Por Jorge Quintino.
O Brasil amanheceu sorrindo! “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional e fez história. Não é só um prêmio, não é só uma estatueta: é um símbolo do talento, da força e da capacidade que nós, brasileiros, temos de furar qualquer bolha e chegar ao topo.
Enquanto o mundo inteiro falava sobre as produções mais comentadas do ano, um filme genuinamente nosso, contando uma história com a nossa identidade e interpretado por Fernanda Torres, Selton Mello, Fernanda Montenegro e tantos outros gigantes da atuação, atravessou barreiras e cravou seu nome na maior premiação do cinema mundial. E que orgulho isso dá!
Se tem algo que a gente sabe fazer é desafiar expectativas. O Brasil sempre foi berço de criatividade, talento e arte, mas, por muito tempo, tentaram nos fazer acreditar que nosso lugar era apenas assistir ao sucesso dos outros, e não protagonizá-lo. Como se o brilho que carregamos na alma não fosse capaz de iluminar as telas do mundo. Pois bem, chegamos lá. E não foi sorte, foi suor.
“Ainda Estou Aqui” foi mais do que um filme premiado. Foi um fenômeno. Premiado em mais de 30 festivais, levou milhões de brasileiros aos cinemas, fez o público rir, chorar, se emocionar e, principalmente, se reconhecer. E é isso que o cinema de verdade faz: ele nos coloca no mundo com a nossa própria voz.
A emoção de ver Walter Salles dedicando o Oscar ao cinema brasileiro é a prova viva de que, quando acreditamos no nosso talento, não há fronteira que nos segure. É a prova de que podemos, sim, brilhar entre os maiores. Podemos, sim, transformar nossos sonhos em realidade.
Porque, sejamos sinceros, quantas vezes nos disseram que era impossível? Quantas vezes tentaram nos convencer de que o Brasil não tem estrutura, que nossa cultura não é relevante, que não temos mercado? Hoje, provamos o contrário.
Essa vitória é do cinema nacional, dos artistas, produtores e roteiristas que seguem firmes na luta, dos brasileiros que lotaram as salas de cinema, dos profissionais que acreditam no poder da nossa cultura. Mas essa vitória também é de cada um de nós, que batalhamos todos os dias para furar a bolha, para mostrar que o talento brasileiro é gigante, que nossa arte é grandiosa e que a nossa voz ecoa além do que imaginamos.
Hoje, acordamos diferentes. Mais confiantes, mais motivados, mais certos de que podemos alcançar qualquer lugar. Porque a verdade é que sempre pudemos, só precisávamos lembrar disso.
E agora, a pergunta que fica é: qual será o próximo sonho brasileiro a conquistar o mundo?
Viva “Ainda Estou Aqui”! Viva o cinema brasileiro!
Jorge Quintino é Vereador de Caruaru.