Votação da PEC dos benefícios sociais na Câmara é adiado para terça

Plenário da Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu adiar a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê o pagamento de benefícios sociais até o fim do ano. A intenção dele era votar e aprovar a PEC nesta quinta-feira (7) para que a promulgação ocorresse o mais rapidamente possível, mas o baixo número de presentes na sessão de hoje (7) freou as intenções de Lira.

“Só para esclarecer, não vou arriscar nem essa PEC nem a próxima PEC com esse quórum de hoje. Nada mais havendo a tratar, vou encerrar os trabalhos”, disse Lira, remarcando a votação da proposta para terça-feira (12). A outra PEC pautada para hoje tratava do piso salarial nacional de profissionais de enfermagem.

Lira observou o baixo quórum após a votação de um requerimento de encerramento de discussão. O requerimento obteve 303 votos favoráveis e 91 contrários. Como a PEC requer 308 votos para ser aprovada, havia a possibilidade da proposta, considerada importante para o governo, ser derrotada em plenário.

A PEC traz medidas para redução do valor dos combustíveis e também prevê o pagamento de benefícios sociais até o fim do ano. O texto foi aprovado horas antes na comissão especial e seguiu para o plenário.

A matéria consolida as redações de duas PECs (15/22 e 1/22), sem alterar o mérito já aprovado no Senado para a PEC 1/22. A PEC 1/22, que prevê o pagamento dos benefícios sociais, foi apensada à PEC 15/22, que trata dos combustíveis e estava em estágio adiantado de tramitação na Câmara.

O texto prevê um aumento de R$ 200 no Auxílio Brasil até dezembro. A PEC também propõe, até o fim do ano, um auxílio de R$ 1 mil para caminhoneiros, vale-gás de cozinha e reforço ao programa Alimenta Brasil, além de parcelas de R$ 200 para taxistas, financiamento da gratuidade no transporte coletivo de idosos e compensações para os estados que reduzirem a carga tributária dos biocombustíveis.

Segundo a legislação, não pode haver concessão de novos benefícios ou distribuição de valores em ano eleitoral, a não ser em casos excepcionais, como o estado de emergência. Por isso, há um dispositivo na PEC que prevê a decretação de estado de emergência no país até 31 de dezembro justificado pela elevação “extraordinária e imprevisível” dos preços do petróleo, combustíveis e seus impactos sociais.

Debates

Ainda no início da sessão, o Partido Novo apresentou uma questão de ordem pedindo a anulação da votação na comissão especial, entendendo que a PEC 1/22 não poderia ser apensada à PEC 15/22. O Novo também pediu a tramitação regimental da PEC 1/22, o que atrasaria a aprovação da PEC para além do prazo pretendido pelo governo. Lira, no entanto, negou a questão de ordem e afirmou que não há impeditivo para a apensação das PECs, mesmo cada uma delas se encontrando em estágios distintos de tramitação e afirmou que há precedentes para esses procedimentos na Casa.

O deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP) pediu a anulação da votação da PEC 1/22 na Comissão Especial, por entender que o prazo para apresentação de emendas não havia sido cumprido. Lira reiterou que houve respaldo regimental para o procedimento adotado na Comissão Especial.

Após as tentativas de impedir a votação, começou a discussão de mérito. O deputado Danilo Forte (União-CE), relator do texto, defendeu a aprovação da PEC. “Nós queremos ajudar o brasileiro a sair da crise. Baixar impostos e garantir subsídios para a subsistência da família com dignidade é tarefa de todos nós”, afirmou.

Para o deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM), a PEC é importante por beneficiar os mais pobres. “Quem tem fome tem pressa e nós construímos uma rampa de ascensão para retirar o povo da situação de vulnerabilidade”, declarou.

Para Alexis Fonteyne (Novo-SP), a proposta tem caráter populista e eleitoral, além de considerá-la uma “irresponsabilidade fiscal”. “Essa PEC é inútil, não resolve, é populismo. Justamente no ano eleitoral, na pré-eleição, para dizer que está fazendo uma bondade”.

Assim como no Senado, parlamentares de oposição, apesar de criticarem o governo federal nas políticas do campo social e econômico, declararam voto favorável à PEC. A alegação foi o aumento no valor do Auxílio Brasil, que vai incrementar a renda dos mais pobres em R$ 200 até dezembro. “Nós queremos dignidade e respeito, e sempre defendemos. E é mais uma vez em nome dela que vamos votar favorável [à PEC]”, disse Alencar Santana (PT-SP).

O requerimento de encerramento da discussão era, a princípio, o último obstáculo antes da votação do texto. Foi neste momento em que Lira, devido ao número de parlamentares aptos a votar na sessão, decidiu adiar a votação para a terça-feira, dia em que o quórum não costuma ser um problema.

Covid-19: Brasil tem 72.050 casos e 283 mortes em 24 horas

Circulação de pedestres na Avenida Paulista após liberação do uso da máscara em ambientes abertos.

O Brasil registrou 72.050 novos casos de covid-19 e 283 mortes pela doença em 24 horas, segundo o boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (7) pelo Ministério da Saúde. Desde o início da pandemia, são 32,76 milhões de casos e 673.073 mortes.

Segundo o boletim, há 991.852 casos em acompanhamento e 31,09 milhões de pessoas foram infectados pela doença e se recuperaram, o que representa 94,9% dos casos.

Há ainda 3.249 mortes em investigação

Estados

São Paulo é a unidade da Federação com o maior número de casos (5,77 milhões) e de mortes (171.397). Em relação aos casos, o estado do Sudeste é seguido por Minas Gerais (3,68 milhões) e Paraná (2,64 milhões). Os menores números de casos estão no Acre (128.727), Amapá (163.250) e Roraima (164.962).

Em relação ao número de mortes, o segundo e o terceiro estados com maior número de óbitos são, respectivamente, Rio de Janeiro (74.265) e Minas Gerais (62.324). Os menores números de mortes estão no Acre (2.005), Amapá (2.141) e Roraima (2.153).

Boletim epidemiológico da covid-19
Boletim epidemiológico da covid-19 – Ministério da Saúde

Vacinação

Segundo o Ministério da Saúde, até agora foram aplicadas 452,45 milhões de doses de vacina, sendo 177,51 milhões de primeira dose, 157,95 milhões de segunda dose e 4,94 milhões de doses únicas.

As doses de reforço foram 96,1 milhões, a segunda dose de reforço foram 11,61 milhões e a dose adicional, 4,34 milhões.

CNI eleva para 1,4% projeção de crescimento do PIB em 2022

A melhoria do mercado de trabalho e o aumento da demanda do setor de serviços fizeram a Confederação Nacional da Indústria (CNI) elevar a projeção de crescimento da economia neste ano. Segundo o Informe Conjuntural do 2º Trimestre, divulgado nesta quinta-feira (8) pela entidade, a estimativa passou de 0,9% em abril para 1,4% em julho.

No fim do ano passado, a CNI tinha projetado crescimento de 1,2%. No entanto, a guerra na Ucrânia e os lockdowns na China levaram a instituição a reduzir a previsão para 0,9% há três meses. As previsões foram baseadas no desempenho da economia no primeiro trimestre. No entanto, o gerente executivo de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, diz que os dados do segundo trimestre, disponíveis até o momento, permitem esperar a continuidade do desempenho.

De acordo com a CNI, a recuperação do mercado de trabalho continua, com o emprego formal em elevação desde 2020, com 97,5 milhões de pessoas ocupadas. Apesar da inflação elevada, o rendimento médio real também está crescendo. Esses dados fizeram a entidade reduzir, de 12,9% para 10,8%, a expectativa da taxa média de desemprego em 2022. A previsão de crescimento da massa salarial real (acima da inflação) subiu de 1,4% para 1,6% neste ano.

Setores

Em relação aos setores da economia, a CNI também revisou para cima as projeções do Produto Interno Bruto (PIB) de alguns segmentos. Para os serviços, a previsão de crescimento aumentou de 1,2% para 1,8%, impulsionada pela normalização pós-pandemia.

Em relação à indústria, a estimativa passou de queda de 0,2% para alta de 0,2% em 2022. Segundo a entidade, o setor industrial registrou altas moderadas na produção no primeiro trimestre, com maior dinamismo em indústrias ligadas ao processamento de commodities (bens primários com cotação internacional).

O destaque negativo ficou com a agropecuária, cuja projeção passou de expansão de 1,3% para estabilidade (0%). Segundo a CNI, a revisão para baixo decorre por causa de eventos climáticos adversos que prejudicaram a safra de soja no início do ano.

Inflação e juros

A estimativa para a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 6,3% para 7,6% em 2022. A nova projeção considera o barateamento de preços decorrente da redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo.

Em relação aos juros básicos da economia, a CNI acredita que o aperto monetário promovido pelo Banco Central ainda não chegou ao fim. A instituição acredita que a taxa Selic, atualmente em 13,25% ao ano, subirá 0,5 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e encerrará 2022 em 13,75% ao ano.

Fatores transitórios

Segundo o gerente executivo de Economia da CNI, alguns fatores transitórios ajudaram a aquecer a economia no primeiro trimestre. Ele cita o adiantamento do décimo terceiro para aposentados e pensionistas da Previdência Social, a liberação de saques de R$ 1 mil do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, a retomada do pagamento do abono salarial (suspenso no ano passado) e o aumento das transferências diretas de renda, provocado principalmente pelo benefício de R$ 400 do Auxílio Brasil.

Anderson pede a Paulo Câmara “menos enrolação e mais trabalho” na redução do ICMS dos combustíveis

Há cerca de 15 dias após ter sido sancionada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), a Lei Complementar 194/22, que reduz a cobrança na alíquota do ICMS sobre produtos e serviços essenciais, tais como os combustíveis, a energia elétrica e os serviços de telecomunicação, ainda encontra dificuldades para ser implementada pelo Governo de Pernambuco. O atraso na regulamentação da lei foi criticado por Anderson Ferreira (PL), ex-prefeito do Jaboatão dos Guararapes e pré-candidato ao Palácio do Campo das Princesas. “O povo de Pernambuco continua sofrendo com os altos preços nas bombas, nas contas de água, de luz e telefone somente pela má vontade em ajudar do governador Paulo Câmara (PSB)”, disse.

“Na contramão da maioria dos estados brasileiros, que reduziram de imediato o valor do ICMS por meio de decreto, o governador Paulo Câmara escolheu pelo caminho mais burocrático ao enviar projeto de lei para a Assembleia Legislativa, prolongando o sofrimento do povo pernambucano que continua sem poder contar com o benefício da queda nos preços dos combustíveis e nas contas do serviços essenciais”, afirmou Anderson.

Em sua justificativa, o governador Paulo Câmara alegou que a Procuradoria Geral do Estado teria recomendado que a regulamentação fosse feita por meio de uma lei estadual. Advogados especialistas em Direito Tributário informaram, no entanto, os textos dos decretos publicados pelos estados que regulamentaram a lei complementar, a exemplo do Rio de Janeiro, fazem alusão ao quarto parágrafo do Artigo 24 da Constituição Federal, que prevê que a “superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrária”.

“Com isso, cai a máscara do governo Paulo Câmara, pois bastava apenas um decreto, que poderia ter sido publicado há mais de 15 dias, para acabar com o sofrimento do povo pernambucano, que até hoje não vem sentindo no bolso os efeitos da redução dos preços”, enfatizou Anderson Ferreira, ao pedir ao governador “que pare de enrolação e faça como os demais governadores, assinando imediatamente o decreto de redução do ICMS para que a população pernambucana possa ser beneficiada”.

Após Lessa realizar Caravana da Segurança, policiamento é presenciado na Vila de Patos

Demonstrando boa articulação política e estratégia de resolução, o deputado estadual Erick Lessa viabilizou policiamento para a Vila de Patos, situada entre os municípios de Caruaru, Frei Miguelinho e Riacho das Almas. A conquista ocorreu através da Caravana da Segurança, estrutura idealizada pelo parlamentar para fomentar o debate acerca de segurança pública junto à população e às forças policiais.

A comunidade de Patos recebeu a Caravana da Segurança no dia 27 de junho. Na ocasião, a população reivindicou mais segurança, relatando inúmeros casos de assaltos na localidade. Percebendo a necessidade, o policiamento no local foi intensificado desde a quarta-feira (06), com a presença conjunta de policiais civis e militares em uma viatura. Com isso, os moradores passaram a relatar uma elevação na sensação de segurança na localidade, que possui uma economia pujante devido à atividade têxtil.

“A partir do diálogo com a sociedade, é possível identificar as necessidades e oferecer respostas efetivas à população. Uma interlocução clara e transparente junto ao poder público é a chave para transformar a vida das pessoas”, pontuou Lessa.

Postos anunciarão preço de combustível válido antes da redução do ICMS

Petrobras reajusta em 12% o preço da gasolina nas refinarias a partir desta quinta-feira

A partir desta quinta-feira (7), os postos de combustíveis de todo país estão obrigados a divulgar, de forma “correta, clara, precisa, ostensiva e legível”, os preços dos combustíveis que eram cobrados, em cada empresa, no dia 22 de junho de 2022, “de modo que os consumidores possam compará-los com os preços praticados no momento da compra”.

A determinação, com vigência até 31 de dezembro de 2022, consta do decreto nº 11.121, publicado no Diário Oficial da União de hoje.

Com a medida, o governo pretende possibilitar ao consumidor comparar o preço atual com o que era cobrado antes de vigorar a lei que não permite às unidades federativas cobrar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) com percentual acima da alíquota de 17% ou 18%, dependendo da localidade. A lei foi sancionada no dia 24 de junho.

O decreto publicado hoje destaca, ainda, que os donos dos postos deverão informar também, em separado, o valor aproximado relativo ao Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS); o valor relativo à Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep); e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins; e, ainda, o valor relativo à Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível (Cide-combustíveis).

Tribunal de Justiça de Pernambuco abre 100 inscrições para casamento coletivo

The wedding rings with white roses on the wooden table

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), através do seu Núcleo de Conciliação, abriu inscrições nesta quinta-feira (7), que terminam na próxima quarta-feira (13), para que 100 casais, que moram no Recife, participem de uma cerimônia de casamento coletivo.

O evento, que fará parte das ações do Nupemec em homenagem ao aniversário de 200 anos do TJPE, ocorrerá na manhã do dia 18 de agosto, com início às 11h, no auditório da Faculdade Frassinetti do Recife (FAFIRE), localizada na Conde da Boa Vista. O juiz da 1ª Vara de Família e Registro Civil da Capital, Clicério Bezerra e Silva, irá celebrar a união dos consortes.

Para se inscrever, os interessados devem ligar para o número 3181-0541, das 8h às 13h. Após esse contato, através de email; número com WhatsApp, ou pessoalmente, a equipe do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania do Recife (Cejusc) irá entregar todas as orientações documentais e jurídicas aos casais inscritos. O casamento coletivo é uma iniciativa do Cejusc-Recife junto à Casa de Justiça e Cidadania da Fafire, unidade conveniada ao TJPE.

Diario de Pernambuco

Corte do ICMS reduz preço médio do litro da gasolina em R$ 1,55, diz governo

Postos de gasolina em todo o país passaram a registrar queda nos preços dos combustíveis desde o início desta semana. A redução era esperada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e se deu em decorrência da lei sancionada pelo Presidente Jair Bolsonaro (PL), que fixa a alíquota máxima sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre bens essenciais, o que inclui os combustíveis, entre 17% e 18%.

Mesmo com a resistência dos governadores, que apontam perda de arrecadação causada pela medida, até ontem, 26 estados já haviam anunciado o cumprimento da lei. Resta apenas o Acre, cujo governador, Gladson Cameli (PP), diz aguardar que o Supremo Tribunal Federal (STF) pacifique o assunto. Reduções no preço já foram notadas em quase todos os estados.

No Distrito Federal, ontem, a gasolina comum podia ser encontrada a R$ 5,84, caso o motorista fizesse o pagamento por meio do aplicativo da empresa. O valor foi registrado no posto Shell da Brasal Combustíveis, localizado no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Sem o desconto, a gasolina subia para R$ 5,99.

A diminuição dos preços no local atraiu motoristas que buscam economizar e acabou causando filas nas bombas de abastecimento. Agente patrimonial da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), José Messias da Silva, 66 anos, não costuma abastecer no posto, mas foi atraído pelo baixo valor. “Moro em Ceilândia e sempre abasteço por lá. Mas vi o preço aqui hoje e pensei ‘Não, vou abastecer aqui logo'”, contou. Ele percorre 66km todos os dias e costuma encher o tanque três vezes por mês.

Para o frentista do posto da 109 Norte João Paulo Lima, 27, o aumento do fluxo de clientes foi visível. “Quando os preços baixaram, houve um grande movimento. De quinta até terça, foi bem grande o movimento. Agora, já está normalizando (o fluxo)”, disse ele. Uma das motoristas presentes no posto, Ana Beatriz Menezes e Silva, 24, comemorou os valores encontrados. “Ainda está caro, mas pelo menos deu uma aliviada”, afirmou. No local, a gasolina custava R$ 6,25 e o etanol comum, R$ 5,49.

Estimativa

O MME divulgou ontem uma estimativa da redução nos preços da gasolina, etanol hidratado, diesel, e gás de cozinha em cada unidade da Federação. Em média, a pasta estima queda de R$ 1,55 no litro da gasolina, e R$ 0,31 no do etanol em relação aos preços praticados na semana de 19 a 26 de junho. Os valores, porém, variam para cada estado. A queda estimada vai de 18,2% no Mato Grosso até 24,9% no Rio de Janeiro.

Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), Paulo Tavares, no DF a redução nos preços do DF já alcançou patamar parecido com a estimativa do ministério.

“As distribuidoras repassaram isso gradualmente. A cada dia, elas passavam um pedaço da redução. É uma diferença muito grande para quem tem lucro de R$ 0,50 por litro”, disse Tavares ao Correio.

Ele ressalta, porém, que no Distrito Federal a redução no preço do etanol pode demorar mais para chegar às bombas devido ao baixo volume do combustível consumido na região. Outro alerta que Tavares faz é que os revendedores não são obrigados a repassar a redução do preço. Em alguns estados como Piauí, Minas Gerais e Bahia, o Procon está atuando na fiscalização de possíveis abusos.

“O revendedor, em tese, não é obrigado a repassar isso para o cliente, mas ele repassou. O Procon ia anunciar isso, fazendo campanha, mas sabem que o Procon não pode obrigar nem brigar, o que está acontecendo em vários estados. Não há tabelamento (do preço)”, afirma o presidente. Segundo ele, a queda no preço é vantajosa também para os revendedores, que observaram um aumento no volume de vendas desde a semana passada.

O Sindicombustíveis-DF é favorável sempre às reduções de impostos, mas ressalta que, no caso dos tributos federais, eles voltam a valer em 1º de janeiro de 2023. O presidente do sindicato pontua também que os estados terão sérios problemas com arrecadação. “Mas aí cabe aos estados lá na frente resolverem”, disse.

URGENTE: Boris Johnson renuncia como líder do Partido Conservador britânico

A handout image released by 10 Downing Street, shows Britain’s Prime Minister Boris Johnson as he delivers a television address after returning to 10 Downing Street after being discharged from St Thomas’ Hospital, in central London on April 12, 2020. – British Prime Minister Boris Johnson was discharged from hospital on Sunday, a Downing Street spokesman said, a week after being admitted for treatment for coronavirus and spending three days in intensive care. “The PM has been discharged from hospital to continue his recovery, at Chequers,” the spokesman said, referring to the prime minister’s country estate outside London. (Photo by Pippa FOWLES / 10 Downing Street / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE – MANDATORY CREDIT “AFP PHOTO / 10 DOWNING STREET / PIPPA FOWLES” – NO MARKETING – NO ADVERTISING CAMPAIGNS – DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS

Boris Johnson, sob pressão insuportável depois de perder o apoio do Partido Conservador devido a uma série incessante de escândalos, renunciou nesta quinta-feira (7) como líder da formação, mas continuará como primeiro-ministro até a escolha do sucessor.

“É claramente a vontade da bancada parlamentar do Partido Conservador que deve haver um novo líder do partido e, portanto, um novo primeiro-ministro”, afirmou Johnson ao anunciar a renúncia em uma mensagem à nação diante do famoso número 10 de Downing Street.

O Partido Conservador deve escolher nos próximos meses um novo nome para substituir Johnson, provavelmente a partir de outubro, como seu líder e, por consequência, como chefe de Governo.

Ao mesmo tempo, o controverso Johnson se declarou determinado a continuar governando o país e, para deixar claro, nomeou novos ministros e secretários de Estado nesta quinta-feira para substituir o elevado número de integrantes que deixaram o governo.

Keir Starmer, líder do Partido Trabalhista, considerou a saída do primeiro-ministro uma “boa notícia”, mas não suficiente para sanar a crise.

“Precisamos de uma verdadeira mudança de governo”, disse Starmer, que considera a convocação de uma moção de censura contra o governo para precipitar a convocação de eleições gerais antecipadas.

Os acontecimentos se aceleraram esta manhã, depois dos pedidos de demissão de quase 60 membros do governo Johnson, em uma sangria incessante que começou na terça-feira com a saída de dois pesos pesados: os ministros das Finanças, Rishi Sunak, e da Saúde, Sajid Javid.

O novo ministro das Finanças, Nadhim Zahawi, nomeado ainda na terça-feira, uniu-se aos pedidos de renúncia do primeiro-ministro.

“Sabe em seu coração o que é o correto, saia agora”, escreveu em uma carta publicada no Twitter.

Michelle Donelan, nomeada na terça-feira para o ministério da Educação como sucessora Zahawi, apresentou o pedido de demissão apenas 48 horas depois de assumir a pasta.

“Um governo decente e responsável se baseia na honestidade, integridade e respeito mútuo”, afirmou o ministro para a Irlanda do Norte, o até agora leal Brandon Lewis, mais um a anunciar que pediu demissão.

“Lamento profundamente ter que deixar o governo porque acredito que estes valores não são mais respeitados”, acrescentou.

Cercado por escândalos

Johnson conseguiu provocar o esquecimento por alguns meses dos múltiplos escândalos que o cercavam graças a sua ação determinada na ajuda à Ucrânia contra a invasão russa. O Kremlin afirmou nesta quinta-feira que deseja que “pessoas mais profissionais” cheguem ao poder no Reino Unido.

No início de junho, o primeiro-ministro sobreviveu a um voto de desconfiança do próprio partido, com o apoio de 211 dos 359 deputados conservadores, mas os 148 votos contra ele deixaram evidente o descontentamento interno. De acordo com a imprensa britânica, agora ele teria o apoio de apenas 65 deputados.

As regras do partido estabelecem que o procedimento não pode ser repetido durante 12 meses, mas muitos conservadores desejavam uma mudança para voltar a tentar a manobra contra Johnson.

Johnson está envolvido em polêmicas que vão do “partygate”, o escândalo das festas em Downing Street durante as restrições sanitárias, ao financiamento irregular da reforma da residência oficial, passando por acusações de clientelismo.

As renúncias de Javid e Sunak aconteceram poucas horas depois de Johnson apresentar desculpas pela enésima vez, ao admitir que cometeu um “erro” por ter nomeado para um cargo parlamentar importante Chris Pincher, um conservador que renunciou na semana passada e reconheceu ter apalpado, quando estava embriagado, dois homens, incluindo um deputado, em um clube privado do centro de Londres.

Depois de afirmar o contrário em um primeiro momento, Downing Street reconheceu na terça-feira que o primeiro-ministro havia sido informado em 2019 sobre acusações anteriores contra Pincher, mas havia “esquecido”.

Campeão eleitoral perdeu a magia

Grande vencedor das legislativas de dezembro de 2019, quando conseguiu a maioria conservadora mais importante em décadas com a promessa de concretizar o Brexit, o primeiro-ministro perdeu grande parte da popularidade.

As pesquisas mostram que a maioria dos britânicos o considera um “mentiroso”.

Johnson deve ser investigado por uma comissão parlamentar para determinar se enganou de maneira consciente os deputados quando, em dezembro, negou as festas que violaram as regras anticovid.

E o fato de ter afirmado que não sabia das acusações contra Pincher quando muitos alegaram o contrário e de ter reconhecido o “esquecimento” reforça as acusações de que o primeiro-ministro brinca com a verdade.

Derrotas eleitorais recentes, como a de 23 de junho em duas legislativas parciais, convenceram um número crescente de rebeldes dentro do Partido Conservador de que Johnson não pode mais liderar o partido nas eleições gerais previstas para 2024.

AFP

Pernambuco tem primeiro caso suspeito de varíola dos macacos, informa a Secretaria de Saúde

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) informou, na tarde desta terça-feira (5), que foi notificada do primeiro caso suspeito de Monkeypox (varíola dos macacos) em Pernambuco. O paciente é um homem de 25 anos residente na cidade de Guarulhos, em São Paulo, que está em Pernambuco desde o dia 23 de junho, para visitar familiares na cidade de Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

De acordo com a investigação epidemiológica, foi constatado que o paciente entrou em contato com europeus durante uma comemoração em São Paulo. Já em Pernambuco, no último dia 30 de junho, ele começou a apresentar quadro de febre, adenomegalia (aumento dos linfonodos do pescoço), erupção cutânea e linfogranuloma venéreo (linfonodos inchados na região genital e virilha).

Na segunda-feira (4), o homem buscou atendimento na AHF Brasil – Clínica do Homem Recife, localizada no bairro da Soledade, na região central do Recife. A unidade é especializada em prevenção, diagnóstico e tratamento de IST (Infecções sexualmente transmissíveis), com foco no público masculino, em parceria com o Programa de IST/HIV/Aids, da SES-PE.

No serviço, foi realizado teste de triagem para detecção de sífilis, que apresentou resultado negativo, além da coleta de swab nasofaríngeo e esfregaço da lesão para análise e determinação de diagnóstico.

As amostras coletadas serão encaminhadas para o Laboratório de Enterovírus da Fiocruz/RJ, referência para o diagnóstico da Monkeypox.

O Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE) também realizará investigação para detecção de outras doenças (arboviroses, exantemáticas, enterovirus, vírus respiratórios clamídia e gonococo, por exemplo).

De acordo com o informe divulgado pela SES-PE, o paciente apresenta quadro de saúde considerado estável e foi colocado em isolamento domiciliar.

A Secretaria também já realizou a notificação do caso ao Ministério da Saúde (MS) e monitora o caso junto à Secretaria Municipal de Saúde do Paulista, que está realizando o acompanhamento, coleta de exames complementares e a vigilância dos contatos próximos. Até o momento, nenhum familiar do paciente apresentou sintomas da doença.

No mês de junho, a Secretaria Estadual de Saúde emitiu nota técnica para os serviços de saúde sobre as diretrizes a serem adotadas para vigilância da Monkeypox no Estado, conforme documento que pode ser conferido neste link.

Já conhecida em humanos desde 1970, a doença é considerada muito menos perigosa e contagiosa que a varíola, erradicada em 1980. A varíola dos macacos, manifestada através de sintomas gripais e erupções cutâneas, geralmente desaparece após duas ou três semanas.

Folhape