Justiça de Goiás condena João de Deus em mais três processos

O juiz titular da Comarca de Abadiânia (GO), Marcos Boechat Lopes Filho, condenou João Teixeira de Faria, o João de Deus, a mais 109 anos de prisão. Considerado culpado em três novos processos por violação sexual, João de Deus também terá que pagar às vítimas até R$ 100 mil em indenizações.

A sentença judicial foi proferida nesta quarta-feira (07). Como já tinha sido condenado antes em outros seis processos, inclusive por estupro de vulnerável e posse ilegal e irregular de armas de fogo, João de Deus agora tem de arcar com as penas de nove processos.

Somadas, as nove condenações ultrapassam 223 anos de reclusão, mas em função da idade e do estado de saúde, ele está em prisão domiciliar.

As primeiras denúncias contra João de Deus vieram à tona em dezembro de 2018, quando o programa Conversa com Bial, da TV Globo, veiculou o relato de várias mulheres que afirmam terem sido vítimas do médium.

Segundo relatos das vítimas, João de Deus as teria levado para cômodos isolados do centro espírita que ele fundou, em Abadiânia (GO) e as molestado, acariciando seus corpos. Algumas mulheres disseram que o médium chegou a expor seu pênis, forçando-as a tocá-lo a pretexto de curá-las.

João de Deus sempre negou as acusações, mas após as primeiras denúncias outras mulheres procuraram as autoridades, alegando ter sido violentadas pelo homem que, ao longo de anos, atraiu milhares de pessoas em busca de cura espiritual, tornando-se conhecido em todo o país.

Muitas das denúncias recebidas pelo Ministério Público e a Polícia Civil de Goiás ao longo de meses não tiveram desdobramentos por falta de provas ou por inconsistências nos relatos. Mesmo assim, as investigações revelaram uma trama envolvendo a movimentação de milhões de reais, armas e disputa de poder.

Na primeira das três sentenças proferidas nesta quarta-feira, João de Deus foi condenado a 51 anos e 9 meses de reclusão por violar sexualmente cinco vítimas, tendo recorrido à fraude e ao estupro de vulnerável. Os crimes ocorreram entre os anos de 2010 e 2016. Neste caso, o réu e seu filho, Sandro Teixeira de Oliveira, foram absolvidos dos crimes de corrupção de testemunha e de coação no curso do processo.

A segunda sentença somou 16 anos e 10 meses de reclusão pelos mesmos crimes, em relação a três vítimas entre os anos de 2011 e 2013. Nesse processo, João de Deus foi absolvido em relação a outras três vítimas e foi reconhecida a extinção da punibilidade pela prescrição em relação a uma vítima.

O réu também foi condenado a 41 anos e 4 meses de reclusão, também por violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável. Dessa vez, o processo envolvia cinco vítimas, em episódios ocorridos entre 2010 e 2015.

A reportagem ainda não conseguiu contato com a defesa de João de Deus.

MEC libera R$ 50 milhões para pagamento de bolsas da Capes

O Ministério da Educação (MEC) liberou R$ 50 milhões para o pagamento de todas as bolsas dos programas destinados à formação de professores para a educação básica, informou, em nota, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).  A fundação, no entanto, ainda precisa de R$ 150 milhões para o pagamento das bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado no país.

Vinculada ao MEC, a Capes é uma das instituições mais afetadas pelos bloqueios orçamentários federais. “Essa liberação, embora resulte na quitação integral dos compromissos assumidos pelos referidos programas, ainda é insuficiente para permitir à Capes honrar todos os seus compromissos legitimamente assumidos”, diz a nota.

Segundo a Capes, o valor liberado cobrirá as quase 100 mil bolsas vinculadas a programas como Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), Residência Pedagógica e Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor).

O contingenciamento orçamentário, de acordo com a Capes, afetou mais de 200 mil bolsistas da fundação, que deveriam ter recebido o pagamento deste mês até ontem (7). São estudantes de mestrado, doutorado, pós-doutorado e de integrantes de programas voltados à formação de professores da educação básica.

