Apesar da pré-candidatura da deputada federal Marília Arraes a prefeita do Recife estar colocada, muita gente tem dúvidas se ela irá pra frente devido a relação que existe do seu partido, o PT, com o PSB, partido do prefeito Geraldo Julio e do governador Paulo Câmara.
O camarote do prefeito Geraldo Julio e do governador Paulo Câmara na 56ª edição do Baile Municipal do Recife no Classic Hall no último sábado mostrou que a sintonia entre o PT e o PSB continua fina, uma vez que foram anotados o deputado federal Carlos Veras, o secretário Oscar Barreto e o ex-presidente da Câmara do Recife Jurandir Liberal, todos petistas que nutrem relação amistosa com o PSB.
Será tarefa dificílima para Marília Arraes não só colocar a sua pré-candidatura a prefeita do Recife na rua, como principalmente, caso seja efetivamente candidata, não receber torpedos do fogo amigo dos chamados petistas queijo do reino, que são vermelhos por fora e amarelos por dentro. A narrativa já externada por Humberto Costa, de que o partido não pode perder os cargos nas gestões do PSB, ganha eco em outros correligionários que continuarão trabalhando pela manutenção da aliança com o PSB com vistas a 2020.
Há indícios de que não surgirá nenhuma reforma administrativa nas gestões socialistas em fevereiro e março, podendo ou não, ter algo em abril, quando teríamos um quadro mais cristalizado da disputa pela PCR com a definição se Marília Arraes será mesmo candidata no Recife. Até lá, a aliança entre PT e PSB continuará sendo trabalhada pelos dois partidos, com ênfase especial daqueles petistas que não querem aventurar-se em outros projetos majoritários.
Por Edmar Lyra