Maria Arraes recebe servidores da Funasa para tratar de futuro do órgão

A deputada federal Maria Arraes (SD-PE) recebeu nesta quinta-feira (2/2) uma comissão de servidores da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) de Pernambuco, que estão mobilizados para barrar o processo de extinção do órgão, previsto pela Medida Provisória 1.156. Liderados pela geóloga e superintendente substituta da Funasa no Estado, Helena Magalhães, os profissionais solicitam reestruturação do órgão, que desenvolve importantes projetos de saneamento básico e saúde ambiental junto aos 4.893 municípios brasileiros com menos de 50 mil habitantes.

“Precisamos promover uma discussão mais ampla sobre esse processo, para não comprometer os serviços de abastecimento de água e coleta de esgoto, principalmente nas comunidades rurais, quilombolas e ribeirinhas, onde a Funasa tem uma atuação preponderante”, ressalta Maria Arraes.

Outra questão levantada pelos servidores do órgão diz respeito à situação dos profissionais efetivos e terceirizados, cuja situação ainda não foi definida. Pelo menos dois mil deles podem ficar sem emprego.

Para que a extinção se concretize, a Medida Provisória n° 1156/2023, encaminhada pelo Governo Federal ao Congresso no início de janeiro precisa ser votada ainda no primeiro trimestre. Embora ainda não tenha passado pela avaliação do Legislativo, os servidores relatam que a dissolução das unidades estaduais, como a de Pernambuco, já está ocorrendo na prática. Da mesma forma, os convênios em andamento estão sendo transferidos para a Caixa. De acordo com a determinação do governo federal, o Ministério das Cidades deve concentrar a maior parte dos projetos. “Vamos analisar qual a melhor saída para essa questão, que não comprometa os interesses da população nem dos trabalhadores”, finaliza Maria Arraes.

35ª Rodada de Negócios da Moda Pernambucana deve injetar mais de R$ 20 milhões na economia

De oito a dez de março, a Rodada de Negócios da Moda Pernambucana (RNMP), um dos maiores eventos do segmento no Brasil, chega à 35ª edição com a expectativa de gerar 20 milhões de reais em negócios. O evento, que acontece no Polo Caruaru, reunirá mais de 500 compradores, entre convidados e espontâneos, de todas as regiões do país, mas, principalmente, do Centro-Oeste e do Norte, que correspondem à maioria dos lojistas visitantes. 140 confeccionistas de surfwear/streetwear, praia, fitness, moda íntima, bebê/infantil, jeans, moda feminina, moda masculina e de calçados e acessórios irão expor suas peças. A Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic) e o Sebrae são, respectivamente, realizadora e correalizador da iniciativa.

Dinâmica – Além da divisão por segmento, os estandes também estarão divididos por três perfis: estandes tradicionais, Pernambuco que Cresce e a ala InoveTEX. Cada perfil atende um público específico voltado para a área de atuação dos expositores. A ala InoveTEX é destinada aos fornecedores da cadeia têxtil e traz novidades em tecnologia, logística, seguros e acesso a crédito, entre outros. O Pernambuco que Cresce reúne micro e pequenas empresas que exibem seus produtos em uma versão compacta dos estandes tradicionais, adquiridos por um valor equivalente ao porte do negócio. Além dos compradores convidados, visitantes espontâneos também podem fazer compras em atacado no evento, desde que sejam das áreas têxtil e/ou de confecção. É necessário comprovar a Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE) do segmento ao se credenciar na entrada. Não é preciso inscrição prévia.

O presidente da Acic, Newton Montenegro, ressalta a importância das parcerias para realização da Rodada de Negócios. “A RNMP é o maior projeto do calendário de ações da Acic, mas não o realizamos sozinhos, temos grandes parceiros. Nesta edição, o Sebrae aumentou seus investimentos e seguimos contando com o patrocínio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (ADEPE), do Banco do Nordeste e do Governo Federal, além do apoio do Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções em Pernambuco (NTCPE), da Prefeitura de Caruaru e da empresa PH Neves e da parceria da Associação Comercial e Industrial de Toritama (Acit), da Associação Empresarial de Santa Cruz do Capibaribe (Ascap) e do Sindicato das Indústrias do Vestuário do Estado de Pernambuco (Sindivest/PE). Todos estão envolvidos por entenderem que a RNMP é essencial para o ecossistema de negócios da moda”, afirmou.

