Ministro da Saúde alerta que 69 milhões de pessoas não tomaram a terceira dose contra Covid

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que cerca de 69 milhões de pessoas em todo o País ainda não tomaram a terceira dose da vacina da Covid-19. O alerta foi dado no último sábado (12), através das redes sociais.

O ministro alertou que a população precisa tomar a dose de reforço, considerando o aumento no número de infecções que foram registradas nas últimas semanas.

Segundo Queiroga, outros 32,8 milhões de brasileiros também não foram aos postos de saúde para tomar a quarta dose do imunizante.

O Ministério da Saúde pede para que a quarta dose contra a Covid-19 seja realizada só em adultos com 40 anos ou mais, além dos imunossuprimidos. “Sabemos que as vacinas foram fundamentais para controlar a emergência de saúde provocada pela Covid-19. Por isso, peço que busquem as salas de vacinação”, disse o ministro.

Apesar da orientação do ministério, alguns estados e municípios estão aplicando a quarta dose em todos os adultos, independentemente da faixa etária.

Especialistas acreditam que o Brasil passará por uma nova onda de casos da covid-19 graças à subvariante da Ômicron, a BQ.1. Já foram registrados aumentos na Europa, China e nos Estados Unidos.

Estudos preliminares mostram que ela apresenta um maior risco de fuga à proteção que é fornecida pelas vacinas.

Folhape

Governadores vão se reunir com Lula em janeiro para discutir ICMS e investimentos em infraestrutura

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, visita pela primeira vez o centro de transição no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e se reúne com parlamentares das bancadas aliadas.

A pauta econômica é prioridade de governadores que vão se encontrar, em janeiro, com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), numa reunião que, diz o petista, será uma de suas primeiras agendas assim que ele assumir o Palácio do Planalto.

Os chefes dos Executivos estaduais levarão a Lula demandas para a compensação das perdas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), a adesão ou renegociação do Regime de Recuperação fiscal, a revisão da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) e mais investimentos em infraestrutura. Além disso, deve estar em discussão um novo pacto federativo, assunto que interessa ao presidente eleito.

Se forem atendidos, os governadores — que viram seus caixas incharem devido à inflação — esperam enfrentar com menos pessimismo um cenário financeiro bem mais apertado no próximo ano, diante do baixo crescimento econômico do país.

Para desafogar os cofres, os tucanos Eduardo Leite (RS) e Eduardo Riedel (MS) afirmam que deverão discutir com Lula neste primeiro encontro a compensação das perdas do ICMS. O tributo, considerado o mais importante para os governadores, foi limitado no governo Bolsonaro.

Leite projeta um rombo nas receitas dos gaúchos de R$ 2 bilhões este ano e mais R$ 5 bilhões em 2023. Em outra frente, o governador eleito do Rio Grande do Sul afirma que o estado tem obras em ritmo lento ou paralisadas do governo federal que precisam ser retomadas. Ele cita os casos da duplicação da BR-116 entre Porto Alegre e Pelotas e que se estende até o porto de Rio Grande, além da retomada dos trabalhos da BR-290, que faz a ligação no leste e oeste, de Uruguaiana até Eldorado do Sul.

— A questão da queda do ICMS precisa de uma solução. É um recurso usado para o subfinanciamento de programas federais, como a complementação da merenda escolar e a defasagem tabela do SUS. A união pune políticas públicas ao forçar essa perda de arrecadação de impostos — avalia Leite, que na última quarta-feira se encontrou com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), em Brasília.

Riedel, que assumirá o Mato Grosso do Sul no próximo ano, defende que a materialização da compensação das perdas do ICMS ocorra, por exemplo, via redução do pagamento da dívida e olhando as perdas por itens, e não a partir do recolhimento geral.

O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), adiantou que pedirá ao governo federal que dê continuidade aos investimentos na nova subida da Serra de Petrópolis e a conclusão da F118, ferrovia que liga o Porto do Açu, no Norte do estado, à cidade de Anchieta, no Espírito Santo. Aliado de Bolsonaro, Castro já ensaia uma aproximação com o Planalto. O principal interlocutor de Lula com ele é o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e candidato derrotado ao Senado, André Ceciliano (PT).

