Especialista dá dicas de como conciliar treinos com festas de fim de ano

As festas de fim de ano estão chegando e, com elas, as confraternizações no trabalho, com a família e os amigos vêm marcadas por comidas, bebidas e guloseimas a cada encontro. Para quem está no processo de emagrecimento ou ganho de massa muscular, esse período se torna desafiador, uma vez que exige cuidados para não perder o ritmo dos treinos e, principalmente, manter os resultados já alcançados. O nutrólogo da Clínica Três Marias, Niltes Júnior, explica que não é preciso se privar de consumir alimentos fora da dieta nesses dias, porém, é indispensável se atentar para não cometer exageros.

“Quem dedica a maior parte do tempo a uma dieta equilibrada e a treinos adequados, não terá seus resultados comprometidos por dois dias de Natal e um de Réveillon. Porém, é preciso manter uma certa rotina de treinos e uma alimentação moderada, a fim de reduzir ao máximo o impacto no corpo”, destaca. O especialista ressalta que, nos dias que antecedem as festas, é essencial se dedicar aos exercícios, evitar fugir da dieta e manter uma hidratação regular. Já após, o recomendado é retornar aos treinos e a rotina saudável o quanto antes, consumindo alimentos que ajudam na recuperação muscular, como proteínas, carboidratos complexos, frutas cítricas, vegetais e gorduras boas.

“Não podemos esquecer que o consumo de bebidas alcoólicas também é mais recorrente nessas ocasiões e essa ingestão em excesso pode atrapalhar o processo de emagrecimento e de ganho de massa muscular, pois o álcool adiciona calorias vazias e interfere na recuperação dos músculos. Para manter os resultados, é fundamental ter moderação”, pontua. Por fim, o profissional orienta que o ideal é sempre consultar o treinador físico e o nutricionista responsável pelo acompanhamento, para ajustar a rotina de exercícios e a alimentação de maneira adequada durante as festividades.

Governadora Raquel Lyra lança plataforma ecológica de Pernambuco e participa da posse dos novos membros do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural

A governadora Raquel Lyra lança, nesta terça-feira (17), às 14h, no Centro Cultural Cais do Sertão, a Plataforma Ecológico-Econômica de Pernambuco (PEE-PE). A ferramenta foi desenvolvida com avançada tecnologia e vai oferecer informações ambientais precisas sobre o território pernambucano.

Em seguida, às 16h, no Palácio do Campo das Princesas, a gestora participa da posse dos novos membros do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC/PE), que tem como objetivo assegurar a proteção do patrimônio cultural de Pernambuco. A atuação do colegiado se dá na formulação e fiscalização de políticas públicas voltadas ao tema, promovendo o diálogo entre sociedade civil e governo para a salvaguarda dos bens culturais materiais e imateriais do Estado.

AGENDA DA GOVERNADORA RAQUEL LYRA | Terça-feira, 17 de dezembro de 2024

14h – Lançamento da Plataforma Ecológico-Econômica de Pernambuco (PEE-PE)

Local: Centro Cultural Cais do Sertão – Armazém 10, Av. Alfredo Lisboa, s/n, Recife

16h – Posse dos novos membros do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC/PE).

Local: Palácio do Campo das Princesas – Praça da República, S/N – Santo Antônio, Recife

Fraude em licitação pública na mira da Polícia Civil

NOTA À IMPRENSA

A POLÍCIA CIVIL DE PERNAMBUCO desencadeou na manhã desta terça-feira,
17/12/2024, a 69ª Operação de Repressão Qualificada do ano denominada “BARRO
VERMELHO”, vinculada à Diretoria Integrada Especializada – DIRESP, sob a
presidência do Delegado Jeová Miguel, Titular da 3ª Delegacia de Combate à
Corrupção – 3ª DECCOR, unidade integrante do Departamento de Repressão à
Corrupção e ao Crime Organizado – DRACCO.

A investigação foi iniciada em julho de 2021, com o objetivo de identificar e
desarticular Associação Criminosa voltada à prática dos crimes de Fraude em Licitação, Corrupção Ativa e Passiva e Lavagem de Dinheiro.

No dia de hoje estão sendo cumpridos 03 (três) Mandados de Busca e Apreensão
Domiciliar, Seqüestro de Bens e Valores e o Bloqueio Judicial de Ativos Financeiros,
todos expedidos pelo Juízo da Vara Única da Comarca de Barreiros.

Na execução estão sendo empregados 30 (trinta) Policiais Civis, entre Delegados,
Agentes e Escrivães.

As investigações foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de
Pernambuco – DINTEL e pelo Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro
– LAB/LD.

Os detalhes da referida operação serão divulgados pela Assessoria de Comunicação da Polícia Civil em momento oportuno.

Delegacia Geral de Polícia

50 policiais civis participam de operação para combater roubo de agências bancárias e automóveis

NOTA À IMPRENSA

A POLÍCIA CIVIL DE PERNAMBUCO desencadeou na manhã desta terça-feira,
17/12/2024, a 70ª Operação de Repressão Qualificada do ano denominada “ALERTA
VERMELHO”, vinculada à Diretoria Integrada Especializada – DIRESP, em conjunto
com a Diretoria Integrada do Interior II – DINTER II, sob a presidência da Força
Tarefa Bancos – FT Bancos-Sertão, coordenada pelo Departamento de Repressão aos
Crimes Patrimoniais – DEPATRI.

A investigação foi iniciada em janeiro de 2023, com o objetivo de identificar e
desarticular Organização Criminosa voltada à prática dos crimes de Roubo a Carro
Forte e Agências Bancárias, Posse e Porte Ilegal de Arma de Fogo.
No dia de hoje estão sendo cumpridos 02 (dois) Mandados de Prisão e 07 (sete)
Mandados de Busca e Apreensão Domiciliar, todos expedidos pelo Juízo da Vara
Criminal da Comarca de Salgueiro.

Na execução estão sendo empregados 50 (cinqüenta) Policiais Civis, entre Delegados,
Agentes e Escrivães.

As investigações foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de
Pernambuco – DINTEL, contando ainda com o apoio operacional do Batalhão
Especializado de Policiamento do Interior – BEPI/PMPE, da Gerência de Inteligência e
Segurança Orgânica da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização –
GISO/SEAP-PE e da CORREGEDORIA-GERAL DA SECRETARIA DA
SEGURANÇA PÚBLICA DO ESTADO DA BAHIA.

Os detalhes da referida operação serão divulgados pela Assessoria de Comunicação da Polícia Civil em momento oportuno.

Delegacia Geral de Polícia

 

Transformando Consumo em Conscientização: A Pegada Ecológica como Ferramenta de Gestão Ambiental

Por Marcelo Rodrigues

A Pegada Ecológica é uma metodologia utilizada para medir os “rastros” que nós deixamos no planeta a partir dos nossos hábitos de consumo. O cálculo já é feito em vários países e foi ampliado para um nível mais local, para as cidades e Estados. O objetivo não é somente calcular a Pegada Ecológica, mas estabelecê-la como uma ferramenta de gestão ambiental regional e urbana.

O cálculo é uma parte fundamental deste processo. Mas, para dar sentido ao indicador, a população deve ser mobilizada para compreender o seu significado e desenvolver a partir da discussão sobre os resultados – estratégias de mitigação em conjunto com os setores público e privado. Dessa forma, o cálculo não se restringirá a um exercício de contabilidade ambiental e se tornará uma ferramenta que estimulará a população a rever seus hábitos de consumo e escolher produtos mais sustentáveis, além de estimular empresas a melhorarem suas cadeias produtivas.

A Pegada Ecológica de um país, Estado, cidade ou pessoa corresponde ao tamanho das áreas produtivas terrestres e marinhas necessárias para sustentar determinado estilo de vida. É uma forma de traduzir, em hectares, a extensão de território que uma pessoa ou uma sociedade utiliza para morar, se alimentar, se locomover, se vestir e consumir bens de consumo em geral. É importante ressaltar que é considerado para este cálculo o impacto do consumo sobre os recursos naturais renováveis. O cálculo da Pegada Ecológica é uma etapa importante, mas constitui o primeiro passo e há ainda um longo caminho pela frente. E essa é uma tarefa que deve ser de todos.

Os governos, as empresas e os cidadãos têm um papel fundamental nesse processo. Os próximos passos agora serão mobilizar a população, universidades, empresas e organizações da sociedade civil para buscar soluções que ajudem a diminuir os impactos do consumo sobre os recursos naturais e contribuam para melhorar o desempenho ambiental do município e do Estado, reduzindo a Pegada Ecológica.
O cálculo é a primeira etapa do processo de mudança. A partir dos resultados, será necessário mobilizar a população, universidades, empresas e organizações da sociedade civil. As pegadas que deixamos revelam muito sobre quem somos. O consumo exagerado, o desperdício, o uso excessivo de recursos naturais, a degradação ambiental e a imensa quantidade de resíduos gerados são rastros deixados e que apontam a medida do que devemos e podemos mudar em nossas vidas em favor da natureza.