Caruaru Moda Mundo – Além do investimento financeiro, a Prefeitura de Caruaru também participa da iniciativa, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Economia Criativa (Sedetec), com o programa Caruaru Moda Mundo, que chega à sua quinta edição. Cinco empresas participantes do programa estarão expondo suas peças na RNMP, após terem passado por capacitações gratuitas que proporcionam a melhoria de suas práticas e promovem o alcance de novos mercados, por meio do evento já consagrado. O Caruaru Moda Mundo é correalizado também pelo Sebrae e conta com a parceria da Acic e do Armazém da Criatividade.

O coordenador executivo do projeto e presidente do NTCPE, Wamberto Barbosa, enfatiza que a Rodada de Negócios tem um papel ainda mais fundamental nesta edição, diante do cenário de 2023, que impõe desafios para o segmento da moda que ainda sofre com os impactos da pandemia. “A RNMP faz parte da agenda da moda no Brasil e se tornou indispensável no calendário de lançamentos de novos produtos no Polo de Confecções de Pernambuco. O ano de 2023 começou com um perfil desafiador ao setor têxtil e de confecções no país, tornando ainda mais importante que as empresas pernambucanas fortaleçam suas estratégias comerciais, através do contato com o mercado nacional promovido pela RNMP”.

A gerente da Unidade Agreste Central e Setentrional do Sebrae, Débora Florêncio, comenta sobre a contribuição do projeto para a competitividade do Polo de Confecções do Agreste. “A participação do SEBRAE na Rodada de Negócios da Moda Pernambucana, desde sua primeira edição, dá-se em função da relevância do evento para as indústrias de confecção do Agreste e de todo Pernambuco. Graças ao evento, inúmeras empresas vêm se qualificando, aumentando sua produtividade e acessando novos mercados. Temos um antes e um depois da Rodada. O evento se reinventa ano após ano e, com isso, continua demonstrando de forma inequívoca a sua relevância para o setor”, disse.

Abertura oficial – No dia nove de março, às 10h, haverá a abertura oficial da RNMP com a presença do presidente, diretores, conselheiros e coordenadores da Acic que irão receber os expositores, compradores, parceiros e autoridades para a solenidade de lançamento da 35ª edição. Na ocasião, será feito um tour pelo espaço de sete mil metros quadrados.

Para mais informações, a Acic disponibiliza os contatos: (81) 3721-2725 e (81) 9 9247-5327. O site oficial, que pode ser acessado pelo link: https://www.rnmp.com.br/ e as redes sociais @rnmprodadadenegocios e rodadadenegociosrnmp, no Instagram e no Facebook, respectivamente, também oferecem mais detalhes sobre a nova edição.

Serviço

35ª Rodada de Negócios da Moda Pernambucana

Data: 08 a 10 de março

Horário: 9h às 18h

Local: Polo Caruaru – BR-104, km 62, Nova Caruaru

Evento socioambiental é promovido pela Administração de Fernando de Noronha, em paralelo ao Hang Loose Pro Contest

O mar não estava para surf, mas a ilha sempre está preparada para ações que preservem o meio ambiente. E foi assim que, nesta quinta (2), o terceiro dia do Campeonato Mundial de Surf Hang Loose Pro Contest, começou. Sem baterias, em função da qualidade das ondas, o evento se voltou para o trabalho socioambiental, capitaneado pela Administração da Ilha, através da Superintendência de Infraestrutura, Obras e Meio Ambiente.

O início das atividades começou com ações sociais e de conscientização, em parceria com atletas, a equipe do Hang Loose e o Econoronha. Na ocasião, houve o replantio de mudas nativas no Posto de Informação e Controle – Golfinho/Sancho. “Foram plantadas Gameleira, Jitó, Mulungu, Burra Leiteira, João Mole, Pinhão, Pinhão Branco e Maniçoba, todas as espécies nativas da ilha, com mudas produzidas no viveiro da Econoronha.

