‘Canibais de Garanhuns’ vão a júri popular nesta sexta

O julgamento de Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Pires da Silveira e Bruna Cristina Oliveira da Silva, trio que ficou popularmente conhecido como “Canibais de Garanhuns”, está previsto para começar às 9h desta sexta (14), na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, Ilha Joana Bezerra, no Centro do Recife. Eles são acusados pelas mortes de Alexandra da Silva Falcão, 20 anos, e Gisele Helena da Silva, 31 anos, no município de Garanhuns, no Agreste pernambucano. A sessão do júri será presidida pelo juiz Ernesto Bezerra Cavalcanti.

Logo no início da sessão, serão escolhidos sete jurados para compor o Conselho de Sentença. A pedido do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) o delegado Wesley Fernandes Oliveira será ouvido como testemunha. Ele investigou o caso em Garanhuns. Depois, segue a fase de interrogatório dos réus. Em seguida, haverá o debate entre a promotoria e a defesa e, na sequência, poderá haver a réplica para a promotoria, que dura até duas horas, e a tréplica para a defesa, com a mesma duração, para que finalmente haja julgamento pelo Conselho de Sentença.

Os três réus estão sendo julgados por duplo homicídio triplamente qualificado e também pelos crimes de ocultação e vilipêndio de cadáver e de furto qualificado. Jorge Beltrão Negromonte da Silveira e Bruna Cristina Oliveira da Silva respondem ainda por estelionato (obtenção de vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício ou qualquer outro meio fraudulento). A ré Bruna Cristina Oliveira da Silva será julgada também pelo crime de falsa identidade.

O julgamento aconteceria no dia 23 de novembro, mas com o não comparecimento da defesa de um dos réus, e numa manobra em que os demais advogados de defesa abandonaram o plenário, foi adiado para esta sexta.

Os crimes aconteceram no município de Garanhuns, Agreste de Pernambuco. Gisele Helena da Silva teria sido assassinada por uma arma branca, no dia 25 de fevereiro de 2012, na casa onde Jorge, Isabel e Bruna moravam. De acordo com o MPPE, a vítima foi atraída para residência para “ouvir conselhos e falar sobre a palavra de Deus”. Alexandra da Silva Falcão, então com 20 anos, também foi morta na casa dos acusados, no dia 12 de março daquele ano. Parte de seu corpo foi consumida pelo trio.

Folhape

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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