Lula tentará ajuda financeira dos Brics à Argentina

Brasília (DF) 02/05/2023 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante pronunciamento no Palácio do Alvorada após reuniāo com presidente da Argentina, Alberto Fernández
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta terça-feira (2), que o governo brasileiro vai articular junto ao Brics, bloco econômico integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para socorrer a Argentina, em grave crise econômica. O anúncio foi feito ao lado do presidente argentino Alberto Fernández. Os dois se reuniram por quase quatro horas no Palácio da Alvorada.

Lula afirmou que é preciso fazer com que o FMI “tire a faca do pescoço da Argentina”. A articulação será coordenada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participou da reunião na Alvorada. “O FMI sabe como a Argentina se endividou, sabe para quem emprestou o dinheiro. Portanto, não pode ficar pressionando um país que só quer crescer, gerar empregos e melhorar a vida do povo”, ressaltou Lula.

“Do ponto de vista político, eu me comprometi com meu amigo Alberto Fernández que vou fazer todo e qualquer sacrifício para que a gente possa ajudar a Argentina neste momento difícil”, acrescentou.

Maiores parceiros comerciais do Brasil na América do Sul, os argentinos enfrentam uma nova crise na economia, com desvalorização do peso – a moeda local – perda do poder de compra e altos índices inflacionários. Em março, a inflação no país vizinho chegou a 104% ao ano.

Em relação ao Brics, o presidente Lula informou que já conversou com a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), Dilma Rousseff, para verificar a possibilidade de o grupo ajudar a Argentina. Segundo ele, atualmente, as normas do bloco não permitem apoio a países não membros. No entanto, uma mudança no regulamento, com aval dos ministros da Fazenda do bloco, pode possibilitar algum tipo de socorro financeiro.

“[Alberto Fernández] chegou apreensivo, e vai voltar mais tranquilo. É verdade, sem dinheiro. Mas com muita disposição política”, brincou Lula.

Linha de crédito

Outro tema da reunião é a criação de uma linha de crédito para financiar empresas brasileiras que exportam para o mercado argentino. Um dos pontos a ser acertado é qual garantia os importadores argentinos podem oferecer, já que a moeda e os títulos nacionais perderam valor com a crise econômica. As equipes dos dois países irão se reunir nas próximas semanas para encontrar uma solução aos entraves.

“O que quero deixar bem claro é que nós não estamos fazendo uma discussão para ajudar a Argentina. A discussão é outra. É que nós precisamos ajudar os empresários brasileiros que exportam para Argentina e financiar as exportações brasileiras, como a China faz para os produtos chineses”, explicou Lula.

“Estamos discutindo para que a gente ache uma forma para que nossos exportadores continuem com as suas empresas funcionando, gerando empregos e que as exportações e importações entre Brasil e Argentina possam continuar crescendo”, acrescentou.

Já o presidente da Argentina, Alberto Fernández, ressaltou que deseja que o Brasil retome o espaço ocupado pelos chineses. “O Brasil perdeu, em grande parte, as exportações que eram feitas para Argentina. Isso aconteceu porque a China financiou as empresas chineses e ganhou parte do mercado ao longo de três anos. O que eu quero é que o Brasil recupere esse espaço. Precisamos que o Brasil recupere esse espaço”, afirmou Fernández.

Ele ainda agradeceu o apoio declarado do presidente Lula em buscar socorro financeiro. “Celebro a posição do governo brasileiro em relação à Argentina e ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Como vocês sabem, estamos negociando com o fundo o programa com o qual nos comprometemos, porque de fato as situações mudaram, não só pela guerra e pela seca. E saber que posso contar com a ajuda do Brasil e do presidente Lula é de grande valia”, disse.

