Câmara aprova PEC que estabelece piso salarial de agentes de saúde

A cúpula  maior, voltada para cima, abriga o Plenário da Câmara dos Deputados.

O plenário da Câmara aprovou nesta quarta-feira (23), em dois turnos, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 22/11 que estabelece piso salarial de dois salários mínimos para agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias. A matéria segue para o Senado.

Tramitando no Parlamento há 11 anos, a proposta estabelece o direito a aposentadoria especial, devido aos riscos inerentes às atividades desempenhadas. O país tem, atualmente, cerca de 400 mil agentes no Brasil.

“Esses profissionais são o cerne da atenção básica à saúde, principalmente em comunidades mais carentes e mais isoladas. Portanto, faz-se extremamente necessária a garantia de que os mesmos sejam mantidos em seus postos de trabalho e que estejam recebendo remuneração justa e condigna com a importância vital de suas tarefas, que, via de consequência, gera economia aos cofres públicos no tratamento de doenças e contribui para o desenvolvimento do nosso país”, justificou o autor da proposta, deputado Valtenir Pereira (MDB-MT).

Antes da votação, deputados rejeitaram a proposta que seria pautada nesta quarta-feira, com regra transitória com piso nacional de R$ 1.600 para jornada de 40 horas semanais, enquanto uma lei federal não fosse aprovada. No entanto, parlamentares defenderam que fosse votado o projeto original, que previa remuneração maior aos agentes.

Recursos

Os recursos para pagamento dos profissionais deverão constar do Orçamento Geral da União com dotação própria e exclusiva e serão repassados pela União aos municípios, estados e Distrito Federal. Caberá aos municípios, estados e Distrito Federal estabelecer incentivos, auxílios, gratificações e indenizações a fim de valorizar o trabalho desses profissionais.

Proposta russa de auxílio a civis ucranianos fracassa na ONU

Representante russo no Conselho de Segurança da ONU, Vassily Nebenzia

Uma proposta apresentada pela Rússia pedindo acesso a auxílio e proteção a civis na Ucrânia, mas que não menciona o papel de Moscou na crise, foi rejeitado pelo Conselho de Segurança da ONU nesta quarta-feira (23). Apenas Rússia e China votaram a favor, com os outros 13 membros se abstendo.

“Se a Rússia se importasse com a situação humanitária, pararia de bombardear crianças e com as suas táticas de sítio. Mas eles não fizeram isso”, disse a embaixadora do Reino Unido na ONU, Barbara Woodward, ao conselho, após a votação. A Rússia nega estar atacando civis.

Uma resolução do Conselho de Segurança precisa de pelo menos nove votos a favor e nenhum veto de Rússia, China, Reino Unido, França ou Estados Unidos.

A Rússia havia retirado uma proposta apresentada anteriormente ao Conselho de Segurança, após acusar países ocidentais de uma campanha “de pressão sem precedentes” contra a medida. Os EUA rejeitaram a acusação da Rússia.

A Rússia propôs o texto após França e México retiraram suas propostas de resolução ao Conselho de Segurança sobre a situação humanitária da Ucrânia porque disseram que seria vetada por Moscou. O texto criticava a Rússia por sua responsabilidade na situação humanitária na Ucrânia.

A Ucrânia e seus aliados estão planejando colocar um projeto de resolução similar em votação esta semana na Assembleia Geral com 193 membros, onde nenhum país tem poder de veto. As resoluções da Assembleia Geral não são vinculantes, mas carregam peso político.

A África do Sul também apresentou um texto rival na Assembleia Geral sobre o mesmo assunto que não menciona a Rússia.

A proposta liderada pela Ucrânia tem atualmente 88 co-patrocinadores, enquanto a da África do Sul soma aproximadamente seis, incluindo a China, de acordo com diplomatas.

CGU encontra indício de irregularidades cometidas por terceiros no MEC

De acordo com a lei, é da competência da Controladoria-Geral da União (CGU) a apuração, o processo e o julgamento dos atos ilícitos

A Controladoria-Geral da União divulgou uma nota na noite desta quarta-feira (23) em que informa que constitui uma comissão para apurar duas denúncias de irregularidades no Ministério da Educação (MEC). 

