Através da Secretaria de Educação e Esportes, o Estado apresentou ontem algumas mudanças em relação aos programas Bolsa Atleta e Time Pernambuco para o exercício 2020/2021, que deve abrir processo seletivo a partir do segundo trimestre deste ano. Na presença de gestores, atletas e técnicos, o governador Paulo Câmara sancionou as alterações nos textos das leis desses programas, que foram sugeridas pelo Conselho Estadual de Esportes, aprovadas na Assembleia Legislativa e publicadas no Diario Oficial do Estado.
No caso do Bolsa Atleta, fica determinado que, a partir de 2020/2021, 10% do orçamento deverá ser destinado a esportistas estudantis, medalhistas nos Jogos Escolares e Universitários e nas Paralimpíadas Escolares. Fora isso, o valor do benefício para esse grupo também teve reajuste. A partir de agora, a Estudantil A (campeões) terá recursos de R$ 650 e a Estudantil B (segundo e terceiro lugar) pagará R$ 500.
“Recebemos a missão de fortalecer o esporte no Estado, mas não só essa geração atual, como também as futuras. E sabemos que não há lugar melhor para descobrir talentos do que na escola”, pontuou o secretário de Educação e Esportes do Estado, Fred Amancio.
Outra mudança é no valor destinado aos beneficiados por modalidades não olímpicas/paralímpicas, a exemplo de beach soccer e futsal. Agora, os campeões desses esportes terão bolsas equiparadas às dos vencedores em modalidades olímpicas/paralímpicas, desde que estejam devidamente vinculados a confederações reconhecidas pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) ou pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
O orçamento do Bolsa Atleta para o exercício 2020/2021 será de quase R$ 3.7 milhões. No momento, ainda estão sendo pagos os benefícios referentes ao exercício 2019/2020, com vigência de julho do ano passado até junho deste ano e orçamento também de quase R$ 3.7 milhões.
“Formar atletas não é algo que se faz do dia para a noite. É preciso ter uma política consistente. Fico feliz de estarmos conseguindo avançar. Em 2019 tivemos resultados muito importantes”, comemorou Paulo Câmara. “Hoje somos a terceira maior Bolsa do Brasil, atrás somente de Paraná e São Paulo. É muito feliz em um momento difícil como esse, conseguirmos crescer”, corroborou o executivo de Esportes do Estado, Diego Pérez.
O Time PE, que contempla um grupo menor de atletas e paratletas do alto rendimento, mas oferta mais benefícios, incluindo aos seus respectivos treinadores, também teve alteração na lei. A mudança, porém, é mais textual, não gerará grandes novidades na prática. Ficou determinado que o critério para pleitear o benefício é estar ou ter estado na seleção brasileira da respectiva modalidade nos últimos 12 meses que antecedem o processo seletivo, tanto para modalidades coletivas quanto para individuais.
No caso dos treinadores, será necessária a comprovação de vínculo com a entidade regente da modalidade praticada pelo seu atleta. “Podemos dizer que 99% dos contemplados hoje já estão nesse perfil porque a seleção é criteriosa. A mudança é mais textual, para colocar no papel”, explicou Pérez. O orçamento do Time PE para 2020/2021 será de R$ 1.2 milhão.
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