
O ex-presidente Jair Bolsonaro deverá permanecer em Brasília, em um lugar ainda não definido, durante o início do seu julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF). Alguns aliados do ex-presidente acreditam que ele poderá ficar na sede do PL, onde deputados e ex-ministros do seu governo, como Gilson Machado e João Roma, devem se reunir. Outra possibilidade é o ex-presidente permanecer na sua casa, com um grupo seleto de amigos. Há ainda convite para que Bolsonaro acompanhe as primeiras leituras da Corte da casa do líder da oposição, deputado Luciano Zucco (PL-RS).
O ex-presidente, no entanto, não deverá ter a companhia dos filhos mais velhos. Enquanto o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) segue nos Estados Unidos, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) irá presidir uma audiência na Comissão de Segurança Pública da Casa sobre a “ADPF das Favelas”. As informações são do Jornal O Globo.
A expectativa é que Bolsonaro retorne a Brasília após participar de uma live, prevista para a noite desta segunda-feira, em São Paulo, ao lado do governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o vice-presidente da Câmara, Altineu Cortes (PL-RJ), além de Zucco também foram à capital paulista para acompanhar o evento.
O STF começará a decidir, nesta terça-feira, se torna ele e sete aliados réus por tentarem se manter no poder após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.
A expectativa é de um 5 a 0 para que a Primeira Turma do STF aceite abrir uma ação penal contra os acusados pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Votarão os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Nos últimos dias, a defesa de Bolsonaro se frustrou por não conseguir tirar Zanin e Dino do julgamento sob o argumento de suspeição, já que eles processaram o ex-presidente no passado.
Além de Bolsonaro, foram acusados pela Procuradoria-Geral da República: o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa Walter Braga Netto, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno; o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira; o ex-comandante da Marinha Almir Garnier; o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem; e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid.