O novo modelo de Cadastro Positivo poderá injetar R$ 35 bilhões na economia de Pernambuco e possibilitar acesso ao crédito para um contingente adicional de 958 mil consumidores. Esses números fazem parte do recente desdobramento, por estado, de pesquisa da Serasa Experian divulgada no ano passado, e que constatou que o novo CP pode inserir até 22 milhões de consumidores no mercado de crédito nacional, e mais de R$ 1 trilhão na economia brasileira.¹
O aprofundamento do estudo foi um pedido da ANBC (Associação Nacional dos Bureaus de Crédito) para mostrar os benefícios potenciais do Cadastro Positivo com inclusão automática do consumidor por estado e região, além dos níveis atuais de inadimplência em cada um desses locais. A aprovação desse novo modelo, que está na pauta de votação da Câmara dos Deputados, trará uma forma mais abrangente e inclusiva de conceder crédito, tendo como base o histórico de endividamento de um cidadão e a forma como ele paga suas dívidas com instituições financeiras, empresas de comércio e empresas de serviços como água, gás, energia elétrica e telefonia. Ou seja, o modelo valoriza os pagamentos realizados, os dados positivos – e não eventuais dívidas não pagas ou em atraso.
De acordo com a pesquisa ampliada, Pernambuco, com 41,9% de inadimplentes, apresenta um índice superior ao da média brasileira, que é de 40,3%. E a exemplo do que deve ocorrer no resto do país, o novo Cadastro Positivo tende a promover uma redução de até 45% na inadimplência no estado. Poderá ainda adicionar 958 mil pessoas ao mercado de crédito, o que representa mais de 10 por cento da população total de Pernambuco. Essas pessoas estão fora do mercado de crédito não por serem inadimplentes, mas por terem pontuação de crédito baixa à falta de informação.