Governo divulga calendário de pagamentos do Bolsa Família em 2021

Fila para entrada em agência da Caixa, em Brasília.

O Ministério da Cidadania divulgou  o calendário anual de pagamentos dos benefícios do Programa Bolsa Família para 2021. As informações foram publicadas no Diário Oficial da União. Em janeiro, o pagamento será feito entre os dias 18 e 29.  

Programa com 14 milhões de famílias inscritas, o Bolsa Família paga os beneficiários conforme o dígito final do Número de Identificação Social. Os depósitos ocorrem sempre nos dez últimos dias úteis de cada mês. As datas já haviam sido divulgadas pela Caixa Econômica Federal, responsável por operar o Bolsa Família. Confira o calendário.

Calendário de pagamento do Bolsa Família - ano 2021
Calendário de pagamento do Bolsa Família em 2021 – Ministério da Cidadania/divulgação

Migração

Em dezembro, a Caixa começou a migração dos beneficiários que ainda sacam o Bolsa Família exclusivamente com o Cartão Cidadão para a conta poupança social digital. Usada no pagamento do auxílio emergencial, a conta poupança permite o pagamento de boletos e de contas domésticas (como água, luz e gás).

Datafolha: 54% defendem impeachment de Bolsonaro

Um levantamento do Instituto Datafolha divulgado hoje (10) pelo jornal Folha de S.Paulo aponta que, pela primeira vez, a maioria dos brasileiros defende abertura de processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Veja os números:

  • 54% são a favor do processo de impeachment na Câmara dos Deputados
  • 42% são contrários à abertura do processo
  • 4% não sabem

Foram ouvidos de forma presencial 2.074 brasileiros maiores de 16 anos, de todas as regiões, nos dias 7 e 8 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

10 pontos sobre a última pesquisa Datafolha

Na última pesquisa, feita em 11 e 12 de maio, os pró-impedimento eram 49%, mas estavam empatados tecnicamente com os contrários à iniciativa, que chegavam a 46%. Na ocasião, 4% não sabiam.

*Com informações do G1

Travestis e trans precisam de políticas públicas em Pernambuco

 (Yane Mendes/ Divulgação)
Yane Mendes/ Divulgação

No Brasil, a expectativa de vida de uma pessoa travesti é de 35 anos. O país é o que mais mata pessoas trans, de acordo com a pesquisa Trans Murder Monitoring (monitoramento de assassinato de pessoas trans). Sophia Rivera, 23, estudante de serviço social pela UFPE e fundadora da Frente Trans de Pernambuco, compartilhou que essa realidade de violência começa desde cedo. “Eu cheguei a ser expulsa de casa somente por ter sido vista na rua conversando com um amigo que era gay”, cravou a estudante.

Hoje Sophia tem um trabalho de carteira assinada e uma rotina estabilizada, mas nem sempre foi assim. Aos 13 anos, foi expulsa de casa e, ao pedir abrigo a outro parente, encontrou mais rejeição e violência. “Eu não entendia sobre a minha dita sexualidade ou identidade de gênero, estava vivendo enquanto criança e me encontrando”, afirmou.  “Eu cresci vendo isso, quando me entendi quanto sujeita comecei a enfrentar [a realidade] e fui muito silenciada e podada, tinha que agir de determinadas formas e sofrendo com uma culpa que não era minha”, compartilhou. Ainda que a travesti Sophia Rivera tenha conseguido retornar para a sua casa poucos dias após a expulsão, as coisas mudaram para ela quando encontrou suporte nos braços de sua avó, que lhe deu espaço e incentivos para estudar e se encontrar como pessoa. “Isso foi um divisor de águas”, assinalou.

 (Divulgação)

Divulgação

 

“Eu tive muitas travas até botar para fora quem eu de fato era, passei por processos de muita violência e impedimento”, ponderou Sophia. A realidade apresentada por Rivera é compartilhada por mais pessoas, e tudo se agrava com a crise trazida pelo Covid-19. Uma moça que não quis se identificar afirmou que estava regressando em seu processo de transição para poder morar com a família na pandemia. “Era isso ou ir para as esquinas. Escolhi sobreviver, mesmo que fora de mim. Muitas de nós não têm a mesma opção”, ressaltou.