“Ao final dos trabalhos, a comissão não constatou irregularidades cometidas por agentes públicos, mas sim possíveis irregularidades cometidas por terceiros, e sugeriu o encaminhamento dos autos à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público Federal (MPF), ante a possibilidade de ocorrência de crime por ocasião da oferta de vantagem indevida”, diz a nota.

As denúncias foram recebidas pela CGU no dia 27 de agosto de 2021 e tratam de possíveis irregularidades que estariam ocorrendo em eventos realizados pelo MEC e sobre o oferecimento de vantagem indevida, por parte de terceiros, para a liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A apuração da comissão ocorreu entre os dias 29 de setembro de 2021 e 3 de março de 2022.

Segundo a nota, em função de novos fatos que foram divulgados pela imprensa em relação às denúncias investigas pela comissão, a CGU decidiu abrir um novo procedimento. Desta vez, foi aberto uma “Investigação Preliminar Sumária (IPS), para investigar os novos fatos, em especial, o pedido de vantagem por terceiros.”

Nesta semana, matérias foram publicadas na imprensa sobre um suposto favorecimento do ministro da Educação, Milton Ribeiro, na liberação de recursos do FNDE para prefeituras de municípios por meio da intermediação de dois pastores.

Em nota divulgada à imprensa, Milton Ribeiro disse não haver nenhum tipo de favorecimento na distribuição de verbas da pasta. Segundo o ministro, a alocação de recursos federais segue a legislação orçamentária.

“Não há nenhuma possibilidade de o ministro determinar alocação de recursos para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou estado”, disse o ministro na nota.

Covid-19: Brasil registra 47.376 casos e 302 mortes em 24 horas

Comércio da SAARA(Sociedade de Amigos e Adjacências da Rua da Alfândega), após liberação do uso de máscaras em lugares fechados pela prefeitura do Rio de Janeiro.

O Brasil registrou, desde o início da pandemia, 657.998 mortes de covid-19, segundo o boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (23) pelo Ministério da Saúde. O número total de casos confirmados da doença é 29.729.991.

Em 24 horas, foram registrados 47.376 casos. No mesmo período, foram confirmadas 302 mortes de vítimas do vírus.

Ainda segundo o boletim, 28.363.966 pessoas se recuperaram da doença e 708.027 casos estão em acompanhamento.

Estados

São Paulo lidera o número de casos, com 5,2 milhões, seguido por Minas Gerais (3,30 milhões) e Paraná (2,4 milhões). O menor número de casos é registrado no Acre (123,7 mil). Em seguida, aparece Roraima (154,9 mil) e Amapá (160,2 mil).

Em relação às mortes, São Paulo tem o maior número de óbitos (166.843), seguido de Rio de Janeiro (72.556) e Minas Gerais (60.638). O menor número de mortes está no Acre (1.990), no Amapá (2.122) e em Roraima (2.144).

Boletim epidemiológico da covid-19
Boletim epidemiológico da covid-19 – 23/03/2022/Divulgação/ Ministério da Saúde

Vacinação

Até hoje, foram aplicadas 391,7 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 171,8 milhões com a primeira dose e 149 milhões com a segunda dose. A dose única foi aplicada em 4,7 milhões de pessoas.

A dose de reforço foi aplicada em 63,4 milhões de pessoas.

Mega-Sena acumula e próximo concurso deve pagar R$ 90 milhões

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O concurso 2.465 da Mega-Sena, realizado nesta quarta-feira (23) à noite no Espaço Loterias da Caixa em São Paulo, não teve acertadores das seis dezenas. Os números sorteados foram: 03 – 08 – 23 – 29 – 53 – 54.

O próximo concurso (2.466), no sábado (26), deve pagar o prêmio de R$ 90 milhões.

A quina teve 160 ganhadores e cada um vai receber R$ 34.522,77. Os 11.384 acertadores da quadra receberão o prêmio individual de R$ 693,15.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal.