Segundo a Capes, os R$ 50 milhões, de um total de R$ 200 milhões solicitados, serão utilizados para o pagamento das bolsas de menor valor. As bolsas oferecidas por programas como Pibid e Residência Pedagógica, por exemplo, variam entre R$ 400 e R$ 1,5 mil, conforme a modalidade. Entre as demais bolsas de responsabilidade da Capes estão as de R$ 1,5 mil para mestrado e R$ 2,2 mil para doutorado e R$ 4,1 mil para pós-doutorado.

Bloqueios orçamentários

Os bloqueios orçamentários foram anunciados em novembro pelo governo federal. Segundo o Ministério da Economia, o contingenciamento de R$ 5,7 bilhões em gastos não obrigatórios é necessário para que seja cumprido o teto federal de gastos.

As pastas mais atingidas foram Saúde, com R$ 1,435 bilhão bloqueados, e Educação, com R$ 1,396 bilhão. Somente os ministérios da Economia e da Justiça e Segurança Pública foram poupados dos novos cortes.

O teto de gastos foi criado por emenda constitucional no fim de 2016 e é uma das três regras fiscais a que o governo tem de obedecer. O teto estabelece que o aumento dos gastos do governo federal de um ano para o outro não deve ultrapassar a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), até 2026.

As outras regras fiscais são a meta de resultado primário (déficit ou superávit), fixada na Lei de Diretrizes Orçamentárias de cada ano, e a regra de ouro, instituída pelo Artigo 167 da Constituição e que obriga o governo a pedir, em alguns casos, autorização ao Congresso para emitir títulos da dívida pública.

Cortes no ensino superior

No final do mês, a edição do Decreto n° 11.269, de 30 de novembro de 2022, de acordo com a Capes, zerou por completo a autorização para desembolsos financeiros durante o mês de dezembro, impondo idêntica restrição a praticamente todos os ministérios e entidades federais.

Os bloqueios afetaram o ensino superior como um todo. Na segunda-feira (5), a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) publicou nota na qual ressalta que os cortes deixam as universidades federais sem recursos e sem possibilidade de honrar os gastos, inclusive, bolsas, conta de luz e água, coleta de lixo e pagamentos dos funcionários terceirizados.

De acordo com os reitores, o governo federal voltou a bloquear R$ 344 milhões em recursos das universidades federais, seis horas após o MEC ter liberado o uso da verba. Sem recursos, as universidades realizaram uma série de manifestações. O presidente da Andifes, Ricardo Marcelo Fonseca (reitor da UFPR), e o vice-presidente, Evandro Soares (UFMT), reuniram-se ontem (7) com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, para buscar alternativas para a grave situação orçamentária das universidades federais.

Em edição extra do Diário Oficial, no último dia 6, o Ministério da Economia publicou a portaria SETO/ME nº 10.395 que remanejou, dentro dos próprios ministérios, um pouco mais de R$ 3,3 bilhões.

A portaria, segundo nota do Ministério da Economia, remaneja limites financeiros de despesas obrigatórias para as não obrigatórias, que foram as que sofreram o contingenciamento. Na nota, a pasta explica:

“As realocações ocorrem após a reavaliação, por essas pastas, da previsão de pagamentos a serem realizados dentro do exercício e mediante justificativa técnica de que tais despesas obrigatórias não serão executadas financeiramente no exercício”.

O valor realocado dentro de cada ministério ou órgão está discriminado no Anexo II da portaria e, segundo a pasta, cabe aos ministérios alocar os recursos. “Cabe a cada um deles alocar internamente esses recursos, conforme suas prioridades. O montante global de cada ministério foi preservado”, diz o Ministério da Economia. No caso da Educação, foram realocados R$ 300 milhões.

