Festival Confraria Sonora inicia 2025 com oficinas culturais e promete agitar Belo Jardim no pré-Carnaval

A 6ª edição do Festival Confraria Sonora abre os trabalhos de 2025 com um ciclo de formação cultural que antecede o evento musical. Serão duas oficinas gratuitas, realizadas no Cine Teatro Cultura, garantindo certificado para os participantes. A iniciativa reforça o compromisso do festival em fomentar a cultura local e fortalecer a cadeia produtiva da arte em Belo Jardim.

Com uma programação pensada para capacitar artistas e produtores culturais, as oficinas trazem nomes de peso da cena cultural pernambucana. No dia 23 de fevereiro, o evento culmina em uma grande celebração, logo após o tradicional desfile do Boi da Gente, reunindo atrações culturais que prometem animar a semana pré-carnavalesca.

O projeto Confraria Sonora é uma realização do espaço A Confraria, contemplado no Edital da Lei Paulo Gustavo Municipal. A iniciativa conta com o apoio do Instituto Conceição Moura e incentivo financeiro da Prefeitura Municipal de Belo Jardim e do Governo Federal, reafirmando a importância do investimento na cultura como motor de desenvolvimento e identidade regional.

Serviço
Oficina de Elaboração de Projetos | Facilitador: David Biriguy
Data: 17/02
Horário: 13h às 17h
Vagas: 20

Oficina Bora Produzir? | Facilitadora: Tiffany Santos
Data: 17/02
Horário: 17h às 21h
Vagas: 20

Local: Cine Teatro Cultura
Inscrições gratuitas: https://chat.whatsapp.com/KRzdm8bsLsg0S7c7teJHQ2

Bloco de Pré-Carnaval reúne Isabela Moraes, Pablo Patriota e mais de 10 convidados musicais em Caruaru

O clima de Carnaval tem tomado conta de Caruaru. Durante as prévias carnavalescas, uma das atrações será o ‘Lá vem o Bloco’, que, em sua primeira edição, homenageia a trajetória do cantor e compositor Carlos Fernando. A programação, que acontecerá no dia 21 de fevereiro, será comandada pelos cantores Isabela Moraes e Pablo Patriota, além de mais de 10 artistas convidados.

Os shows terão início às 21h e contarão com participação de Flaira Ferro, Elifas Júnior, Valdir Santos, Gisele Moraes, Valdemar Neto, Everson Melo, Gael Vila Nova, Dionísio, Vitória do Pife, Janduí, Fernando Japiassu e Thereza Cristina. O evento acontecerá na Casa de Chico Oliveira, localizada na Rua Luar do Sertão, S/N, bairro Universitário.

O primeiro lote de ingressos já está à venda e conta com condições especiais. O valor inicial é de R$100 para ingresso individual, R$50 para ingresso meia-entrada e R$400 para mesa de 4 lugares. A compra pode ser realizada por meio do WhatsApp (81) 97343-0701 ou presencialmente, na Banca Terceiro Mundo. Mais informações estão disponíveis no Instagram: https://www.instagram.com/chikoproducoes.

Homenageado

Considerado um dos maiores responsáveis por unir o frevo à MPB, o caruaruense Carlos Fernando teve uma trajetória ímpar na música. Começou no meio artístico aos 18 anos de idade, fazendo teatro no Recife, e chegou a escrever uma peça de teatro, intitulada ‘A chegada de Lampião no inferno’, que inspirou a composição de sua primeira música, ‘Aquela Rosa’, em parceria com Geraldo Azevedo.

Ao longo de sua carreira, fez história com a criação da coletânea ‘Asas da América’, que reuniu grandes intérpretes de MPB em discos de frevo. Além disso, teve suas composições gravadas por nomes como Luiz Gonzaga, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jackson do Pandeiro, Chico Buarque, Fagner, Zé Ramalho, Elba Ramalho, Lenine e Alceu Valença.