Participaram do encontro o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, e o assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim

Pesquisadores apontam alto risco de volta da poliomielite no Brasil

Fiocruz promove hoje (08), campanha de vacinação contra sarampo e paralisia infantil. Além da vacinação há diversas atividades educativas promovidas pela instituição (Tomaz Silva/Agência Brasil)

A sétima edição do International Symposium on Immunobiologicals (ISI), aberta nesta terça-feira (2), alerta para o risco alto da volta da poliomielite ao Brasil. A doença, erradicada no país desde 1989, pode matar ou provocar sequelas motoras graves.

Em um dos debates do dia, pesquisadores apontaram a baixa cobertura como principal motivo de preocupação com a paralisia infantil, como a doença também é conhecida.

O evento é promovido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Bio-Manguinhos/Fiocruz, no Rio de Janeiro.

A presidente da Câmara Técnica de Poliomielite do Ministério da Saúde, Luiza Helena Falleiros, destacou o conjunto de fatores que levaram a esse cenário e disse que existe um risco evidente. “Com o processo de imigração constante, com baixas coberturas vacinais, a continuidade do uso da vacina oral, saneamento inadequado, grupos antivacinas e falta de vigilância ambiental, vamos ter o retorno da pólio. O que é uma tragédia anunciada”, afirmou.

Luiza Helena lembrou que sempre se diz que as vacinas são vítimas do seu próprio sucesso. “Hoje ninguém mais viu um caso de pólio. Não se tem essa noção de risco enorme, mas ele existe. E não tem milagre, nem segredo. Tem que vacinar.”

A pesquisadora citou um estudo do Comitê Regional de Certificação de Erradicação da Polio 2022, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que aponta o Brasil como segundo país das Américas com maior risco de volta da poliomielite, atrás apenas do Haiti.

Um caso recente da doença foi confirmado em Loreto, no Peru, o que aumentou a vigilância nas fronteiras. Há 30 anos, o continente estava livre de registros da doença.

Cobertura vacinal

Segundo o Ministério da Saúde, no ano passado, a cobertura vacinal para a doença no Brasil ficou em 77,16%, muito abaixo da taxa de 95% recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para impedir a circulação do vírus.

No simpósio de hoje, foram discutidos os motivos da chamada hesitação vacinal. José Cassio de Morais, assessor temporário da Organização Pan-Americana da Saúde, disse que a cobertura depende principalmente da confiança nas vacinas distribuídas pelo governo, de como administrar o medo da reação vacinal, da dificuldade de acesso aos postos, do nível de renda familiar e da escolaridade da população. Para melhorar o quadro atual, Morais defendeu mais investimento mais em campanhas e na informação de qualidade.

“É importante lembrar que a vacinação, além de uma proteção individual, é uma proteção coletiva. Vimos isso na questão da covid-19, em que muitas pessoas não quiseram se vacinar. E precisamos atentar para a questão da comunicação social. Temos uma avalanche de fake news a respeito das vacinas e que trazem muito dano para a população. Mas não temos quase notícias positivas a respeito da vacina. Tem tido muito pouca divulgação da campanha de vacinação contra influenza, por exemplo. Temos que melhorar isso, divulgar melhor os fatos positivos em relação à vacina”, afirmou o assessor da Opas.

IFPE lança Processo de Ingresso 2023.2 com 80 vagas para Caruaru

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) lançou, na sexta-feira (28), o edital do Processo de Ingresso 2023.2 para novos estudantes. São ofertadas 2679 vagas distribuídas em cursos gratuitos em 15 campi. Para o Campus Caruaru são 80 vagas, sendo 40 para o curso Técnico em Mecatrônica e 40 para Edificações, na modalidade subsequente, para quem concluiu o Ensino Médio. As aulas acontecem no turno da noite.

Todas as etapas serão realizadas pela Internet, e a seleção dos novos estudantes do Campus Caruaru será por meio da análise do desempenho escolar do ensino médio ou da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), de acordo com a escolha do/a candidato/a. Não será cobrada taxa de inscrição.

As inscrições começaram nesta terça-feira (02) e seguem até o dia 22 de maio, através do site ingresso.ifpe.edu.br, onde também já está disponível o edital.