Ainda não está claro se os R$ 300 milhões remanejados serão gastos no ensino superior ou se serão realocados em outras áreas do MEC. A Agência Brasil procurou a pasta e aguarda o posicionamento.

Banco Central tem R$ 4,6 bilhões esquecidos em bancos a serem devolvidos

Interrompido desde meados de abril, o Sistema Valores a Receber (SVR) ainda tem R$ 4,6 bilhões esquecidos em instituições financeiras para serem devolvidos, divulgou hoje (8), em Brasília, o Banco Central (BC). Desse total, estão destinados R$ 3,6 bilhões a 32 milhões de pessoas físicas e R$ 1 bilhão a 2 milhões de empresas.

O BC também anunciou que voltará a receber dados das instituições em janeiro. A data de reabertura das consultas ao SVR ainda não está definida. No entanto, o órgão esclarece que uma instrução normativa editada em novembro obriga as instituições a encaminharem à autoridade monetária informações de valores esquecidos.

As instituições repassarão ao BC três tipos de valores esquecidos por correntistas:
• contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível;
• contas de registro mantidas por sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e por sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários para registro de operações de clientes encerradas com saldo disponível; e
• outras situações que ensejam valores a devolver reconhecidas pelas instituições.

Novidades

Segundo o Banco Central, os dados recebidos das instituições financeiras serão processados e oferecidos aos correntistas assim que o SVR for reaberto. O órgão informou que também trabalha em melhorias no sistema, como a inclusão de novos tipos de valores e o saque por herdeiros e representantes legais de falecidos.

Assim que o sistema for reaberto, informou o BC, herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais da pessoa falecida poderão consultar a existência de valores esquecidos e receberem instruções sobre como resgatar o dinheiro. Eles terão de aceitar um termo de responsabilidade antes de fazer a consulta.

A abertura do SVR a pessoas falecidas chegou a ser anunciada pelo BC no início do ano, mas foi paralisada por causa da greve no órgão, que durou de abril a julho.

Outra novidade será a adoção de uma fila de espera virtual para acessar o SVR. A ferramenta substituirá a lógica de acesso programado (com dia e hora definidos) que vigorou na primeira versão do sistema.

Valor total

Atualmente, os valores esquecidos no sistema financeiro estão distribuídos nas seguintes faixas: 23,58 milhões de correntistas (68%) até R$ 10; 7,94 milhões (23%) entre R$ 10,01 e R$ 100; 2,86 milhões (8%) de R$ 100,01 e R$ 1 mil; e 476,5 mil (1%) acima de R$ 1 mil. Com o reenvio dos dados pelas instituições financeiras, o estoque de R$ 4,6 bilhões a serem devolvidos pode aumentar.

A devolução de valores esquecidos ocorreu de fevereiro a abril deste ano. Nesse período, informou o BC, as instituições devolveram R$ 2,36 bilhões para 7,2 milhões de pessoas físicas e 300 mil pessoas jurídicas.

Desse total, R$ 321 milhões foram devolvidos via PIX a 3,7 milhões de beneficiários que clicaram diretamente no sistema para pedir os valores. O restante foi devolvido por meio de contato do beneficiário com a instituição (telefone, e-mail, ida à agência ou outros canais de atendimento).

Inicialmente, estava prevista uma segunda fase de consultas e saques no SVR para maio. Essa etapa incluiria mais fontes de recursos esquecidos, como cobranças indevidas de tarifas ou obrigações de crédito não previstas em termo de compromisso, contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas e contas encerradas em corretoras e distribuidoras. No entanto, o processo foi interrompido por causa da greve dos servidores do BC, que durou três meses e paralisou o desenvolvimento de projetos dentro do órgão.

Senadores aprovam relatório sobre impactos da pandemia na educação

Imagens de Brasília – Palácio do Congresso Nacional – Anexo I do Senado Federal.
Foto: Leonardo Sá/Agência Senado

No Senado, a Subcomissão Temporária para Acompanhamento da Educação na Pandemia aprovou, nesta quinta-feira (8), o relatório do senador Flávio Arns (Podemos-PR). O colegiado foi criado em 2021 para avaliar e monitorar os impactos da covid-19 na educação e ainda propor recomendações para recuperar os sistemas de ensino impactados pelo período.