No Rio Grande do Norte, onde Fátima Bezerra (PT) se reelegeu governadora, a demanda é por recursos para as obras de infraestrutura hídrica, segundo ela, necessárias para o uso pleno da água da transposição do Rio São Francisco. A petista também prevê ajuda federal para a recuperação de rodovias e pretende reivindicar a revisão da tabela de procedimentos do SUS.

Em Minas Gerais, segundo estado mais populoso do país, Romeu Zema (PL) diz que a prioridade é continuar com a expansão do metrô de Belo Horizonte. O governador reeleito apoiou Bolsonaro no segundo turno, mas disse ao GLOBO que vai trabalhar em conjunto com o novo presidente.

Outro tema que será levado à mesa de negociação com Lula é a recuperação fiscal dos estados. Castro diz que o acompanhamento do estado no Regime de Recuperação Fiscal (RRF) é “crucial” para o crescimento. E Zema pleiteia a conclusão do processo de adesão de Minas ao regime.

— Esse é o ponto principal para que Minas possa ter uma solução para a crise fiscal que enfrentamos e, assim, avançarmos muito na melhoria dos serviços prestados aos mineiros — afirma o governador, que também quer discutir a conclusão da repactuação do acordo de reparação de Mariana. — É um tema que não podemos atrasar mais, porque os atingidos estão esperando há sete anos para ter uma reparação efetiva.

Zema também chama a atenção para a necessidade de rever o pacto federativo. Segundo o governador, a revisão deve caminhar na direção da descentralização de recursos e articulação regional de políticas públicas.

— A União concentra hoje a maior parte da arrecadação, e são nos estados e municípios que a política pública acontece. É preciso fazer essa discussão para que os demais entes federativos sejam menos dependentes do governo federal — conclui o mineiro.

O GLOBO apurou com auxiliares da equipe de transição que ainda não há uma solução para compensar as perdas com o ICMS, mas que o tema ainda deve ser discutido. Num primeiro momento, a aposta do governo federal será em restabelecer o diálogo com os estados e traçar uma agenda de prioridades para a retomada de investimentos em obras de infraestrutura. Como as despesas dos estados são engessadas, a ajuda da União em obras é vista como essencial para a geração de empregos.

Pacto de governadores em 2003
A ideia de buscar apoio dos estados para aprovar reformas já foi usada por Luiz Inácio Lula da Silva em seu primeiro mandato. Em abril de 2003, três meses e meio depois de tomar posse, o petista se reuniu com 25 governadores na Granja do Torto, em Brasília, e definiu detalhes das propostas de reforma tributária e da Previdência que seriam levadas ao Congresso.

Para manter o foco dos presentes no encontro, chegaram a ser instalados dois bloqueadores de celulares no local, o que irritou alguns participantes. A reunião durou 11 horas. À tarde, diante das reclamações, os bloqueadores foram desligados.

A primeira reforma acertada nunca chegou a ser aprovada. As discussões sobre mudanças na cobrança de ICMS tiveram momentos de tensão. A então governadora do Rio, Rosinha Garotinho, fez uma intervenção ríspida porque não queria que as regras do ICMS fossem alteradas. Ouviu do então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, que ela “queria o impossível”. Em 2007, já no segundo mandato, Lula novamente reuniu os governadores e também fechou um pacto pela reforma tributária. O petista ainda conseguiu apoio de empresários, mas, mesmo assim, houve resistência no Congresso. Agora, Lula também pretende fazer uma reforma tributária.

Já a Reforma da Previdência, que tinha como principal objetivo reduzir a diferença entre aposentados dos setores público e privado, apresentada aos governadores no encontro de abril de 2003, deu certo. Foi na reunião que o petista conseguiu apoio para pontos polêmicos do texto, como a contribuição de servidores inativos. O tema tinha oposição dentro do próprio PT. Foi por causa disso que um grupo de parlamentares, liderados pela então senadora Heloísa Helena (AL), deixou o partido e fundou o PSOL no ano seguinte.

Além da cobrança de inativos, foi acertada na reunião a padronização da alíquota de 11% cobrada de servidores da União, dos estados e de municípios. Outro ponto acordado previa a elevação da idade mínima de aposentadoria dos servidores. Para as mulheres, a elevação foi de 48 para 55 anos. E para os homens, de 53 para 60 anos. Havia ainda a proposta de redução de 30% nos valores das pensões pagos a mulheres, maridos e filhos de servidores.