Para a codeputada Robeyoncé Lima (PSOL), mudar essa realidade é uma pauta urgente e precisa do apoio das forças políticas. “É necessário estreitar os diálogos com os movimentos sociais e os parlamentares”, afirmou. “Pernambuco é o sétimo estado mais violento contra a população travesti e trans, é uma série de violações dos direitos que não se restringe somente ao homicídio”, disparou a deputada. Robeyoncé destacou a necessidade de reparo em “toda uma estrutura social” que culmina no homicídio desenfreado de pessoas trans. “A gente pede segurança, a questão do nome social e a criação de um abrigo para pessoas LGBTQIA+, que são expulsas de casa por conta do preconceito dentro da família. A gente precisa de acesso à saúde, à educação e à empregabilidade, são demandas para além do direito à vida”, cravou. “O mínimo é uma moradia, três refeições do dia e ter acesso ao que está posto na própria constituição”, complementou Sophia Rivera.

De acordo com a parlamentar, além da criação de políticas públicas, é necessária a manutenção desses serviços. “As emendas parlamentares que a gente encaminha muitas vezes não são o suficiente para a manutenção do serviço”, afirmou. “A via da assistência social e as políticas de proteção são pontos fortíssimos para a gente, precisamos lutar o tempo inteiro para não perder esses aparatos”, concordou Sophia. Segundo Nêmesis Lima de Farias Melo, 20, estudantes de ciências sociais, artesã e também representante da Frente Trans de Pernambuco,  a garantia de vida digna para pessoas travestis e trans é urgente, mas para chegar lá várias atitudes precisam ser tomadas. “É preciso que haja um mapeamento geográfico e discussão com líderes parlamentares. A gente precisa de representantes que conheçam a pauta e procurem pessoas trans para dialogar sobre medidas efetivas de saúde, segurança, educação e capacitação”, assinalou a artesã.

 

 (Divulgação)
Divulgação

 

“A forma principal que o estado pode intervir é através da educação. Precisamos levar a discussão para dentro das comunidades, onde as pessoas estão dispostas a ouvir e aprender, a comunidade é o seio da solução”, disparou Nêmesis. De acordo com a estudante, a causa de toda essa violência está diretamente ligada à falta de diálogo e educação das pessoas. “A gente precisa investir em políticas e em diálogos árduos, pessoas trans e travestis precisam ser reconhecidas com urgência”, concluiu

Rio faz vacinação em massa de moradores de Ilha Grande

Ilha Grande

O estado do Rio de Janeiro e a prefeitura de Angra dos Reis, no sul fluminense, pretendem imunizar neste sábado (10) cerca de 2.450 moradores de Ilha Grande com a dose única da vacina da Janssen. Com as cerca de 2 mil pessoas que já receberam pelo menos uma dose da CoronaVac ou da AstraZeneca, espera-se que todos os moradores com mais de 18 anos tenham sido vacinados (com uma ou duas doses) até o fim deste sábado.

Pertencente ao município de Angra dos Reis, a Ilha Grande é um tradicional destino turístico que recebe não apenas moradores do Rio de Janeiro como também turistas de outros estados e países.

“São cinco pontos fixos [de vacinação] e mais três lanchas volantes, com mais de 70 profissionais envolvidos, fazendo uma grande ação para que a gente possa ter 100% [da população adulta] de Ilha Grande vacinados. Com um morador mais protegido, a gente pode buscar um turismo mais responsável, numa ilha que recebe gente do mundo inteiro”, afirmou o secretário municipal de Saúde de Angra dos Reis, Glauco Fonseca de Oliveira.

A ideia não é apenas permitir um turismo mais seguro na ilha, mas também usar a imunização em massa como um objeto de estudo epidemiológico. A Secretaria Estadual de Saúde deve acompanhar a situação da covid-19 no local depois da vacinação dos moradores.