Serviço
Lá vem o Bloco

Data: 21 de fevereiro (sexta-feira)
Horário: 21h
Local: Casa de Chico Oliveira (Rua Luar do Sertão, S/N, bairro Universitário)
Ingressos: R$ 50 (meia), R$ 100 (inteira) e R$ 400 (mesa para 4 pessoas).
Canal de vendas: (81) 97343-0701 (WhatsApp) e Banca Terceiro Mundo

Carnaval de rua do Rio terá 15 blocos neste fim de semana

Brasília – A família Condé – Fabricio, Agata, Clara e Cecilia – diverte-se no bloco de rua infantil Tesourinha (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Em seu segundo final de semana, o carnaval de rua do Rio de Janeiro contará com apresentações de cerca de 15 blocos, por diversas regiões da cidade. No último sábado (1º) começou a folia oficial dos desfiles autorizados pela prefeitura que contam com o apoio dos serviços públicos. No início de janeiro, houve a abertura não oficial dos blocos de rua na capital fluminense.

Segundo a Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur), o destaque fica para o domingo (9), que terá o desfile de dez agremiações. Entre elas, está o megabloco “SeráQAbre?”, que estreia na Rua Primeiro de Março com a presença de artistas como Pablo Vittar, Juliette, Tilia, Naldo Benny, Bibi Babydoll e Diego Martins.

Neste final de semana, a maior parte dos blocos desfilará na zona norte do Rio, que terá sete agremiações. A região é seguida pela zona sul, com quatro cortejos, depois centro (3) e zona oeste (1).

A segunda semana de pré-carnaval na cidade começa no sábado (8), a partir das 9h, em São Conrado, com o desfile do bloco “Chame Gente”, inspirado na malandragem carioca e na profanidade baiana. A folia segue na parte da tarde, com desfiles dos blocos  “Os 20 de Ouro do Mestre Odilon”, a partir das 13h, no Zumbi, na Ilha do Governador;  seguido pelo  “Independente do Morro do Pinto”, no Santo Cristo, no centro, às 16h; e  pelo “Carnaval e Bloco Folia do Largo do Sapê”, em Bento Ribeiro, no mesmo horário. Os desfiles terminam às 17h, com o  “Bloco da Praia”, de Pedra de Guaratiba, zona oeste da cidade.

No domingo (9), é a vez do “SeráqAbre?”, único megabloco do final de semana, atrair milhares de pessoas para a Rua Primeiro de Março, no centro, às 7h. Em sua  estreia no circuito oficial, a agremiação apresenta estrelas entre as atrações do seu trio elétrico. Com a proposta de celebrar a diversidade do carnaval carioca, o megabloco promete uma atração surpresa, além das anunciadas, para animar ainda mais os foliões.

No mesmo dia, outras dez agremiações ganharão as ruas da cidade. Na zona sul, o “Mini Seres do Mar” e o “Caminhadinha”, dois blocos infantis, planejam começar a festa às 8h, com desfiles no Flamengo e no Largo dos Leões, no Humaitá, respectivamente. Também no Humaitá, o  tradicional “Só Caminha” apresenta seu cortejo, a partir do meio-dia.

Na zona norte, três blocos comandam a festa, em diferentes bairros, a partir das 14h: a “Banda Cultural do Jiló”, na Tijuca; o “Carijó”, na Freguesia (Ilha do Governador); e a “Banda da Zulmira”, no Maracanã. Ainda na região, o “G.R.B.C Turma do Gato Futebol e Samba” faz a festa em Pilares, a partir das 16h. A “Associação Bloco Carnavalesco Coração das Meninas”, na Saúde, e o “Carnavalesco Xodó da Piedade”, em Piedade, atraem seus foliões com desfiles programados para o mesmo horário.

Com a expectativa de atrair cerca de 6 milhões de pessoas em 37 dias de folia, o carnaval de rua 2025 terá, até o dia 9 de março,  482 apresentações espalhadas por diversas regiões do Rio. O centro será palco de 128 desfiles, mas a folia também estará garantida nas zonas norte, sul e oeste, além de Grande Tijuca, Ilhas e Jacarepaguá.

A programação completa dos cortejos, com data, horário e percurso, está disponível no aplicativo Blocos do Rio 2025, em todas as plataformas digitais.  A ferramenta é gratuita e funciona por geolocalização. A lista também está disponível no site carnaval de rua, que reúne, além do calendário dos desfiles, notícias sobre os blocos e mais informações.

SEAP firma nova parceria para a oferta de curso superior no sistema prisional

Um novo Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado entre a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP/PE) e a Faculdade Arnaldo Janssen, com sede em Minas Gerais, viabilizou a realização do primeiro vestibular na Colônia Penal Feminina de Buíque (CPFB), localizada no Agreste do estado, primeira unidade prisional contemplada com o acordo.

