Brasil registra menor média móvel de mortes desde o início da pandemia

Vacinação na aldeia indígena Umariaçu, próximo a Tabatinga, Amazonas.

Em 19 de abril de 2021 o Brasil registrou a maior média móvel de morte em decorrência da covid-19: cerca de 3 mil óbitos diários. Ontem (19), exatos 7 meses após o ápice, o Ministério da Saúde informa que a vacinação em massa contra a doença surtiu efeito. Segundo a pasta, a queda no número de óbitos foi de quase 90% – tendência que se acumula desde junho.

O boletim divulgado na noite de ontem (18) mostra que a média móvel de mortes está em 379,5, acompanhada pela queda expressiva também no número de novos casos da doença, que está em 12,3 mil ao dia.

“Nós temos um Sistema Único de Saúde (SUS) forte, com mais de 38 mil salas de vacinação, capaz de vacinar mais de 2 milhões de brasileiros e um governo extremamente preocupado com a vida. Por isso, adquiriu mais de 550 milhões de doses de vacinas [contra a] covid-19, investiu bilhões com habilitação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) e vacinou mais de 90% da população brasileira com a primeira dose. Vacina é a saída para acabar com o caráter pandêmico da doença. Só assim vamos retornar para o nosso normal”, afirmou em nota o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Segundo Queiroga, o sucesso da ampla campanha de vacinação deve se estender para 2022 com a compra antecipada de 354 milhões de doses de vacinas aprovadas no país. O plano de vacinação para 2022 foi apresentado no início do mês de outubro.

“Nós já temos asseguradas mais de 300 milhões de doses para vacinar a nossa população. É uma vacinação um pouco diferente do que aconteceu em 2021, porque não é uma vacinação primária. Mas, o mais importante é: teremos doses de vacinas para todos”, declarou Queiroga.

O painel de vacinação do Ministério da Saúde mostra que mais de 108 milhões de brasileiros já cumpriram integralmente o esquema vacinal. Essa população corresponde a 68% do público-alvo da campanha do Programa Nacional de Imunização (PNI). A ferramenta informa, ainda, que 3,6 milhões de pessoas já tomaram a dose de reforço, recomendada para pessoas acima de 60 anos, imunossuprimidos (aqueles cujos mecanismos normais de defesa contra infecção estão comprometidos) e profissionais de saúde.

Dólar volta a fechar acima de R$ 5,50 com tensões no exterior

dólares, dólar, moeda americana

Num dia de tensões no mercado internacional, o dólar voltou a subir e a superar o nível de R$ 5,50, apesar das intervenções do Banco Central (BC). A Bolsa de Valores (B3) iniciou o dia com forte queda, mas recuperou-se durante o pregão e fechou em leve baixa.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (18) vendido a R$ 5,521, com alta de R$ 0,061 (+1,21%). A moeda chegou a R$ 5,54 na máxima do dia, por volta das 10h30, mas a atuação do BC, que leiloou US$ 1,2 bilhão em contratos de swap cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro, impediu uma alta maior.

A cotação está no maior valor desde o último dia 11, quando tinha fechado a R$ 5,537. A divisa acumula alta de 1,38% em outubro e de 6,39% em 2021.

O mercado de ações teve um dia menos tenso. O índice Ibovespa, da B3, chegou a cair 1,58% durante a manhã, mas a compra de ações de bancos por investidores estrangeiros fez o indicador ganhar fôlego à tarde e fechar próximo da estabilidade. O Ibovespa acumula recuo de 3,86% em 2021.

China
Economias de países emergentes, como o Brasil, foram afetadas pela notícia de que a economia chinesa cresceu 4,9% no trimestre de julho a setembro, desacelerando em relação ao trimestre anterior, quando teve expansão de 7,9%.

Com uma crise energética provocada pela escassez de carvão e com empresas imobiliárias com dificuldades de caixa, a segunda maior economia do planeta está comprando menos commodities (bens primários com cotação internacional) e prejudicando as exportações brasileiras.

Além dos problemas na China, o agravamento da inflação em diversos países está pressionando economias avançadas a aumentar os juros. A expectativa de taxas mais altas em países desenvolvidos estimula a retirada de capital de mercados emergentes, pressionando para cima o dólar.

Pleno elege novo desembargador do TJPE

O juiz Isaías de Andrade Lins Neto foi eleito pelo Pleno do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) para o cargo de desembargador da Corte estadual. A sessão para a escolha, composta por 45 desembargadores, aconteceu na manhã desta segunda-feira (18/10), no Palácio da Justiça, no Recife.

