Orçamento 2022 tem foco nas eleições e na pauta do Centrão

O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou o Orçamento de 2022 vetando R$ 3,18 bilhões de despesas discricionárias e emendas de comissões, mas mantendo gastos eleitoreiros, em um claro sinal, segundo analistas, de que está disposto a tudo para se reeleger. Isso ficou claro no atendimento às demandas do Centrão, cujo principal líder, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, é quem agora dá a palavra final sobre a peça orçamentária.

Conforme os dados da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2022, publicada, ontem, no Diário Oficial da União (DOU), Bolsonaro manteve intacta a verba de R$ 16,5 bilhões das emendas do relator — jabuticaba criada pelo atual governo e utilizada como margem de manobra para agradar a base parlamentar, o chamado “orçamento secreto”. Além disso, não mexeu nos R$ 4,9 bilhões do fundão eleitoral que, inicialmente, era para ser de R$ 2 bilhões. Ele também manteve a reserva de R$ 1,7 bilhão prevista para o reajuste de policiais, que insuflou o movimento de diversas categorias de servidores por recomposição salarial. O Ministério da Economia havia recomendado um corte de R$ 9 bilhões para ajustes orçamentários. Procurada, a pasta não comentou o assunto.

Nas últimas eleições gerais, em 2018, o orçamento para o fundo eleitoral foi de R$ 1,7 bilhão, menos da metade dos quase R$ 5 bilhões previstos para este ano para os partidos financiarem seus candidatos. Enquanto isso, despesas com pesquisas tecnológicas, educação básica, preservação do meio ambiente, prevenção a incêndios florestais e combate à violência contra mulheres foram reduzidas.

“O corte no Orçamento ficou abaixo do que era recomendado pela equipe econômica para recompor receitas superestimadas. Isso mostra que haverá necessidade de cortar mais despesas ao longo do ano, porque, como a economia não deverá crescer, será preciso usar recursos além da margem que os técnicos costumam reservar para as manobras”, disse Juliana Damasceno, da Tendências Consultoria, citando as despesas de ministérios que acabam não sendo executadas, os chamados empoçamentos.

Blindagem
Na avaliação da economista, o Orçamento mostra a falta de planejamento dos gastos públicos, apesar da margem de manobra reduzida, uma vez que 93% das despesas são obrigatórias. “Houve uma blindagem para os gastos eleitoreiros. Certamente a questão eleitoral passou à frente de outras agendas que deveriam ser prioritárias, porque importantes para garantir um crescimento mais sustentável do país, como a educação básica. Os gastos para fundo eleitoral e emendas do relator são de curto prazo e não devem ter impacto na atividade”, lamentou Juliana Damasceno.

O especialista em contas públicas Felipe Salto, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), do Senado Federal, ressaltou que o espaço aberto para o reajuste de policiais deixado por Bolsonaro no Orçamento, assim como os cortes de quase R$ 3,2 bilhões, podem ser usados para correções salariais. “Como isso será usado ainda é uma incógnita, mas provavelmente, em gasto com pessoal”, afirmou. Para Salto, do ponto de vista macrofiscal, “a preocupação é com os reajustes que serão engendrados e o que podem incentivar a partir de 2023”.

O Ministério da Economia também evitou comentar a possibilidade de o presidente conceder o aumento salarial prometido aos policiais que, de acordo com analistas, precisaria ser confirmado até março, a fim de respeitar a lei eleitoral. Juliana Damasceno, da Tendências, lembrou que, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), Bolsonaro não poderá conceder nenhum aumento de gasto com salários neste ano, mesmo se vencer as eleições. “Existe uma trava na LRF, que os governantes de autorizar reajuste no último ano de mandato. Logo, se conceder reajuste vai criar uma instabilidade tanto do ponto de vista institucional, porque as demais categorias vão reivindicar também um aumento, quanto do ponto de vista fiscal”, alertou. De acordo com a analista, o R$ 1,7 bilhão reservado para os policiais não é suficiente para recompor as perdas inflacionárias da categoria.