O texto, com 240 páginas, traz 30 recomendações construídas a partir de 20 audiências públicas, realizadas ao longo de mais de um ano com a participação de representantes do governo e de instituições públicas e privadas ligadas à educação, além de professores, economistas, trabalhadores e membros de entidades organizadas da sociedade civil.

Entre as principais sugestões. a de que os ministérios da Educação e da Economia recomponham o orçamento da educação básica, que sofreu cortes nos últimos anos. O documento também recomenda o apoio a programas que possibilitem a melhoria na infraestrutura e na conectividade das escolas, além da aprovação de projetos de lei pelo Congresso Nacional.

Outra recomendação feita é o apoio a redes estaduais, municipais e do Distrito Federal na adoção de metodologias de programas desenvolvidos pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) – Busca Ativa Escolar, Trajetórias de Sucesso Escolar e Educação que Protege – como forma de trazer crianças e adolescentes de volta às escolas.

Também está no rol de sugestões a criação de um banco de dados de acesso público para mapear e compartilhar experiências de políticas públicas educacionais exitosas, especialmente aquelas relativas à implantação da educação em tempo integral, recomposição de aprendizagem, busca ativa e combate à evasão escolar.

Transição
Ainda na tarde desta quinta-feira, Arns e senadores do colegiado vão entregar o documento ao presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e aos membros da equipe responsável pela área da educação no governo de transição.

“As recomendações são a contribuição que o Senado dá à educação brasileira, considerando todas as dificuldades e sugestões que foram apontadas ao longo de quase dois anos de debates com diversos segmentos da área. Esperamos que o documento ajude a equipe de transição no planejamento de ações necessárias para a recuperação dos severos prejuízos que a educação brasileira sofreu nos últimos anos”, disse Arns.

Senado aprova MP que trata da extração de minérios nucleares

Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária semipresencial.

O Senado aprovou na quarta-feira (7) a Medida Provisória 1.133/2022, que permite o investimento privado na atividade de extração de minérios nucleares no país. Até então essa era uma atribuição exclusiva da Indústrias Nucleares do Brasil S.A. (INB), empresa pública fundada em 1988 e vinculada ao Ministério das Minas e Energia. O texto vai a sanção presidencial.

A MP foi editada pelo governo para dinamizar a atividade e, segundo ele, prover maior segurança jurídica a essas atividades. O governo entende que a MP fortalece a regulação, a segurança nuclear, proteção ao meio ambiente e à população.

O texto também altera o plano de cargos e salários da Agência Nacional de Mineração (ANM), também tratada no texto e demarca limites de atuação da agência, com relação a minérios nucleares no país. “Essa demarcação é oportuna, na medida em que reduz inseguranças jurídicas potenciais no trato das questões envolvidas pelos insumos e produtos de natureza nuclear”, disse o relator da matéria, Vandelan Cardoso (PSD-GO)

O relator alega que o reajuste salarial dos servidores previsto no seu relatório se dá por uma atualização necessária para viabilizar a contratação de novos profissionais. “Estamos corrigindo essas distorções que vêm de muitos e muitos anos na agência. Para ser hoje gerente da ANM em um estado ninguém vai querer com um salário de 8 mil e poucos reais, com a qualificação que exige, cuidando da questão mineral e nuclear”

Cardoso diz que a MP não tira nenhuma atribuição do governo federal com relação ao controle da questão nuclear. “Está simplesmente abrindo para empresas particulares participarem também [da atividade]. Hoje só o governo federal que detém. Podíamos estar exportando muito mais urânio do que se já tivesse regulamentado essa questão”.

