Da Agência Brasil
Beneficiada pela queda das importações em maior ritmo que o recuo das exportações, a balança comercial registrou superávit de US$ 3,974 bilhões em junho. Com o resultado do mês passado, a balança teve superávit de US$ 23,635 bilhões nos seis primeiros meses do ano, o melhor resultado da história para o período.
A balança comercial é a diferença entre exportações e importações. Apesar do recorde no primeiro semestre, o resultado positivo da balança comercial em junho foi 12,3% menor que o superávit de US$ 4,529 registrado no mesmo mês do ano passado.
No mês passado, as exportações alcançaram US$ 16,743 bilhões, queda de 18,6% em relação a junho de 2015 pela média diária. As importações somaram US$ 12,77 bilhões, recuo de 19,3% na mesma comparação.
No acumulado do ano, as vendas para o exterior totalizaram US$ 90,237 bilhões, retração de 5,9% pela média diária em relação ao primeiro semestre de 2015. As compras externas apresentaram valor de US$ 66,602 bilhões, queda de 28,9% em relação aos seis primeiros meses do ano passado também pela média diária.
Pelo segundo ano seguido, o país está batendo recorde nas quantidades exportadas, mas a queda do preço das commodities – bens primários com cotação internacional – está diminuindo o valor das exportações. De janeiro a junho, o volume de mercadorias exportadas cresceu 9,8%, mas os preços caíram, em média, 14,8%.
Todas as categorias de produtos exportados apresentaram queda em 2016. O recuo chega a 7,9% para os produtos básicos, com destaque para petróleo bruto (-38%), café em grão (-27,3%) e minério de ferro (-24,4%).
Em relação aos produtos manufaturados, a queda chegou a 4%, puxadas por autopeças (-25%), motores para veículos (-22,6%) e motores e geradores elétricos (-20,6%). Os produtos semimanufaturados acumulam queda de 1,5%, com destaque para semimanifaturados de ferro e aço (-23,1%), couros e peles (-17,1%) e ferro em liga (-15,7%).
Sobre as importações, a alta do dólar em relação ao primeiro semestre do ano passado foi a principal responsável pela redução do valor comprado do exterior. Nos seis primeiros meses do ano, a quantidade importada caiu 20,1%, e os preços caíram 10,8%. As principais quedas no valor importado foram observadas em combustíveis e lubrificantes (-48,9%), bens de consumo (-27,5%) e bens intermediários (-26,8%).