Vale lembrar que muitos servidores estão sem reajuste desde 2017, e a defasagem chega a 28,15%, segundo cálculos de sindicatos. Considerando que cada 1% de aumento para todos os servidores implica R$ 3 bilhões ao ano de despesas adicionais, o custo do reajuste integral desse percentual para todo o funcionalismo seria superior a R$ 80 bilhões.

O Orçamento deste ano é o maior da história, pois prevê R$ 4,730 trilhões em despesas, incluindo o refinanciamento da dívida pública. Entre os gastos previstos, estão R$ 89,1 bilhões destinados ao Auxílio Brasil, programa que tomou o lugar do Bolsa Família. A previsão de deficit primário ficou em R$ 79,3 bilhões, abaixo da meta determinada pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que permite rombo de até R$ 170,5 bilhões nas contas do governo federal.

Pré-candidatos criticam
Candidatos ao Palácio do Planalto avaliam que a peça orçamentária sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro não está de acordo com a realidade do país e beneficia apenas os aliados do chefe do Executivo.

O governador de São Paulo, João Doria, se manifestou por meio de sua equipe econômica. Em nota, o comitê afirmou que o Orçamento de 2022 deixa ao relento a maior parte da população brasileira. “As prioridades estão claras e elas são compostas por gastos eleitorais, pelo aumento salarial de parcelas específicas do funcionalismo público e pela manutenção de privilégios de alguns grupos de interesse”, diz o texto.

Além disso, o comitê econômico avalia que a peça orçamentária nem reflete o planejamento das ações públicas nem as prioridades do governo no atendimento às demandas da população. “O Orçamento peca nos dois pontos. Delega ao Congresso a execução fragmentada de investimentos públicos que deveriam ser fruto de um plano consistente e coordenado de alocação de recursos. Em relação às prioridades, relega a segundo plano recursos que serviriam para gerar emprego e renda e aliviar a pobreza e a fome da população”, afirma a nota.

Também teceu críticas à má distribuição de recursos o pré-candidato e senador da República Alessandro Vieira (Cidadania). “A má qualidade do Orçamento, que foi sequestrado pelo Centrão, está na raiz dos problemas brasileiros. Existe um forte componente eleitoreiro, com pulverização de investimentos para atender interesses paroquiais ou de corporações poderosas”, disse o parlamentar ao Correio.

Já para o pré-candidato pelo partido Novo, Felipe d’Avila, o Brasil não tem orçamento de verdade. “O Orçamento reflete uma tragédia: como o corporativismo público e privado se apoderou do dinheiro dos pagadores de impostos. As emendas de relator e o orçamento secreto retratam que a única prioridade é a reeleição dos parlamentares e do presidente”, disse. “O cidadão não faz parte da conta.”

O ex-ministro da Defesa e ex-presidente da Câmara, Aldo Rebelo (sem partido) destacou a menor taxa de investimento da história. “Não há crescimento sem investimento. O orçamento foi destinado ao único objetivo que restou ao atual governo: sobreviver agarrado a uma bóia de urtiga chamada Centrão”, opinou Rebelo.

Correio Braziliense

Polícia investiga festas na sede do poder britânico durante confinamentos

Britain’s Prime Minister Boris Johnson, wearing a face covering to help mitigate the spread of Covid-19, reacts during his visit to Milton Keynes University Hospital, north of London on January 24, 2022. (Photo by Adrian DENNIS / POOL / AFP)

Londres, Reino Unido- A Polícia Metropolitana de Londres está investigando as várias festas realizadas em Downing Street e outras dependências do governo nos últimos dois anos, configurando uma violação das regras de confinamento – anunciou a chefe da Scotland Yard, Cressida Dick, nesta terça-feira (25).

“Posso confirmar que a Met (Polícia de Londres) está investigando uma série de eventos que ocorreram em Downing Street e em Whitehall nos últimos dois anos, em relação a possíveis infrações da norma sobre a covid-19”, declarou Cressida, na Assembleia de Londres.

Na noite de ontem, a ITV noticiou que o primeiro-ministro Boris Johnson celebrou seu aniversário com várias pessoas próximas, em pleno confinamento. Este último episódio de uma sequência de vazamentos para a imprensa desde dezembro foi a gota d’água da pior crise política vivida pelo polêmico líder conservador desde que chegou ao poder, em 2019.

