Diretor-geral do BA’RA Hotel recebe reconhecimento inédito e internacional

Com mais de 25 anos de atuação no setor da hotelaria, o baiano radicado na Paraíba, Gefferson Alves, celebra um feito inédito e internacional. Hoje, o diretor-geral do BA’RA Hotel, em João Pessoa (PB), e ex- asset manager do hotel Aquaria Natal, em Natal (RN), conquistou o reconhecimento da ReviewPro, que representa mais de 160 mil hotéis em 150 países e realiza a gestão de costumer experience (CX) e employee experience (EX) em todas as redes sociais e no Trip Advisor, o maior site de avaliações do planeta. O reconhecimento foi o case de Gefferson junto ao Aquaria, como exemplos de hospitalidade e retenção de talentos.

Entusiasta da hospitalidade, Gefferson implementou uma série de procedimentos internos no Aquaria a fim de melhorar tanto a experiência da sua equipe e hóspedes. O Aquaria Natal foi escolhido para ser publicado globalmente nas ferramentas do sistema e na Shiji Group, sua detentora.

Já bastante conhecido e reconhecido no mercado hoteleiro de luxo global, Gefferson tem na bagagem profunda trajetória de estudos em renomadas instituições como a PUC São Paulo, Fundação Getúlio Vargas, Fundação Dom Cabral, Ecole hôtelière de Lausanne, Cornell University, Harvard Bussines School, entre outras. O executivo fez carreira na hotelaria no Brasil, Europa, Estados Unidos e Emirados Árabes, em empresas referências globais no segmento incluindo a Accor, na marca Sofitel, Grupo Pestana, Meliá Hotels & Resorts, GJP Hotels & Resorts. O BA’RA Hotel é sua nona implantação hoteleira.

Na entrevista que segue, ele comenta sobre as ações implementadas no Aquaria Natal e a escolha do estudo de caso do hotel para publicação global. Além disso, traz a importância de se priorizar o cuidado com a sua equipe, e também faz uma visão geral da rede hoteleira sob os conceitos de Costumer Experience e Employee Experience. Confira:

Qual foi o reconhecimento recebido pela sua gestão no Aquaria Natal?

Existe uma plataforma de Costumer Experience que é a ReviewPro. Hoje ela representa mais de 160 mil hotéis em 150 países e faz a gestão de CX em todas as redes sociais e no Trip Advisor – o maior site de avaliações do planeta. Eu fui Asset Manager do Aquaria Natal. Fui contratado em setembro de 2019 e, quando cheguei, não existia nada de gestão. Nós implantamos uma série de procedimentos internos, e uma das primeiras coisas que fiz foi instalar esse software ReviewPro para realizar as aferições de avaliações dos hóspedes. Com a pandemia, a ReviewPro queria entender o que os hotéis estavam fazendo para reter os funcionários, pela indústria da hospitalidade ter sido dizimada no período. Ela convidou seus hotéis para apresentar um estudo de caso do que foi feito, e escolheram cinco deles no universo de 60 mil, incluindo o nosso. Inclusive, isso já tem me rendido convites para falar sobre CX e EX em empresas grandes, nos mais diversos setores.

Quais ações foram implantadas no Aquaria Natal durante a pandemia que chamaram a atenção do mercado?

Durante a pandemia, foram feitas diversas ações, principalmente de EX (Employee Experience). Mesmo com a empresa fechada e sem receita, a gente fez a implementação de alguns programas de auxílio para a equipe: auxílio alimentação, treinamentos, reformamos o hotel, concedemos suporte psicológico e hospitalar para quem precisasse… Fizemos uma série de ações para elevar a autoestima das nossas pessoas e mostrar para elas que, mesmo em um momento tão difícil, a gente estava ao lado e dando ainda mais suporte do que quando o hotel estava funcionando normalmente. Em paralelo a isso, quando o hotel reabriu, fizemos ações direcionadas para os hóspedes. Um exemplo foi a responsabilidade atribuída a cada colaborador de conversar com pelo menos dois hóspedes. O objetivo era dar encorajamento para as equipes, trazendo autoestima, e fazendo elas entenderem que estão no mesmo nível de quem chega ao hotel. Nós fomos além da equipe e expandimos as ações para a vila de Ponta Negra, que é um local humilde e precisa de muito olhar. Nossa presença saiu do hotel, que antes não existia, para além dele: a comunidade em nosso entorno. Isso gerou um impacto extremamente positivo em geral, mas o principal reflexo disso foi no hóspede.

Quais foram os resultados mais concretos dessas ações?

O hotel que ocupava a 59a posição no TripAdvisor em Natal, foi para o primeiro lugar em experiência. Além disso, subimos a diária média em quase 55%, quando reabrimos em meados de 2020. O índice de pertencimento da equipe à empresa ultrapassou os 95%, e o índice de rotatividade praticamente zerou.

Na sua avaliação, houve mudança na mentalidade da rede hoteleira é uma tendência ou é algo muito pontual?

Infelizmente, ainda é muito pontual. No cenário de hotéis do Brasil hoje, tem um percentual gigante de hotéis independentes, que são geridos por donos de hotéis e não hoteleiros: essa é a grande diferença. Em sua grande maioria, são investidores de sucesso, que possuem muitos outros negócios, e que acham que a hotelaria é uma indústria “de brincar”. A hotelaria é uma indústria extremamente profissional, extremamente rentável. É por isso que é importante que qualquer negócio que você se dispõe a fazer, entregue para quem sabe fazer. Não adianta ter só o dinheiro, porque a grande maioria tem esse dinheiro, mas não sabe fazer esse dinheiro rentabilizar, não entregam para quem sabe fazer. A visão ainda é muito focada no retorno do investimento, tentando encurtar ao máximo esse payback. Quem quer investir na indústria da hotelaria de luxo por exemplo, e que quer o payback curto, tem que mudar de área, porque payback curto na hotelaria de luxo é praticamente impossível.

Qual sua avaliação no CX e o EX nos hotéis que já trabalhou? Tem notado alguma inovação em relação a essas duas áreas?

Quando a gente fala de CX, este é um tema trabalhado na indústria há muito tempo. Eu fiz 25 anos de hotelaria agora e, desde que eu comecei, a gente fala de excepcionalidade em serviços. Então, CX sempre existiu. Hoje é um tema que está muito na moda, mas não vejo muita novidade. Quando a gente fala no mercado em geral, quando o assunto é cuidado com o cliente, a indústria da hospitalidade desde sempre entregou experiência excepcional e personalizada para as pessoas. As demais indústrias não olhavam para o cliente com o cuidado e responsabilidade que é entender o seu cliente. A personalização para outras indústrias nunca foi tão importante ou tão evidenciada como agora. Por outro lado, quando se fala de EX, são muito poucas as empresas que valorizam de fato as equipes, as pessoas. Existe muito o sair na foto e nas redes sociais, que é fazer uma pequena ação pontual para aparecer para o mercado. Na verdade, as ações precisam nascer de dentro para fora e estar na cultura da empresa, para que a equipe entenda que aquilo é a empresa e não uma ação pontual. Na minha opinião, o que deve ser feito é cuidar da nossa equipe como nós cuidamos do cliente, pois a equipe vem em primeiro lugar e o cliente em segundo lugar nesse aspecto. O cliente recebe o reflexo do que a gente entrega pra nossa equipe. Não adianta você tratar o cliente se você não trata a sua equipe. Ela só vai entregar o que ela recebe. Então se ela não recebe acompanhamento, reconhecimento e feedbacks verdadeiros, ela não vai repassar isso. Nós temos uma responsabilidade muito grande na transformação cultural, no aspecto do reconhecimento das pessoas que fazem parte do time.

O cliente está mais refinado e sensível para observar essas questões?

Existem dois momentos em que o cliente se manifesta: ou ele está extremamente feliz ou está muito furioso. E normalmente, a gente vê quando ele está furioso. Quando fazemos um trabalho muito forte com a equipe, é óbvio que o cliente percebe que o atendimento é genuíno, e que o funcionário está muito feliz ali. E esse é um papel muito importante do gestor.

Como deve ser o cuidado e o tratamento de o gestor ao seu colaborador?

Tem um paradigma que a gente aprendeu desde criança, que é achar que as pessoas precisam deixar os problemas dela da porta para fora da empresa, porque para dentro elas são robôs. Eu nunca acreditei nisso e já discuti amplamente nos oito MBAs que já fiz. Quando o colaborador tem algum problema, inevitavelmente afeta a vida dele. Então se eu tenho uma pessoa que faz atendimento direto ao cliente, e ela está com um problema sério, ela não pode ocupar essa função no momento porque não vai entregar o seu melhor. Precisamos ter o cuidado e sensibilidade de acolher essa pessoa, e entender se é o momento para ela atuar no papel dela ou não. Quando a gente perceber que as pessoas são pessoas, a gente vai conseguir extrair o melhor delas. As pessoas se apaixonam muito pelo líder que elas têm. É por isso que a literatura diz massivamente que as pessoas pedem demissão do gestor e não da empresa que atuam. Isso são relações humanas, e elas estão cada vez mais rasas, e não só nas relações trabalhador-empresa, é de uma forma geral. É fundamental que o nosso olhar humano seja revisto, e é óbvio que o cliente recebe bem a experiência de um colaborador que está muito feliz, que ama o que faz e a empresa que trabalha. As pessoas vão querer aquele ambiente porque querem estar ali, de forma natural.

Dia Nacional de Prevenção ao Acidente de Trabalho reforça importância de promover um ambiente seguro e com práticas saudáveis

A cada 15 segundos, um trabalhador morre em razão de acidente ou doença do trabalho, de acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Com o objetivo de reforçar a importância da conscientização dos profissionais e o esforço das empresas em aplicar medidas de segurança coletivas e individuais, é celebrado, no dia 27 de julho, o Dia Nacional de Prevenção ao Acidente de Trabalho.

“Muitas vezes, as pessoas não sabem discernir o que é acidente de trabalho, mas, na prática, é o que ocorre pelo exercício do trabalho, quando se está a serviço da empresa ou do empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados, provocando lesões corporais ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou a redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. E não necessariamente precisa ser a partir de uma lesão ou uma fratura. Acidente de trabalho pode decorrer do adoecimento por conta da atividade no ambiente laboral, como, por exemplo, diminuição ou perda da audição devido ao ruído do ambiente de trabalho e pela não utilização de Equipamento de Proteção Individual de qualidade de forma adequada”, afirma o técnico de Segurança do Trabalho do SESI Saúde, Iran Goes.

Para a empresa, é necessário cumprir o papel diante da legislação, ou seja, identificar, avaliar, verificar e eliminar ou neutralizar os riscos, além de fornecer os equipamentos adequados, oferecer treinamentos e dar as condições seguras para que o profissional exerça a sua atividade. Por outro lado, o trabalhador tem que abraçar a causa e fazer uso correto dos EPIs, seguir as orientações do treinamento e ser profissional durante o exercício de suas atividades laborais. “Se a empresa dá as condições necessárias para executar as atividades de forma segura e, em contrapartida, o trabalhador age de forma correta e com atenção, teremos uma grande redução de acidentes nas empresas”.

Agir corretamente no ambiente de trabalho, Iran esclarece, é, entre outras coisas, não negligenciar o uso dos materiais que devem ser utilizados no exercício do trabalho. “No setor da construção civil, por exemplo, alguns trabalhadores podem acabar improvisando ferramentas ou burlando os sistemas de proteção coletivo, não sinalizando áreas de queda de material ou usando os EPIs de forma errada. Com isso, ele pode nem sofrer um acidente, mas causar um acidente com quem estiver passando na hora”.

Iran pontua que, embora os trabalhos externos, como os do setor da construção civil, estejam mais passíveis a acidentes de trabalho, quem trabalha internamente, em áreas como as administrativas, também está suscetível. “A gente tende a achar que, porque trabalha sentado, em frente a um computador, nada vai acontecer. Aí é que a gente se engana. O uso em excesso do computador sem as devidas pausas, pressões de cumprimentos de metas ou mobiliário inadequado, tais como cadeira desconfortável, com o tempo, pode agravar quadros existentes antes mesmo do início da atividade”, explica, complementando que isso já é suficiente para acarretar um afastamento do colaborador. “Isso já é considerado como doença profissional adquirida no ambiente de trabalho e, sendo considerado acidente de trabalho por doença, deve ser registrada uma Comunicação de Acidente de Trabalho”, esclarece.

O técnico de segurança explica, ainda, que o acidente também acontece em decorrência do tempo, acarretando doenças como a Lesão por Esforço Repetitivo (LER) ou a Doença Ósseo-Muscular Relacionada ao Trabalho (DORT). “Ao longo do tempo, o profissional pode sentir essas consequências. Por isso, é importante que a empresa dê as condições necessárias, seja com um suporte regulável para o notebook para deixar na altura de ponto ideal de visão do trabalhador, teclado, mouses, cadeira ajustável e descanso de pé, seja implantando a prática de atividades físicas na empresa, tais como ginástica laboral”.

Assespro Pernambuco realiza encontro com setor de TI em Caruaru

A Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação em Pernambuco (Assespro PE) está dando mais um passo em seu processo de interiorização no estado. A entidade tem o objetivo de integrar o ecossistema tecnológico de Pernambuco e, com isso, promove no dia 29 de julho (sexta-feira) o primeiro Encontro das Empresas de Tecnologia da Informação (TI) de Pernambuco fora da capital, desta vez em Caruaru, no agreste.

O almoço vai reunir empresários de Caruaru e do Recife e acontecerá das 12h às 14h, no Espaço Renato Machado Pettit, na Rodovia PE-095, km 1, em Caruaru. As inscrições devem ser feitas a partir do site Sympla.

A palestra já tradicional nos encontros da Assespro será feita por Cláudio Marinho, consultor em cenários e estratégias na Porto Marinho e co-fundador do Porto Digital. Na ocasião, Cláudio falará sobre a importância da conexão dos ecossistemas de inovação Recife-Caruaru, o que pode proporcionar mais competitividade e empregos ao setor e fortalecer o segmento de TI em Pernambuco.

“O nosso objetivo é que possamos conectar os ecossistemas do Estado e que ainda não estão atuando em conjunto. Queremos unir as partes e ter um crescimento coletivo. Temos muito com o que agregar e também aprender com quem ainda não está totalmente integrado. Queremos permitir investimentos e conexões”, explica a presidente da Assespro PE, Laís Xavier.

O encontro em Caruaru é fruto de uma incursão realizada pelo Centro de Excelência em Tecnologia de Software – Softex Pernambuco Recife com a Assespro Pernambuco e o Sindicato das Empresas de Processamento de Dados do Estado de Pernambuco -Seprope. As entidades instalaram duas “embaixadas” no interior de Pernambuco com o objetivo de atrair mais empresas associadas ao ecossistema de inovação e tecnologia do Estado em Caruaru, no Agreste, e Petrolina, no Sertão do São Francisco.

Sympla:
Encontro dos Empresários de TIC – Assespro PE
R$ 125,00 (+ R$ 12,50 taxa)
Incluído almoço completo, com bebidas não alcoólicas.
www.sympla.com.br/encontro-das-empresas-de-tic-de-pe-em-caruaru—edicao-especial__1651203.

Terremoto atinge ilha nas Filipinas

Um terremoto de magnitude 7,0  atingiu hoje (27) a ilha de Luzon, no norte das Filipinas. Pelo menos duas pessoas morreram. Há feridos.

Os Serviços Geológicos dos Estados Unidos (USGS) informaram que o tremor foi raso, mas potente. Foram sentidos tremores na capital Manila, a centenas de quilômetros, mas as autoridades disseram que não há risco de tsunami.

A imprensa local anunciou que o sistema ferroviário em Manila foi suspenso, interrompendo o transporte de trabalhadores, e que desabaram edifícios em áreas próximas ao epicentro.

As autoridades das Filipinas informaram, ainda, que continuam ocorrendo terremotos de magnitudes de 2 a 3 na região.

Espetáculo “O Massacre de Angico – A Morte de Lampião” estreia nesta quarta-feira

Começa hoje o espetáculo teatral O Massacre de Angico – A Morte de Lampião. A peça faz parte da programação do Tributo a Virgolino – A celebração do Cangaço, evento promovido pela Fundação Cabras de Lampião. As apresentações é voltada para toda a família e vai acontecer até domingo, sempre às 20h, na Estação do Forró em Serra Talhada. A entrada é gratuita e a expectativa é que mais de 50 mil pessoas confiram o trabalho ao longo dos cinco dias.

O Massacre de Angico – A Morte de Lampião relembra o encontro entre os militares do governo Getulista e os cangaceiros liderados por Lampião e Maria Bonita. O casal e outros nove integrantes do bando foram mortos no dia 28 de julho de 1938, na grota de Angico, em Sergipe, o que praticamente pôs fim a Era do Cangaço. O texto dramatúrgico foi escrito pelo pesquisador do Cangaço, Anildomá Willans de Souza, natural de Serra Talhada, mesma cidade onde Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião, nasceu, e onde a peça será encenada.

Para Anildomá, o “molho” que rege toda esta história é o perfil apresentado do homem, símbolo do Cangaço, visto por um viés bem mais humano. “Mostraremos ao público um Lampião apaixonado, que sente medo, que é afetuoso, e que não representa somente a guerra travada contra os coronéis e fazendeiros, contra a polícia e toda estrutura de poder. Vamos mostrar o homem que amava as poesias e sua gente”, revela o autor.

Com o lema “O Maior Espetáculo ao Ar Livre do Sertão Nordestino”, O Massacre de Angico – A Morte de Lampião conta com 30 atores, 70 figurantes, além de 40 profissionais na equipe técnica e administrativa. A direção é de Izaltino Caetano, mestre responsável por grandes produções teatrais ao livre em Pernambuco.

No elenco, atores de Serra Talhada, e também do Recife, de Limoeiro e de Olinda, além da atriz/cantora Roberta Aureliano, que interpreta Maria Bonita e é natural de Maceió, Alagoas, mas passou toda a infância em Serra Talhada. O ator e dançarino, Karl Marx, vive o protagonista Lampião.

“A responsabilidade é grande porque trata-se de uma personagem que mexe com a imaginação das pessoas, que influenciou a cultura popular sertaneja, os valores morais e até o modo de viver do nosso povo. Para mim, que sou da terra de Lampião, que nasci e me criei ouvindo histórias sobre esses homens que escreveram nossa história com chumbo, suor e sangue, me sinto feliz e orgulhoso pela oportunidade de revelar seu lado humano, suas emoções, seus medos e todos os elementos que o transformaram nessa figura mítica”, declarou Karl Marx . “Este trabalho é mais do que um desafio profissional. É quase uma missão de vida, ainda mais quando se trata de Cangaço, tema polêmico que gera divergências, contradições e até preconceitos”, acrescentou ele.

Trata-se de uma realização da Fundação Cultural Cabras de Lampião, com incentivo do FUNCULTURA/Secretaria de Cultura/Governo do Estado de Pernambuco e Prefeitura Municipal de Serra Talhada, além de diversas empresas locais. A montagem teve a sua estreia em julho de 2012.

História – O espetáculo reconta a vida do Rei do Cangaço, Lampião, desde o desentendimento inicial de sua família com o vizinho fazendeiro, Zé Saturnino, ainda em Serra Talhada, até a sua morte. Na história, para evitar uma tragédia, o pai, Zé Ferreira, fugiu com os filhos para Alagoas, mas acabou sendo assassinado por vingança. Revoltados e querendo fazer justiça com as próprias mãos, Virgolino Ferreira da Silva e seus irmãos entregaram-se ao Cangaço, movimento que deixou políticos, coronéis e fazendeiros apavorados nas décadas de 1920 e 1930 no Nordeste. Temidos por uns e idolatrados por outros, os cangaceiros serviram como denunciantes das péssimas condições sociais da época.

Caixa paga hoje Auxílio Brasil a beneficiários com NIS final 8

A Caixa Econômica Federal paga hoje (27) a parcela de julho do Auxílio Brasil aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) com final 8. O valor mínimo do benefício é de R$ 400. As datas seguem o modelo do Bolsa Família, que pagava os beneficiários nos dez últimos dias úteis do mês.

O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas em dois aplicativos: Auxílio Brasil, desenvolvido para o programa social, e o aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Atualmente, 17,5 milhões de famílias são atendidas pelo programa. No início do ano, três milhões de famílias foram incluídas no Auxílio Brasil. Neste mês, as parcelas mínimas ainda equivalem a R$ 400. De agosto a dezembro, o programa pagará benefício mínimo de R$ 600, conforme emenda constitucional promulgada no último dia 14 pelo Congresso Nacional.

Calendário

NIS jun jul ago set out nov dez
1 17/06 18/07 18/08 19/09 18/10 17/11 12/12
2 20/06 19/07 19/08 20/09 19/10 18/11 13/12
3 21/06 20/07 22/08 21/09 20/10 21/11 14/12
4 22/06 21/07 23/08 22/09 21/10 22/11 15/12
5 23/06 22/07 24/08 23/09 24/10 23/11 16/12
6 24/06 25/07 25/08 26/09 25/10 24/11 19/12
7 27/06 26/07 26/08 27/09 26/10 25/11 20/12
8 28/06 27/07 29/08 28/09 27/10 28/11 21/12
9 29/06 28/07 30/08 29/09 28/10 29/11 22/12
0 30/06 29/07 31/08 30/09 31/10 30/11 23/12

Benefícios

O Auxílio Brasil tem três benefícios básicos e seis suplementares, que podem ser adicionados caso o beneficiário consiga um emprego ou tenha um filho que se destaque em competições esportivas ou em competições científicas e acadêmicas.

Podem receber o benefício as famílias com renda per capita [por cabeça] de até R$ 100, consideradas em situação de extrema pobreza, e aquelas com renda per capita de até R$ 200, consideradas em condição de pobreza.

Agência Brasil elaborou um guia de perguntas e respostas sobre o Auxílio Brasil. Entre as dúvidas que o beneficiário pode tirar estão os critérios para integrar o programa social, os nove tipos diferentes de benefícios e o que aconteceu com o Bolsa Família e o auxílio emergencial, que vigoraram até outubro do ano passado.

Neste mês, não haverá o pagamento do Auxílio Gás, que beneficia 5,5 milhões de famílias até o fim de 2026. O benefício, equivalente a 50% do preço médio do botijão de 13 quilos, será retomado em agosto com o valor de 100% do preço médio. Esse aumento vigorará até dezembro, conforme emenda constitucional promulgada pelo Congresso.

TSE conclui fabricação e entrega das 225 mil urnas modelo UE2020

Foto da urna eletrônica modelo UE2020

O processo de licitação para a aquisição de 225 mil novas urnas eletrônicas foi concluído na última sexta-feira (22), quando a empresa Positivo Tecnologia entregou o último equipamento. Essa foi a maior produção da história das máquinas de votar: as UE2020 correspondem a 21,6% de todas as 1.042.118 urnas fabricadas desde 1996 até hoje.

Em julho de 2020, a Positivo venceu a licitação para a produção dos novos modelos da urna eletrônica. Rafael Azevedo, coordenador de Tecnologia Eleitoral da Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE, conta que a equipe da unidade inspecionou por algumas vezes a fabricação de alguns módulos em Manaus (AM) e acompanhou todas as fases de montagem final e procedimentos de segurança dos equipamentos em Ilhéus (BA).

“O processo de fabricação é mais complexo do que o da maioria dos equipamentos eletrônicos. O nível de qualidade exigido na linha de produção e na auditoria do TSE é maior do que o empregado no mercado de eletrônicos, tudo visando a maior qualidade possível e estabilidade de um processo tão crítico como o de votação. A auditoria do processo de votação por parte dos servidores do TSE é extenuante e demanda um comprometimento grande da equipe durante muitos meses, em revezamento e longe de suas famílias”, afirma o coordenador.

Ainda segundo Azevedo, o empenho de diversas áreas do Tribunal foi essencial para o sucesso da licitação e da efetiva produção das máquinas de votar. Ao todo, 577 mil urnas serão disponibilizadas aos Tribunais Regionais Eleitorais para serem utilizadas pelo eleitorado que vai às urnas em outubro próximo para a escolha dos novos presidente da República, governadores e senadores, além dos deputados federais, estaduais e distritais.

Modelo UE2020

As urnas modelo UE2020, além de um novo design, possuem um processador 18 vezes mais rápido que o da versão anterior. O teclado foi aprimorado, e a bateria terá duração por toda a vida útil do equipamento.

O terminal do mesário também passou por modernização: deixou de ter teclado físico e, agora, conta com tela sensível ao toque. Assim, enquanto uma pessoa vota, outra poderá ser identificada pelo mesário, o que aumenta o número de eleitores por seção ou diminui eventuais filas.

Varíola dos macacos: com 813 casos, Brasil tem situação “preocupante”

Varíola dos macacos, monkeypox

O Brasil tem 813 casos confirmados da varíola dos macacos (monkeypox), segundo dados do Ministério da Saúde. Hoje (26), a líder técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a doença, Rosamund Lewis, disse que a situação no país “é muito preocupante” e que os casos podem estar subnotificados por não haver testes suficientes à disposição. 

“É importante que as autoridades também tomem conhecimento da emergência de saúde pública e de interesse internacional, das recomendações e tomem as medidas adequadas”, declarou. Ela também disse que o surto pode ser interrompido com “estratégias certas nos grupos certos”. “Mas o tempo está passando e todos precisamos nos unir para que isso aconteça”, acrescentou.

No sábado (23), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que a varíola dos macacos configura emergência de saúde pública de interesse internacional. “Temos um surto que se espalhou rapidamente pelo mundo, através de novas formas de transmissão, sobre as quais entendemos muito pouco, e que se encaixa nos critérios do Regulamento Sanitário Internacional”, declarou.

O Ministério da Saúde destacou, por meio de nota, que a doença é prioridade para a pasta, que faz constante monitoramento e analisa a todo momento a situação epidemiológica para definir orientações e ações de vigilância e resposta à doença no país. “Todas as medidas hoje anunciadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) já são realizadas pelo Brasil desde o início de julho de forma a realizar uma vigilância oportuna da doença”, diz o texto.

O órgão ressaltou também que, antes mesmo da confirmação de casos no Brasil, foi instalada “uma sala de situação para elaborar um plano de ação com o objetivo de estabelecer estados e municípios sobre a melhor forma de atender a população”. Ainda segundo o ministério, “testes para diagnóstico estão disponíveis para toda a população que se enquadre na definição de casos suspeitos para varíola dos macacos”.

No sábado (23), a pasta informou que articula com a OMS a aquisição da vacina contra a doença. Em nota, o Ministério da Saúde disse que as negociações estão sendo feitas de forma global com o fabricante para ampliar o acesso ao imunizante para os países com casos confirmados.

Números

No Brasil, o maior número de casos está em São Paulo, com 595 infecções confirmadas. No Rio de Janeiro, são 109 pessoas com a doença, em seguida estão: Minas Gerais (42), Distrito Federal (13), Paraná (19), Goiás (16), Bahia (3), Ceará (2), Rio Grande do Sul (3), Rio Grande do Norte (2), Espírito Santo (2), Pernambuco (3), Mato Grosso do Sul (1) e Santa Catarina (3).

O vírus

A varíola causada pelo vírus hMPXV (Human Monkeypox Virus, na sigla em inglês) provoca uma doença mais branda do que a varíola smallpox, que foi erradicada na década de 1980.

Trata-se de uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode ser por abraço, beijo, massagens ou relações sexuais. A doença também é transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies utilizadas pelo doente.

Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.

Sintomas

Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.

Para a prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel.

Desnutrição aumenta no Brasil; índice é maior entre meninos negros

Comidas, Obesidade, Feijoada

A desnutrição entre crianças de 0 a 19 anos cresceu, no Brasil, entre os anos de 2015 e 2021, afetando de forma mais grave os meninos negros. De acordo com o Panorama da Obesidade de Crianças e Adolescentes, divulgado hoje (26), pelo Instituto Desiderata, há um crescimento da fome nos últimos anos, levando à desnutrição em todos os grupos etários, de 0 a 19 anos de idade.

De acordo com o levantamento, o índice de desnutrição caiu de 5,2%, em 2015, para 4,8%, em 2018, aumentando a partir daquele ano em todos os grupos etários acompanhados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2019, essa taxa subiu para 5,6%, atingindo 5,3%, em 2021.

A desnutrição entre meninos negros (pretos e pardos), entretanto, foi dois pontos percentuais acima do valor observado entre meninos brancos, ampliando a diferença a partir de 2018. O ápice foi observado em 2019 (7,5%). Em 2020, o percentual foi 7,2% e, em 2021, 7,4%.

Já entre os meninos brancos, a curva foi inversa, com redução do percentual da desnutrição a partir de 2019, quanto atingiu 5,1%, passando para 5%, em 2020, e para 4,9%, em 2021.

“Os meninos negros estão sendo mais afetados pela fome, pela desnutrição. A gente pode atribuir isso à desigualdade racial e de renda no Brasil. A gente sabe que a população negra ocupa as camadas mais pobres da sociedade, em detrimento da população branca, que ocupa outros grupos, como a classe média e classes mais altas”, apontou o gestor de Projetos de Obesidade Infantil do Instituto Desiderata, Raphael Barreto, doutorando em saúde pública pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Elaborado a partir de dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) do Ministério da Saúde, gerados pelas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), o Panorama mostra aumento da insegurança alimentar de 2015 a 2021, aumentando as incidências de desnutrição e também de obesidade

Obesidade

O panorama apontou que o excesso de peso vem crescendo em todos os grupos raciais, mas, especialmente, entre os meninos brancos. “Meninos brancos têm sido mais afetados pelo excesso de peso. A gente pode atribuir isso também à insegurança alimentar”.

Barreto explicou que, no placar da má nutrição produzido pela insegurança alimentar, os grupos mais vulneráveis não têm acesso ao mínimo, que são três refeições por dia, e passam por um quadro de fome e desnutrição. Já outros grupos são afetados pela crise econômica e inflação, mas ainda conseguem comprar alimentos, em geral, ultraprocessados e açucarados, como macarrão instantâneo, salsichas, doces, sucos artificiais. “Produtos que fazem mal à saúde, mas que são possíveis comprar”.

Em 2021, a condição de excesso de peso decorrente da má nutrição foi mais registrada entre meninos de 5 a 9 anos de cor branca.

Nos últimos sete anos, o consumo de alimentos ultraprocessados na faixa etária de 2 a 19 anos superou 80%. Em 2021, 89% das crianças de 5 a 9 anos relataram o consumo de, ao menos, um ultraprocessado no dia anterior à avaliação de acompanhamento no SUS.

Feijão em falta no prato
Raphael Barreto chamou a atenção para a redução do consumo de feijão, no Brasil, ano após ano. Esse grão é considerado um marcador de alimentação saudável, fundamental para a prevenção da anemia por deficiência de ferro. Além disso, possui minerais, vitaminas e proteínas, ajuda a inibir o aparecimento de doenças cardíacas e a diminuir o colesterol.

De 2015 até 2020, o indicador referente ao consumo de feijão tinha valores acima de 80%. Em 2021, entretanto, a taxa diminuiu 30 pontos percentuais em todos os grupos etários de 2 a 19 anos, atingindo a marca de 54,5%.

“Em 2020, 84% das adolescentes de 10 a 19 anos tinham ingerido feijão na data anterior à consulta no SUS, sendo que a partir de 2021, esse número cai para 54,5%. Tem uma redução importante no consumo de feijão. A gente vê que a insegurança alimentar e a crise econômica estão tão fortes que um alimento básico, como o feijão, está faltando no prato dos brasileiros”.

Pandemia

Segundo o gestor de Projetos de Obesidade Infantil do Instituto Desiderata, o cenário pandêmico agravou as desigualdades sociais, potencializando os efeitos da crise econômica e tornando maior o quadro da obesidade, em função do distanciamento social.

Com a redução das atividades externas e o isolamento em casa, as crianças e os adolescentes estiveram expostos a mais tempo de tela (computador, televisão ou celular), reduziram as atividades físicas e a ida à escola.

“Isso também contribuiu para o aumento da obesidade, além, principalmente, do consumo de alimentos ultraprocessados. A gente percebe que tem um aumento no preço dos alimentos, em geral, como os minimamente processados, in natura, como verduras, frutas e legumes. As proteínas aumentaram de preço, mas os alimentos ultraprocessados não aumentaram tanto”.

Segundo Barreto, os alimentos ultraprocessados causam mal à saúde e trazem risco de aumento da obesidade, hipertensão, diabetes e outras doenças crônicas não transmissíveis. “As famílias não conseguiram mais manter a alimentação baseada em alimentos minimamente processados ou in natura e tiveram que migrar para o alimento que dá para comprar e que, ultimamente, é o ultraprocessado”, indicou.

Entre os adolescentes de 10 a 19 anos de idade, o consumo de alimentos ultraprocessados atingiu 86,8%, no ano passado, quase o mesmo índice de 2015 (86,9%), depois de cair para 82,2%, em 2020.

O panorama revela ainda tendência de crescimento desse índice. Entre janeiro e junho de 2022, o consumo de alimentos ultraprocessados já está em 93%. Também na faixa de 5 a 9 anos de idade, os alimentos ultraprocessados tiveram consumo de 89%, em 2021, com registro de 92,9% nos seis primeiros meses de 2022. “Nos últimos sete anos, há um aumento do consumo desses alimentos no Brasil, entre crianças e adolescentes”.

Alerta

De acordo com Raphael Barreto, o Panorama da Obesidade de Crianças e Adolescentes faz um alerta para o cenário da insegurança alimentar e da obesidade no país e para a necessidade de fortalecimento de algumas políticas públicas, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), destinado à rede de escolas públicas.

“Muitas crianças ficaram sem acesso à escola durante a pandemia, e aquele era o lugar onde podiam realizar, muitas vezes, a única refeição do dia”.

Para ele, é necessário fortalecer esse programa, baseado no Guia Alimentar da População Brasileira, que indica quais são os alimentos mais nutritivos, os que são mais indicados para a boa digestão e os que trazem mais benefícios à saúde.

A Agência Brasil procurou o Ministério da Educação para comentar sobre PNAE, mas não recebeu retorno até a publicação desta matéria.

As escolas também são importantes ambientes de proteção nutricional quando há políticas voltadas para as cantinas. “É preciso que as cantinas escolares não possam vender alimentos que causam mal à saúde das crianças e adolescentes, devendo fornecer alimentos minimamente processados ou in natura”, defendeu o gestor, destacando que a medida pode ser estendida a escolas privadas.

O Instituto Desiderata trabalha em articulação com o Poder Público e encaminhará o levantamento às secretarias municipais e estaduais de Saúde e Educação.

Caixa credita mais de R$ 13 bilhões em lucros do FGTS

Prédio da Caixa Econômica Federal

A Caixa anunciou a conclusão do processamento da distribuição de R$ 13,2 bilhões do resultado de 2021 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Com o crédito dos valores, as contas de FGTS contempladas alcançaram rentabilidade de 5,83% ao ano, índice que corresponde a quase o dobro da correção da poupança em 2021, que foi de 2,99%.

A distribuição do lucro do FGTS é uma medida legal que tem como objetivo o incremento da rentabilidade das contas de FGTS do trabalhador, por meio da distribuição de parte do resultado positivo auferido pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, além da remuneração mensal realizada por meio da aplicação da Taxa Referencial (TR) mais 3% ao ano.

O resultado do fundo é decorrente do retorno de suas aplicações e investimentos em habitação, saneamento, infraestrutura e saúde, fruto da governança do Conselho Curador do FGTS e atuação da Caixa como Agente Operador. Na distribuição do lucros anunciada hoje, receberam o crédito 106,7 milhões de trabalhadores que tinham conta de FGTS com saldo em 31/12/2021.

Quanto maior o saldo da conta vinculada ao FGTS, mais o trabalhador tem a receber. Para saber a parcela do lucro que será depositada, o trabalhador deve multiplicar o saldo de cada conta em seu nome em 31 de dezembro do ano passado por 0,02748761. Esse fator significa que, na prática, a cada R$ 1 mil de saldo, o cotista receberá R$ 27,49.

Mesmo perdendo da inflação, o FGTS rendeu mais que a caderneta de poupança. No ano passado, a poupança rendeu apenas 2,94%, influenciada pela taxa Selic (juros básicos da economia), que ficou em 2% ao ano na maior parte de 2021 e só foi aumentada a partir de agosto do ano passado.

Como consultar o saldo

Para verificar o saldo do Fundo de Garantia, o trabalhador deve consultar o extrato do fundo, no aplicativo FGTS, da Caixa Econômica Federal. Até recentemente, o banco oferecia a opção de consulta pelo site da instituição, mas todo o atendimento eletrônico relativo ao FGTS foi migrado exclusivamente para o aplicativo, disponível para smartphones e tablets dos sistemas Android e iOS.

Quem não puder fazer a consulta pela internet deve ir a qualquer agência da Caixa pedir o extrato no balcão de atendimento. O banco também envia o extrato do FGTS em papel a cada dois meses, no endereço cadastrado. Quem mudou de residência deve procurar uma agência da Caixa ou ligar para o número 0800-726-0101 e informar o novo endereço.