Cotas – O IFPE reserva 60% das vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino fundamental ou médio em escolas da rede pública. Dentro deste percentual há cotas para pessoas com deficiência, pretas, pardas e indígenas. Também há reserva de vagas nos cursos de vocação agrícola para estudantes oriundos do campo.

Os candidatos que concorrem às vagas dos cursos técnicos subsequentes poderão optar por utilizar a análise do desempenho escolar (através do histórico escolar) em Língua Portuguesa ou Português e Matemática, com base no histórico escolar ou certificação equivalente ou a pontuação obtida em Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e em Matemática e suas Tecnologias de uma das últimas cinco edições do Enem.

Canal Tira-Dúvidas – Para responder às dúvidas dos candidatos, o IFPE disponibiliza o canal atendimentoingresso.ifpe.edu.br, que ficará ativo durante todo o processo seletivo. O Campus Caruaru também disponibiliza o whatsapp (81) 99398-5312, além de atendimentos presenciais toda terça-feira, das 13h às 17h, e quarta-feira, das 8h às 12h.

Violência nas escolas: como auxiliar os alunos e lidar com a sensação de insegurança?

A problemática é um tema sensível, importante, tendo ocupado grande espaço dos noticiários e tem sido pauta diária em todo o ambiente escolar. O papel e a responsabilidade da família se fazem bem maior que dos espaços institucionais de ensino frente a esta temática.

A primeira recomendação neste momento é que os pais e responsáveis consigam retomar o equilíbrio para que, juntos às instituições escolares, possam instruir os estudantes.

A sensação de medo e insegurança tem tomado grande repercussão entre os adultos, mas não devem ser passados para as crianças. Pelo contrário, devem se sentir acolhidas, ter confiança e encontrar na família e escola um porto seguro.

A escola é um ambiente de acolhimento, integração e relacionamento dos alunos, não podendo perder esta cultura, trazendo a calma e o controle sobre a situação com uma rotina dentro do padrão, sendo um ambiente onde se consegue trabalhar o socioemocional.

Vivenciamos no momento uma onda de postagens nas redes sociais sobre ameaças reais ou imaginárias que têm gerado pânico e medo em alguns círculos. Medidas têm sido tomadas pelas instituições de ensino quanto ao reforço nos seus esquemas de segurança interna, deixando-os mais ostensivos, controles na portaria mais rigorosos e acompanhamento maior através de câmeras e colaboradores.

A família deve conversar com seus filhos, atentos à mudança de comportamento, isolamento, fiscalizando o celular, as redes sociais, acompanhando e observando o que há na mochila do aluno e quais as conversas circulam no lar, sinalizando a instituição escolar.

Uma forma de dialogar com os filhos pequenos sobre os acontecimentos atuais é trazer a segurança e demonstrar que os adultos estão cuidando para que haja a proteção. Já com os pré-adolescentes e adolescentes, buscar ser escuta, compreender o que está sabendo sobre o assunto, o que está sentindo diante a isto e dialogar, levando a compreensão que as escolas têm se preparado e mantido rigidamente a segurança.

Mediante observação de reprodução de posts ou comentários em redes sociais, a escola orienta alunos e família sobre a possibilidade de buscar apoio psicológico. Em casos graves, autoridades podem ser envolvidas.

Orientamos às famílias não repostarem vídeos com supostas informações sobre ataques, conscientizando quanto mal faz as crianças e adolescentes a disseminação de pânico através da propagação de vídeos. É necessário acolher as crianças e jovens, trazendo um olhar de segurança e ter um posicionamento claro contra a disseminação de fakenews.

Importante conscientizar também sobre as questões que envolvem bullying presencial e digital, o uso inadequado das redes sociais, sinais de ódio, trazendo a resolução de conflitos para que não sejam esquecidos depois da superação dessa crise. Um trabalho socioemocional deve ser feito, compartilhando com alunos e famílias as reflexões sobre potenciais consequências negativas do uso das redes sociais sem nenhuma limitação e sem acompanhamento devido a cada caso em específico.