A votação da MP foi encerrada após a conclusão da votação, em dois turnos, da PEC da Transição. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG) também votou, no final da sessão, um projeto de resolução que autoriza o estado do Rio de Janeiro a contratar uma operação de crédito externo no valor de até US$ 135,23 milhões para financiamento de projeto de desenvolvimento sustentável, que segue para promulgação, e um projeto de lei de autoria da Câmara que regulamenta a profissão de instrumentador cirúrgico, que vai sanção.

Milhares de fiéis sobem o Morro da Conceição para homenagear a padroeira afetiva do Recife

A Festa do Morro, em honra a Nossa Senhora da Conceição, transforma o Morro da Conceição, na Zona Norte do Recife, pela 118ª vez, em um grande lugar de fé e adoração. Devotos que, tradicionalmente, sobem cumprindo promessas alcançadas ou renovando seus votos.

O tema da Festa deste ano é “Com a Imaculada Conceição do Morro, caminhar juntos: em Comunhão, Participação e Missão”. Já o lema é “juntos somos mais”, inspirado no tema da sinodalidade, proferido pelo Papa Francisco.

De acordo com a organização, para esta quinta, são esperadas 300 mil pessoas no morro, localizado na Zona Norte do Recife, além de 200 mil na procissão – totalizando meio milhão de pessoas.

A programação começou à 0h, com a primeira missa do dia dedicado à padroeira afetiva da capital pernambucana. Ao todo, são 18 missas durante o dia. Em 8 de dezembro, a Igreja Católica celebra o dia da Imaculada Conceição.

Nas horas pares – 0h, 2h, 4h, 6h, 8h, 10h, 12h, 14h e 16h – as celebrações eucarísticas são fora do Santuário, na Praça do Morro.

Dentro do Santuário são celebradas as missas em horas ímpares: 1h, 3h, 5h, 7h, 9h, 11h, 13h e 15h.

A procissão de encerramento com a imagem de Nossa Senhora da Conceição do Morro terá concentração a partir das 15h, com saída às 16h, da Prefeitura do Recife, no Cais do Apolo, em direção à Praça do Morro da Conceição.

Dois trios elétricos irão animar os fiéis e devotos de Nossa Senhora, num percurso de 8 km, com duração de três horas.

Por fim, às 19h30, o arcebispo metropolitano de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, celebra a missa solene de encerramento.

Cotado para a Fazenda, Haddad tem primeira reunião com Guedes

Principal cotado para assumir o Ministério da Fazenda no próximo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-ministro Fernando Haddad se reuniu pela primeira vez nesta quinta-feira (8) com o atual ministro da Economia, Paulo Guedes.

Haddad afirmou que o encontro de cerca de 1h30 foi “excelente”, “cordial” e “transparente” e que discutiram temas de interesse para o relatório que está sendo preparado por membros da equipe de transição.

— Passamos em revista vários assuntos importantes. Definimos uma agenda de trabalho a partir da semana que vem e as coisas estão transcorrendo bem — afirmou, completando: — Esse tipo de conversa é muito importante porque você garante que projetos importantes possam ter continuidade, até onde o Congresso avançou na agenda que importa para o estado brasileiro, independente de governo. Tem coisas que são políticas de estado, independente do governo nem que endereçar.

Questionado se o seu encontro com Guedes havia sido um pedido do presidente Lula, Haddad afirmou que a reunião é “natural” no processo de transição e que não foi recebido como um ministeriável. O ex-ministro disse ainda que é preciso “tomar providências” para que o grupo conclua os trabalhos e que atua como uma face política do GT.

— Eu estou no grupo de transição, tenho que tomar providências para que o grupo de transição conclua esse processo da melhor maneira possível — afirmou, completando: — É natural que agora nas vésperas da conclusão dos relatórios do grupo de transição a gente faça uma checagem com a equipe que está deixando o governo.