A administradora geral do arquipélago, Thallyta Figuerôa, fez questão de participar e plantou uma muda de Pinhão Branco. Ela falou da experiência de participar de um evento desse porte, com essa consciência de deixar um legado importante para os próximos anos. “A simbologia desse evento é um marco. A gente percebe a responsabilidade do grupo que chega e é isso que nós pretendemos trazer sempre para cá”, disse. “É muito importante que a gente faça eventos como esse, com pessoas que tenham responsabilidade com o meio ambiente, porque é o que a gente mais precisa aqui. E, assim, fazemos toda a magia acontecer em Noronha”, completou.

O gerente da Superintendência de Infraestrutura, Obras e Meio Ambiente, Ramon Abelenda, defende a frequência de ações dessa natureza para preservar a ilha. “A promoção de trabalhos ambientais, simbólicos, mas bastante representativos como esse, promovido pela Administração com a equipe do Hang Loose, a Econoronha e vários participantes, são de extrema importância. Primeiro, para a manutenção dos ecossistemas da ilha, e, segundo, para que a gente possa estar conscientizando todos os moradores, bem como os turistas e os demais visitantes, para a necessidade da preservação do patrimônio ambiental que a ilha tem”, falou.

Para Djalma Alves, da gestão de Meio Ambiente da ilha, é muito importante esse engajamento com parceiros. “A gente pegou esse apoio do Hang Loose, com seu staff e os atletas, para auxiliar no nosso plantio de espécies nativas aqui de Fernando de Noronha. Sabemos da importância de termos essas espécies nativas para a manutenção da biodiversidade da ilha. Então, unimos o útil ao agradável, e está sendo bem legal. Os meninos estão engajados e a gente quer disseminar essa importância, para sempre fazer uma melhoria contínua em nosso meio ambiente.”

Já o engenheiro agrônomo da Econoronha, David Balogh, falou sobre o trabalho realizado no Parque e destacou o fato de já terem sido plantadas, no ano passado, aproximadamente mil mudas.

“A gente tem um trabalho contínuo aqui no Parque de produção de mudas nativas e manejo da vegetação exótica invasora. A ideia é erradicar essa vegetação invasora de algumas áreas e ir avançando e substituindo com as espécies nativas da ilha”, explicou.

Fábio Gouveia, surfista e diretor de prova do Hang Loose, já participou de outras edições do evento e espera que o mesmo prospere sempre. “É um ato simbólico e, normalmente, o Hang Loose sempre faz esse trabalho em parceria com a Administração da ilha, para que o evento sempre prospere. Já participei de outros e, para mim, é um prazer. Fiz a plantação de uma muda de Maniçoba e fiquei conhecendo mais sobre a espécie. Dessa forma, vamos passando conhecimento para frente”, reforçou.

O diretor da Hang Loose, Alfio Lagnado, vem a Noronha desde 1988 e diz que não abre mão de acompanhar essa evolução da ilha. “A primeira vez que eu vim para Noronha foi em 1988 e o primeiro Hang Loose foi em 2000. Todo mundo que passa por aqui tem que deixar a sua contribuição. O arquipélago oferece todas essas belezas naturais e essas ondas maravilhosas. E, nesse paraíso, o mínimo que a gente deve fazer é tentar ajudar a mitigar e realizar um trabalho ambiental, social, ação que a gente vem fazendo já há muitos anos, inclusive para difundir mundo afora”, finalizou.