Juntos somos capazes de superar mais este momento desafiador, com uma equipe escolar bem-articulada e firme nos propósitos da escuta e diálogo, superando este momento e se fortalecendo cada vez mais.

*Departamento de Psicopedagogia do Colégio Exato Prime – Adriana Silva é psicopedagoga e neuropsicopedagoga

Copom inicia terceira reunião do ano para definir juros básicos

Edifício-Sede do Banco Central em Brasília

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começou hoje (2), em Brasília, a terceira reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic. O órgão deve manter o aperto monetário com a Selic em 13,75% ao ano, mesmo com as pressões do governo federal para redução da taxa.

Membros da equipe econômica e o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmam que os juros altos atrapalham as concessões de crédito e os investimentos e que não existe nenhuma justificativa para que a Selic esteja, neste momento, nesse patamar. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vem defendendo maior coordenação entre as políticas fiscal (que cuida da arrecadação e dos gastos públicos) e monetária (taxa de juros para segurar a inflação).

Embora a taxa básica tenha parado de subir em agosto do ano passado, está no nível mais alto desde o início de 2017 e os efeitos do aperto monetário são sentidos no encarecimento do crédito e desaceleração da economia.

Segundo a edição desta terça-feira (2) hoje do boletim Focus, pesquisa semanal feita pelo BC com analistas de mercado, a taxa básica deverá ser mantida em 13,75% ao ano pela sexta vez seguida. A expectativa do mercado financeiro, entretanto, é que a Selic encerre o ano em 12,5% ao ano.

Nesta quarta-feira (3), ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão.

Na ata da última reunião, em março, o órgão não descartou a possibilidade de novas elevações da taxa Selic caso o processo de desinflação não transcorra como esperado. O aumento dos gastos públicos e as incertezas fiscais também poderão fazer o Banco Central manter os juros elevados por mais tempo que o inicialmente previsto.

O documento menciona incertezas em relação ao arcabouço fiscal, que na ocasião ainda estava em elaboração pelo Ministério da Fazenda. Após a entrega do texto ao Congresso Nacional, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, fez uma avaliação “superpositiva” das novas regras que devem substituir o teto de gastos e reconheceu o “esforço” da equipe econômica do governo federal.

Campos Neto também defende as decisões técnicas da autarquia. Em declaração recente, ele disse que, mesmo não tendo cumprido por algumas vezes as metas de inflação, o Brasil segue caminho similar ao de outros países, mantendo-se “a maior parte do tempo dentro da banda”. O país registrou, segundo ele, “sete estouros em 24 anos”.

Depois de quedas nos últimos meses de 2022, as expectativas de inflação têm subido. No último boletim Focus, a estimativa de inflação para 2023 está em 6,05%.

Em março, a inflação desacelerou para todas as faixas de renda. Ainda assim, puxado pelo aumento dos preços dos combustíveis, o IPCA ficou em 0,71%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é inferior à taxa de fevereiro, de 0,84%. Em 12 meses, o indicador acumula 4,65%, abaixo de 5% pela primeira vez em dois anos.

Para abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – que mede a prévia da inflação oficial – ficou em 0,57%. A taxa é inferior na comparação com as de março de 2023 (0,69%) e de abril de 2022 (1,73%).

Taxa Selic
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Meta de inflação
Para 2023, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior é 4,75%. Para 2024 e 2025, as metas são de 3% para os dois anos, com o mesmo intervalo de tolerância.

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de março pelo Banco Central, a autoridade monetária reconhece que a possibilidade do estouro da meta de inflação neste ano é de 83%. No documento, a estimativa é que o IPCA atingirá 5,8% em 2023. O próximo relatório será divulgado no dia 29 de junho.

Secom diz que Google quer “atropelar” discussão sobre PL das Fake News

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República afirmou que plataformas, como o Google, estão usando sua base de dados para “atropelar” o debate envolvendo o Projeto de Lei (PL) das Fake News, que visa a regulação da internet. A secretaria classificou como “grave” a atitude da big tech de publicar artigos contra o projeto na página principal do buscador.