As cidades, ao fazerem esse trabalho, também dão um exemplo para outras. Para o WWF-Brasil, os municípios e os países devem levar em conta não apenas o PIB (Produto Interno Bruto) ou outros indicadores econômicos quando avaliam o seu crescimento. Os impactos deste crescimento sobre os recursos naturais não são capturados pelos indicadores em uso, já que a redução da perda de biodiversidade associada com o uso excessivo de serviços ambientais depende da humanidade.
É importante que esse crescimento ocorra de maneira sustentável e acreditamos que uma boa maneira de fazer isso são as cidades e os países assumirem o compromisso de medirem suas pegadas ecológicas e adotarem medidas que possibilitem a sua redução. Queremos que o índice possa fazer parte das contas nacionais, a exemplo do que acontece hoje com o PIB.

É decisivo para a conscientização das autoridades municipais e dos cidadãos de que deve ser obrigatório que uma cidade tenha que fazer sua parte no enfrentamento do aquecimento global e da crise climática sem esperar pelos outros.
No que se refere aos caminhos para mitigação, são várias iniciativas que podem ser aplicadas, desde campanhas educativas para informar a população sobre o conceito de Pegada Ecológica, a melhorarias no transporte público, com adoção de ônibus elétricos e plano cicloviário e de reflorestamento urbano e rural com árvores nativas, e um número significativo de políticas públicas ambientais já existentes.

Por isso, participar do cálculo da Pegada Ecológica é uma aposta acertada, pois nos possibilitará ter acesso não só às informações, mas também à medida do que cada um de nós terá que contribuir.

Marcelo Augusto Rodrigues, é advogado especialista em direito ambiental e urbanístico, ex-Secretário de Meio Ambiente do Recife, e sócio proprietário do escritório de advocacia Marcelo Rodrigues Advogados.

Em 2024, Brasil elegeu 17 prefeitos autodeclarados quilombolas

20.11.2024 Dia da Consciência Negra

A possibilidade de autodeclaração de pertencimento a comunidades quilombolas no registro de candidatura é um marco das Eleições Municipais de 2024. Com a medida, instituída pela Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nº 23.729/2024, é possível ter acesso a informações sobre a participação política desse grupo minoritário, revelando a força dos povos originários no território nacional.

Segundo o Portal de Dados Abertos do TSE, 385 quilombolas se elegeram em todo o Brasil neste ano. Foram 17 prefeitos, 37 vice-prefeitos e 331 vereadores com autodeclaração de pertencimento a uma comunidade quilombola.

Quilombolas eleitos pelo país em 2024

 

Do total de quilombolas eleitos em 2024, 79 são mulheres e 302 são homens. Entre as mulheres eleitas, 72 assumiram o cargo de vereadora, enquanto 2 foram eleitas prefeitas e 5 vice-prefeitas. Entre os homens, 256 se elegeram vereadores, 15 prefeitos e 31 vice-prefeitos, demonstrando a diversidade de cargos ocupados por representantes quilombolas em diferentes esferas dos poderes Legislativo e Executivo municipais.

Cinco estados se destacaram pelo número de quilombolas eleitos. A Bahia lidera o ranking, com 60 representantes, seguida por Minas Gerais, com 47, pelo Pará, com 33, por Goiás, com 30, e pelo Tocantins, com 28. Essas unidades federativas representam os maiores avanços na participação quilombola em diferentes cargos eletivos.

Em Chapada da Natividade (TO), 8 dos 9 vereadores eleitos para a Câmara Municipal se autodeclararam pertencentes a uma comunidade quilombola. É a única cidade brasileira com a maioria da vereança sendo integrante de quilombos. Além disso, o prefeito eleito neste ano também se autodeclarou pertencente a uma comunidade quilombola.

No panorama nacional, o Acre não elegeu nenhum representante quilombola em 2024. Já os estados de Rondônia e do Amazonas têm um vice-prefeito e um vereador eleito com essa autodeclaração, respectivamente.

Entre os estados com prefeitos quilombolas eleitos, Goiás assume a liderança, com 4, seguido por Tocantins, com 3. Bahia, Minas Gerais e Maranhão elegeram 2 prefeitos cada. Já no Pará, no Ceará, no Piauí e em São Paulo, 1 prefeito foi eleito.