A prova de redação foi aplicada para oito pessoas privadas de liberdade (PPLs), nesta terça-feira (04/02), na escola da CPFB, com o tema “A conversa entre amigos e familiares foi substituída pelas redes sociais”. Das oito PPLs que participaram do processo seletivo, sete pretendem ingressar em Administração de Empresas e uma em Ciências Contábeis. O objetivo do ACT, que contempla todo o sistema prisional, é viabilizar às pessoas em privação de liberdade a oportunidade de concluírem o ensino superior visando seu crescimento intelectual, o acesso ao mercado de trabalho e a reinserção na sociedade.

Os cursos funcionam no formato ensino a distância e possuem carga horária de até quatro horas diárias de segunda a sexta-feira. O secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização, Paulo Paes, fala da importância dessa parceria para a pessoa em privação de liberdade. “Ao oferecer ensino superior dentro das unidades, estamos investindo não apenas no aprendizado acadêmico, mas na reconstrução de vidas. A educação transforma, quebra ciclos de criminalidade, fortalece a autoestima e abre caminhos para oportunidades que antes pareciam inalcançáveis”, afirmou Paes. Atualmente, a SEAP mantém parceiros para a oferta de cursos superiores, todos EAD, em cinco unidades prisionais.

“Foi um projeto pensado para que nós pudéssemos atender às demandas das PPLs com ensino médio e ansiosas por ter nível superior. Com a sensilbilidade do secretário Paulo Paes e, juntamente com a Gerência de Educação e Esportes da SEAP, conseguimos implementar a faculdade. Esse será um marco divisório na história da nossa unidade e estamos muito felizes em poder contribuir com esse avanço pessoal e profissional das PPLs e vê-las realizadas com a possibilidade real de um futuro digno”, afirmou a gerente da CPFB, Anna Karina Patriota.

O acordo prevê que a Faculdade Arnaldo Janssen deve conceder bolsas integrais de pelo menos 20% dos alunos matriculados por curso, que não tiverem condições de arcar com as despesas e que façam parte de grupos vulneráveis. A indicação dos beneficiados é feita pela gerência da unidade prisional. O prazo de vigência da parceria é de 60 meses.

“Para mim, a faculdade foi mais do que um sonho, é um cumprimento de uma promessa. Há anos que eu sonho em ingressar numa faculdade e graças a Deus e graças à Colônia eu vou conseguir realizar esse sonho, depois de quase 13 anos que eu estou aqui nesse lugar [na CPFB]. A faculdade vai ser uma grande porta de possibilidades porque quando eu sair eu pretendo abrir uma empresa”, contou a detenta da CPFB, B.C.O.S.

Integração entre lojas físicas e digitais é aposta de futuro do varejo

Lojas reabertas no Shopping Light após início da fase de transição para combate à covid-19
© Rovena Rosa/Agência Brasil

Quais as tendências para o futuro do comércio varejista no Brasil? Para dar conta da resposta, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio) promove nesta quinta-feira (7) o webinário O Futuro do Varejo – Tecnologias e Estratégias da NRF 2025, voltado aos empresários do setor para sinalizar os cuidados e preparativos necessários, tanto a curto quanto a médio e longo prazos.

Integração entre lojas físicas e digitais e serviços de entregas rápidas são dois pontos levantadas pela entidade que merecem atenção por parte dos varejistas que quiserem crescer, ou pelo menos manter-se, em atividade. A avaliação partiu da assessora técnica da entidade, Kelly Carvalho, a partir das discussões de outro evento, realizado em janeiro nos Estados Unidos, organizado pela National Retail Federation (NRF).

“A digitalização deve ser priorizada, com investimentos em e-commerce, marketplaces e integração entre canais físicos e digitais. O varejo de bens essenciais tende a se beneficiar do aumento da renda e do emprego, enquanto segmentos dependentes de crédito devem focar em promoções e condições facilitadas de pagamento”, disse Kelly.

Para a assessora, “o futuro do comércio online e do varejo tradicional será marcado pelo equilíbrio cada vez mais dinâmico, onde a integração dos dois formatos se tornará essencial para o sucesso das empresas”.