Segundo esta emissora privada, Johnson participou de uma festa organizada por sua esposa em 19 de junho de 2020, quando esse tipo de reunião estava proibido. Até 30 pessoas teriam ido ao evento, incluindo a decoradora Lulu Lytle, responsável pela cara reforma do apartamento do premiê em Downing Street. O financiamento da obra também causou polêmica.

Segundo uma porta-voz, o primeiro-ministro permaneceu “menos de dez minutos” na reunião.

“Isso é completamente falso. Seguindo as regras daquela ocasião, o primeiro-ministro recebeu um pequeno número de familiares, em área externa, naquela noite”, informou Downing Street.

Há semanas, Boris, de 57 anos, luta por sua sobrevivência política diante das incessantes revelações sobre festas realizadas em Downing Street e em outras instalações do governo, quando as normas sanitárias anticovid-19 proibiam eventos destas natureza.

Para tentar amenizar o escândalo e acalmar os muitos deputados de seu próprio partido, os quais se juntaram à oposição para exigir sua renúncia, o premiê encarregou uma funcionária do alto escalão do governo, Sue Grey, de fazer uma investigação interna. Suas conclusões serão divulgadas em breve.

Dominic Cummings, agora influente ex-assessor do primeiro-ministro suspeito de estar na origem de muitos destes vazamentos, recusou-se a ser interrogado no âmbito desta referida investigação. Segundo ele, se assim fizesse, Boris Johnson “inventaria histórias absurdas”. Por isso, preferiu testemunhar por escrito.

Cummings multiplicou os ataques contra seu ex-chefe desde que deixou o cargo no final de 2020, em um contexto de disputas internas. Ele já avisou que “outras histórias prejudiciais” podem vir à tona, se Johnson não renunciar.

AFP

Moro: PT tenta criar CPI por ‘medo’ de sua candidatura

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, participa de coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, sobre as ações de enfrentamento ao covid-19 no país

O pré-candidato à Presidência da República Sergio Moro (Podemos) afirmou que o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Centrão têm medo da sua candidatura e, por isso, tentam alavancar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra ele.

“Essa CPI é medo de que volte o combate à corrupção no país. É simplesmente um ataque à minha pré-candidatura por quem tem medo. O Centrão tem medo, o PT tem medo. Porque a nossa proposta, diferentemente da do Lula ou do Bolsonaro, envolve a retomada do combate à corrupção”, afirmou.

A notícia de que uma possível CPI contra Moro esquentou o debate político depois que o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou que iria colher assinaturas na Câmara dos Deputados para a instalação de comissão para investigar suposto “conflito de interesses” no período em que o ex-juiz trabalhou na empresa Alvarez & Marsal. Para a comissão ser instalada, são necessárias 171 assinaturas.

De acordo com Teixeira, a base da investigação serão os relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU), que apura possíveis irregularidades da atuação de Moro no escritório, pelo fato de ele ter sido juiz da Lava-Jato.

Durante a entrevista, Moro negou qualquer irregularidade no seu processo de contratação.

“Inventaram essa CPI por motivos que não existem, não justificam e querem minar minha pré-candidatura. Eu tenho a consciência tranquila. Eu não enriqueci como juiz, não enriqueci como ministro. Quando eu saí do serviço público eu fui trabalhar, fui contratado e fui trabalhar inclusive lá no exterior. E eu nunca trabalhei, isso está até no meu contrato, e nunca recebi um tostão de empresas relacionadas à Lava-Jato. Sequer da Odebrecht”, disse.

Estado de Minas

Bolsonaro lamenta morte de Olavo de Carvalho: ‘um dos maiores do país’

O presidente Jair Bolsonaro (PL) lamentou via redes sociais a morte de Olavo de Carvalho, na noite de segunda-feira (24), aos 74 anos de idade. Olavo é tido como um dos mentores do projeto político de Bolsonaro e espécie de guru dos filhos dele.

Em uma postagem nas redes sociais, Bolsonaro disse que o país perde “um dos maiores pensadores da história do nosso país, o filósofo e professor Olavo Luiz Pimentel de Carvalho.” O presidente ainda ressalta que “Olavo foi um gigante na luta pela liberdade e um farol para milhões de brasileiros.”

Filho de Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro também lamentou a morte de Olavo nas redes sociais. “Conheci o professor Olavo de Carvalho de forma espontânea em 2012, em seu programa de rádio, e imediatamente passei a admirá-lo por seu vasto conhecimento, bom humor e, principalmente, por sua coragem. Ao professor Olavo, a minha eterna gratidão por sua vida dedicada ao conhecimento, que semeou em uma terra arrasada chamada Brasil e fez florescer em muitos de nós um sentimento de esperança, de amor pela verdade e pela liberdade”, escreveu.

Carlos ainda lembrou que Olavo teve grande “influência em nossas vidas, não apenas em politica, mas também através de ensinamentos valorosos e inúmeras amizades geradas por convergência de valores. Muitas lições e até mesmo críticas (sempre com a melhor das intenções) nos ajudaram a refletir e crescer.”

De acordo com o comunicado da família de Olavo, o filósofo estava internado em um hospital na região de Richmond, no estado da Virgínia, nos Estados Unidos. A causa da morte não foi divulgada.

Correio Braziliense

Presidenciáveis avançam em negociações por marqueteiros; conheça os nomes e entenda as estratégias

Os principais pré-candidatos à Presidência avançaram nos últimos dias nas negociações para definir o marqueteiro, posto-chave da campanha encarregado de embalar os candidatos como melhor produto na eleição.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-presidente Lula (PT), o ex-ministro Sergio Moro (Podemos), o governador tucano João Doria e a senadora emedebista Simone Tebet já tratam com candidatos aos cargos e desenham as linhas de discurso e marketing. O pedetista Ciro Gomes antecipou-se e já faz campanha sob a coordenação de João Santana, artífice das últimas vitórias presidenciais do PT.

No comitê do presidente Jair Bolsonaro, o nome mais cotado para assumir a função é o do marqueteiro Duda Lima, indicado pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Ele presta serviços ao partido há pelo menos 15 anos e tem no currículo a participação em campanhas para prefeituras paulistas, como a do deputado Celso Russomanno (Republicanos), terceiro colocado na corrida na capital em 2016.

O convite a Duda Lima ainda não foi feito. Ele, porém, foi elogiado por ter organizado o evento que marcou a filiação de Bolsonaro ao PL. Também conta a seu favor o estilo discreto. Membros do comitê de Bolsonaro avaliam que o escolhido tem que ser maleável para entender a personalidade do presidente e compreender que a estratégia digital seguirá nas mãos do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

O ex-presidente Lula (PT) também está em busca do especialista em comunicação que vai acompanhá-lo na disputa. Sidônio Palmeiro, que já atuou nas campanhas dos baianos Rui Costa (PT) e Jaques Wagner (PT), é o favorito até o momento. O colunista do GLOBO Lauro Jardim revelou que o PT também avalia propostas de Paulo de Tarso Santos, que fez a campanha de Lula em 1989, quando se criou o “Lula lá”, e de Juliano Corbellini, que esteve com Flávio Dino (PCdoB) no Maranhão, além de Augusto Fonseca. Os escolhidos trabalharão com o ex-ministro Franklin Martins, à frente da linha de comunicação do petista.

Em suas manifestações, Lula tem adotado a estratégia de traçar comparações com a gestão atual. Para além do discurso, ele busca se reunir não apenas como seus aliados, mas também com políticos de outras correntes ideológicas. Além de construir alianças, tenta com isso reforçar a imagem de que é um candidato aberto ao diálogo e bem recebido, inclusive no exterior.

