As transações correntes do Brasil – que medem a entrada e a saída de dólares do país – acumularam déficit de US$50 bilhões ou 2,50% do PIB, nos últimos 12 meses até junho. No mesmo mês do ano passado, esse dado havia sido de US$ 52,6 bilhões ou 2,94% do PIB.
Por outro lado, o Investimento Direto no País (IDP) totalizou US$ 80 bilhões, também em 12 meses, e financiou esse déficit.
As transações correntes consideram três dados.
A balança comercial de produtos entre o Brasil e outros países, isto é, as exportações e importações;
A balança de serviços das contas externas. É considerado, sobretudo, as compras de brasileiros no exterior, incluindo gastos com importações de serviços financeiros, fretes e aluguel de equipamentos e até gastos de turismo;
A renda primária é o terceiro dado e trata das remessas de dinheiro e pagamentos (lucros, juros e dividendos) que as empresas multinacionais, com filial no Brasil, enviam para o exterior. Nesse cálculo, também estão as remessas que empresas brasileiras recebem do exterior.
No mês de junho, apenas, as contas externas registraram déficit de US$ 843 milhões.
Investimento direto
Os investimentos diretos no país (IDP), que o Banco Central não considera nas transações correntes, somaram ingressos líquidos de US$ 1,9 bilhão no mês. O IDP acumulado em 12 meses totalizou US$ 80 bilhões (4,01% do PIB) em junho de 2023, ante US$ 83,4 bilhões (4,21% do PIB) no mês anterior e US$62,7 bilhões (3,5% do PIB) em junho de 2022.