A integração entre os meios físico e digital (modelo omnichannel) será indispensável, comentou Kelly, ao acrescentar que as lojas físicas deixarão de ser apenas pontos de venda e passarão a atuar como centros de experiência, distribuição e suporte, “onde os consumidores poderão experimentar produtos antes de comprar online, retirar pedidos feitos pela internet e contar com um atendimento mais personalizado”.

Além disso, ela disse também que “o conceito ‘phigital’, que mescla o ambiental com o físico, será cada vez mais explorado com tecnologias como provadores virtuais, realidade aumentada e pagamentos sem contato”.

Setores mais promissores

Quanto aos setores do varejo que têm boas perspectivas para o futuro estão beleza e bem-estar, impulsionado pelo envelhecimento da população, com o crescimento das farmácias, suplementos e cosméticos. Também é o caso do segmento de casa e construção, pelos interesses em reformas e automação residencial, “além da crescente demanda por soluções sustentáveis, como energia solar”.

Já as redes de shopping centers sem presença digital forte podem perder espaço, prevê Kelly. “O segmento de eletrodomésticos e eletrônicos, dependente de crédito, enfrenta desafios devido às taxas de juros elevadas, que levam os consumidores a adiarem compras de alto valor. O fast fashion sofre concorrência crescente de gigantes asiáticos como Shein e Temu, enquanto cresce a demanda por moda sustentável”, completou a assessora.

O evento da Fecomércio é totalmente online e terá início nesta sexta-feira (7) a partir das 15h. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo Sympla.

STF adia conclusão de julgamento sobre revista íntima em presídios

Convênio com empresas garante trabalho para os apenados na Penitenciária de São Pedro de Alcântara.

21/01/2020, São Pedro de Alcântara, SC, Brasil.

Fotos Ricardo Wolffenbüttel/ SECOM
© Ricardo Wolffenbüttel/ SECOM

O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou nesta quinta-feira (6) a decisão sobre a legalidade da revista íntima vexatória nos presídios para evitar a entrada de drogas, armas e celulares.

Os ministros iniciaram a discussão sobre a questão, mas após os votos dos ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, suspendeu o julgamento, que será retomado na quarta-feira (12). Faltam os votos de nove ministros.

Caso

A Corte julga um recurso do Ministério Público para reverter a absolvição de uma mulher flagrada tentando entrar em um presídio de Porto Alegre com 96 gramas de maconha enrolados em um preservativo e acondicionados na vagina.

Na primeira instância, ela foi condenada, mas a Defensoria Pública recorreu ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), que a absolveu, por entender que o procedimento de revista íntima foi ilegal.

O ministro Fachin, relator do caso, reconheceu a ilegalidade das revistas íntimas vexatórias. No entendimento do ministro, durante a visita de parentes ou amigos de presos nas penitenciárias, não poderá ocorrer a retirada de roupas íntimas para inspeção das cavidades corporais sem justificativa.

Procedimento

A revista manual poderá ocorrer, mas não poderá ser vexatória. O procedimento deve ocorrer somente quando houver indícios de entrada ilegal de objetos ou drogas. As suspeitas deverão ser apuradas a partir do uso de aparelhos eletrônicos (scanners e raio-x), informações de inteligência ou comportamento suspeito.

Pelo voto do relator, caso a determinação do Supremo não seja cumprida, as provas obtidas contra pessoas acusadas de entrar com objetos ilegais nos presídios serão invalidadas.

Fachin também determinou prazo de 24 meses para os presídios comprarem equipamentos de scanners e de raio-x.

Divergência

Em seguida, o ministro Alexandre de Moraes abriu a divergência. Para o ministro, a revista íntima pode ser realizada, mas só diante da falta de equipamentos de raio-x e com a concordância do visitante. A revista ainda deverá ser realizada obrigatoriamente por agentes do mesmo sexo. Se houver recusa na visita, a administração do presídio poderá impedir a entrada.

Moraes também disse que as revistas superficiais de visitantes não têm efeito. O ministro afirmou que o número de apreensões de drogas, celulares, armas brancas e de fogo nos presídios do país chegou a 625 mil nos últimos dois anos.

“Esse material jamais é pego por revistas superficiais, quem vai visitar não coloca na bolsa, na cintura. Todas essas apreensões são realizadas ou embaixo das roupas íntimas ou nas cavidades do corpo. Revistas superficiais não servem para nada”, afirmou.

Moraes também destacou que a decisão da Corte pode gerar a suspensão de visitas em presídios que não possuem raios-x.