20.11.2024 Dia da Consciência Negra  - Quilombo Mesquita

De acordo com a comerciante Paula Braga, nascida e criada no Quilombo Mesquita (GO), ter a oportunidade de escolher um representante que conhece a realidade do lugar é uma possibilidade de contar com alguém que vai lutar pelos valores, pela cultura e pela história. “Para nós é um avanço muito grande você poder se reconhecer, colocar em um documento ou qualquer inscrição que vai fazer que você se declara quilombola”, comenta.

Proteção contra fraudes

A Resolução TSE nº 23.729 também prevê instrumentos importantes para coibir eventuais falsas autodeclarações de pertencimento a comunidades quilombolas, a fim de assegurar a integridade e a legitimidade desse registro no sistema eleitoral.

A norma estabelece que, em caso de divergência entre os dados apresentados no registro de candidatura e no cadastro eleitoral — como identidade de gênero, cor ou raça, etnia indígena e pertencimento a comunidade quilombola —, o registro pode ser encaminhado para análise judicial, garantindo que a autodeclaração não seja utilizada de forma indevida para a obtenção de vantagens eleitorais.

A fiscalização também é reforçada por iniciativas de transparência no sistema eleitoral, como o acompanhamento das informações divulgadas no DivulgaCandContas. Além disso, organizações e lideranças comunitárias podem atuar como agentes fiscalizadores, denunciando eventuais irregularidades e contribuindo para que os registros representem, de fato, os candidatos pertencentes às comunidades quilombolas.

Dólar sobe para R$ 6,09 e bate recorde nominal de cotação

Funcionário de casa de câmbio do Cairo conta notas de dólar
20/03/2019
REUTERS/Mohamed Abd El Ghany
© REUTERS/Mohamed Abd El Ghany/Proibida reprodução

Apesar de sucessivas intervenções do Banco Central (BC), o dólar fechou em forte alta e aproximou-se de R$ 6,10. A bolsa de valores caiu quase 1% e atingiu o menor nível desde o fim de junho.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (16) vendido a R$ 6,094, com alta de R$ 0,059 (+0,99%). Esse é o maior valor nominal desde a criação do real, em 1994. A cotação chegou a operar em estabilidade logo após a primeira intervenção do BC, mas voltou a subir após cada operação da autoridade monetária.

Poucos minutos após a abertura do mercado, o BC vendeu à vista US$ 1,6 bilhão das reservas internacionais. No meio da manhã, a autoridade monetária vendeu US$ 3 bilhões com compromisso de recomprar o dinheiro mais tarde, operação anunciada na última sexta-feira (13). Mesmo assim, a cotação subiu durante a tarde.

O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 123.560 pontos, com recuo de 0,84%. Em queda pela terceira vez seguida, o indicador encerrou no menor patamar desde 26 de junho.

Tanto fatores domésticos como externos afetaram as negociações. No Brasil, os investidores continuam atentos à votação do pacote de corte de gastos, prevista para começar nesta segunda-feira em sessão extraordinária virtual da Câmara dos Deputados. Ao longo dos últimos dias, o governo liberou cerca de R$ 7 bilhões em emendas parlamentares para destravar a votação.

No mercado internacional, os investidores estão atentos à reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano), que nesta semana decide em quanto baixará os juros básicos dos Estados Unidos. Durante a tarde, uma declaração do presidente eleito Donald Trump de que pretende sobretaxar produtos brasileiros trouxe instabilidade ao câmbio e adicionou pressão ao dólar no Brasil.

Embratur prevê verão com recordes no turismo internacional

Arpoador e praia de Ipanema são tomadas por banhistas nesta segunda-feira de sol intenso no verão carioca.

A Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) prevê que a temporada de verão de 2025 tenha recordes de turismo internacional no Brasil e no Rio de Janeiro. Entre janeiro e março do ano que vem, haverá uma oferta de 4,5 milhões de assentos em voos internacionais com destino ao Brasil, o maior número da história, segundo a agência.

Os países que se destacam nesse cenário são da América do Sul, já que há expectativa de 106 mil vagas a mais em voos da Argentina, 83 mil a mais do Chile, e 21 mil a mais em aeronaves vindas do Uruguai.

