A 62ª reunião ordinária, da quinta (8), teve como ápice das discussões parlamentares diferentes ângulos de reflexão sobre o tema que é pauta nacional, não só no meio acadêmico e redes de ensino básico, mas também em muitos lares brasileiros: o programa Escola Sem Partido. Além de outros assuntos de ordem comunitária no município de Caruaru.
Internautas que acompanhavam a transmissão ao vivo da sessão lembram que o referido programa se trata de um projeto de lei que tem por intuito impor a afixação, em salas de aula do ensino médio e fundamental, cartazes que tragam expressos os deveres de professores decorrentes de artigos da Constituição Federal e Convenção Americana de direitos humanos e que buscam defender o arbítrio de alunos e suas famílias a uma educação apartidária nas escolas.
Os vereadores Daniel Finizola e Marcelo Gomes externaram a preocupação, que foi compactuada pelos edis Rozael do Divinópolis e Bruno Lambreta, de que tal ação também limite a atuação plena dos professores no sentido de ajudar a construir uma consciência crítica dos jovens do país. “Política partidária não se deve fazer em sala de aula. Agora o ambiente acadêmico, da escola é para se discutir política sim (…) até para se formar a consciência política do futuro eleitor”, afirma Marcelo fazendo referência também ao respeito que deve ser instituído em favor dos diferentes pontos de vista e opiniões desde muito cedo.
Lambreta ainda enfatizou a importância de se dar liberdade para discussões que reforcem a democracia, mencionando como exemplo o filho, que apesar de estar inserido em um seio familiar extremamente político, em seu primeiro ano como eleitor, decidiu seu candidato a partir de suas convicções individuais – formadas também através de suas vivências escolar e relações interpessoais.
Já Edjailson da Caruforró concordou com os colegas, mas reforçou que é importante discutir política com os estudantes com o cuidado de não direcionar a orientação para determinado partido. Ele afirmou que na Universidade de Campina Grande, onde sua filha estuda, um grupo formado por alguns professores e acadêmicos tentou coagir os demais a votarem em candidatos defendidos pela agremiação.
Durante o momento, os vereadores também discutiram acerca de outros temas que foram destaques na mídia local, inclusive sobre a queixa dos moradores do Indianópolis sobre a futura instalação do abrigo, que é parte do programa Atitude para atender dependentes químicos em processo de reabilitação.
Os desdobramentos da discussão acerca do programa Atitude e ainda para acompanhar a votação e discussão dos 40 documentos – entre requerimentos e projetos da ordem do dia – basta visitar a página oficial do Poder Legislativo de Caruaru no Facebook e assistir ao vídeo da transmissão na íntegra.