“Ao gerar uma apreensão quase geral, nós vamos gerar uma sequência de rebeliões. Se tem algo que gera rebelião é quando se impede a visita”, concluiu.

Moraes mantém prisão de militar suspeito de planejar morte de Lula

Brasília (DF), 05/12/2024 - O ministro Alexandre de Moraes durante sessão do STF. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quinta-feira (6) o pedido de liberdade feito pela defesa do tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira. Ele é um dos oficiais das forças especiais do Exército – os chamados “kids pretos” – suspeitos de planejar a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Moraes rejeitou os argumentos do advogado Felipe de Moraes Pinheiro, que nega qualquer envolvimento de seu cliente no caso. O defensor havia pedido que a prisão preventiva fosse substituída por outras medidas cautelares, argumentando não haver “provas sólidas e robustas capazes de fundamentar uma futura condenação”.

Oliveira foi preso em 19 de novembro, no âmbito da operação Tempus Veritatis, na qual a Polícia Federal investigou a existência de uma trama envolvendo militares e civis para a realização de um golpe de Estado no fim do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2022. No momento, o tenente-coronel está custodiado em Niterói (RJ), em uma instalação do Exército.

Segundo as investigações, Oliveira teria viabilizado uma linha telefônica para ser utilizada na execução do assassinato de Lula. O oficial teria ainda prestado uma espécie de consultoria, orientando sobre procedimentos para que o plano fosse bem-sucedido. O vice-presidente Geraldo Alckmin também era um dos alvos.

Além de Oliveira, outros kids pretos também foram presos preventivamente no caso, incluindo o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, que nesta quarta-feira (5) também foi mantido na prisão por Moraes, embora tenha tido sua transferência para Manaus autorizada pelo ministro.

De acordo com relatório da Polícia Federal, os assassinatos de Lula, Alckmin e do próprio Alexandre de Moraes seriam parte de um planejamento mais amplo, cujo objetivo era manter Bolsonaro no poder após ele ter sido derrotado na corrida presidencial de 2022.

Ainda em novembro do ano passado, o próprio Bolsonaro e outras 36 pessoas foram indiciadas pela PF por participação no plano golpista, entre elas o tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira.

Para sustentar a inocência de Rafael Martins de Oliveira, a defesa do militar apontou para o fato de que nenhuma denúncia foi apresentada até o momento. “Cumpre destacar que, até agora, já foram realizadas inúmeras buscas e apreensões, além de prisões de outros investigados e diligências diversas, sem que, contudo, tenha sido formulada qualquer denúncia em desfavor do requerente”, escreveu o advogado no pedido de liberdade rejeitado por Moraes.

Mega-Sena acumula novamente e prêmio vai a R$ 39 milhões

Apostadores fazem fila em casa lotérica. A Caixa Econômica Federal sorteia hoje (08) as seis dezenas do concurso 2.149 da Mega-Sena acumulada, que deve pagar um prêmio de R$ 170 milhões.
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O concurso 2.825 da Mega-Sena, realizado nesta quinta-feira (6), não teve nenhum acertador das seis dezenas. O prêmio acumulou e está estimado em R$ 39 milhões para o próximo sorteio.

Os números sorteados foram: 04 – 38 – 50 – 54 – 58 – 59.

A quina teve 36 apostas vencedoras, que irão receber R$ 79.229,03 cada. Outras 2.464 apostas tiveram quatro acertos e faturaram R$ 1.653,66.

Para o próximo concurso, as apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) de sábado (8), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal. A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 5

Dólar cai para R$ 5,76 e fecha no menor nível desde novembro

dólares
© Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Em mais um dia de alívio para países emergentes, o dólar voltou a cair e atingiu o menor valor desde novembro. A bolsa de valores subiu, impulsionada por mineradoras, e voltou a superar os 126 mil pontos.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (6) vendido a R$ 5,764, com queda de R$ 0,03 (-0,52%). Assim como na maior parte dos últimos dias, a cotação iniciou o dia em alta, chegando a R$ 5,83 por volta das 9h15, mas desacelerou após a abertura dos mercados norte-americanos e passou a cair pouco antes das 11h. Na mínima do dia, por volta das 15h45, chegou a R$ 5,74.

A moeda norte-americana está na menor cotação desde 18 de novembro. Em 2025, a divisa cai 6,7% ao ano. A cotação caiu por 12 sessões consecutivas, de 17 de janeiro até esta terça-feira (4), e teve uma pequena alta na quarta-feira (5).