Polícia Federal incinera mais de 700 quilos de maconha, skunk e cocaina

A Polícia Federal em Pernambuco, através da Delegacia de Repressão a Drogas-DRE com participação da APEVISA- Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária, realizou, à incineração de diversos tipos de drogas apreendidas no curso da investigação de mais de 11 (onze) inquéritos policiais envolvendo tráfico de drogas. Na ocasião foram destruídas mais de 735Kg de entorpecentes entre (cocaína, maconha, skunk, haxixe e ecstasy).*

Policiais Federais trabalham diuturnamente desenvolvendo ações de repressão ao tráfico internacional de entorpecentes no Aeroporto Internacional dos Guararapes e dos Portos do Recife e de Suape, erradicação e destruição dos plantios de maconha no sertão pernambucano, barreiras policiais nas rodovias fiscalizando ônibus e veículos com a ajuda de cães farejadores, além do serviço de inteligência policial visando desarticular grandes quadrilhas interestaduais com o objetivo de prender os principais fornecedores de drogas.

Assim com essas operações consecutivas, a Polícia Federal contribui significativamente para o desabastecimento dos pontos de venda de droga em nosso estado como também em outros estados da região nordeste, evitando a escalada da violência tais como: roubos, furtos, homicídios, latrocínios, guerra pelo domínio dos território de drogas dentre outros crimes violentos, geralmente essas ocorrências giram em torno do tráfico de drogas. Cada ponto de venda de droga desabastecido, significa um foco a menos de violência.

Ferreira Costa com horário especial em Caruaru no Feriado da Carta Magna; loja de Garanhuns fecha

Em comemoração ao feriado da Data Magna, a loja da Ferreira Costa funcionará em horário especial. No dia 06/03, o Home Center funcionará das 9h às 18h em Caruaru. Ja em Garanhus, a loja não abre.

Sobre a Ferreira Costa:

Com 138 anos de história, a Ferreira Costa(@ferreiracosta), maior Home Center do Nordeste, está presente nos estados de Pernambuco, Bahia, Sergipe,

Paraíba e Rio Grande do Norte, levando ao consumidor mais de 80 mil itens para casa, construção e decoração. Além de suas oito lojas com estacionamento

gratuito, a Ferreira Costa também possui o e-commerce www.ferreiracosta.com e o App, com entrega para todo Brasil.

Anvisa aprova uma nova vacina contra a dengue

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro de uma nova vacina contra a dengue. O imunizante Qdenga, produzido pela empresa Takeda Pharma, é indicado para população entre 4 e 60 anos. A aplicação é por via subcutânea em esquema de duas doses, em intervalo de três meses entre as aplicações.

Segundo a Anvisa, a nova vacina é composta por quatro diferentes sorotipos do vírus causador da doença, o que garante uma ampla proteção contra ela. No ano passado, o Brasil registrou mais de mil mortes por complicações da dengue no país.

No mês passado, a Comissão Técnica Nacional em Biossegurança (CTNBio) aprovou a segurança da vacina Qdenga, que aguardava agora o aval da Anvisa.

Uma outra vacina contra a dengue já aprovada no país, a Dengvaxia, só pode ser aplicada por quem já teve a doença.

A vacina Qdenga também foi avaliada pela agência sanitária europeia (EMA), de quem também recebeu aprovação. A concessão do registro pela Anvisa permite a comercialização do produto no país, desde que mantidas as condições aprovadas. A vacina, no entanto, seguirá sujeita ao monitoramento de eventos adversos por meio de ações de farmacovigilância sob a responsabilidade da própria empresa.

Inscrições do concurso do Banco do Brasil acabam nesta sexta

Fachada do Banco do Brasil

As inscrições para o concurso do Banco do Brasil terminam nesta sexta-feira (24). Originalmente, o prazo acabaria dia 24 de fevereiro, mas foi adiado em uma semana.

Ao todo, são ofertadas 6 mil vagas, sendo 2 mil de escriturário-agente comercial e 2 mil para escriturário- agente de tecnologia com contratação imediata; e 2 mil vagas para cadastro de reserva, 1 mil para cada cargo. Há vagas em todos os estados e no Distrito Federal, porém as de tecnologia são apenas para Brasília e São Paulo.

O candidato precisa ter 18 anos (completos até a data de contratação) e apresentar certificado de conclusão do ensino médio.

