A bancada do Cidadania na Câmara Federal, depois de uma reunião entre os atuais parlamentares e os novos deputados federais, decidiu declarar independência em relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O líder do partido no Congresso, deputado federal Alex Manente, acredita que o caminho escolhido tem relação direta com os princípios da legenda.
“Temos obrigação com o nosso eleitor. O que defendemos é independência ao governo para poder votar de maneira adequada ao que a sociedade espera”, disse o parlamentar, afirmou Manente ao Diário do Diário do Grande ABC.
Segundo o parlamentar, o programa partidário do Cidadania é claro em defender justiça social, defesa da democracia, economia liberal e um estado mais enxuto, o que, no ponto de vista econômico, segundo o deputado, é diferente do que pensa Lula.
Atos Antidemocráticos
Na visão de Manente, os atos antidemocráticos do último dia 8, em Brasília, representam uma falta de responsabilidade com o processo democrático brasileiro. “A democracia é fazer valer a vontade da maioria, mesmo que não seja a sua, e respeitar isso. E aqueles atos demonstraram tentativa de golpe contra a vontade da maioria”, analisou.
O deputado acredita que defender a democracia não significa necessariamente apoiar o governo petista. “Não é o governo que sai fortalecido, e sim a democracia que está sólida. As pessoas estão confundindo. Vamos debater com o governo o que acreditamos e ele pensa contra, mas isso não significa que vamos impedir que o presidente Lula governe. São coisas diferentes”, acrescentou.
Para o deputado federal, o PSDB, que integra a federação partidária, também deverá definir pela independência na Câmara, tendo em vista também que as siglas apostam em um projeto nacional para 2026, que tem hoje como principal nome o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).
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