“É grave que plataformas, como o Google, usem sua base de dados para atropelar uma discussão que deve ser feita com a sociedade e já está sendo feito pelo Congresso Nacional acerca do PL 2630”, publicou o perfil da Secom no Twitter na noite de ontem (1º/5).

De acordo com a Secom, medidas devem ser tomadas. “Agora, não se discute o conteúdo do projeto, mas que essas plataformas queiram monetizar em cima de conteúdos graves, como a apologia à violência, sem serem corresponsáveis por isso. A Secom e a Senacon estão acompanhando de perto e vão divulgar em breve as medidas a serem tomadas”, acrescentou.

Google

O buscador está exibindo um link em sua página principal com o texto: “PL das Fake News pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira”. Ao clicar na mensagem, o navegador redireciona para um artigo assinado pelo diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas da empresa no Brasil, Marcelo Lacerda.

O texto defende que o PL “acaba protegendo quem produz desinformação, resultando na criação de mais desinformação”. A big tech afirma que o projeto pode ser votado antes que setores tenham acesso ao texto que irá ao plenário do Congresso Nacional, e, dessa forma, “iria na contramão do seu objetivo original de combater a disseminação de notícias falsas”.

A empresa de tecnologia incita ainda que a sociedade pressione congressistas. “Precisamos melhorar o texto do projeto de lei. O PL das Fake News pode aumentar a desinformação no Brasil. Fale com seu deputado por aqui ou nas redes sociais ainda hoje”, diz um outro link do artigo.

Correio Braziliense

Maria Arraes reafirma compromissos com o povo sertanejo

A deputada federal Maria Arraes (SD-PE) está comprometida em promover as articulações necessárias para atender, em Brasília, às demandas do povo sertanejo. Em giro pela região, a parlamentar reafirmou a sua luta para ajudar a solucionar questões como o abastecimento de água e apoiar as trabalhadoras e trabalhadores do campo.

Em entrevista concedida ao Sistema de Rádio Beto Som, na cidade de Parnamirim, a parlamentar destacou que pretende dialogar com o ministro da Integração Nacional, Waldez Góes, no sentido de viabilizar uma visita de comitiva do ministério à região para discutir o andamento do Canal de Entremontes, ramal da transposição do Rio São Francisco essencial ao desenvolvimento da região. “O Canal de Entremontes é fundamental para trazer emprego, renda e melhoria da qualidade de vida ao povo sertanejo”, afirmou a parlamentar.

Maria Arraes foi recebida em Parnamirim pelo presidente do Sindicato dos Produtores Rurais, Evangelista Alencar, e pelo ex-vereador Dado de Verdade, que promoveram um encontro com lideranças na zona rural. A cidade foi a quarta visitada pela parlamentar durante o giro que realiza desde sexta-feira (28) pelo Sertão.

A parada seguinte foi no município de Granito, onde participou de almoço com o prefeito João Bosco e as lideranças do entorno.

À noite, Maria Arraes esteve com o prefeito de Santa Cruz da Baixa Verde, José Irlando de Souza Lima.

No domingo, foi a vez de agradecer os votos em Serra Talhada e ouvir as necessidades dos produtores da Associação Rural dos Moradores e Assentados da Fazenda Poço do Serrote.

Em entrevista à Radio Cultura de Serra Talhada, a deputada detalhou as pautas do seu mandato, principalmente aquelas relacionadas à saúde e à defesa dos direitos das mulheres.

De Serra Talhada, Maria Arraes seguiu para Tuparetama, onde almoçou com o vereador Danilo e outras lideranças da região. “Vamos continuar percorrendo o Estado e trabalhando junto ao nosso povo”, finalizou a deputada.