A cidade do Rio de Janeiro também pode bater recorde de turistas estrangeiros, com a expectativa de 991 mil passageiros internacionais desembarcando entre janeiro e março do ano que vem, segundo a Embratur. Esse número representa um crescimento de 26% em relação ao período pré-pandemia, com um acréscimo de 204 mil pessoas.

Neste verão, a agência espera que a cidade tenha 68 voos semanais a mais vindos da América do Sul, além de nove adicionais dos Estados Unidos, oito da Europa e um da Ásia.

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, comemorou os números ao participar nesta segunda-feira (16), no Aeroporto do Galeão, da inauguração do primeiro voo direto entre o Rio e Montevidéu, oferecido pela companhia aérea estrangeira Sky Airline.

“Vamos bater todos os recordes e chegar a US$ 7 bilhões com turismo internacional, o que significa mais emprego e renda aqui na nossa cidade, no nosso estado e no nosso país”, disse Freixo.

A conexão entre o Rio e a capital uruguaia contará com quatro voos semanais, e a expectativa é de que cerca de mais 5 mil pessoas desembarquem na capital fluminense a cada mês.

Campanha de 2024 foi recordista em violência política, aponta pesquisa

São Paulo (SP) 06/10/2024 - Movimentação de eleitores na 1ª Zona Eleitoral no bairro da  Bela Vista,  EMEF Celson Leite Ribeiro Filho. Foto Paulo Pinto/Agencia Brasil

A campanha para as eleições municipais deste ano foi recordista em violência política na última década, conforme revela pesquisa realizada pelas organizações Justiça Global e Terra de Direitos, lançada nesta segunda-feira (16). Entre novembro de 2022 e outubro de 2024, foram 714 casos de violência dirigida a pessoas que se candidataram. Foi o maior número desde o início da série iniciada em 2016. Segundo análise das entidades que fizeram o levantamento, a impunidade é responsável pelo crescimento no número de casos.

A coordenadora de Incidência Política da Terra de Direitos, Gisele Barbieri, avalia que os períodos de pleitos municipais têm sido mais violentos. “Entendemos que as respostas do estado como um todo a essa violência têm sido aquém do esperado. Isso causa uma naturalização dessa violência e faz com que os episódios também sejam cada vez mais frequentes”, ponderou.

As eleições municipais na série histórica tiveram uma elevação dessa situação. Em 2016, foram registrados 46 casos. Esse número cresceu para 214 casos em 2020 e, em 2024, houve um salto para 558 casos. Isso representa aumento de 344 casos nos quatro anos entre 2020 e 2024 ou crescimento de aproximadamente 2,6 vezes em relação a 2020. Comparando com 2016, o aumento é de 12 vezes.

Para a diretora adjunta da Justiça Global, Daniele Duarte, a violência nos pleitos dos municípios está relacionada às disputas territoriais nos municípios. “A pesquisa demonstra que as eleições municipais são mais violentas. A partir da série histórica, nós verificamos esse aumento no número de ameaças em relação às mulheres candidatas, pré-candidatas e para as suas assessorias também”, diz.

Mulheres como alvo

As pesquisadoras avaliam que, além dos assassinatos e atentados, as ameaças e as ofensas têm um crescimento direcionado mais às mulheres. Elas, sendo cisgênero ou transexuais, foram alvos de 274 casos, representando 38,4% dos casos totais. Os ataques virtuais compõem cerca de 40% das ocorrências contra mulheres e 73,5% das ofensas no período pré-eleitoral ocorreram em ambientes parlamentares ou de campanha, sendo que 80% dos agressores eram homens cisgênero, também parlamentares.

“Dos 714 casos gerais do período que nós analisamos, 274 são contra mulheres. Considerando pretas e pardas, são 126 casos (…) Os homens também são mais vítimas porque estão em maior número dentro do sistema político. Quando a gente consegue identificar os agressores, quase 80% também são homens”, contextualiza a pesquisadora Gisele Barbieri.

Ela explica que a Lei 14.192, aprovada em 2021, tornou crime a violência política de gênero. “É uma lei que ainda precisa ser ampliada e aperfeiçoada, porque a gente não consegue ver quase nenhum caso enquadrado dentro dessa lei. O sistema de justiça também demora a dar respostas com relação a esses casos”, diz Gisele Barbieri.

Internet

Outro aspecto que a coordenadora da Terra de Direitos enfatiza é que a falta de regulação da internet acaba propiciando a expansão de formas de violência. “Mais dos 70% das ameaças que a gente teve em 2024 e em 2023 são feitas por meio de redes sociais, e-mail e plataformas digitais”, afirma.

De acordo com Daniele Duarte, do Justiça Global, o crescimento nos ataques virtuais vitima mais as mulheres. A falta de uma legislação eficiente de internet contribui para não haver investigação. “Existem hoje muitos mecanismos para os ameaçadores se esconderem, que a justiça não acesse e não chegue até eles. Isso também aumenta o número de casos de ameaças”. Ela acrescenta que essas ameaças chegam com informações pessoais das candidatas e dos candidatos.

Elevação

Nas eleições presidenciais de 2018, uma pessoa foi vítima de violência política a cada oito dias. Em 2022, foram três pessoas a cada dois dias e, em 2024, são quase duas pessoas vítimas de violência política por dia.

Neste ano, foram 558 casos, com 27 assassinatos, 129 atentados, 224 ameaças, 71 agressões físicas, 81 ofensas, 16 criminalizações e 10 invasões. A ameaça é o tipo de violência mais recorrente, quase 40% dos casos totais do ano.

A violência mais comum foi a ameaça (135 casos), seguida por 19 registros de ameaças de estupro. Os Estados com mais ocorrências foram São Paulo (108), Rio de Janeiro (69), Bahia (57) e Minas Gerais (49).

Medidas

As pesquisadoras enfatizam que é fundamental que o poder público adote ações de combate, como programas efetivos contra a violência política nos órgãos legislativos, aperfeiçoamento de leis e segurança ampliada para equipes e mandatos coletivos.

As entidades defendem, por exemplo, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adote campanhas contra discursos de ódio, racismo e violência de gênero. Caberiam ao sistema eleitoral e de justiça apoio às vítimas, canais estruturados para denúncia e celeridade no julgamento de casos.

O estudo ressalta a necessidade urgente de articulação entre sociedade civil, instituições democráticas e partidos políticos para frear o avanço da violência e fortalecer a democracia no Brasil. “É uma responsabilidade coletiva”, diz a pesquisadora da Justiça Global.

TCU determina medidas para proibir uso do Bolsa Família para apostas

Iasmin da Silva (mãe) e Rafael de Jesus (filho) - Família Beneficiária do Programa Bolsa Família - CRAS de Sobradinho 1 - Brasília (DF). Na foto eles seguram o cartão do programa Bolsa Família.
Fotos: Lyon Santos/ MDS

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Jhonatan de Jesus determinou que o governo federal adote medidas para impedir que beneficiários do Bolsa Família usem recursos recebidos do programa social com apostas online (bets). A medida foi determinada neste domingo (15) após solicitação do Ministério Público junto ao TCU.

Pela decisão, o governo deve adotar soluções imediatas para impedir a participação dos beneficiários do Bolsa Família e de outros programas sociais e assistenciais em apostas eletrônicas.

Segundo o ministro, a proibição tem como objetivo impedir o desvio de finalidade dos recursos. “A medida cautelar restringe-se a evitar o uso indevido de recursos públicos em atividades incompatíveis com os objetivos constitucionais dos programas assistenciais, sem prejuízo à continuidade do atendimento às famílias em situação de vulnerabilidade que atendam aos critérios legais de elegibilidade”, decidiu o ministro.

Na semana passada, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que há dificuldades operacionais para cumprir a decisão do ministro Luiz Fux, proferida no mês passado, para impedir os gastos dos beneficiários com as apostas.

O principal problema está na identificação de recursos provenientes dos benefícios e o dinheiro de outras fontes de renda que estão nas contas dos beneficiários. Dessa forma, segundo a AGU, não é possível impedir que a conta seja utilizada para apostas.

No dia 14 de novembro, o plenário do Supremo ratificou a liminar proferida por Luiz Fux. Na decisão, o ministro também determinou que as regras previstas na Portaria nº 1.231/2024, do Ministério da Fazenda, sobre a proibição de ações de comunicação, de publicidade e propaganda e de marketing dirigidas a crianças e adolescentes tenham aplicação imediata. A norma estaria em vigor no dia 1º de janeiro de 2025.

O processo que motivou o debate foi protocolado na Corte pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A entidade questiona a Lei 14.790/2023, norma que regulamentou as apostas online de quota fixa. Na ação direta de inconstitucionalidade (ADI), a CNC diz que a legislação, ao promover a prática de jogos de azar, causa impactos negativos nas classes sociais menos favorecidas, como o crescimento do endividamento das famílias.