Inscrição

Os candidatos podem se inscrever até as 23h59 (horário de Brasília) de hoje. A inscrição tem valor de R$ 50 e deve ser feita no site da Fundação Cesgranrio. Podem pedir isenção de pagamento as pessoas registradas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico), membros de famílias com baixa renda e doadores de medula óssea.

No momento da inscrição, o candidato deverá escolher a Unidade Federativa onde deseja trabalhar e uma das 190 cidades com locais de aplicação das provas. Os exames serão realizados em 23 de abril.

Pessoas com deficiência

O banco anunciou também que ampliou o número de vagas exclusivas para pessoas com deficiência. Agora, são 825, das quais 299 para contratação imediata e 226 para formação de cadastro de reserva.

Remuneração

O salário inicial é de R$ 3.622,23 para jornada de 30 horas semanais, além de auxílio alimentação/refeição de R$ 1.014,42 e cesta alimentação de R$ 799,38, que são pagas mensalmente.

O funcionário terá participação nos lucros ou resultados; vale-transporte; auxílio-creche; auxílio a filho com deficiência; previdência complementar; planos de saúde e odontológico básico e acesso a programas de educação e capacitação.

BC libera compra pelo WhatsApp com cartões Mastercard e Visa

Os portadores de cartões de crédito, débito e pré-pagos das bandeiras Visa e Mastercard poderão fazer compras por meio do WhatsApp. O Banco Central (BC) autorizou esse tipo de transação no Programa Facebook Pay, como é chamado o sistema de pagamentos por meio do aplicativo de mensagens.

Em março de 2021, as duas operadoras, Visa e Mastercard, tinham sido autorizadas a fazer transferências de recursos, depósitos e operações pré-pagas por meio do WhatsApp. Desde então, o BC estava analisando a liberação de compras pelo Facebook Pay.

“Dessa forma, não há mais impedimentos regulatórios para a realização de transações de compra com cartão de crédito, de débito e pré-pago por meio do WhatsApp (P2M). Essa nova funcionalidade se junta à realização de transferências de recursos entre usuários desse aplicativo, autorizada em março de 2021 (P2P)”, destacou o BC em nota.

Adesão

A autoridade monetária também esclareceu que a adesão de novas instituições (credenciadores ou emissores de pagamento) interessadas em participar do Facebook Pay continua aberta. Assim que aprovados, os novos participantes da ferramenta devem esperar um mês para começar a operar transações pelo WhatsApp. Segundo o BC, o prazo é necessário para preservar a concorrência no mercado de meios de pagamento.

“Em respeito aos princípios regulatórios relacionados aos aspectos concorrenciais e de não discriminação, o BC determinou que o início das transações de pagamento em produção por meio do aplicativo WhatsApp deve ser comunicado pelos instituidores a todos os participantes de seus arranjos de pagamento com antecedência mínima de 30 dias”, destacou o Banco Central em seu comunicado.

Prates descarta manter atual política de preços da Petrobras

Rio de Janeiro (RJ), 02/03/2023 – O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates durante primeira coletiva de imprensa, no Edifício Senado, no centro da capital fluminense. Foto Tomaz Silva/Agência Brasil

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou, nesta quinta-feira (02), que a empresa não ficará atrelada à política de preços de diesel e gasolina que tem como base a Paridade de Preços e Importação, conhecida como PPI. Prates concedeu sua primeira coletiva à imprensa, no Rio de Janeiro, e disse pretender que a Petrobras pratique preço de mercado no qual estiver atuando.

Para Prates, a PPI “é uma abstração”, não constitui uma paridade internacional e quando a Petrobras se afasta dessa política não significa que está se afastando da referência internacional. “PPI é paridade de importação”, destacou. De acordo com ele, a companhia pretende capturar mais mercado e ser a melhor opção para seus clientes, mas a PPI deixa de ser o único parâmetro.

“A Petrobras vai praticar preço competitivo e do mercado nacional, do mercado dela, conforme ela achar que tem que ser, para garantir a sua fatia de mercado em cada lugar que estiver presente”. Ele ponderou que a PPI talvez não seja o melhor preço, na maioria das vezes, porque se refere ao preço do concorrente, isto é, do importador.