O texto com as mudanças nas regras da Previdência foi aprovado em outubro daquele ano na Câmara e no Senado.

Agência O Globo

Em acidente de moto voltando de Brasília, prefeita de Primavera fica ferida e o marido morre

A prefeita de Primavera, na Mata Sul de Pernambuco, Dayse Juliana (PSB), de 36 anos, ficou ferida e o marido dela, João Paulo Rocha da Silva, de 42 anos, morreu em um acidente de moto na noite desse domingo (13), na cidade de Paulo Afonso, na Bahia. O casal voltava ao Estado após uma viagem a Brasília.

De acordo com o boletim médico divulgado nas redes sociais da prefeita, Dayse sofreu uma fratura no braço esquerdo, passou por cirurgia e está bem. “Ela está completamente fora de risco, aguardando os procedimentos para ser transferida para Recife”, diz o comunicado.

O marido dela, João Paulo, que era secretário de Governo do município, não resistiu ao impacto do acidente e morreu. O óbito foi confirmado pela prefeitura da cidade, que divulgou nota de pesar na página oficial, no Instagram.

“É com o mais profundo pesar que lamentamos o falecimento de João Paulo, secretário de Governo de Primavera e marido da prefeita Dayse Juliana.

A governadora eleita, Raquel Lyra (PSDB), que esteve com o casal em Brasília, na última semana, divulgou nota de pesar.

“Foi com muita tristeza que recebi, neste domingo (13), a notícia do acidente que ocasionou o falecimento de João Paulo, esposo da prefeita de Primavera, Dayse Juliana, que ainda continua no hospital recebendo cuidados médicos. Que Deus possa confortar e dar força a Dayse, aos demais familiares e amigos”, afirma a nota.

Folhape

Como deve ser realizado o tratamento de adolescentes com ansiedade?

Redes sociais, estudos, bullying, grandes mudanças no cotidiano e problemas familiares. Esses são alguns fatores que desencadeiam a ansiedade em adolescentes. O número de brasileiros entre os doze e dezoito anos com esse transtorno vem crescendo e ativando um alerta para os cuidados com a saúde mental. Cada situação é tratada de uma maneira diferente pelo profissional. Nesse caso, como os psicólogos devem receber os adolescentes em suas clínicas?

“O mais importante é ser paciente e deixá-los confortáveis para que possam compartilhar suas inseguranças, medos e emoções. O atendimento será feito, em grande parte, por meio da conversa e da escuta. O objetivo é ter o adolescente refletindo sobre seus problemas e, com o auxílio do profissional, chegar a sua própria conclusão”, explica Márcia Karine Monteiro, coordenadora do curso de Psicologia do UNINASSAU — Centro Universitário Maurício de Nassau Paulista.

É preciso ter um cuidado com essa faixa etária, pois as pessoas estão passando por transformações e não têm uma inteligência emocional bem desenvolvida. Por exemplo, é possível que eles se recusem a falar nas primeiras sessões e não queiram aceitar os concelhos dos psicólogos

Congresso

Com o tema “Cuidado e manejo da ansiedade na clínica psicológica com adolescentes”, Anna Karla Vasconcelos, psicóloga clínica da infância e adolescência, vai aprofundar o assunto durante o VII Congresso Nacional Multidisciplinar de Saúde: inovações científicas e tecnológicas da Saúde e o mercado de trabalho. O evento acontece de 17 a 19 de novembro, no Centro de Convenções de Pernambuco, e é organizado pelas unidades do UNINASSAU — Centro Universitário Maurício de Nassau e das Faculdades UNINASSAU da Região Metropolitana do Recife.

Caruaru vacina primeiro bebê com comorbidade contra Covid-19

Foto: Jorge Farias

A tarde deste domingo (13) foi de alegria em dose dupla para a mãe do pequeno Bernardo Marques da Silva, de 1 ano e sete meses, que foi a primeira criança a receber a dose do imunizante Pfizer Baby, em Caruaru. Isso porque, além de mãe, Monnyque Marques é enfermeira da Prefeitura de Caruaru e, por estar de plantão no posto de vacinação da Via Parque, teve o privilégio de fazer parte da equipe que vacinou o próprio filho com a vacina anticovid.