Haddad afirmou que nas próximas semanas irá fazer reuniões setoriais para conseguir um diagnóstico mais detalhado da atual situação do Ministério da Economia. Segundo o ex-ministro, ele e Guedes não trataram sobre os recentes cortes orçamentários e sobre a falta de recursos para dar continuidade a serviços públicos, mas que haverá um “esforço” para que não haja descontinuidade.

A equipe da transição afirma que detectou um “apagado” no fim do governo Bolsonaro e que há uma situação de colapso em diversos ministérios, com falta de recursos para manter serviços como o Gov.br e ConecteSUS. Há ainda falta de recursos para pagamento de bolsas, residentes de medicina, aposentadorias e para manter as agências do INSS.

— A partir de terça-feira vamos fazer reuniões com mais foco nas secretarias e ai vamos poder conversar com a Secretaria do Tesouro, Secretaria da Receita e assim por diante para ver qual situação nós vamos encontrar. Mas o esforço que vamos fazer é que não haja descontinuidade em programas que são históricos para o país.

Sobre a aprovação da PEC da Transição nesta quarta-feira no Senado, Haddad afirmou que o maior mérito do texto é ser uma “solução política” e minimizou uma possível resistência maior ao texto na Câmara dos Deputados.

— O maior mérito dessa PEC é que a solução está sendo política. Quase todos os partidos participaram da aprovação. Por que? Porque as pessoas estão compreendendo que o orçamento do ano que vem não pode ser menor do que o orçamento desse ano — afirmou, completando: — Estamos dialogando com o presidente da Câmara, lideranças partidárias, temos bons negociadores, estamos acompanhando com muito respeito à institucionalidade. Queremos recuperar uma visão mais institucional do processo político, diminuir a tensão entre os poderes.

O Globo

Adolescentes participam de intercâmbio cultural em pontos turísticos de Caruaru

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SDSDH), promoveu nesta quarta-feira (07), um intercâmbio cultural entre o Núcleo de Cidadania dos Adolescentes de Gravatá com o Nuca de Caruaru. O objetivo foi estreitar laços e expandir conhecimentos da cultura local.

O evento teve início na sede do Juventude Vitalina, localizado no Centro Integrado de Direitos Humanos, onde contou com apresentações culturais dos jovens, com percussão, teatro e dança. Após o momento de recepção, seguiram para o Alto do Moura, onde conheceram a manofatura do barro e participaram de oficinas com as meninas da Flor do Barro e ainda realizaram uma visita a casa do Mestre Vitalino. Por fim, os jovens seguiram para conhecerem a vista do Monte Bom Jesus.

Para a coordenadora do Projeto Juventude Vitalina, Sabrina Tôrres, o evento é extrema importância para que os jovens possam conhecer novas culturas, estreitar laços e aprenderem um pouco mais de suas raízes. “Estamos felizes de realizar esse intercâmbio Cultural. Uma ação importante para nossos jovens, ambiente para fazer amizades e aprenderem mais sobre a história local”, destacou.

Núcleo de Cidadania dos Adolescentes (Nuca)

O Nuca é uma das ações do Selo UNICEF Município aprovado. A proposta do projeto é articular adolescentes para mudar os locais em que estão inseridos, por meio de formação e atividades de transformação.

Criar Sesc está com vagas abertas para 2023, em Belo Jardim e Surubim

A valorização e o protagonismo das infâncias são os principais objetivos do Criar Sesc, projeto de educação complementar desenvolvido pelo Sesc PE, que está com vagas abertas para o ano letivo de 2023, nas cidades de Belo Jardim e Surubim, no Agreste do estado. Para fazer a inscrição gratuita, os interessados precisam visitar as centrais de relacionamento das unidades até sexta-feira (09/12).

O projeto é voltado para crianças dos 7 aos 12 anos de idade e atende alunos das Escolas Sesc e de escolas públicas, que ficam próximas às unidades. As ações acontecem sempre no turno da tarde. Em Belo Jardim, as aulas são de música, teatro, literatura, robótica, entre outras. Em Surubim, são atividades recreativas, natação, musicalização, ações com assistência social e nutrição.

