Bancos de leite e de sangue pedem doações para o carnaval

O carnaval é comumente associado à festa, diversão e alegria, mas também é um período que preocupa profissionais de saúde por causa da baixa nos estoques dos bancos de leite e de sangue em todo o país. Por isso, instituições como a Fundação Hemocentro de Brasília e o Banco de Leite Humano da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, fazem um apelo para que os doadores ajudem a manter as unidades abastecidas durante a folia.

No caso dos bancos de leite, a queda do estoque é comum porque muitas mães doadoras aproveitam o período de recesso para viajar, afastando-se da cidade onde moram e se desligando do programa de doação ao qual pertencem. “Isso prejudica o aprovisionamento de leite aos bebês prematuros, de baixo peso ou portadores de patologias, internados nas unidades de terapia intensiva neonatais e que não podem ser amamentados pela própria mãe”, alertou a Fiocruz.

De acordo com a entidade, a queda nas doações de leite humano nesse período chega a até 60% nos estoques da unidade, comprometendo o desenvolvimento e a nutrição de recém-nascidos prematuros. São necessários, em média, 300 litros por mês para atender a todos os lactentes internados no instituto e, desde o início de 2019, foram coletados apenas 110 litros – menos da metade do que é preciso.

O Bloco Vem Doar Pra Mim, foi criado pelo Instituto Arcádia, em parceria com o Hemorio, para unir diversão e solidariedade, motivando os foliões a doarem sangue na festa de Carnaval

 

Em relação aos bancos de sangue, as doações diárias feitas na capital federal, por exemplo, passam de até 220 para 190 no período do carnaval. Um agravante é que, em meio à queda do estoque, o feriado prolongado registra aumento no número de acidentes de trânsito e, por consequência, de pacientes que precisam utilizar o sangue estocado. A recomendação é que os voluntários agendem a doação pela central telefônica 160, opção 2.

A Fundação Hemocentro de Brasília funciona neste sábado, das 7h às 18h; na segunda-feira, das 7h às 13h; e na quarta-feira de Cinzas, das 14h às 18h. O atendimento voltará ao horário normal na quinta-feira, quando as doações podem ser feitas das 7h às 18h.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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