A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 4,50.

O sorteio é realizado às 20h, no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo.

Receita abre consulta a lote de restituição do Imposto de Renda

Imposto de renda 2022.

Cerca de 212 mil contribuintes que haviam caído na malha fina e acertaram as contas com o Fisco receberão R$ 210 milhões na próxima semana. A Receita Federal abre hoje (24) consulta ao lote residual do Imposto de Renda Pessoa Física de março.

A consulta pode ser feita a partir das 10h, na página da Receita Federal na internet. Basta o contribuinte clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no botão “Consultar a Restituição”. Também é possível fazer a consulta no aplicativo da Receita Federal para tablets e smartphones.

O pagamento será feito em 31 de março, na conta informada na declaração do Imposto de Renda. Ao todo, 212.711 contribuintes que declararam em anos anteriores foram contemplados. Desse total, 2.790 têm mais de 80 anos, 21.540 têm entre 60 e 79 anos, 2.199 têm alguma deficiência física, mental ou doença grave e 7.542 têm o magistério como principal fonte de renda.

Caso o contribuinte não esteja na lista, deverá entrar no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) e tirar o extrato da declaração. Se verificar uma pendência, pode enviar declaração retificadora e esperar os próximos lotes da malha fina.

Se, por algum motivo, a restituição não for depositada na conta informada na declaração, como no caso de conta desativada, os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil. Nesse caso, o cidadão poderá agendar o crédito em qualquer conta bancária em seu nome, por meio do Portal BB ou ligando para a Central de Relacionamento do banco, nos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).

Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição depois de um ano, deverá requerer o valor no Portal e-CAC. Ao entrar na página, o cidadão deve acessar o menu “Declarações e Demonstrativos”, clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no campo “Solicitar restituição não resgatada na rede bancária”.

Covid-19: boletim diário da Secretaria de Saúde – 23.03.22

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até esta quarta-feira (23), foram registrados 50.829 casos de Covid-19, sendo 48.748 leves, 185 novos casos e 743 óbitos. Já de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), foram registrados 2.081 casos. Nenhum novo óbito foi registrado hoje.

Fontes:

Ministério da Saúde (e-SUS Notifica, MS – Casos Leves até 22/03/2022)

Cievs PE – Secretaria Estadual de Saúde (Notifica PE – Cievs PE – Casos Graves e Óbitos até 22/03/2022).

Anderson Correia pede que Ministério da Saúde envie medicamentos contra esporotricose para Caruaru

Por meio de indicação enviada ao Ministério da Saúde, nesta quarta-feira (23), o vereador e pré-candidato a deputado federal, Anderson Correia (PP), pediu que fossem enviadas medicações contra esporotricose e coleiras de leishmaniose para os animais de rua e de tutores baixa renda do município de Caruaru.

O Presidente da Comissão Permanente dos Direitos dos Animais também pediu para que a esporotricose seja reconhecida como uma doença zoonótica pelo Ministério da Saúde. Segundo o parlamentar, as solicitações visam implementar novas políticas públicas de combate a essas zoonoses no município.

“É preciso tratar e prevenir essas dermatoses que afetam os animais da nossa cidade. O número de casos só tem crescido e tudo isso trata-se de saúde pública. Por isso, precisamos unir todas as forças, inclusive a nível nacional, para que essas zoonoses não se tornem uma epidemia e todos tenham acesso a tratamentos por meio de medicamentos e métodos de prevenção, de forma gratuita”, destacou o edil.

Campos Neto sobre a inflação: ‘Vamos chegar no pico em abril e depois cair’

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta quarta-feira (23) que a inflação no Brasil terá seu pico em abril. De acordo com ele, portanto, o valor esperado para o próximo mês deve ser maior do que o esperado, com IPCA em torno de 10,54%.

“Falando em inflação brasileira, vamos chegar no pico em abril e voltar a cair. A gente estima que o número [de inflação] de curto prazo seja um pouco mais alto do que a gente tinha imaginado anteriormente, do próximo mês”, declarou em evento promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na manhã de hoje.

