Em um dia de volatilidade internacional, o dólar fechou em leve alta após disparar durante a manhã. A bolsa de valores descolou-se das bolsas norte-americanas e fechou em alta, impulsionada pelo corte na produção global de petróleo.
O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (5) vendido a R$ 5,184, com alta de R$ 0,016 (0,31%). A cotação teve um dia de oscilações, chegando a R$ 5,24 por volta das 11h30 e desacelerando para R$ 5,17 por volta das 16h.
O mercado de ações teve um dia de ganhos. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 117.198 pontos, com alta de 0,83%. Apesar da queda nas bolsas dos Estados Unidos, o indicador subiu impulsionado pela decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de corte mais profundo na produção do combustível desde o início da pandemia da covid-19.
A decisão fez a cotação internacional do petróleo subir 2% e beneficiou as ações da Petrobras, as mais negociadas na bolsa. Os papéis ordinários (com votação em assembleia de acionistas) subiram 3,54%. As ações preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) valorizaram-se 3,76%.
O dólar subiu em todo o planeta após a divulgação de dados que mostram que a demanda por mão de obra nos Estados Unidos permaneceu forte em setembro. Além disso, dirigentes do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) voltaram a afirmar que os juros permanecerão altos o tempo necessário para segurar a inflação no país, que está no maior nível em 41 anos.
Taxas altas em países desenvolvidos estimulam a fuga de capitais de países emergentes. No entanto, o corte na produção global de petróleo ajudou a conter a retirada de recursos financeiros em grandes produtores, como o Brasil.