Mesmo sendo uma referência no setor agrícola, o Brasil não produz fertilizantes suficientes e importa a maior parte do que consome, o que deixa o país vulnerável – situação que ficou visível com a guerra entre Rússia e Ucrânia. De acordo com Cezar Andrade, economista da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), o Brasil importa 85% dos fertilizantes usados. Destes, 23% são oriundos da Rússia. Em Pernambuco, o maior impacto dessa crise deve ser sentido pelos produtores da região do Vale do São Francisco, que podem ter a produção, no curto prazo, prejudicada.
Plano alternativo
Na semana passada, o Governo Federal anunciou o lançamento do Plano Nacional de Fertilizantes (PNF) para reduzir a importação de insumos e a dependência do Brasil com os demais países no comércio internacional. Um dos planos com o projeto é se tornar uma referência no setor pelos próximos 28 anos (até 2050), além promover o desenvolvimento do agronegócio nacional.
Esses impasses iniciaram ainda em 2021, quando diversas sanções foram adicionadas pela União Europeia para Belarus por discordâncias de cada nação. Esses impasses persistiram durante todo o ano passado, até os dias atuais com os conflitos de Rússia e Ucrânia, o que colaborou ainda mais para prejudicando ainda mais o setor de importação
Segundo Cezar Andrade, o Brasil possui uma das maiores reservas de Potássio do mundo e essa pode ser uma solução em longo prazo:
“Deve-se lembrar de que o Brasil possui uma das maiores reservas de Potássio do mundo no Norte do país, porém não podem ser exploradas por questões legais, e mesmo se fosse desburocratizado a exploração desse tipo de fertilizante no país, seria uma solução de longo prazo. Como solução de curto prazo, além de tentar buscar novos parceiros comerciais, uma alternativa para atenuar o aumento dos preços seria através de redução de carga tributária, para tentar equilibrar o custo da produção, já que haverá aumento no preço dos insumos.
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