Na cidade do Rio de Janeiro, experiência semelhante foi feita no bairro da Ilha de Paquetá, que fica no meio da Baía de Guanabara e o acesso é apenas por meio de embarcações

Ash Barty encerra espera australiana por título feminino em Wimbledon

Wimbledon

A tenista número um do mundo, Ash Barty, se tornou a primeira mulher australiana a vencer o título de simples em Wimbledon em 41 anos neste sábado, ao derrotar a tcheca Karolina Pliskova por 6-3, 6-7(4) e 6-3 na final do Grand Slam disputado na grama.

Barty, de 25 anos, que venceu seu primeiro torneio de Grand Slam em Roland Garros em 2019, imitou com a conquista Evonne Goolagong, de quem é fã e que conquistou um segundo título no All England Club em 1980.

“Espero ter deixado Evonne orgulhosa”, disse Barty ainda na quadra durante a apresentação do troféu. “Isso é incrível.”

Dez anos depois de vencer o torneio juvenil em Wimbledon quando tinha 15 anos, Barty chegou à final deste sábado com um histórico de cinco vitórias em sete jogos contra Pliskova.

Ela abriu 4-0 no primeiro set contra a tcheca ex-número um do mundo com duas quebras de serviço. Pliskova parecia fora de sintonia contra a australiana, mas conseguiu se recolocar no jogo devolvendo as duas quebras. Entretanto, uma terceira quebra conseguida por Barty deu à australiana o primeiro set.

A australiana manteve o controle no segundo set, quebrando o saque de Pliskova no terceiro game para abrir 3-1, mas Pliskova voltou a se recuperar para empatar em 3-3. Com Barty servindo para o jogo, Pliskova, que havia sofrido uma quebra, devolveu-a imediatamente para forçar o tie-break e então mostrou confiança para empatar a partida.

A australiana conseguiu se recompor e abriu 3-0 no set decisivo com uma quebra no início, que se mostrou o suficiente para vencer a partida e o torneio. Barty converteu seu primeiro match point, quando Pliskova cometeu um erro não forçado em um backhand, o 32º dela no jogo.

A australiana caiu de joelhos e começou a chorar, dizendo mais tarde não se recordar do que aconteceu no match point.

“Ela tirou o melhor de mim hoje”, disse Barty.

Covid-19: Brasil registra mais 48,5 mil casos e 1,2 mil mortes

Vacinação Covid ubs asa sul Brasília-DF, 11/06/2021 Foto: Walterson Rosa/MS

Dados divulgados neste sábado (10) pelo Ministério da Saúde indicam 48.504 novos diagnósticos de covid-19 no país. Com isso, o número de casos da doença registrados chega a 19.069.003. Na sexta-feira (9), o painel de estatísticas marcava 19.020.499 casos acumulados.

As mortes causadas pelo novo coronavírus durante a pandemia somam 532.893. Em 24 horas, as autoridades de saúde notificaram 1.205 novos óbitos. Na sexta-feira, o painel de informações marcava 531.688 mortes acumuladas.

Segundo o balanço, há 1.005.741 pacientes em acompanhamento e 17.530.369 pessoas recuperadas da doença.

Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil (10/07/2021).
Divulgação/Ministério da Saúde

O balanço divulgado diariamente pelo Ministério da Saúde também traz os dados por estado. São Paulo é o que registra mais casos de covid-19 (3.860.960), seguido de Minas Gerais (1.862.425), do Paraná (1.324.251), Rio Grande do Sul (1.251.502) e da Bahia (1.155.841).

Em relação ao número de mortes, São Paulo também ocupa o primeiro lugar no ranking, com 132.065 óbitos. Depois, aparecem Rio de Janeiro (56.755), Minas Gerais (47.942), Paraná (32.398) e Rio Grande do Sul (32.196).

Esportes Argentina vence Brasil na Copa América e quebra jejum de títulos

Argentina comemora vitória no Maracanã

Pela primeira vez desde 1993, a seleção principal da Argentina conquistou um título. E foi em grande estilo. Na final da Copa América, em pleno Maracanã, Messi e companhia derrotaram o Brasil por 1 a 0 e encerraram um jejum que atravessou gerações. O gol de Di Maria possibilitou aos argentinos conquistarem o seu 15º troféu na competição, igualando-se ao Uruguai como maior vencedor na história.

O lance crucial da partida aconteceu aos 21 minutos da primeira etapa. De Paul fez longo lançamento pela direita. Renan Lodi aparentemente tinha a situação sob controle, mas errou o tempo para cortar a bola, que ficou limpa para Di Maria. Ele entrou na área e com um toque encobriu o goleiro Ederson.

Pouco inspirado, o Brasil só foi encontrar um melhor futebol e melhores chances na segunda etapa. Richarlison, em jogada pela direita, chegou a marcar, mas foi identificado impedimento do atacante no início da jogada.

Na reta final, Gabriel Barbosa, uma das várias substituições do técnico Tite, pegou uma sobra de levantamento pela esquerda e chutou forte, mas o goleiro Martinez colocou para escanteio.

A Argentina também teve a chance de matar o jogo, mas o craque Lionel Messi, ao receber dentro da área, de cara para o gol, se enrolou tentando driblar o goleiro Ederson.

O lance desperdiçado acabou não fazendo falta, já que pouco depois a Argentina confirmou o triunfo e um título histórico, muito comemorado pelos atletas em campo e pelos torcedores argentinos que compareceram ao Maracanã (a prefeitura do Rio liberou a presença de 10% de público).

A seleção argentina voltou a comemorar um título com sua equipe profissional (foi campeã olímpica em 2004 e 2008) depois de 28 anos. A última conquista havia sido justamente em uma Copa América, em 1993, quando derrotou o México na decisão da edição sediada pelo Equador.

Para Messi, o triunfo no Maracanã representou o primeiro troféu pelo país, depois de derrotas nas finais das Copas Américas de 2007, 2015 e 2016 e também na decisão da Copa do Mundo de 2014, curiosamente disputada também no estádio carioca.

Partidos divulgam nota em defesa da democracia e do sistema eleitoral

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e os presidentes de oito partidos divulgaram nota neste sábado (10) reafirmando a importância das instituições brasileiras, dos valores democráticos e do sistema eleitoral do país. 

Segundo Lira, as instituições brasileiras não se abalarão com declarações públicas e oportunismo. “Enfrentamos o pior desafio da história com milhares de mortes, milhões de desempregados e muito trabalho a ser feito”, disse.

Arthur Lira disse que “em uma hora tão dura como a que vivemos hoje, saibamos todos que o Brasil sempre será maior do que qualquer disputa política. Tenhamos todos, como membros dos poderes republicanos, responsabilidade e serenidade para não causar mais dor e sofrimento aos brasileiros”.

As manifestações ocorrem após declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre supostas fraudes nas eleições de 2014. Bolsonaro disse que, sem voto impresso auditável, o Brasil pode não ter o pleito de 2022.

A nota é assinada pelo MDB, PSDB, Novo, PSL, PV, Solidariedade e Cidadania.

“Temos total confiança no sistema eleitoral brasileiro, que é moderno, célere, seguro e auditável. São as eleições que garantem a cada cidadão o direito de escolher livremente seus representantes e gestores. Sempre vamos defender de forma intransigente esse direito, materializado no voto. Quem se colocar contra esse direito de livre escolha do cidadão terá a nossa mais firme oposição”, afirma o documento.

Congresso Nacional

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco reiterou, nessa sexta-feira (9), a independência entre os Poderes e afirmou que o Parlamento “não admitirá qualquer atentado a essa independência”.

“Quero afirmar a independência do Parlamento brasileiro, do Congresso Nacional, que não admitirá qualquer atentado a essa independência e, sobretudo, às prerrogativas dos parlamentares. [Prerrogativas] de palavras, opiniões e votos que, naturalmente, devem ser resguardados numa democracia.”, disse.

CPI

As declarações dos partidos foram feitas após episódio que gerou atrito entre Executivo e Legislativo nesta semana. Durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, o presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), falou sobre suposto envolvimento de militares em suspeitas de fraude na compra de vacinas pelo Ministério da Saúde.

Horas depois, o ministro da Defesa, general Braga Netto, e os comandantes das três Forças – Marinha, Exército e Aeronáutica – divulgaram nota condenando as declarações de Aziz. Na nota, afirmaram que “as Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às Instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”.

