“O Brasil de volta a um tenebroso passado econômico”. Esta é a avaliação do líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), sobre as consequências que uma reunião entre o ministro da Fazenda de Michel Temer, Henrique Meirelles, e representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI) pode ter para o país. O encontro, marcado na agenda oficial do ministro, ocorreu nessa segunda-feira (26).
“Corremos sério risco de voltar a ser refém do FMI. Com essa política econômica irresponsável e com o Congresso Nacional passando consecutivos cheques em branco para o presidente golpista, nós nos desestabilizaremos de tal forma que poderemos retroceder, sim, aos anos 90, quando o FMI mandava no Brasil”, pontuou Humberto.
O senador petista relembrou que os governos do PSDB quebraram o país três vezes, obrigando o Brasil a se endividar com a banca internacional. “Às vésperas da eleição de 2002, o Brasil tinha pouco mais de US$ 37 bilhões em reservas internacionais e uma dívida externa de US$ 164 bilhões, considerada impagável, até a entrada de um presidente comprometido com a libertação do nosso país, que foi o presidente Lula”.
No decorrer dos governos do PT, o Brasil aumentou em dez vezes as suas reservas internacionais, pagou a dívida com o FMI e passou a emprestar dinheiro ao fundo. No entanto, desde que o Governo Temer assumiu, o déficit fiscal aumentou em mais de R$ 100 milhões, avalizado pelo Congresso Nacional.
Mesmo com o discurso de “volta da confiança no Brasil”, a arrecadação de impostos vem caindo mês a mês e a tendência é de termos um déficit ainda maior em 2017. “Não sei onde vamos parar com esse nefasto conjunto de políticas econômicas, fiscais e sociais. Esse governo está mais parecendo o picadeiro de um circo. Só que os brasileiros não podem ser tratados como palhaços”, falou Humberto.