“Estou feliz de duas formas, enquanto profissional de saúde e como mãe. Falando como mãe, quando a gente toma a decisão de vacinar nossos filhos, a gente não está tomando uma decisão individual, a gente acaba pensando sempre no coletivo. É imunizando o nosso filho que a gente vai conseguir manter baixo os índices de contaminação de toda uma comunidade”, disse a enfermeira e mãe do pequeno Bernardo, Monnyque Marques.

Assim como Monnyque, as mães de crianças com comorbidades de seis meses até 1 ano, 11 meses e 29 dias, também podem vacinar os seus filhos contra o coronavírus. Para isso, basta se dirigir ao posto de vacinação localizado na Via Parque, no trecho do INSS, com caderneta de vacinação, cartão SUS ou CPF e laudo médico. O local funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h e das 17h às 20h. Nós sábados, domingos e feriados, o horário é das 8h às 18h.

Caruaru aguarda o recebimento de novas doses para que possa ampliar a faixa etária da vacinação no município.

Comorbidades

As comorbidades listadas no Plano Nacional de Operacionalização (PNO), elaborado pelo Ministério da Saúde (MS) são: diabetes, hipertensão arterial e pulmonar, doenças cardiovasculares, doenças neurológicas crônicas, doença renal, imunocomprometidos, obesidade (IMC >40), síndrome de Down, hemoglobinopatias graves e cirrose hepática.

Porto retorna à Primeirona do Campeonato Pernambucano

Após seis temporadas, o Porto retornou para o lugar de que nunca deveria ter saído: a elite do futebol pernambucano. O passaporte para Série A1 2023 foi carimbado na tarde deste domingo (13), no Ademir Cunha, quando o Gavião derrotou o Vera Cruz por 2 a 0, em cobranças de pênalti convertidas por Danielzinho, nas duas etapas do jogo.

Bem postada em campo e sem maiores atropelos, a equipe caruaruense fez um segundo tempo convicente e agora vai lutar pelo título da segunda divisão.

O Porto enfrenta o Maguary, nesta terça-feira (15), às 15h, no estádio Antônio Inácio, em confronto único pelas semifinais. Nos seus quase 30 anos de história, o Gavião levantou a taça da competição em 2003.

TJPE atua em regime de plantão nesta segunda e terça-feira (14 e 15)

Palácio da Justiça de PE

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) vai atuar em esquema de plantão judiciário nas próximas segunda e terça-feira (14 e 15/11), em razão do feriado da Proclamação da República, nas Comarcas da Capital e do Interior. Nas referidas datas, o Judiciário estadual prestará atendimento remoto voltado apenas para as demandas de urgências de 1° e 2° Graus de caráter cível e criminal, como habeas corpus, mandados de segurança e medidas cautelares, entre outros. O horário de funcionamento dos plantões será das 13h às 17h.

Para conferir o plantão de 1º e 2º Graus do TJPE, basta clicar nos seguintes links:

Plantão 1º Grau Capital

Plantão 2º Grau Capital

Comarcas da Região Metropolitana do Recife (RMR) e do Interior – Para conferir a lista de contatos das unidades judiciárias plantonistas da RMR e das comarcas do Interior que vão atuar em regime de plantão no referido período, bem como as suas respectivas áreas de abrangência, basta acessar a seção Plantão Interior – 1º Grau.

O esquema de plantão do Judiciário estadual, referente aos citados dias, foi publicado na Edição de nº 230/2021, do Diário da Justiça Eletrônico (DJe), através do Ato Conjunto 49/2021, que versa sobre os feriados e expedientes forenses do ano de 2022 no âmbito do TJPE. Para conferir o Ato Conjunto 49/2021 na íntegra, clique AQUI.

MPPE funciona em regime de plantão

Nesta segunda e terça-feira (14 e 15 de novembro), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) vai funcionar em regime de plantão, das 13h às 17h, em razão do Dia de Finados, conforme a Portaria PGJ nº 3.466/2021, posteriormente alterada pela Portaria PGJ nº414/2022. 

