Bolsonaro diz que vai rever auxílio-reclusão, concedido a familiares de presos

O presidente Jair Bolsonaro visita a Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Acompanha o ministro do Gabinete Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno.Foto Antonio Cruz/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (5) que o governo vai rever o valor do auxílio-reclusão, benefício fixado em R$ 1,3 mil concedido a familiares de detentos. Em mensagem publicada no Twitter, Bolsonaro criticou o fato de que o auxílio social garantido às famílias dos presos tenha valor acima do salário mínimo, elevado de R$ 954 para R$ 998 por ele na terça-feira (1º), dia de sua posse.

“O auxílio-reclusão ultrapassa o valor do salário mínimo. Em reunião com ministros, decidimos que avançaremos nesta questão ignorada, quando se trata de reforma da Previdência e indevidos. Em cima de muitos detalhes vamos desinchando a máquina e fazendo justiça!”, destacou no Twitter.

O auxílio-reclusão é pago a dependentes do segurado do INSS preso em regime fechado ou semiaberto, durante o período de reclusão ou detenção. O período de recebimento do benefício varia, de acordo com critérios, mas pode ser pago de forma vitalícia.
Bolsonaro também cobrou de parlamentares e da Justiça mais apoio as profissionais da segurança pública. “Sem garantias necessárias para os agentes de segurança pública agirem em prol do cidadão de bem, a diminuição dos crimes não vai ocorrer na velocidade que o brasileiro exige. Os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário têm que assumir este compromisso urgentemente”.

Ontem (3), durante reunião ministerial, Bolsonaro ressaltou a necessidade de redução de gastos públicos. O presidente defendeu uma revisão das contas e voltou a destacar a importância da reforma da Previdência em favor do ajuste financeiro. Ele indicou que a revisão do pagamento do auxílio-exclusão deve ser analisada no âmbito da reforma.

Bolsonaro reiterou ainda a necessidade de enxugamento da estrutura do Estado. Foram exonerados mais de 300 funcionários que ocupavam cargos comissionados na Casa Civil. Haverá reavaliação, se quiserem retornar a seus postos. O critério será técnico, segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

A medida foi transformada em recomendação para todas as áreas de governo, na reunião que ocorreu ontem no Palácio do Planalto. Bolsonaro disse que é necessário fazer revisão em contratos e liberação de recursos público para identificar desvios. O novo governo promete fazer um pente fino na administração pública federal e nos últimos atos da gestão Michel Temer.

Com informações da Agência Brasil

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