Bancários deflagram greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça

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Do NE10

Os bancários de Pernambuco pretendem cruzar os braços por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (6). A categoria rejeitou a proposta de 5,5% e do abono salarial de R$ 2,5 mil ofertada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em assembleia nesta quinta (1º).

Na tarde da próxima segunda-feira (5), a categoria deve voltar a se reunir para ajustar os detalhes de como vai ocorrer a paralisação dos dias seguintes. “Se a Febraban cobrir a proposta, iremos entrar novamente em discussão”, acredita a presidente do sindicato, Suzineide Rodrigues.

Entre as principais reivindicações estão o reajuste salarial de 16%, valorização do piso salarial, combate às metas abusivas e ao assédio moral, melhores condições de trabalho, fim da terceirização e proteção ao emprego, vales-alimentação e refeição maiores.

De acordo com Suzineide, todas as agências devem ser fechadas, no entanto, ela garante que os caixas eletrônicos e o atendimento aos idosos devem funcionar normalmente, apesar da paralisação.

Atualmente, o piso salarial dos bancários é de R$ 1.796,45 para os funcionários dos bancos privados, enquanto que o das agências públicas, o valor pode passar dos R$ 2 mil. Ao todo, mais de dez mil bancários devem aderir à greve em todo Estado.

A última paralisação ocorreu no ano passado, quando as agências passaram dez dias sem funcionar.

BRASIL – Os bancários de São Paulo, Osasco e região decidiram também nesta quinta (1º) em assembleia, rejeitar a proposta apresentada pela Febraban e aprovaram o início de greve por indeterminado na terça-feira (6). Segundo nota distribuída pelo sindicato, os bancos ofereceram reajuste salarial de 5,5%. A categoria pede correção de 16%, sendo 5,6% de aumento real e reposição de inflação de 9,88% medida pelo INPC, além de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82 e piso equivalente ao salário mínimo proposto pelo Dieese (R$ 3.299,66).

“Também reivindicamos fim das demissões nos bancos para melhorar as condições de trabalho da categoria e melhorar o atendimento para a população”, disse em nota Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. Outras assembleias foram realizadas pelo País para decidir a paralisação.

No encontro realizado em São Paulo, com cerca de 1,5 mil trabalhadores, a proposta dos bancos foi rejeitada por unanimidade. Na segunda-feira, 5, os bancários voltam a se reunir em assembleia para organizar a greve.

Confira a lista de outros Estados que decidiram aderir à greve:

Acre (AC)

Alagoas (AL)

Amapá (AP)

Bahia (BA)

Ceará (CE)

Maranhão (MA)

Mato Grosso (MT)

Pará (PA)

Pernambuco (PE)

Piauí (PI)

Rio Grande do Norte (RN)

Rondônia (RO)

Roraima (RO)

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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