Dessa forma, os atendimentos devem ser realizados remotamente por e-mail e as demandas urgentes devem ser encaminhadas ao promotor de Justiça plantonista, que atua das 13h às 17h, nos termos da Resolução RES-CPJ nº006/2017.

Segue abaixo como contatar cada uma das Circunscrições e as unidades do MPPE na Capital.

Capital: plantaocapital@mppe.mp.br

Salgueiro: plantao1a@mppe.mp.br

Petrolina: custodia2circunscricao@mppe.mp.br

Afogados da Ingazeira: plantao3a@mppe.mp.br

Arcoverde: plantao4a@mppe.mp.br

Garanhuns: plantao5a@mppe.mp.br

Caruaru: plantao6a@mppe.mp.br

Palmares: plantao7a@mppe.mp.br

Cabo de Santo Agostinho: plantao8a@mppe.mp.br

Olinda: cpfd.olinda@mppe.mp.br

Nazaré da Mata: plantao10a@mppe.mp.br

Limoeiro: plantao11a@mppe.mp.br

Vitória de Santo Antão: plantao12a@mppe.mp.br

Jaboatão dos Guararapes: plantao13a@mppe.mp.br

Serra Talhada: plantao14a@mppe.mp.br

Ouvidoria – O cidadão também pode entrar em contato com o MPPE, para registrar denúncias, reclamações, sugestões, críticas e elogios, através da Ouvidoria, no site do MPPE, por meio do formulário https://bit.ly/ouvidoriamppe-manifestacao, e pelo assistente virtual Audivia: no site do MPPE ou pelo messenger do Facebook da Ouvidoria do MPPE.

Técnicos pedem vacinas para impedir que variantes sofram mutações

Vacinação de adultos contra covid-19 na Unidade Básica de Saúde - UBS Brás.

Diante do aumento de casos de covid-19, autoridades sanitárias internacionais estão em alerta. O registro de novos casos da doença tem a ver com o surgimento de novas subvariantes da Ômicron, BQ.1 e XBB. Segundo os primeiros estudos, elas podem ser mais transmissíveis e resistentes às barreiras vacinais.

O mais recente Boletim InfoGripe Fiocruz, divulgado na última quinta-feira (10), sinaliza para o aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com resultado laboratorial positivo para Covid-19 na população adulta do Amazonas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Segundo o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, ainda não é possível afirmar que esse crescimento esteja relacionado especificamente com as identificações recentes de novas sublinhagens identificadas em alguns pontos do país.

Em alguns estados, o sinal é mais claro nas faixas etárias a partir de 18 anos. A exceção é o Rio Grande do Sul, que apresenta essa tendência apenas nas faixas etárias a partir de 60 anos.

“Como os dados laboratoriais demoram mais a entrar no sistema, espera-se que os números de casos das semanas recentes sejam maiores do que o observado nessa atualização, podendo, inclusive, aumentar o total de estados em tal situação”, disse o pesquisador da Fiocruz.

Crianças

Quando o recorte foi feito por capitais, a Fiocruz identificou maior predominância em crianças. As exceções são Manaus, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, que apresentam crescimento nas faixas etárias acima de 60 anos.

Segundo o médico Werciley Júnior, coordenador da Infectologia da rede Santa, em Brasília, as crianças devem ser um foco de atenção importante. “Apesar da doença em crianças ser uma forma normalmente leve, a gente tem dois aspectos. O primeiro é que nelas, quando a forma é grave, há uma alta taxa de mortalidade. O outro é que as crianças são carreadoras do vírus para dentro de casa. Se elas estiverem imunizadas, vão diminuir muito sua capacidade de transmissão”, alertou.

Ainda segundo o médico infectologista, apesar de até o momento os casos no país serem leves, registros positivos preocupam especialmente entre os não vacinados. O especialista ressaltou que o grande medo da comunidade médica e de autoridades sanitárias é que essa variante sofra uma nova mutação e fuja totalmente da vacina causando doenças graves.

“A gente sabe que a taxa de vacinação mais ou menos estacionou com duas doses. As pessoas não estão fazendo a terceira dose que houve uma redução gigantesca”, observou, acrescentando que esse público pode desenvolver formas graves da doença.