TJPE realiza Audiência Pública para discutir equidade racial e combate ao racismo

O Grupo de Trabalho Equidade Racial e Combate ao Racismo e suas Interseccionalidades do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) realiza, na quarta-feira (3/5), uma Audiência Pública com a participação de entidades da sociedade civil e instituições públicas e privadas.

O objetivo é promover o debate a respeito da elaboração de normativas para a implementação e aprimoramento da Política Judiciária Estadual de Equidade Racial e Combate ao Racismo. O evento acontece das 9h às 17h, no Plenário do Tribunal do Júri do Fórum de Olinda, localizado na Av. Pan Nordestina, s/n – Vila Popular, e marca a adesão do TJPE ao Pacto Nacional do Judiciário pela Equidade Racial, instituído pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Entidades interessadas em apresentar propostas durante a Audiência poderão se inscrever previamente através do e-mail equidade.racial@tjpe.jus.br ou realizar a inscrição diretamente no local. Acesse o EDITAL.

Poderão participar, como ouvintes ou manifestando-se em plenária, entidades da sociedade civil e instituições públicas e privadas ou pessoas que desenvolvam ações de atendimento, estudos e/ou representação de questões étnico-raciais e suas interseccionalidades. A participação na condição de ouvinte é destinada a magistrados e magistradas, servidores e servidoras do TJPE e qualquer pessoa interessada.

Na ocasião, haverá apresentação do Pacto Nacional do Judiciário pela Equidade Racial, bem como da pesquisa Negras e Negros no Judiciário, realizada pelo CNJ. Também haverá palestras com a professora Dra. Chiara Ramos e com o professor Alexandre Jesus.

Confira a Programação:

No período da manhã, haverá o credenciamento até as 8:30h, em seguida uma mesa de abertura e a apresentação de dados da pesquisa Negras e Negros no Judiciário e o Pacto Nacional do CNJ.

Às 9:20h, palestras com a Professora Dra. Chiara Ramos e o Professor Dr. Alexandre Jesus .

10:30h – Intervalo

10:50 – Abertura da plenária com apresentações das entidades previamente cadastradas pelo LINK OU E-MAIL, por ordem de chegada na audiência, conforme indiciar a ata de presença que deverá ser assinada no dia. As falas deverão ser de até 10 minutos, para defesa de suas propostas.

12:30 – Intervalo para almoço

13:30 – Continuidade da plenária

15:45 – Intervalo

15:55 – Plenária

16:40 – Finalização dos trabalhos

Diversidade e inclusão estarão presentes no Festival do Jeans de Toritama

O maior evento de moda do Norte/Nordeste está chegando em sua primeira edição presencial pós-pandemia. Nos dias 4, 5 e 6 de maio, Toritama, no Agreste do estado, torna-se vitrine da moda produzida no polo de confecções da região, o segundo maior do país. O Festival do Jeans de Toritama (FJT) 2023 conta com a maior estrutura de suas 21 edições, com a participação de quase 70 marcas, 116 estandes, 36 desfiles e uma área de 4500 m².

O FJT também tem espaço para inclusão. Com o apoio da Prefeitura de Toritama, por meio da Secretaria de Assistência Social, foi elaborado um casting de modelos composto por pessoas que são acompanhadas pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), usuários dos serviços e programas sociais do município, além de mulheres atendidas pelo Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM), fazendo do festival um espaço, também, de diversidade.

No evento, a Diretoria da Mulher de Toritama vai aproveitar para lançar a campanha “Assédio não é Moda”, que tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre as várias formas de violência contra a mulher e como combatê-las. A secretária de Assistência Social do município, Elaine Tavares, comemora o retorno da realização do Festival do Jeans de Toritama em formato presencial, que dá espaço para a inclusão ocupar a passarela com protagonismo pela segunda vez. “Nós vamos abrir o festival, isso é algo histórico, que deixa clara a sensibilidade da atual gestão e da organização do evento com a inclusão e o recado de que a moda é para todos”, reforça.