“A minha posição é ser mais competitivo aonde eu puder ser”. A companhia vai se defender, assegurou. “Enquanto houver fatia de mercado para a Petrobras capturar, ela vai capturar, dentro das regras, dentro da competitividade natural”.

Ele explicou que não existe um único preço de referência para o Brasil todo. A Petrobras poderia usar a PPI a título de referência, dependendo da conveniência, visando capturar mercado. “O mercado brasileiro é diferente”. Por isso, assegurou que a empresa vai fazer a “política de preços dos produtos dela, para os clientes dela”. Mais adiante, comentou que deixar entrar concorrente e praticar preço abstrato só para favorecer o concorrente, como aconteceu no passado recente, é “inadmissível”.

Governo x PPI

O presidente da estatal sublinhou que a opinião sobre a política de preços de importação é compartilhada pelo governo. “Quem era intervencionista era o governo anterior, que mandava a Petrobras praticar essa PPI para ajudar o importador, mesmo sem ter necessidade dele importar tudo aquilo. Eu vou disputar até o último metro cúbico de produto, em qualquer parada do país, que tenha possibilidade de importar, porque o importador é meu competidor. Se é mercado, vamos jogar o jogo do mercado”. Não faz sentido, para Prates, obrigar a Petrobras a praticar o preço do concorrente.

Prates se referiu à criação de um grupo de trabalho no âmbito do governo para estudar e dar mais transparência à política de preços no país. Medida essa já anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. No entanto, garantiu que a política de preços traçada não visará somente a Petrobras. “É uma política de preços para o Brasil”. E garantiu que “a Petrobras está lá”. Afirmou que como cada produto tem a sua natureza específica, a política de preços a ser praticada tem que ser por produto e por segmento.

Futuro

Em relação ao futuro, Prates destacou que o Brasil tem um grande potencial energético, com cada região apresentando sua vocação, como o pré-sal no Sudeste, a margem equatorial no Norte e Nordeste, entre outras áreas. Rumo à descarbonização, a companhia dará ênfase às energias renováveis, sobretudo à energia eólica off-shore (no mar).

A respeito da decisão do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de reativar e fortalecer o setor naval, Prates informou que a Petrobras poderá vir a fazer encomenda no país, a depender da estrutura dos estaleiros, e desde que não represente desvantagens para a empresa.

Mais de 18 milhões de mulheres sofreram violência em 2022

violência contra a mulher

Mais um ano em que a violência contra as brasileiras têm sido crescente no país. É o que mostra a quarta edição da pesquisa Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil. Realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o levantamento permite estimar que cerca de 18,6 milhões de mulheres brasileiras foram vitimizadas em 2022, o equivale a um estádio de futebol com capacidade para 50 mil pessoas lotado todos os dias. Em média, as mulheres que foram vítimas de violência relataram ter sofrido quatro agressões ao longo do ano, mas entre as divorciadas a média foi de nove vezes.

A pesquisa traz dados inéditos sobre diferentes formas de violência física, sexual e psicológica sofridas pelas brasileiras no ano passado. Em comparação com as edições anteriores, todas as formas de violência contra a mulher apresentaram crescimento acentuado no ano passado. Segundo o levantamento, 28,9% das brasileiras sofreram algum tipo de violência de gênero em 2022, a maior prevalência já verificada na série histórica, 4,5 pontos percentuais acima do resultado da pesquisa anterior.

“Todos os dados da pesquisa são realmente bem tristes, mas, quando olhamos para as violências sofridas pelas mulheres no Brasil, comparado com as pesquisas que a gente fez anteriormente, todas as modalidades de violência foram acentuadas nesse último ano. Então as mulheres estão sofrendo cada vez mais violência. Há aumento de 4 pontos percentuais sobre as mulheres que sofreram algum tipo de violência ou agressão no último ano, comparado com a pesquisa anterior. Esse é um dado que choca bastante”, lamenta a a pesquisadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública Amanda Lagreca.