Já o ex-ministro Sergio Moro (Podemos) tem usado a estrutura da sigla para direcionar a sua atuação na pré-campanha. Um de seus conselheiros tem sido o marqueteiro do partido, Fernando Vieira. Paralelamente, porém, ele tem conversado com outros profissionais. O principal nome é o mineiro Paulo Vasconcelos, que já elaborou campanha presidencial do tucano Aécio Neves (2014). Vasconcelos, por ora, está mais próximo de Rodrigo Pacheco (PSD), cuja pré-candidatura dá sinais de ter vida curta, como mostrou O GLOBO no domingo. Enquanto não define seu marqueteiro, Moro vem concedendo entrevistas semanalmente, além de já ter programado viagens pelo país. No início de fevereiro, vai o Ceará e ao Piauí.

Segundo auxiliares do ex-ministro, embora não tenha qualquer experiência no páreo político, ele procura definir o tom de suas falas previamente. Recentemente, Moro disse numa entrevista: “vamos arrebentar essa polarização”. Questionado se a frase fazia parte da estratégia de um marqueteiro, ele reagiu, frisando que era de sua lavra.

Primeiro a fechar com um marqueteiro, Ciro apostou num dos personagens mais conhecidos do mercado. João Santana retorna ao cenário nacional após período escanteado ao ser investigado pela Lava-Jato e fazer uma delação premiada em que admite ter recebido caixa 2 do PT. Santana já botou na rua as primeiras peças da campanha de Ciro, e tentará atrair o público jovem, ao vendê-lo como um candidato “rebelde”, assumindo seu gênio explosivo.

No caso de João Doria (PSDB), uma reunião do núcleo da campanha deve escolher o marqueteiro nesta semana. Ele tem dialogado com nomes como Chico Mendez e Guillermo Raffo, que atuaram na campanha do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles à Presidência em 2018 pelo MDB. Na época, eles popularizaram o slogan “Chama o Meirelles”. O martelo deve ser batido nos próximos dias. Doria procura alguém com um perfil moderno, que concilie planejamento estratégico e criatividade e, sobretudo, entenda a dinâmica do governador. O principal desafio, segundo interlocutores do pré-candidato do PSDB ao Planalto, é conseguir apresentar a administração Doria em São Paulo de modo que possa ser absorvido em todo o país.

A senadora Simone Tebet (MDB) já definiu Felipe Soutello como seu marqueteiro. Ele já havia ajudado na produção de materiais para a pré-campanha da emedebista. Soutello trabalhou, em 2020, com Bruno Covas, eleito prefeito de São Paulo, que morreu no ano passado. Uma das prioridades de Simone é a área de planejamento econômico. Outra estratégia é lembrar que é a única mulher na disputa.

Agência O Globo

Alta do material escolar pode chegar a 30%

Os gastos com material escolar vão pesar mais no bolso de pais e responsáveis. De acordo com a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), o aumento pode chegar a 30%, isso porque subiram os custos de indústrias e importadores com matérias-primas mais a variação do dólar. Para ajudar a reduzir as despesas, o contador e professor de Ciências Contábeis da Wyden, Éderson Rigon, separou algumas recomendações.

“Alguns itens escolares com longa durabilidade ou pouco utilizados, podem ser reaproveitados, evitando acúmulo de materiais. Portanto, antes de sair às compras, liste todos os materiais que estão sobrando e em bom estado de conservação, minimizando o desperdício”, indica o professor.

Para quem tem filhos com idades diferentes, é possível fazer um rodízio de materiais e livros didáticos. “Também é possível compartilhar livros, mochilas e uniformes com amigos e familiares, pois além da economia, é uma forma de estimular o consumo consciente em crianças e adolescentes”, explica Éderson.

Outra dica para reduzir os gastos com o orçamento escolar é realizar compras coletivas. “As compras no atacado normalmente têm preços mais atrativos. Uma boa alternativa é conversar com os pais dos colegas dos filhos e organizar uma compra conjunta”, destaca.

O professor da Wyden ressalta que a pesquisa de preços é uma importante aliada. “Para uma boa compra, faça vários orçamentos. Dessa forma é possível negociar preços, prazos e formas de pagamento. Vale lembrar que a compra à vista sempre deve ser amparada em um desconto satisfatório”, recomenda.