O mercado de ações teve um dia de recuperação. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 126.225 pontos, com alta de 0,55%. Em alta pelo segundo dia seguido, o indicador foi impulsionado por ações de mineradoras e de empresas ligadas ao consumo, como companhias aéreas e varejistas.

Em meio à expectativa em torno da divulgação de dados do mercado de trabalho norte-americano nesta sexta (7), o dólar caiu perante quase todas as principais moedas. Mais uma vez, os países emergentes foram favorecidos após a decisão do governo de Donald Trump de suspender a sobretaxação de 25% sobre os produtos mexicanos e canadenses e negociar os aumentos com os dois países.

No Brasil, a divulgação de dados que mostram a desaceleração da indústria e dos serviços favoreceu a bolsa de valores. Isso porque um eventual desaquecimento da economia reduziria a necessidade de o Banco Central (BC) elevar a Taxa Selic em maio. Para a reunião de março, o BC anunciou que fará uma nova subida de 1 ponto percentual nos juros básicos da economia para 14,25% ao ano.

Cesta básica sobe nas capitais e custa ao menos 40% do salário mínimo

Supermercado na zona sul do Rio de Janeiro
© Tânia Rêgo/Agência Brasil

Levantamento de preços de itens de consumo básicos nas capitais do país identificou aumento no custo da cesta básica em janeiro deste ano em 13 das 17 cidades pesquisadas.

A maior alta foi em Salvador (6,22%), seguida por Belém (4,80%) e Fortaleza (3,96%). As quatro cidades onde houve redução no valor global dos itens foram Porto Alegre (-1,67%), Vitória (-1,62%), Campo Grande (-0,79%) e Florianópolis (-0,09%). O levantamento – realizado desde 2005 – é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A cesta básica mais cara foi cotada em São Paulo, onde os alimentos que a compõem custam R$ 851,82, 60% do salário mínimo oficial (R$ 1.518).

Em janeiro, segundo o levantamento do Dieese, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.156,15.

Estudo divulgado em dezembro pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indica que a renda média do trabalhador brasileiro foi de R$ 3.279,00 em outubro de 2024, dado mais atual disponível.

Valores

A comparação, segundo o Dieese, é possível “com base na cesta mais cara, que, em janeiro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência”.

Em janeiro de 2024, deveria ter ficado em R$ 6.723,41 ou 4,76 vezes o valor vigente. A inflação dos últimos 12 meses, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 4,8%, valor próximo ao aumento indicado.

As cidades do sul e sudeste estão entre as mais caras cotadas. Em Florianópolis, o valor médio da cesta básica foi de R$ 808,75, no Rio de Janeiro R$ 802,88, e, em Porto Alegre, R$ 770,63.

Custo

Curitiba, com R$ 743,69, Vitória com 735,31 e Belo Horizonte com R$ 717,51 completam o setor, mas foram superadas por Campo Grande (R$ 764,24), Goiânia (R$ 756,92) e Brasília (R$ 756,03). As capitais do Norte e Nordeste pesquisadas têm custos abaixo da metade do valor do salário mínimo. Em Fortaleza a cesta básica custou em média R$ 700,44, em Belém R$ 697,81, em Natal R$ 634,11, em Salvador R$ 620,23, em João Pessoa R$ 618,64, no Recife R$ 598,72 e em Aracaju R$ 571,43.

A análise do Dieese liga o aumento da cesta básica ao comportamento de três itens principais: o café em pó, que subiu em todas as cidades nos últimos 12 meses; o tomate, que aumentou em cinco cidades, mas diminuiu em outras 12 nesse período, mas teve aumento acima de 40% em Salvador, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro, por conta das chuvas; e o pão francês, que aumentou em 16 cidades pesquisadas nos últimos 12 meses, o que se atribui a uma “menor oferta de trigo nacional e necessidade maior de importação, nesse cenário de câmbio desvalorizado”.

O reajuste poderia ter sido maior, porém, foi contido por itens como a batata, que diminuiu em todas as capitais no último ano, o leite integral, que, apesar do reajuste durante o ano, teve queda em 12 cidades em dezembro, e o arroz agulhinha e o feijão preto, que têm caído de preço nos últimos meses por conta de aumento na oferta.