No ato da inscrição, é preciso levar os seguintes documentos: certidão de nascimento e CPF da criança, RG e CPF do responsável, comprovante de residência atualizado, Credencial Sesc atualizada (no caso de ser dependente de trabalhador do comércio) e comprovante de renda de todos os integrantes da casa.

O Criar Sesc prioriza o brincar como linguagem do conhecimento. Por isso, as atividades são desenvolvidas a partir do envolvimento das diversas áreas de atuação dos profissionais do Sesc (educação, esportes, lazer, assistência social e cultura).

Sesc – Fundado em 1947 em Pernambuco, o Serviço Social do Comércio é uma instituição privada mantida pelos empresários do comércio de bens, serviços e turismo. Atuante na Região Metropolitana do Recife, Zona da Mata Norte, Zona da Mata Sul, Agreste e Sertão, por meio de 24 unidades fixas, incluindo os hotéis Guadalupe (Sirinhaém), Triunfo e Garanhuns. Oferece atividades gratuitas ou a preços populares nas áreas de Educação, Cultura, Lazer, Assistência e Saúde, inclusive para quem dispõe do Cartão do Empresário da Fecomércio/PE. No campo digital, a instituição oferece o aplicativo Sesc-PE, facilitando acesso às atividades, renovação e habilitação da credencial entre outras funcionalidades, e disponibiliza a plataforma Sesc Digital (https://cursos.sescpe.com.br/todos). Por ela, é possível conhecer o cronograma de cursos e realizar a inscrição de forma online e segura. Para acompanhar todas as informações sobre o Sesc, acesse www.sescpe.org.br.

Serviço: Projeto Criar Sesc, em Belo Jardim e Surubim
Prazo final para inscrição gratuita: até sexta, 9 de dezembro

Sesc Ler Belo Jardim
Av. Pedro Leite Cavalcanti, s/n, Cohab II
Informações: (81) 3726-1576 ou (81) 99169-3242 (Whatsapp)

Sesc Ler Surubim
Rua Frei Ibiapina, s/n, São José
Informações: (81) 3634-5280 ou (81) 99168-8379 (Whatsapp)

Dezembro Laranja alerta sobre a prevenção do câncer de pele

Com a chegada da época mais quente do ano, liga-se o sinal de alerta sobre a exposição ao sol. Para conscientizar a população sobre isso, temos a campanha “Dezembro Laranja”, com o objetivo de prevenir e combater o câncer de pele. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), os números da doença no Brasil correspondem a 27% de todos os tumores malignos no país – um exemplo recente em 2020 foram registrados 8,5 mil novos casos.

A dermatologista credenciada ao Cartão Saúde São Gabriel, Dra. Tereza Cristina Paiva, ressalta os cuidados necessários para se proteger dos raios solares, destacando o objetivo desta campanha. “Nesse mês, procuramos orientar e esclarecer a população sobre os cuidados com a exposição ao sol. Usar filtro solar quando estiver ao ar livre, em praias e/ou piscinas; roupas leves e claras, de preferência tecidos de algodão; óculos escuros, chapéus e bonés também são indicados”, orienta a médica, que também destaca como pode surgir o câncer de pele.

Ela também orienta quando se deve ligar o sinal de alerta em suspeição da doença e sobre a importância da prevenção. “Quando suspeitar de uma mancha ou sinal que se modificou em pouco tempo, apresentando sangramentos espontâneos, dificuldade de cicatrização, aumento de tamanho, modificação de textura na pele ou alteração na cor, procurar o dermatologista, o mais rápido possível. O câncer de pele tem cura, se tratado em fase inicial. Existem diversos tipos de tratamentos, de acordo com cada caso, podendo variar entre quimioterápicos tópicos, eletrocauterização, lasers, pellings, e ciurugias, mas a prevenção será sempre o melhor remédio”, finaliza.