Aziz se defendeu, afirmando que não fez uma generalização às Forças Armadas, tendo, na verdade, referido-se a uma minoria.

No dia seguinte, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse ter esclarecido o assunto em conversa com o ministro da Defesa, Walter Braga Netto.

“Ressaltamos a importância do diálogo e do respeito mútuo entre as instituições, base do Estado democrático de direito, que não permite retrocessos. Deixei claro o nosso reconhecimento aos valores das Forças Armadas, inclusive éticos e morais, e afirmei, também, que a independência e as prerrogativas de parlamentares são os principais valores do Legislativo”, destacou Pacheco.

Estudo da Fiocruz mostra efetividade das vacinas em idosos

.vacina CoronaVac - Butantan - produção

Uma pesquisa feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) constatou que o esquema vacinal completo contra covid-19 (duas doses) garante taxas de efetividade médias de 79,8% em pessoas com 60 a 80 anos e de 70,3% em idosos com mais de 80 anos.

Considerando-se uma média daqueles que receberam o esquema vacinal completo e aqueles que tomaram apenas a primeira dose, as taxas de efetividade ficam em 73,7% em idosos com até 79 anos e de 63% em pessoas com 80 anos ou mais.

O estudo considerou os imunizados com CoronaVac e AstraZeneca e foi feito com base em registros de hospitalização e morte por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), o que permitiu avaliar a efetividade em relação à redução de casos graves e óbitos.

As duas vacinas têm, no entanto, taxas diferentes. Na CoronaVac, por exemplo, a taxa de efetividade para pessoas com esquema vacinal completo é de 79,6% para pessoas com 60 a 79 anos e de 68,8% em idosos com 80 anos ou mais.

Se forem considerados todos os imunizados, ou seja, aqueles com esquema vacinal completo e os que tomaram apenas a primeira dose, as taxas são de 70,3% em pessoas com 60 a 79 anos e de 62,9% em idosos com 80 anos ou mais, no caso da CoronaVac.

Para a AstraZeneca, no entanto, não foi possível avaliar a efetividade com o esquema vacinal completo, já que a segunda dose só é aplicada três meses depois da primeira. Portanto, a Fiocruz trabalhou com estimativas.

A taxa de efetividade da AstraZeneca com aqueles que receberam pelo menos a primeira dose chegou a 81,7% para pessoas com 60 a 79 anos e de 62,8% naqueles com 80 anos ou mais.

“A efetividade da vacinação continuará a ser avaliada, buscando estimar os dados de efetividade das vacinas com sua utilização no mundo real, no contexto epidemiológico e das variantes circulantes. Nesse sentido, os dados obtidos até o momento refletem principalmente as evidências de proteção vacinal frente à variante gama, preponderante no país neste período”, informa nota técnica divulgada pela Fiocruz.

A nota destaca ainda que medidas restritivas e o uso de máscaras podem influenciar no aumento de infecções por covid-19. “O relaxamento de medidas não farmacológicas após a vacinação, como uso menos frequente de máscara e aumento nas interações sociais presenciais sem os devidos cuidados de distanciamento e ventilação, induzem a maior risco de infecção”.

Fiocruz entrega mais 4 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca

 (Foto: Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz))

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz) entregou ontem, sexta-feira (9) mais 4 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca contra Covid-19 ao Ministério da Saúde.

A liberação do lote semanal de vacinas faz com que a fundação se aproxime da marca de 70 milhões de doses entregues, com 69,9 milhões. Desse total, 4 milhões foram importadas prontas do Instituto Serum, na Índia, e as demais foram produzidas por Bio-Manguinhos.

Das doses entregues hoje, 212 mil ficarão para o estado do Rio de Janeiro, e as outras devem seguir para São Paulo, de onde serão distribuídas para as demais unidades da Federação.

A Fiocruz aguarda a chegada dos últimos lotes de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) prevista no acordo de encomenda tecnológica, assinado no ano passado com a farmacêutica europeia. O acordo prevê que a fundação receberá IFA para produzir 100,4 milhões de doses.

Segundo a Fiocruz, o quantitativo do insumo já entregue a Bio-Manguinhos garante as entregas de vacinas até 23 de julho, mas é inferio