Segundo o médico, a vacina tem dois pontos importantes. O primeiro deles é proteger as pessoas de modo que quem tiver a doença desenvolve a forma leve.

O outro ponto é que, com anticorpos trazidos pela vacina “mesmo que parcialmente funcionando”, o paciente infectado diminui a carga viral e não consegue transmitir o vírus para a mesma quantidade de pessoas que transmitia sem a imunização.

Proteção

Além da vacinação, o infectologista recomendou que pessoas com comorbidades voltem a usar máscaras de proteção facial, evitem aglomerações e, em caso de suspeita, façam o teste para evitar contaminação de outras pessoas.

Leões, tigres, cangurus, falcões, águias e canarinhos entram em campo

canarinho pistola, seleção brasileira

As seleções que disputarão a Copa do Mundo do Catar não são conhecidas apenas por suas conquistas em campo. No coração das torcidas, elas ganham apelidos de origens as mais diversas possíveis, que surgem de histórias curiosas, trágicas e que até se misturam com a do próprio país que defendem. Os times se transformam em simples cores, animais selvagens, pássaros e personagens celestiais. Das 32, 31 têm apelidos. Vamos conhecer?Grupo A

O Catar é o país-sede e sua seleção é conhecida como The Marron. Mas como uma seleção que tem a bandeira com as cores branca e vermelho-escuro é chamada de Marrom? A justificativa é histórica. O Catar é conhecido como o primeiro produtor de corante de marisco, e em especial de um corante roxo durante o domínio do Império Sassânida. Segundo a lenda, a bandeira original do Catar seria toda em vermelho-púrpura, exatamente para destacar esse papel de produtor de corantes. Mas a tinta usada era de baixa qualidade e, sob o sol, assumia a cor marrom. Em 2015, finalmente, foi adotado o tom exato da bandeira, chamado de Pantone 1955. Localmente a cor é chamada de Catar marrom.

A seleção do Equador é conhecida como La Tri, A Tricolor. A explicação é simples: a bandeira tem as cores amarelo, azul e vermelho.

Os Leões de Teranga é o apelido da seleção de Senegal. O felino é um dos símbolos da população senegalesa, enquanto Teranga é uma palavra proveniente da língua wolof, uma das mais faladas no país. Ela significa hospitalidade e acolhimento.

A Holanda completa o Grupo A e o apelido de Laranja Mecânica tem várias interpretações. A primeira, e mais óbvia, é a cor do uniforme. Outros dizem que o codinome surgiu na Copa de 74 em razão do sistema tático inovador, conhecido como carrossel. Por fim, o apelido seria uma homenagem ao filme “Laranja Mecânica”, lançado em 1971 e dirigido por Stanley Kubrick.

Grupo B

Os ingleses são bem criativos quando se fala de apelidos de sua seleção. O English Team é chamado de The Three Lions (Os Três Leões), em referência ao escudo da camisa, mas também de The Rose Team (O Time da Rosa) – a rosa é símbolo da casa real britânica. Os três leões também estão presentes no brasão do exército inglês e no escudo da federação de futebol do país.

A seleção iraniana adota apelidos variados também. No Irã, todas as seleções de qualquer esporte são chamadas de Team Melli, que em persa significa Time do Povo. Mas em 2006 a seleção ficou conhecida como Estrelas Persas. Na Copa Asiática de 2011 os iranianos também foram chamados de Os Leões da Pérsia, Corações de Leão e Príncipes da Pérsia. Vale lembrar que durante muitos anos o Irã foi confundido com a Pérsia, e a região é um dos últimos redutos do leão asiático, também conhecido como leão persa.

Os Estados Unidos adotam dois apelidos para sua seleção. Ela é conhecida como The Star and Stripes (time das Estrelas e Listras), numa homenagem à bandeira do país. Mas também utilizam o apelido Yankees, como forma de lembrar dos vencedores da Guerra da Secessão, que chegou ao final em 1865.

De uniforme predominantemente vermelho, a seleção do País de Gales é conhecida como The Dragons. Esta é a cor dos dragões da bandeira nacional e do escudo da Federação Galesa de Futebol.