A pesquisa ouviu 2.017 pessoas, entre homens e mulheres, em 126 municípios brasileiros, no período de 9 a 13 de janeiro de 2023, e foi realizada Instituto Datafolha e com apoio da Uber.

Os dados de feminicídios e homicídios dolosos de mulheres do ano de 2022 ainda não estão disponíveis, mas o crescimento agudo de formas graves de violência física, que podem resultar em morte a qualquer momento, é um sinal, diz a diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno. “Não será surpresa se nos depararmos com o crescimento de ambas as modalidades de violência letal contra as mulheres. Infelizmente, o Brasil ficou mais inseguro para todas nós.”

Os resultados da pesquisa mostraram que 11,6% das mulheres entrevistadas foram vítimas de violência física no ano passado, o que representa um universo de cerca de 7,4 milhões de brasileiras. Isso significa que 14 mulheres foram agredidas com tapas, socos e pontapés por minuto.

Entre as outras formas de violência citadas, as mais frequentes foram as ofensas verbais (23,1%), perseguição (13,5%), ameaças de violências físicas (12,4%), ofensas sexuais (9%), espancamento ou tentativa de estrangulamento (5,4%), ameaça com faca ou arma de fogo (5,1%), lesão provocada por algum objeto que foi atirado nelas (4,2%) e esfaqueamento ou tiro (1,6%).

A pesquisa apresentou um dado inédito: uma em cada três brasileiras com mais de 16 anos sofreu violência física e sexual provocada por parceiro íntimo ao longo da vida. São mais de 21,5 milhões de mulheres vítimas de violência física ou sexual por parte de parceiros íntimos ou ex-companheiros, representando 33,4% da população feminina do país.

Se considerado os casos de violência psicológica, 43% das mulheres brasileiras já foram vítimas do parceiro íntimo. Mulheres negras, de baixa escolaridade, com filhos e divorciadas são as principais vítimas, revelou a pesquisa.

“Quando a gente olha esse dado de 33,4%, comparado com média global da Organização Mundial da Saúde, de 27%, o que estamos vendo é que no Brasil esse número é mais elevado do que o número um estimado pela OMS”, lamenta Amanda Lagreca.

Para a pesquisadora, outro dado chocante é com relação ao autor da violência. Pela primeira vez, o estudo apontou o ex-companheiro como o principal autor da violência (31,3%), seguido pelo atual parceiro íntimo (26,7%).

O autor da violência é conhecido da vítima na maior parte dos casos (73,7%). O que mostra que o lugar menos seguro para as mulheres é a própria casa – 53,8% relataram que o episódio mais grave de agressão dos últimos 12 meses aconteceu dentro de casa. Esse número é maior do que o registrado na edição de 2021 da pesquisa (48,8%), que abrangeu o auge do isolamento social durante a pandemia de covid-19.

Outros lugares onde houve episódio de violência foram a rua (17,6%), o ambiente de trabalho (4,7%) e os bares ou baladas (3,7%). Sobre a reação à violência, a maioria (45%) das mulheres disse que não fez nada. Em pesquisas anteriores, em 2017 e 2019, esse número foi de 52%.

O número de vítimas que foi até uma Delegacia da Mulher aumentou em relação a 2021, passando de 11,8% para 14% em 2022. Outras formas de denúncia foram: ligar para a Polícia Militar (4,8%), fazer um registro eletrônico (1,7%) ou entrar em contato com a Central de Atendimento à Mulher pelo Disque 180 (1,6%).

Assédio sexual

A pesquisa mostrou que 46,7% das brasileiras sofreram assédio sexual em 2022, um crescimento de quase 9 pontos percentuais em relação a 2021, quando a prevalência de assédio foi de 37,9%.

Com a pesquisam pode-se estimar que 30 milhões de mulheres que relataram ter sofrido algum tipo de assédio; 26,3 milhões de mulheres ouviram cantadas e comentários desrespeitosos na rua (41,0%) ou no ambiente de trabalho (18,6% – 11,9 milhões), foram assediadas fisicamente no transporte público (12,8%) ou abordadas de maneira agressiva em uma festa (11,2%).