O magistrado foi escolhido através do critério de merecimento para ocupar a vaga decorrente da aposentadoria do desembargador José Fernandes de Lemos, ocorrida em 23 de junho deste ano. O presidente do Judiciário estadual, desembargador Fernando Cerqueira, e o 1ª vice-presidente do TJPE, desembargador Eurico de Barros, presidiram os trabalhos. O Judiciário estadual pernambucano é composto por 52 desembargadores. A posse formal do novo desembargador acontece, nesta terça-feira (19/10), às 11h, no Salão Nobre, no 2° andar do Palácio da Justiça.

No total, concorreram ao cargo sete magistrados. Além de Isaias de Andrade Lins Neto, que obteve 45 votos, também figuraram na lista tríplice para ocupar a vaga, os juízes Gabriel de Oliveira Cavalcanti Filho, com 42 votos, e Eduardo Guilliod Maranhão, que teve 38 votos. Também foram votados a juíza Paula Maria Malta Teixeira do Rêgo, com nove votos, e o juiz Élio Braz Mendes Júnior, com um voto. Participaram como candidatos, ainda, os juízes Alexandre Freire Pimentel e André Vicente Pires Rosa. O juiz Isaías de Andrade Lins Neto figurou pela terceira vez na lista tríplice e o juiz Gabriel de Oliveira Cavalcanti Filho, pela segunda vez. Participaram da votação, 45 desembargadores.

O magistrado Isaías de Andrade Lins Neto falou, em discurso, o que representa o início do exercício do novo cargo na sua trajetória no TJPE. “Eu me sinto muito feliz e honrado por ter sido escolhido pelo Tribunal de Justiça para integrar a Corte. Nessa nova missão manterei o mesmo compromisso de exercer a atividade judicante com dignidade e honradez, como fiz durante esses 29 anos de magistratura. Será uma nova etapa, em que seguirei procurando servir bem à sociedade, priorizando a Justiça nas decisões para construir um Judiciário melhor, que se aproxime cada vez mais do jurisdicionado. Esse é o meu principal compromisso, trabalhar sempre com ética nessa Corte, que é tão respeitada no Brasil”, pontuou.

Histórico – Isaías Andrade Lins Neto nasceu em 2 de abril de 1970, no município de Jacobina, na Bahia. Graduou-se em Direito pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), e fez especialização em Direito Público e Privado na Universidade federal de Pernambuco (UFPE).

Foi designado, no início da carreira, para a Comarca de Tabira, em 1992, quando acumulou as Comarcas de Itapetim, São José do Egito, Afogados da Ingazeira, Sertânia, Carnaíba e Triunfo. Promovido para o cargo de juiz de Direito Substituto de 2ª Entrância, assumiu a Comarca de Bezerros, sendo designado posteriormente para a Comarca de São Caetano e, em 1996, foi removido e titularizado na 2ª Vara da Comarca de Água Preta, ocasião em que acumulou algumas Comarcas da Mata Sul.

Em 1997 foi removido para a 1ª Vara da Comarca de Vitória de Santo Antão e, em fevereiro de 1998, foi promovido por merecimento para o cargo de juiz de Direito Substituto de 3ª Entrância (Recife), sendo designado inicialmente para o Juizado do Consumidor. Em 2001 foi titularizado na 1ª Vara de Executivos Fiscais do Estado e, desde 2004 é Juiz titular da 33ª Vara Cível – Seção A. Em todas as Comarcas do interior em que foi designado e na 8ª Zona Eleitoral do Recife, atuou na função de juiz Eleitoral.

Em 2015, substituiu o desembargador Roberto Maia. No biênio 2016/2017, na gestão do desembargador Leopoldo Raposo, foi assessor especial da Presidência do TJPE, quando coordenou o Núcleo de Precatórios. Na época, participou da Diretoria da Câmara Nacional de Gestores de Precatórios por dois mandatos. Foi ainda assessor da 1ª Vice-Presidência do TJPE, no biênio 2018/2019, e assessor da 2ª Vice-Presidência, no biênio 2020/2021, ambas durante a gestão do desembargador Cândido Saraiva.

Ministrou aulas na área de direito do consumidor e requisição de precatórios, na Escola Judicial do TJPE (Esmape), inclusive em cursos de vitaliciamento de magistrados. Proferiu algumas palestras sobre direito do consumidor, precatórios e recuperação judicial, dentre outros temas. Participou de grupo de trabalho no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), auxiliando na elaboração da resolução que disciplina o Cadastro de Entidades Devedoras Inadimplentes (CEDIN).

Proposta orçamentária – Na reunião do Pleno, também foi apreciada a proposta orçamentária do Judiciário estadual para 2022, que foi aprovada por unanimidade. A proposta está sendo analisada na Assembleia Legislativa do Estado (Alepe).

