciais.

“A receptividade dos condomínios residenciais ao uso dessa matriz energética tem sido excepcional. Primeiro pelo crescente engajamento e preocupação das pessoas na proteção do meio ambiente. Segundo por conta da expressiva redução nos custos de energia. Em um condomínio residencial, o elevador de um prédio, por exemplo, representa cerca de 6% do consumo total de energia e, na hora de pagar a conta, a economia faz a diferença”, destaca Henrique Fernandes, responsável comercial no nordeste.

O biogás é uma fonte energética renovável e sustentável, considerado uma alternativa eficiente e barata. Além das vantagens econômicas, a transformação dos resíduos orgânicos em biogás traz diversos benefícios ao meio ambiente. Isso porque a utilização do metano – principal causador do efeito estufa – na produção deste biocombustível tem um potencial de aquecimento global cerca de 20 vezes menor. “A transformação dos gases e a redução de CO2 no meio ambiente contribui para mitigação das mudanças climáticas, além de ser um potencial contribuinte para compensação junto a outros setores”, completa Missel.

“A adesão ao consórcio de energia, além de ter sido inovador no âmbito de condomínios residenciais, trouxe inúmeras vantagens. No campo econômico, registramos uma redução mensal acima de R$ 2.000, o que assegura a proteção diante da escassez hídrica e alterações das bandeiras tarifárias de energia elétrica. Já no campo ambiental, o uso de uma energia limpa, reduz a emissão de gás carbônico na atmosfera e motiva outros moradores a praticarem o mesmo em suas casas. E o melhor: tudo isso sem nenhum investimento por parte do condomínio”, comenta Murilo Guazzelli, morador e síndico do Condomínio Península Way.

Ao todo, a ENC Energy já está gerando energia, por meio de consórcios, para 300 estabelecimentos da Grande São Luís em variados setores, como redes de supermercados, de frigoríficos, farmácias, academias e de postos de combustíveis. A ENC Energy mantém contratos com aterros sanitários privados, devidamente licenciados pela legislação ambiental brasileira.

“Neste momento de incertezas e bastante vulnerabilidade de preços, entendemos ter sido fundamental a contratação da energia renovável junto a ENC Energy. Estamos protegidos das elevadas taxas atualmente praticadas, mantendo assim um maior equilíbrio nos custos e uma maior competitividade no mercado em que atuamos.”, afirma Manoel Teixeira, CEO do Grupo Cattan.

Sobre a ENC Brasil

Criada em 2012, a subsidiária brasileira da ENC Energy tem como acionistas a empresa portuguesa ENC Energy e o fundo GEF Capital Partners. A empresa já atua em todo Brasil, possui usinas a biogás no Maranhão, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em São Paulo, em Pernambuco, além do Paraná onde a empresa possui uma usina de 8,6 MW no aterro que recebe o resíduo de toda região metropolitana de Curitiba.

Fotógrafo dá dicas para quem deseja tirar as melhores fotos noturnas pelo celular

Quem nunca se encantou com um céu noturno e desejou tirar uma foto, não é mesmo? Mas, na falta de um equipamento profissional ou tendo apenas o celular à mão, muitas pessoas tentam captar estas imagens e o resultado não sai como o esperado. O fotógrafo Frederico Gomes explica por que isso acontece e como reverter isso a seu favor, mesmo com seu próprio smartphone.

“Primeiramente, é preciso observar se o seu aparelho não oferece um tempo de exposição grande, pois fotografia é antes de mais nada usar a luz para compor uma imagem. Ou seja, verifique as configurações do seu aparelho antes de registrar a foto”, aconselha Frederico. Para quem não possui um aparelho com as configurações ideais, uma boa opção, destaca, “é baixar um aplicativo que ofereça opções de ISO, foco e tempo de exposição. Com esses detalhes ajustados, o resultado será melhor”.

Vale lembrar que normalmente as câmeras dos celulares apresentam dois modos de configuração: automático e manual. “A primeira funciona bem em ambientes bem iluminados, mas é preciso ficar atento que nem sempre vai dar certo. É quando a pessoa precisa acessar as opções e atentar a detalhes importantes, como o tempo de exposição, pois esse item é fundamental para conseguir registrar imagens em noites escuras de céu estrelado”.

Para quem deseja tirar fotos das estrelas, por exemplo, Frederico recomenda que a pessoa deixe a câmera captando a luz por um tempo maior, “assim será possível receber uma quantidade de luz ideal para registrar as estrelas”. Um detalhe essencial que pouca gente lembra: “A luz produzida pelas casas e edifícios é maior do que aquela das estrelas. Então o melhor é tirar as fotos em um ambiente um pouco mais escuro”, destaca.

Além da questão de luminosidade, “é fundamental manter a câmera estável. Se a pessoa tremer, certamente a qualidade da imagem não vai ficar legal. Use um tripé, mas se não tiver, tente encontrar uma forma de deixar o smartphone imóvel enquanto a foto está sendo tirada”, observa Frederico.

Com essas orientações, o fotógrafo acredita que as imagens ficarão melhores do que as que normalmente são tiradas: “Certamente o resultado vai te agradar e você poderá compartilhar os resultados com muito orgulho nas redes sociais”, completa.