“Além de um festival de moda e negócios, o FJT também tem sua preocupação com a responsabilidade social. Abrir um espaço de tanta visibilidade para pessoas que foram, e ainda são, infelizmente, invisibilizadas faz parte da nossa política de que a moda é universal e que qualquer preconceito deve ser combatido, dentro e fora das passarelas, claro”, explica Thiago Alexandre, diretor do FJT pelo sexto ano.

Este ano, os desfiles também serão transmitidos, pelo YouTube, através da conta FJT Digital. Para acompanhar, é bem simples. Basta acessar o site, clicar na aba “Cadastre-se agora” e preencher os espaços com nome e e-mail. No site, constam todas as marcas e dias em que vão desfilar. A inscrição é gratuita.

Sobre o FJT – Em sua 21ª edição, o Festival do Jeans de Toritama foi realizado de forma digital em 2020 e 2021 por causa da pandemia do novo coronavírus. O FJT é uma realização da Associação Comercial e Industrial de Toritama, tem direção de Thiago Alexandre e conta com o apoio da Prefeitura de Toritama, Santana Textiles, Shopping Parque das Feiras, Jolitex Denim, NTCPE e Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe). Em 2019, última edição presencial, o festival teve mais de 20 mil visitantes.

Arena de shows – Nattan, Cavaleiros do Forró, Xand Avião e Priscila Senna são as principais atrações confirmadas no festival. Eles vão se apresentar nos dias 4, 5 e 6 de maio respectivamente. Abaixo, a programação completa:

Quinta-feira (4/5)

Renato Vilela

Cavaleiros do Forró

Nattan

Sexta-feira (5/5)

Izah Tavares

Mateus Santos

Xand Avião

Sábado (6/5)

Elizeu Neto

Adriano Estigado

Priscila Senna

Michele Andrade

PRF divulga balanço da Operação Dia do Trabalho em Pernambuco

Com foco na mobilidade e na segurança viária, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) intensificou, entre os dias 28 de abril a 1º de maio, as blitzes educativas e de fiscalização durante a Operação Dia do Trabalho em Pernambuco. Nesse período, foram registrados 36 sinistros nas rodovias federais, que deixaram 39 pessoas feridas e quatro mortas. No ano passado, o feriado caiu em um domingo e não houve operação nessa data.

Um das colisões mais graves ocorreu na noite de sábado (29), no Km 57 da BR 423 em Lajedo, no Agreste. De acordo com os vestígios verificados, o motorista de um carro entrou na contramão da rodovia e colidiu de frente com uma motocicleta. O condutor da moto faleceu no local. O motorista do carro teve ferimentos leves, mas não quis atendimento médico. Ele se recusou a realizar o teste do etilômetro e apresentava sinais de embriaguez. O homem foi autuado e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Lajedo, que irá investigar o caso.

Em quatro dias de operação, a PRF fiscalizou 3.478 veículos e 4.162 pessoas, emitiu 1.593 autuações e registrou 250,8 toneladas de excesso de peso. Destacam-se 119 autos de infração por ultrapassagens em local proibido, 100 pelo não uso do cinto de segurança, 41 pela falta da cadeirinha e 31 pela ausência do capacete. Na fiscalização de alcoolemia foram realizados 2.404 testes com o etilômetro, que resultaram em 68 autuações e duas prisões de motoristas sob efeito de álcool.

Para prevenir colisões graves, foram retirados das rodovias 72 animais de grande porte, além de serem prestados auxílios a 58 motoristas que tiveram problemas mecânicos ou se envolveram em sinistros sem vítima. As ações educativas alcançaram 1.828 pessoas através do Cinema Rodoviário, que transmite orientações sobre condutas que preservam vidas no trânsito.

As atividades de promoção de segurança pública resultaram em 22 pessoas detidas por receptação, com mandado de prisão em aberto, por crime ambiental e de trânsito. Quatro veículos roubados e adulterados foram recuperados nas abordagens.

Nesse período, também foram recolhidos 166 veículos e 159 Certificados de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLVs).