Kiev adverte para alta probabilidade de ataques russos com mísseis

O Estado-Maior do Exército da Ucrânia advertiu hoje (9) para a “alta probabilidade de ataques com mísseis” das forças russas. O alerta é feito no dia em que Moscou comemora o Dia da Vitória sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

Segundo as chefias militares ucranianas, a Rússia destacou cerca de 19 batalhões táticos para a região Belgorod, sobre a linha de fronteira com a Ucrânia. Os batalhões incluem aproximadamente 15.200 integrantes, tanques, baterias de mísseis e outros tipos de armamento.

Em algumas áreas da região de Zaporizhia, as forças russas estão, de acordo com Kiev, “apreendendo documentos pessoais da população local sem uma boa razão”. As autoridades ucranianas alegam que as forças russas forçam as populações locais a participar das comemorações do Dia da Vitória. A Praça Vermelha, em Moscou, é palco, nesta segunda-feira, do tradicional desfile militar de 9 de maio.

Com base em relatório diário dos seus serviços de informações militares, o Ministério britânico da Defesa afirma que a Rússia está esgotando suas munições de precisão. A situação deverá resultar no recurso a armamento impreciso, que pode disseminar ainda mais a devastação em solo ucraniano.

O relatório britânico estima que, embora a Rússia tenha afirmado que “as cidades ucranianas estariam, portanto, a salvo de bombardeios”, as munições imprecisas representam risco crescente

“Como o conflito continua além das expectativas russas do pré-guerra, as reservas russas de munições guiadas com precisão provavelmente já se esgotaram”.

“Isso obrigou à utilização de munições antiquadas, mas disponíveis, que são menos fiáveis, menos precisas e mais facilmente interceptadas”, diz o relatório.

Londres acrescenta que a Rússia “provavelmente terá dificuldades para substituir o armamento de precisão que já gastou”.

No aniversário da 2ª Guerra, Zelenskiy diz que o mal voltou à Ucrânia

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse neste domingo (8) que o mal havia retornado à Ucrânia, mas que Kiev prevalecerá, em um discurso emocionado no momento que a Europa marca a rendição da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

A invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro, que já matou milhares e deslocou milhões de pessoas, terminou 77 anos de paz, disse ele no Dia da Memória e Reconciliação da Ucrânia. A Ucrânia lutou ao lado da Rússia como parte da União Soviética na Segunda Guerra Mundial.

Seu discurso em vídeo, gravado em frente a edifícios de apartamentos carbonizados por ataques de mísseis russos, aconteceu um dia antes do líder do Kremlin, Vladimir Putin, comemora a vitória soviética com um vasto desfile militar.

“A escuridão voltou à Ucrânia décadas após a Segunda Guerra Mundial. O mal voltou”, disse Zelenskiy. “De uma forma diferente, sob slogans diferentes, mas com o mesmo propósito”

“Nenhum mal pode escapar da responsabilidade, ele não pode se esconder em um bunker”, disse.

O líder nazista Adolf Hitler passou os últimos dias de sua vida em um bunker em Berlim, onde cometeu suicídio nos últimos dias da guerra.

Zelenskiy não nomeou Putin em todo seu discurso, mas usou uma linguagem firme para expressar seu horror perante a devastação.

Moscou chama suas ações de uma “operação especial” para desarmar a Ucrânia e livrá-la do que a Rússia chama de “nazistas” e do nacionalismo anti-russo fomentado pelo Ocidente.

A Ucrânia e o Ocidente dizem que a Rússia lançou uma guerra de agressão sem provocação e descartam a retórica sobre os nazistas como propaganda.

Bombardeio russo pode ter matado 60 pessoas em escola ucraniana

Bombardeio russo pode ter matado 60 pessoas em escola ucraniana, diz governador

Teme-se que até 60 pessoas tenham sido mortas no bombardeio russo a uma escola de um vilarejo na região ucraniana de Luhansk, no leste do país, disse o governador da região neste domingo.

As forças russas também continuaram bombardeando a siderúrgica Azovstal, último reduto da resistência ucraniana nas ruínas da cidade portuária de Mariupol, no sudeste, onde soldados do regimento Azov prometeram continuar lutando.

O governador de Luhansk, Serhiy Gaidai, disse que a escola em Bilohorivka, onde cerca de 90 pessoas estavam abrigadas, foi atingida no sábado por uma bomba russa que deixou o prédio em chamas por quatro horas.

“Trinta pessoas foram retiradas dos escombros, sete das quais ficaram feridas. Sessenta pessoas podem ter morrido”, escreveu Gaidai no aplicativo de mensagens Telegram, acrescentando que dois corpos foram encontrados.

A Reuters não pôde verificar de imediato a contagem do governador.

A Ucrânia e seus aliados ocidentais têm acusado as forças russas de mirar civis em meio à guerra, o que Moscou nega.

Em Mariupol, o vice-comandante do regimento Azov implorou à comunidade internacional para ajudar a retirar os soldados feridos da extensa siderúrgica Azovstal.

“Continuaremos lutando enquanto estivermos vivos para repelir os ocupantes russos”, disse o capitão Sviatoslav Palamar em coletiva de imprensa online.

Em uma operação de uma semana de duração, mediada pelas Nações Unidas e pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), dezenas de civis que se refugiavam nos abrigos subterrâneos da usina têm sido retirados.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse no sábado que mais de 300 civis já foram resgatados e as autoridades agora se concentrarão em tentar retirar os médicos e feridos. Outras fontes ucranianas têm mencionado números diferentes.

Separatistas apoiados pela Rússia disseram que um total de 145 pessoas, incluindo 24 crianças, foram retiradas de Mariupol no domingo para a vila de Bezimenne, cerca de 40 km a leste, na área que eles controlam.

Esse número se soma aos 182 retirados que chegaram a Bezimenne no início da operação, de acordo com dados fornecidos pelos separatistas. Eles disseram que aqueles que desejavam ir para áreas controladas pela Ucrânia foram entregues a representantes da ONU e do CICV.

Dia da Vitória

Na cidade de Zaporizhzhia, controlada pela Ucrânia, a cerca de 230 km a noroeste de Mariupol, dezenas de pessoas, que fugiram da cidade portuária e de áreas vizinhas ocupadas por conta própria ou com a ajuda de voluntários, esperavam para serem registradas em um estacionamento montado para receber os retirados.

“Ainda há muitas pessoas em Mariupol que querem sair, mas não conseguem”, disse a professora de história Viktoria Andreyeva, de 46 anos, acrescentando que ela havia acabado de chegar a Zaporizhzhia após abandonar com sua família sua casa bombardeada em Mariupol, em meados de abril.

Em um discurso emocionado neste domingo para o Dia da Vitória, quando a Europa comemora a rendição formal da Alemanha aos Aliados na Segunda Guerra Mundial, Zelenskiy disse que o mal há retornado à Ucrânia com a invasão russa, mas que seu país prevalecerá.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse ter iniciado em 24 de fevereiro uma “operação militar especial” para desarmar a Ucrânia e livrá-la do nacionalismo anti-russo fomentado pelo Ocidente. A Ucrânia e seus aliados, por sua vez, dizem que a Rússia começou uma guerra não provocada.

Líderes do G7 prometem aumentar isolamento econômico da Rússia

Os líderes do G7 disseram em um comunicado conjunto neste domingo que vão reforçar o isolamento econômico da Rússia e aumentar uma campanha contra as elites russas que apoiam o presidente Vladimir Putin.

Após se reunirem virtualmente com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, os líderes disseram que vão cortar os principais serviços dos quais a Rússia depende, reforçando o isolamento russo “em todos os setores de sua economia”.

Eles também se comprometeram a eliminar gradualmente a dependência da energia russa, proibindo inclusive as importações de petróleo russo.

“(Nós) continuaremos e elevaremos nossa campanha contra as elites financeiras e familiares, que apoiam o presidente Putin em seu esforço de guerra e desperdiçam os recursos do povo russo”, acrescentaram os líderes no comunicado.

Os Estados Unidos anunciaram neste domingo sanções contra três emissoras de televisão russas, proibiram norte-americanos de fornecer serviços de contabilidade e consultoria a russos e impuseram sanções a executivos do Gazprombank para punir Moscou por sua invasão à Ucrânia.

Putin chama a invasão de “operação militar especial” para desarmar a Ucrânia e livrá-la do nacionalismo antirrusso fomentado pelo Ocidente. A Ucrânia e seus aliados dizem que a Rússia iniciou uma guerra não provocada.

Covid-19: Brasil tem 6.006 casos e 13 mortes em 24 horas

O Brasil registrou 6.006 casos de covid-19 e 13 mortes em 24 horas, segundo o boletim epidemiológico divulgado neste domingo (8) pelo Ministério da Saúde. O total desde o início da pandemia é de 30.564.536 casos e 664.139 óbitos.

Segundo o boletim, há 270.977 casos em acompanhamento e 29.629.420 pessoas se recuperaram da doença, o que corresponde a 96.9% dos contaminadose .

As informações deste domingo não incluem dados atualizados do Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Roraima e Tocantins. O Mato Grosso do Sul não atualizou o número de óbitos.

Estados

São Paulo é a unidade da Federação com maior número de casos (5,42 milhões) e de mortes (168,33 mil). No número de casos, o estado do Sudeste é seguido por Minas Gerais (3,36 milhões) e pelo Paraná (2,47 milhões). Os menores números de casos foram registrados no Acre (124.969), em Roraima (155.525) e no Amapá (160.400).

No número de óbitos, o segundo e terceiro estados com mais mortes são Rio de Janeiro (73.543) e Minas Gerais (61.377). Os menores números estão no Acre (2.002), no Amapá (2.132) e em Roraima (2.151).

Boletim epidemiológico covid-19
Boletim epidemiológico covid-19 – Ministério da Saúde

Vacinação

O Ministério da Saúde informou que foram aplicadas 418,81 milhões de doses de vacina contra a covid-19 no Brasil, sendo 175,16 milhões de primeira dose, 155,72 milhões de segunda dose e 4,84 milhões de doses únicas.

Também foram aplicadas 77,57 milhões doses de reforco, 2,13 milhões de segundas doses de reforço e 3,37 milhões de doses adicionais.

Uma aposta do Rio de Janeiro leva Mega-Sena de R$ 4,45 milhões

Bilhetes de aposta da mega-sena

O concurso 2.479 da Mega-Sena teve apenas uma aposta ganhadora. O jogo foi feito em Vassouras, interior do Rio de Janeiro. As seis dezenas foram sorteadas ontem (7) à noite, no Espaço Loterias Caixa, em São Paulo. O apostador (a) vai levar um prêmio de R$ 4.456.908,10

Os números sorteados foram 10 – 15 – 17 – 20 – 21 – 35.

A quina teve 90 ganhadores, com prêmio individual de R$ 26.882,94. Acertaram quatro números 5.989 apostadores, que receberão cada um, R$ 577,12.

As apostas na Mega-Sena podem ser feitas até às 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio em lotéricas ou pela internet. Um jogo simples, de seis números, custa R$ 4,50.

O prêmio estimado para o próximo sorteio (concurso 2.480), que ocorrerá na quarta-feira (11), é de R$ 27 milhões.

De acordo com a Caixa, a probabilidade de um apostador ganhar a Mega-Sena com um jogo simples é de 1 em 50 milhões (mais precisamente 50.063.860). Já uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), as chances de acertar o prêmio é de 1 em 10 mil (precisamente 10.003).

Casal é detido com 9 kg de cocaína escondidos embaixo de banco de carro

Um casal que transportava 9 kg de cocaína foi detido, na última sexta-feira (6), pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR 407, em Juazeiro, na Bahia. A droga estava escondida embaixo do banco de trás de um carro.

O flagrante foi realizado no Km 7 da rodovia, por policiais do Grupo de Patrulhamento Tático (GPT) e do Comando de Operações Especializadas do Nordeste (COE-NE). Durante a abordagem a um carro que estava com o farol apagado, a equipe percebeu que o motorista estava nervoso e avistou um pó de cor branca espalhado pelo painel e bancos dianteiros.

Após uma verificação, os policiais encontraram dentro da marcha um tubo com uma substância semelhante à cocaína. Em seguida, encontraram embaixo do banco um grande volume da droga em embalagens plásticas.

A equipe realizou testes com um reagente que indicou a presença de cocaína na substância. O motorista e a passageira foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de Petrolina e podem responder por tráfico de drogas.

Lucas Ramos destaca avanço na recuperação da PE-149, no Agreste

O deputado Lucas Ramos, pré-candidato à Câmara dos Deputados, celebrou a publicação do edital, neste sábado (07), para contratação da empresa que será responsável pela recuperação da PE-149, no Agreste Central, rodovia que liga Agrestina a Lajedo. “Mais uma conquista do nosso mandato para a região. Com um investimento de R$ 57,6 milhões, o Governo do Estado vai entregar uma estrada completamente nova, beneficiando mais de 700 mil pessoas, entre agrestinenses, lajedenses e a população de Bonito, Ibirajuba e Altinho”, destacou o parlamentar.

A abertura de propostas ocorre no próximo dia 13 de junho e a contratação será realizada pelo Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER-PE). “Junto com a secretária Fernandha Batista e o governador Paulo Câmara, vamos garantir o direito de ir e vir com segurança de milhares de pessoas. A obra de recuperação da PE-149 vai impulsionar a Economia e a geração de novas oportunidades, entregando melhores condições logísticas para o escoamento da produção agropecuária e para o acesso a destinos turísticos importantes do Estado”, acrescentou Lucas Ramos.

O investimento faz parte do programa Caminhos de Pernambuco e integra ainda o Plano Retomada. O edital prevê a recuperação, manutenção e sinalização horizontal de toda a rodovia, que tem 47,6 quilômetros de extensão.

Covid-19: Brasil tem 14.622 casos e 35 mortes em 24 horas

Liberação do uso de máscara em São Paulo

O Brasil registrou, segundo o boletim epidemiológico divulgado neste sábado (7) pelo Ministério da Saúde, 14.622 casos e 35 mortes em 24 horas. Desde o início da pandemia foram registrados 30.558.530 casos e 664.126 óbitos.

Há 227.240 casos em acompanhamento e 29.617.164 pessoas se recuperaram da doença, o que representa 96,9% dos contaminados pela covid-19.

O boletim deste sábado não trouxe dados atualizados do Distrito Federal, do Ceará, de Minas Gerais, do Mato Grosso, do Rio de Janeiro, de Roraima e do Tocantins. O Mato Grosso do Sul não atualizou o número de mortes.

Estados
São Paulo é a unidade da Federação com o maior número de casos (5.5422.332) e de mortes (168.339). Em número de casos, o estado do Sudeste é seguido por Minas Gerais (3.361.406) e Paraná (2.470.510). Os menores números de casos foram registrados no Acre (125.969), Roraima (155.525) e Amapá (160.400).

Rio de Janeiro (73.543) e Minas Gerais (61.377) são os estados que têm o segundo e terceiro maior número de mortes por covid-19. Os menores números estão no Acre (2.002), Amapá (2.132) e Roraima (2.151).

Vacinação
Segundo o Ministério da Saúde, foram aplicadas 418,8 milhões de doses de vacina contra covid-19 no Brasil, sendo 175,16 milhões de primeira dose, 155,72 milhões de segunda dose e 4,84 milhões de dose única.

A dose de reforço totaliza 77,57 milhões e a segunda dose de reforço, 2,14 milhões. A dose adicional foi aplicada em 3,37 milhões de pessoas.

Agência Brasil

Hanseníase: marcas do preconceito é tema do Caminhos da Reportagem

A hanseníase é doença crônica e infecciosa, causada pela bactéria Mycobacterium Leprae, também conhecida como bacilo de Hansen. Uma das 20 doenças tropicais negligenciadas, segundo classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), a hanseníase é tema do Caminhos da Reportagem. O programa vai ao ar neste domingo (8), às 22h, na TV Brasil.

O médico infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Julio Croda explica que as doenças negligenciadas atingem a parcela mais pobre da população e, geralmente, se encontram no hemisfério Sul do planeta, onde a pobreza é determinante importante para essas doenças. Para elas, há pouco tratamento disponível e pouco interesse da indústria farmacêutica.

Segundo a médica infectologista Giovana Volpato Pazin Feuser, as principais características da hanseníase são surgimento de lesões na pele, geralmente avermelhadas, e alteração de sensibilidade. A primeira sensibilidade que as pessoas costumam perder é a térmica, ou seja, deixam de sentir calor e frio no local, e por último a sensibilidade tátil. Assim, a doença afeta a pele e os nervos periféricos, o que pode causar incapacidades e deformidades físicas.

Uma das dificuldades enfrentadas pelas pessoas que vivem com hanseníase é justamente o preconceito e o estigma. A transmissão se dá apenas de uma pessoa doente, sem tratamento, para outra, após contato próximo e prolongado. A doença tem cura, e o tratamento é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Durante muitos anos, as pessoas com hanseníase foram isoladas do convívio com a sociedade e levadas para viver em colônias. Criada na década de 40, a colônia Antônio Aleixo recebia pacientes de várias partes do estado do Amazonas. O local chegou a abrigar 2 mil pessoas infectadas. Com o passar do tempo, a colônia foi se transformando em bairro, onde os familiares dos pacientes também passaram a viver.

A aposentada Teresinha Maia da Silva chegou à colônia ainda na adolescência. Já são 50 anos vivendo no local. Ela chegou a buscar a família, mas não encontrou apoio. Pelo contrário, conta que foi recebida com preconceito. “Procurei minha família, mas não me dei bem por causa da do preconceito. O meu próprio irmão, eu me sentei no banco, aí ele me deixou sentar, nós conversamos, quando terminou ele jogou álcool e ainda limpou o banco. Era um preconceito horrível”, lembra.

Em alguns tipos de hanseníase, não há o aparecimento de manchas pelo corpo. A doença pode atacar diretamente os nervos. Foi o que aconteceu com o militar reformado Fábio Correia, que começou a apresentar os primeiros sintomas há cinco anos. Ele estava perdendo a força nas pernas e sentia muita dor. Recebeu o diagnóstico correto em Cuiabá e faz acompanhamento no Hospital Universitário Júlio Müller, centro de referência do SUS ligado à Universidade Federal de Mato Grosso. A família é a sua maior fonte de força no tratamento e para lidar com o preconceito. “A medicação mais importante que há no tratamento é a família. E tem cura. Eu estou vencendo, todos também vão vencer com esse acompanhamento que estou tendo”, disse Fábio.

A equipe do Caminhos da Reportagem esteve em Mato Grosso e no Amazonas e vai contar histórias de quem vive com a doença e enfrenta preconceitos. Vai falar também dos desafios para o melhor cuidado dessas pessoas e os novos testes complementares para o diagnóstico da hanseníase, que estão sendo fornecidos pelo Ministério da Saúde.