Grupo C

A Argentina tem um apelido de fácil entendimento, Seleção Albiceleste, em razão do uniforme com listras verticais, em branco e azul-celeste.

A Arábia Saudita é conhecida como Al Akhdar, o Verde, cor predominante de sua bandeira. A seleção também carrega o apelido de Os Falcões Verdes, pois os falcões são uma ave popular entre os sauditas, que têm na falcoaria um esporte nobre, considerado até mesmo uma forma de arte, e que movimenta milhões de dólares. A falcoaria é considerada Patrimônio Cultural Intangível da Humanidade, pela Unesco.

O México é outra seleção conhecida como La Tri, a Tricolor. A bandeira tem as cores verde, vermelho e branco.

Também é a bandeira que determina o apelido da seleção polonesa. Bialo-czerwoni é o codinome da seleção alvirrubra, que é o mais popular no mundo do futebol. Os poloneses também são chamados de Biale Orly (As Águias Brancas), em homenagem ao símbolo do país.

Grupo D

A seleção francesa até já foi chamada de Le Tricolore (A Tricolor), por causa das três cores da bandeira. Mas o apelido Les Bleus (Os Azuis) é o que predomina há muitos anos, até mesmo por conta da cor do uniforme da seleção.

O apelido da seleção da Dinamarca tem histórico esportivo. Surgiu na Copa do Mundo de 1982. Após bom desempenho nas Eliminatórias, os dinamarqueses venceram Escócia, Uruguai e Alemanha nas três primeiras rodadas do Mundial e o apelido Dinamáquina logo pegou.

A Tunísia adota um apelido com história em sua seleção. A equipe é chamada de Eagles of Carthage (Águias de Cartago). A águia é um dos símbolos da federação da Tunísia e Cartago era o centro comercial mais importante do Mediterrâneo Antigo. A cidade é a capital da antiga civilização cartaginesa e ficava próxima ao lago de Túnis, onde hoje é a Tunísia.

A Austrália tem um apelido curioso, sem tradução imediata. A seleção é conhecida como Socceroos, uma união das palavras soccer (futebol) e kangaroos (cangurus), animal nativo da Austrália. Aussies, gíria local que identifica os australianos, e Cangurus também são utilizados.

A história do país também serve de influência para um dos apelidos da seleção da Espanha. Por conta de uma das cores da bandeira e do uniforme, ela é chamada de La Roja (A Vermelha). Mas a Guerra dos 80 anos, entre 1568 e 1648, na qual os Países Baixos buscavam a independência da Espanha, registrou o trágico ataque à Antuérpia, em 1576, quando sete mil vidas foram perdidas. A crueldade em apenas três dias ficou registrada como a Fúria Espanhola, e o apelido La Fúria também foi aplicado à seleção nacional.

A Costa Rica adota um apelido carinhoso para sua seleção. Ao contrário dos demais países de língua espanhola, na Costa Rica os diminutivos usam o sufixo “ico” e não “ito”. Por isso, desde 1856, quem nasce na Costa Rica é chamado de Tico, e esse codinome foi herdado pela seleção: Los Ticos.

A poderosa Alemanha, até o último dia 29 de julho, tinha um apelido forte: Die Mannschaft (O Time). No entanto, para surpresa do mundo do futebol, a Federação Alemã aboliu o apelido sob a alegação de que, desde seu surgimento, dividiu a opinião dos torcedores, que viam também o apelido como um símbolo de comercialização da equipe. A Alemanha, portanto, é a única seleção da Copa que não tem um apelido oficial.

A bandeira do Japão é das mais conhecidas do mundo: branca com um disco vermelho no centro. No entanto, a seleção japonesa é conhecida como Os Samurais Azuis, que participam das Copas desde 1998. A origem do apelido é bem mais antiga, remonta à Copa de 1954, quando o Japão disputou pela primeira vez um jogo internacional pela etapa classificatória daquele Mundial. A única equipe de futebol que existia naquela época era da Universidade de Tóquio, que vestia azul. O uniforme foi adotado pela seleção e deu origem ao apelido. Os Samurais celebram a tradição dos guerreiros do Japão feudal.