Realizar as compras pela internet também pode ser vantajoso, mas é preciso ficar atento ao prazo de entrega para não correr o risco de as aulas começarem sem o material ter sido entregue. “Pesquise a confiabilidade do site, a existência de lojas físicas, bem como a opinião de quem já comprou. Todas essas informações também estão disponíveis na internet”, ilustra Éderson.

Embora seja comum crianças e adolescentes terem suas preferências, Éderson Rigon orienta a não se apegar a marcas e personagens, o que pode encarecer o material. “Há uma variedade de produtos semelhantes, duráveis e de qualidade. Vale a pena pesquisar além da marca”, propõe.

Observe com cuidado a lista emitida pela escola e verifique se há algum item que não é de responsabilidade dos pais, tais como: papel higiênico, detergente, álcool, copos e talheres descartáveis, grampo e grampeador, pastas, tinta para impressora, grande quantidade de papel, entre outros. “Há uma lei federal (nº 12.886/13) que proíbe a inclusão de materiais de uso coletivo na lista. Estes materiais devem ser contemplados na mensalidade escolar”, elucida o professor.

Outro ponto de atenção é que algumas escolas cobram uma taxa extra de material que os pais não são obrigados a pagar. “Caso seja essa a opção, condicione o pagamento à disponibilização de uma lista detalhada dos materiais que justifique o pagamento da taxa”, informa o professor.

Compesa substitui rede de abastecimento no Bairro Kennedy, em Caruaru

A rua Frei Damião, no bairro Kennedy, em Caruaru, agora conta com uma nova rede de distribuição de água. Foi entregue neste mês às famílias residentes no local, a obra de substituição da antiga rede pelo Governo do Estado, através da Compesa. Essa foi a primeira de quatro ruas da cidade que serão contempladas até o mês de abril, com ação semelhante.

Os testes para verificar a eficiência da nova rede serão realizados a partir desta segunda-feira (24), data em que se inicia o ciclo de abastecimento da localidade. “Com a nova tubulação vamos melhorar a oferta de água para os moradores desta rua, levando mais qualidade de vida para a população”, explica o gerente de Unidade de Negócios da Compesa, Denis Mendes.

A partir de fevereiro, a Compesa dará início às obras de substituição de rede de distribuição nas ruas Alexandrino Boa Ventura, também no bairro Kennedy, na Saldanha Marinho, no bairro Maurício de Nassau, e por fim, na Coronel Limeira, no bairro Nossa Senhora das Dores. Ao todo serão substituídos 1.800 metros de tubulação, com investimento total R$ 242 mil, beneficiando cerca de 1.800 habitantes.

Acic abre inscrições para nova turma do Núcleo Primeiros Passos

Muitos brasileiros estão decididos que 2022 será o ano da abertura de suas empresas, mas têm enfrentado as dificuldades comuns de tirar um negócio do papel, especialmente com os agravantes impostos pela pandemia da Covid-19 e o surto do vírus H3N2, a nova variante da Influenza A. Em Caruaru, as empresas ganharam um reforço de peso para dar o pontapé no empreendedorismo com o início das inscrições para a nova turma do Núcleo Primeiros Passos, iniciativa da Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic), em parceria com o Sebrae e o Armazém da Criatividade, que acontece de fevereiro a junho de 2022.

Com o tema “Os cinco passos da gestão empresarial – A inovação conectada ao seu negócio”, a formação oferecerá cinco oficinas com os temas: Oratória e comportamento empreendedor (Pitch de vendas); Modelando a proposta de valor do seu negócio; Como conquistar e manter clientes; Mídias sociais como ferramenta de vendas e Gestão financeira eficaz. Além disso, os inscritos irão contar com mentorias específicas na área de inovação, por meio da parceria com o Armazém da Criatividade. As aulas serão realizadas sempre pela manhã, na sede da Acic, que fica na Rua Armando da Fonte, nº 15, no bairro Maurício de Nassau.

“A formação é de suma importância para toda cadeira empreendedora da região, tendo em vista ainda a alta taxa de empresas informais. Através dos cinco passos da Gestão Empresarial – A inovação conectada ao seu negócio, que foi o lema escolhido para a turma deste ano, as empresas poderão crescer de forma mais sólida por meio do desenvolvimento das competências e ferramentas que serão trabalhadas e que são indispensáveis para a manutenção dos negócios no mercado”, explica o presidente do Núcleo, Allyson Hildegard.