Ele explicou que o Brasil tem sido ativo no combate à alta de preços utilizando a estratégia de subir mais rapidamente a taxa básica de juros (Selic).

Para Campos Neto, mundialmente, há uma percepção de que a inflação é temporária, mas, em tese, segundo ele, ela já contaminou os núcleos. Portanto, o grande desafio é “fazer política monetária em um ambiente com tanta incerteza”.

Mesmo com a guerra que ocorre no leste europeu, as expectativas do presidente do Banco Central para o Brasil são boas, já que o investimento estrangeiro está vindo para o Ocidente e o país poderá aproveitar oportunidades no mercado global.

Agência Brasil

Centrão se junta à ofensiva contra Milton Ribeiro e pede demissão do ministro

As denúncias de um gabinete paralelo de pastores com atuação no Ministério da Educação fizeram o titular da pasta, Milton Ribeiro, e o presidente Jair Bolsonaro (PL) virarem alvo de pedidos de investigação, protocolados por parlamentares, no Supremo Tribunal Federal (STF), na Procuradoria-Geral da República (PGR) e no Tribunal de Contas da União (TCU). Até mesmo o Centrão pressiona pela saída do ministro.

As ofensivas foram deflagradas após a divulgação de um áudio no qual Ribeiro revela que, por ordem de Bolsonaro, dá atendimento preferencial a pastores na liberação de verbas para prefeituras. Nesse gabinete paralelo, os líderes evangélicos Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura intermediavam diretamente com o ministro a destinação de recursos. Os dois religiosos não têm vínculo com a pasta nem com o setor da Educação.

“Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do (pastor) Gilmar (Santos)”, afirmou Ribeiro, que é pastor evangélico, em reunião com dirigentes municipais dentro do ministério. “A minha prioridade é atender, primeiro, os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”, acrescentou. O áudio foi divulgado pela Folha de S. Paulo. Na semana passada, o Estadão já havia revelado a existência do gabinete paralelo de pastores com atuação no MEC.

No Congresso, até mesmo aliados do governo pedem a apuração do caso e cobram a saída de Ribeiro. O PL, o Republicanos e o PP, partidos do Centrão, estão de olho na vaga. A intenção agora, às vésperas das eleições, é que o ministro seja substituído por um político evangélico ligado ao grupo.

O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), presidente da Frente Parlamentar Evangélica, afirmou que Ribeiro não chegou ao governo pelas mãos dos evangélicos. O parlamentar demonstrou irritação com o gabinete paralelo comandado por pastores e disse que eles não têm ligação com os deputados do seguimento. “Quais pastores? Aqueles dois pastores Zé Ruela? Não conheço, nunca vi, só o ministro pode explicar”, afirmou.

Ontem, parlamentares acionaram órgãos de controle. O senador Fabiano Contarato (PT-ES) apresentou notícia-crime no STF pedindo a investigação de Ribeiro por eventual “crime de advocacia administrativa”. Já o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), os deputados Tabata Amaral (PSB-SP) e Felipe Rigoni (União Brasil-ES) e o secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro, Renan Ferreirinha (PSD-RJ), entraram com representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ministro por improbidade administrativa. “Não podemos tratar a corrupção e o tráfico de influência com normalidade”, escreveu Vieira no Twitter.

A bancada do PSol na Câmara protocolou uma representação no TCU e no Ministério Público Federal (MPF) contra Bolsonaro, Ribeiro e os dois líderes evangélicos.

CPMI
O presidente da Frente Parlamentar Mista pela Educação, deputado Professor Israel Batista (PV-DF), protocolou requerimento para a criação de uma comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) destinada a investigar crimes comuns, de responsabilidade e de improbidade administrativa na liberação de verbas pelo MEC.

O objetivo é investigar eventual ocorrência dos crimes de tráfico de influência, emprego irregular de verbas públicas, advocacia administrativa, corrupção ativa e passiva, usurpação de função pública e crimes de responsabilidade.

Ribeiro também é alvo de requerimentos para que preste esclarecimentos na Câmara.

Correio Braziliense