Grupo F

Um dos apelidos mais antigos adotados pelas seleções da Copa é o dos belgas. Die Roten Teufel (Os Diabos Vermelhos) surgiu em 1906, quando a seleção da Bélgica venceu a da Holanda por 3 a 2 em Rotterdam. O nome também é uma referência à cor principal do uniforme.

A fauna marca presença na seleção de Marrocos. The Atlas Lions (Os Leões do Atlas) homenageia os leões daquele país, cuja espécie leão berbere, ou leão do Atlas, foi extinto da natureza no século XX. O Atlas é uma referência à Cordilheira do Atlas, que tem o pico mais alto, Toubkal, com 4.167 metros de altitude, dentro do Parque Nacional do Marrocos.

Uma Equipe em Chamas. Assim é conhecida a seleção da Croácia, ou a Vatreni, que significa Ardente. A inspiração para o apelido vem da paixão dos croatas pelo país e pelo futebol. A seleção, por conta do uniforme, também é chamada de Kockasti (Xadrez).

Os Vermelhos é o apelido da seleção do Canadá. The Reds e Les Rouges são outros codinomes. Há também The Canucks (Os Canadenses), também é utilizado.

Grupo G

A tão famosa Seleção Canarinho, cinco vezes campeã do mundo, só ganhou esse apelido após uma tragédia esportiva. Foi na Copa de 1950, em casa, na derrota para o Uruguai na final. O uniforme branco, até então utilizado, foi aposentado e, através de um concurso popular, a camisa amarela saiu vencedora. O apelido foi inventado pelo radialista Geraldo José de Almeida.

Uma águia branca de duas cabeças, no brasão da bandeira da Sérvia, é a referência do apelido da seleção: Águias Brancas. A ave refere-se à dinastia Nemânica, a mais importante da Sérvia na Idade Média.

A Suíça é pouco criativa quando falamos de apelidos. A Nati, diminutivo de Schweizer Nationalmannschaft (Equipe Nacional), em alemão, também é conhecida como La Nati e Sqaudra Nazionale, que têm os mesmos significados em francês e italiano, respectivamente.

O leão é o símbolo de Camarões. E o apelido da seleção faz essa referência: Leões Indomáveis.

Grupo H

A Seleção de Portugal é conhecida como Seleção das Quinas. E a explicação é dada com conhecimento histórico. O apelido tem origem na bandeira portuguesa, que, além das cores verde e vermelho, apresenta no centro o escudo português sobre uma esfera armilar, que vem a ser um instrumento de astronomia, aplicado em navegação (há quem chame a seleção lusa de Os Navegadores). Dentro do escudo português encontramos cinco emblemas azuis (durante a monarquia, as cores da bandeira eram azul e branco) chamados de quinas, que simbolizam os cinco reis mouros que D. Afonso Henriques venceu na batalha de Ourique, no século 12.

O principal apelido da seleção do Uruguai tem origem esportiva. Também conhecida como Charrúa, celebrando um povo indígena que foi massacrado por tropas uruguaias em 1831, a equipe é chamada de Celeste Olímpica, não só pelo azul de seu uniforme (que, além de estar na bandeira, faz homenagem ao extinto clube River Plate FC), mas também pela conquista de duas medalhas de ouro olímpicas, conquistadas em 1924 (Paris) e em 1928 (Amsterdã). A seleção uruguaia também dá nome ao gol marcado diretamente de uma cobrança de escanteio, pois em 1924 o argentino Cesáreo Onzari marcou o primeiro gol desta forma, em um amistoso contra o Uruguai, que meses antes havia sido campeão olímpico. Assim, os argentinos criaram a expressão gol olímpico para ironizarem os rivais.

A estrela negra de cinco pontas, que representa a liberdade da África, bem ao centro da bandeira de Gana é a inspiração para o apelido da seleção de futebol do país: Os Estrelas Negras.

A origem do apelido da seleção da Coreia do Sul é econômica. Entre as décadas de 1960 e 1990 quatro territórios do sudeste asiático se destacaram com um crescimento agressivo: Hong Kong, Singapura e Taiwan, ao lado dos coreanos, eram conhecidos como Tigres Asiáticos. Esse codinome foi levado para o futebol, e a Coreia do Sul o adotou. Vale lembrar que o tigre é um animal típico da Ásia.