Empreendedores de qualquer segmento que tenham até cinco anos de empresa, sendo Microempreendedores Individuais (MEI) ou Microempresa (ME), podem se inscrever através do link: https://bit.ly/nucleoprimeirospassos ou pelos telefones: (81) 3721 2725 ou (81) 99133 4146. Empresas dos segmentos de beleza e têxtil são o público-alvo dessa edição. Para participar, é necessário que a empresa esteja associada à Acic. As mensalidades dependem do segmento do negócio e custam a partir de R$ 26.

Serviço:
Nova turma do Núcleo Primeiros Passos
Quando: Aulas no turno da manhã, de fevereiro a junho de 2022
Onde: Acic – Rua Armando da Fonte, nº 15, no bairro Maurício de Nassau
Investimento: R$ 100,00 (que pode ser dividido em até 5x)
Inscrições: Até o dia 16 de fevereiro, pelo link: https://bit.ly/nucleoprimeirospassos

Confira a programação completa da formação:

21/02
Evento de Integração – Kick Off

23/02
Oficina – Modelando a proposta de valor do seu negócio

09/03
Oficina – Como conquistar e manter clientes (Customer success)

21/03
Follow-up

06/04
Oficina – Mídias sociais como ferramenta de vendas

20/04
Oficina – Gestão financeira eficaz

09/05
Follow-up

25/05
Oficina – Oratória e comportamento empreendedor (Pitch)

08/06
Oficina – Eventual reunião com ativos de crédito

13/06
Graduação

No mês de janeiro, o IEL-PE oferta 181 vagas de estágio em Pernambuco

Janeiro é conhecido como um dos melhores meses para conseguir um estágio. Pensando nisso, o Instituto Euvaldo Lodi de Pernambuco (IEL-PE) ampliou a oferta e está com 181 oportunidades para os níveis médio, técnico e superior. Os interessados em concorrer a uma dessas vagas devem se cadastrar no ielpe.org.br, preenchendo os dados no campo ‘Vagas”. As bolsas podem chegar até R$ 1 mil.

De acordo com a psicóloga do IEL-PE, Ketilly Gomes, há em janeiro uma tendência de crescimento das oportunidades, porque as empresas começam a buscar mais talentos para formar suas equipes e também porque no começo do ano tem muitos contratos rescindidos em função da conclusão do curso de muitos estudantes.

Para quem deseja conquistar esse mercado já no começo do ano, Ketilly dá algumas dicas, como montar um currículo e cadastrá-lo no site do IEL. “Outro conselho é apostar em cursos e aprender mais sobre ferramentas que agreguem valor ao curso. Isso mostra o quanto o candidato está envolvido com a sua própria carreira e deseja conquistar a oportunidade”, frisou.

Além disso, é importante que o candidato seja comprometido, proativo, se vista de forma adequada, tenha boa relação com os colegas, seja ético, procure sempre aprender e a se desenvolver na área, pois essas questões são fundamentais para quem deseja entrar no mercado de trabalho.

BALANÇO
Em 2021, o IEL ofertou 4.712 vagas, sendo esse resultado 32% maior que o de 2020. Ao todo, 2.928 estudantes estão no mercado de trabalho por meio da inserção feita pelo Instituto.

Nova tendência de procedimento capilar visa camuflar as falhas do couro cabeludo

A cientista expert em queda capilar e distúrbios do couro cabeludo, Jackeline Alecrim e a esteticista e cosmetóloga Daniela López comentam sobre essa nova tendência de mercado.

Existem diversas razões que podem levar a perda capilar como calvície, outras alopecias, afinamento ou queda total do cabelo. Quando isso acontece, a autoestima é diretamente afetada e isso pode causar problemas até mesmo nas relações sociais do indivíduo. Por isso, uma nova tendência de mercado promete camuflar as falhas capilares para devolver a qualidade de vida dessas pessoas: a micropigmentação capilar.

“Existe uma febre muito grande nos procedimentos de micropigmentação capilar para camuflar falhas. Porém, nós profissionais temos optado por fazer um tratamento voltado ao crescimento do cabelo real”, opina a esteticista e cosmetóloga Daniela López. Para a cientista, expert em tratamentos capilares, Jackeline Alecrim, a técnica, apesar de ser uma boa alternativa para alguns casos, pode acabar por trazer resultados não satisfatórios se aplicada sem considerar as particularidades de cada pessoa. “Pacientes que possuem fios mais longos, terão maior dificuldade em obter naturalidade com o procedimento. Por isso, nos casos de calvície feminina, o resultado final pode não ser satisfatório”, exemplifica a cientista.

De acordo com Jackeline Alecrim, para realizar o procedimento também é necessária cautela na escolha do profissional, que precisa ter uma excelente habilidade técnica para reproduzir os fios com harmonia. “A escolha de corantes adequados e os cuidados pós procedimento também são fundamentais para que a cor não sofra desgaste e alterações para tons esverdeados e azulados”, detalha.

A micropigmentação tem duração média de 2 a 8 anos, variando de acordo com a incidência do sol, oleosidade da pele, cuidados com o couro cabeludo, idade do paciente, entre outros fatores. Para aumentar a duração é necessário também, que a regra de 30 dias sem exposição ao sol seja seguida com rigor.

De acordo com a cientista, o paciente que opta por este tipo de procedimento não pode deixar de lado o tratamento estabelecido para o controle da queda capilar ou da evolução de quadros de calvície. “A alopecia androgenética [calvície] é um problema crônico e precisa de tratamento e controle por toda a vida. A micropigmentação não trata o problema, apenas camufla visualmente a área afetada.” Jackeline aponta ainda que hoje existem soluções tópicas muito eficientes e práticas que podem ser usadas para tratar a calvície e também a queda capilar. Ela inclusive desenvolveu uma formulação a partir de ativos do café que ganhou destaque internacional pela eficácia. “Trata-se de uma formulação que utiliza uma base de tensoativos que rompem as barreiras do sebo e permitem a veiculação de ativos no couro cabeludo, trazendo resultados bastante satisfatórios”, explica. Jackeline Alecrim também publicou recentemente um capítulo em um livro de medicina sobre novas perspectivas para o tratamento tópico da alopecia androgenética.

Para Daniela López, a mesoterapia capilar também pode ser uma alternativa de tratamento mais assertiva. “Utilizamos as mesclas específicas para crescimento capilar. São dois procedimentos por mês. Se considerarmos uma calvície muito exacerbada, por exemplo, pode ser que o tratamento leve de três a seis meses. A técnica trabalha toda a estrutura do crescimento capilar e o resultado é garantido”, pontua.

Sobre Daniela López

Daniela López é graduada em Estética e Cosmetologia pela Universidade Braz Cubas, técnica em Estética Facial e Corporal pelo SENAC e pós-graduada em Intradérmicos e Subcutâneos pela FAISP. É especialista em estética e cosmetologia avançada pela UNIFESP.

A cosmetóloga atua na causa de regulamentação da atuação de profissionais estéticos e cosmetólogos. É, também, autora do livro a História da Legislação da Estética e Cosmetologia no Brasil e pesquisadora no campo clínico, com práticas e testes desenvolvidos clinicamente in-vivo em pacientes para disfunções estéticas facial com ênfase em rejuvenescimento e retração tecidual. Além disso, é fundadora da Escola Superior de Estética e Cosmetologia (ESEC), a primeira escola superior de estética e cosmetologia no Brasil.

Sobre Jackeline Alecrim

Jackeline Alecrim é cientista e especialista em Cosmetologia Avançada e Fitoativos. Trabalha na pesquisa e desenvolvimento de bioativos destinados ao tratamento de queda capilar e distúrbios do couro cabeludo. É fundadora da empresa de cosméticos científicos Magic Science Brasil, que é destaque nacional e internacional pela eficácia clínica de seus produtos. Jackeline também faz sucesso com dicas de saúde capilar nas redes sociais, contando com mais de 90 mil seguidores no instagram.