Após um início de ano difícil para a economia brasileira, com balanços econômicos negativos e baixos índices de geração de emprego, Caruaru volta a contratar no mês de março. De acordo com informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged, divulgado na última quinta-feira, 23, os três primeiros lugares no ranking da geração de novos postos de trabalho estão: comércio, com 826; serviços, com 687; e indústria de transformação, com 486. Na variação mensal de emprego, que toma como referência o estoque do mês anterior (fevereiro), houve um crescimento de 0,27%. Os números do saldo real, levando em consideração as admissões e desligamentos, muda o ranking para a seguinte ordem: comércio, com 157; indústria de transformação, com 76; e serviços, com 22.
Comparando com março de 2014, este ano houve um crescimento de 1,45% nos empregos. Na soma geral foram gerados 2.251 novos postos de trabalho, porém, 2.068 desligamentos, restando um saldo de 183 empregos com carteira assinada nas diversas atividades econômicas desenvolvida no município. Para o secretário de Desenvolvimento Econômico de Caruaru, mesmo que a soma deste trimestre ainda não seja de todo positiva, a recuperação do último mês dá um novo fôlego ao mercado de trabalho. “Nosso município demonstra, mais uma vez, sua dinâmica e capacidade de empregabilidade surpreendente. O mix de oportunidades encontradas nos segmentos econômicos: comércio, serviços e indústria contribuem de forma relevante para superação da sazonalidade e manutenção de indicadores superiores ao estado e País”, disse.
Segundo os dados do Caged, também houve uma mudança no setor de atividade econômica que se destacou nessas contratações. Enquanto que nos dois primeiros meses do ano a área de serviços foi a que mais contratou, em março o comércio foi o setor que ficou em primeiro lugar. A maior queda no registro de carteiras assinadas foi na construção civil, com -2,09% de empregos. A redução nesta área segue a tendência nacional.
Em todo o Brasil, em março de 2015, foram gerados 19.282 empregos celetistas, equivalente à expansão de 0,05% no estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. O resultado é superior ao ocorrido no mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano, os dados mostram um decréscimo de 50.354 empregos (-0,12%). Na comparação entre os Estados brasileiros, o que teve melhor desempenho na geração de emprego foi São Paulo.
Quando apresentados os dados específicos do estado de Pernambuco, os números já não são tão positivos. Neste terceiro mês do ano foram 11.862 empregos eliminados, com destaque para as demissões no complexo sucroalcooleiro, que tem uma relação empregatícia sazonal. Em termos relativos, o declínio de março último equivale à variação negativa de 0,87% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. No geral, nos três primeiros meses do corrente ano houve decréscimo de 35.088 postos (-2,52%), resultado também marcado pela presença de fatores sazonais.
Em meio aos dados não tão positivos para o Estado, mesmo em meio a uma crise nacional e mundial, Caruaru conquistou números animadores, é algo a se comemorar. “Caruaru vem mantendo historicamente índices melhores, devido ao crescimento sem saltos e com arranjos produtivos muito complexos ou temporários, por isso, cresce, mesmo que agora lentamente, mas sempre superando nossas expectativas”, acrescenta Erich Veloso.