Setembro Amarelo: ANS alerta para efeitos da pandemia na saúde mental

 Depressão, suicidio

A campanha anual de prevenção ao suicídio que ocorre no Brasil desde 2014 sob o título de Setembro Amarelo levanta nessa edição uma preocupação específica com o momento que o país e o mundo atravessam. Em uma nota divulgada em seu portal eletrônico, Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) traz algumas palavras do seu diretor-presidente, Paulo Rabello, sobre o risco do agravamento de quadros de saúde mental em decorrência da pandemia de covid-19.

“É preciso que todos estejamos alertas e que façamos o possível para assegurar a saúde das pessoas que convivem conosco. Mesmo o novo coronavírus tendo afastado muitos pacientes dos consultórios e de seus tratamentos, devemos recordar que, na medida do possível, os atendimentos passaram a ser feitos de forma online, o que foi autorizado pelos conselhos profissionais, possibilitando aos beneficiários de planos de saúde manter o acompanhamento de seus tratamentos que já vinham realizando”, frisou ele.

A campanha Setembro Amarelo é realizada desde 2014 através da parceria da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e do Conselho Federal de Medicina (CFM). Ao longo do tempo, a iniciativa ganhou a adesão de outras entidades e também de órgãos públicos, desdobrando-se assim em diversas ações. O mês de setembro é escolhido porque exatamente hoje, no dia 10, a Organização Mundial da Saúde (OMS) comemora o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Na edição deste ano, o tema do Setembro Amarelo é “agir salva vidas”.

De acordo com o relatório Suicide Worldwide, publicado pela OMS em junho, mais de 700 mil pessoas morreram por suicídio em 2019, o que representa uma a cada 100 mortes. No Brasil, são aproximadamente 13 mil pessoas por ano. A maioria dos suicídios está relacionada a distúrbios mentais, como depressão e transtorno bipolar.

O Centro de Valorização da Vida (CVV), por meio do telefone 188, é um canal permanente de apoio. Em diversidades cidades, há também um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) que oferece auxílio em horários comerciais. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), pelo telefone 192, ou o Corpo de Bombeiros, pelo 193, devem ser acionados quando ocorrem casos de tentativas de suicídio.

Responsável pela regulação e fiscalização da operação dos planos de saúde privados, a ANS alerta que pequenas mudanças de comportamento podem ser indícios de sintomas de um quadro mais grave, que pode evoluir para o suicídio. O diagnóstico precoce, o tratamento e o acompanhamento são considerados essenciais.  Para estimular a prevenção, a ANS instituiu no final de 2018 a Certificação de Boas Práticas em Atenção Primária à Saúde. Um dos critérios para se obter a certificação plena é o desenvolvimento de ações relativas à saúde mental de seus beneficiários.

“Entendemos que a atenção à saúde mental na saúde suplementar deve ultrapassar a abordagem do quadro agudo e dos sintomas ativos e possuir uma perspectiva ampliada e completa. Essa visão certamente tem influências positivas no atendimento aos beneficiários e é importante que as operadoras estejam atentas”, acrescentou Paulo Rebello.

Adolescentes

Divulgados hoje (10) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os resultados de uma pesquisa sobre comportamento suicida entre adolescentes revelaram 15.702 notificações de atendimento nos serviços de saúde do país no período de 2011 a 2014. A maioria dos casos envolveu o grupo etário de 15-19 anos (76,4%), o sexo feminino (71,6%) e pessoas brancas (58,3%). Quase 90% das ocorrências ocorreram na própria residência e o meio mais utilizado foi o uso de medicamentos e outras substâncias com objetivo de envenenamento ou intoxicação.

Também foram mapeadas internações decorrentes de tentativas suicidas nas unidades de saúde do país entre 2007 e 2016. Foram 12.060 registros. O levantamento novamente mostrou predominância dos casos envolvendo pessoas do sexo feminino (58,1%). A Região Sudeste foi a que reuniu o maior número de internações por 100 mil habitantes.

O estudo incluiu ainda entrevistas em profundidade com 18 adolescentes com comportamento suicida das cidades de Porto Alegre e Dourados (MS). Segundo a Fiocruz, os relatos apontaram para a presença significativa de vulnerabilidades no lar, como violências, falta de cuidado e inexistência de apoio inter-relacional. As famílias desses jovens carregam histórias de rejeições, maus-tratos físicos, problemas psiquiátricos como ansiedade e depressão, agressões verbais, violência sexual e abuso de álcool e drogas.

Além dos problemas familiares, os depoimentos incluíram também outros elementos como desentendimentos e rompimentos com namorados, bullying, pressão escolar e interação em redes sociais virtuais. Um elemento que chamou atenção dos pesquisadores é o fato de que todos os entrevistados relataram uma história pregressa de suicídio familiar ou envolvendo amigos, colegas, vizinhos ou conhecidos.

“Sobre o ato, praticamente todos identificaram vários motivos disparadores. Entretanto, é recorrente a constatação de que as motivações para as tentativas entram em um contexto de vida já marcado por grande mal estar emocional, desafetos, insatisfações e vulnerabilidades”, acrescenta a Fiocruz.