Com projeções de alta do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 5,3%, as expectativas de especialistas do Ministério da Economia para a retomada econômica em 2021 seguem firmes. Na realidade das micro, pequenas e médias empresas, as projeções de crescimento também são animadoras e a busca por crédito cresceu mais de cinco vezes.
As solicitações de empréstimos foram de 3.062 apenas no primeiro semestre de 2021 contra 572 no mesmo período de 2020. A busca por crédito aumentou em 435% de acordo com dados divulgados pelo levantamento da plataforma de crédito Capital Empreendedor.
Segundo o estudo realizado, os principais setores que buscaram empréstimos foram aqueles relacionados ao comércio físico, como, por exemplo: bares e restaurantes, lanchonetes e o comércio varejista de vestuário.
Entre os fatores que ajudam a explicar o motivo da grande procura por linhas de créditos, pode-se destacar especialmente a velocidade da vacinação no país e a reforma do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
Mais da metade dos adultos do país já tomou a primeira dose da vacina, o que traz mais segurança para os empreendedores solicitarem o crédito necessário para a retomada das atividades comerciais.
“Com a aceleração da vacinação, boa parte das pessoas em breve estará de volta às ruas e ao comércio tradicional, o que traz boas perspectivas de reabertura dos estabelecimentos”, comenta Thomas Carlsen, COO e co-fundador da mywork, startup especializada em gestão de Departamento Pessoal e controle de ponto online para pequenas e médias empresas. “Ao mesmo tempo, as perspectivas de retomada dos negócios dão mais segurança às instituições financeiras no momento de concessão do empréstimo. Além disso, todo o cenário tem potencial para desencadear uma nova onda de geração de emprego e contratação de novos funcionários para as empresas”, avalia o executivo.
A região que mais se destaca em relação ao número de pedidos de empréstimos é a Sudeste (em especial, São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas), com um aumento de 61,15% em relação ao ano passado. A segunda região com mais pedidos é a Nordeste, com 13,86%.