Erick Lessa promove visita técnica às futuras instalações da Delegacia da Mulher

“Eu sou a prova viva que o trabalho da Delegacia da Mulher foi e é bem feito, porque salva vidas, como salvou a minha”, disse, emocionada, a senhora Silene Ananias, de 39 anos, lembrando que conseguiu sair de um ciclo de violência graças ao trabalho realizado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher em Caruaru (Deam). Ela fez questão de participar da visita técnica à sede das novas instalações do equipamento, que ocorreu na manhã desta segunda-feira (18), e reuniu autoridades de vários segmentos.

O responsável pela emenda parlamentar que destinou recursos, deputado estadual Erick Lessa, destacou que o objetivo das obras é atender a pessoas como Dona Silene e sua família. “Esse é um marco na luta pela segurança das mulheres. Vamos continuar em busca de mais infraestrutura e equipamentos de qualidade”, asseverou. “Não queremos que as mulheres sofram uma segunda violência ao serem atendidas em um local sem a estrutura adequada”, retratou.

Segundo o chefe de Polícia Civil de Pernambuco, Nehemias Falcão, o equipamento será “a maior, melhor e mais moderna Delegacia da Mulher do estado de Pernambuco. O resultado desse investimento traduzirá um melhor atendimento e uma economia anual de mais de R$ 40 mil, pois a atual sede é alugada”, disse.

Semelhantemente, a delegada da Mulher, Sara Gouveia, expressou uma palavra de gratidão pelo empreendimento. “Nossa unidade registra entre 100 e 150 ocorrências por mês. A casa atual já está pequena para essas demandas, e o novo prédio vai servir para melhorar os serviços e garantir mais segurança”, avaliou.

A solenidade ainda contou com a presença da secretária estadual da Mulher, Ana Elisa; da delegada da Diretoria Integrada Especializada (Diresp), Morgana Alves; da gestora do Departamento da Mulher da PCPE, Fabiana Leandro; do diretor da Diretoria Integrada do Interior I da Polícia Militar, coronel Paulo César; do diretor da Dinter 1 da Polícia Civil, Jean Rockfeller; e do vice-prefeito de Arcoverde, Israel Rubis.

Cedido pela Justiça Estadual, o prédio da nova delegacia é situado na Avenida Portugal, nº 155, Bairro Universitário, em Caruaru. Lessa destinou R$ 785.600,92 para o equipamento, através de emenda parlamentar. O projeto arquitetônico estabelece que o local contará com brinquedoteca, alojamentos, banheiros com acessibilidade, salas operacionais e de plantão, salas de cartório, arquivo, permanência e gabinetes, entre outros setores. A perspectiva é que as obras sejam concluídas em dez meses.

Covid-19: Boletim diário da Secretaria de Saúde – 18.10.21

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até esta segunda-feira (18), 97,67% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus. Hoje, foram registrados 16 novos casos, 11 pessoas recuperadas da doença e um óbito.

O número de testes realizados subiu para 110.771 dos quais 42.485 foram através do teste molecular e 68.286 pelo teste rápido, com 33.270 confirmações para a Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 76.882.

Também já foram registrados 127.668 casos de síndrome gripal e 712 pessoas estão em isolamento domiciliar.

Em investigação, a secretaria informa que são 619 casos, 57 pessoas em isolamento domiciliar e 11 internamentos.

Raquel Lyra discute andamento do programa Feira Conectada

A Prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, esteve se reunindo no seu gabinete, na manhã desta segunda-feira (18), no Palácio Jaime Nejaim, com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Economia Criativa (Sedetec), André Teixeira Filho, e com representantes da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (CESAR) e do Sebrae. Em pauta, o andamento do programa Feira Conectada, que foi lançado no último dia 24 de setembro, e que tem como objetivo desenvolver um plano de transformação digital para os feirantes participantes.

Durante o encontro, a gestora municipal reforçou a importância da execução do programa. “Não tenho dúvidas do sucesso dessa iniciativa. A pandemia só antecipou o que precisava ser feito diante da competitividade de mercado. É muito simbólico para a nossa cidade poder chegar e dizer que vamos ajudar a fazer essa travessia digital nesse momento”, disse Raquel.

Antes de ser reunir com a Prefeita, o grupo de gestores do Feira Conectada esteve circulando pela Feira da Sulanca, no Parque 18 de Maio, onde pôde dar prosseguimento ao diagnóstico sobre a realidade digital dos empreendedores. Para Jaime Alheiros, do CESAR, a intenção é de identificar a maturidade digital dos participantes. “Eles precisam, cada vez mais, adotar novas tecnologias para prosperarem no mercado. Através, justamente desse diagnóstico traçado pelo Feira, poderemos aplicar medidas que permitirão soluções para eles.”

Segundo a analista de projetos da ABDI, Mirorlavia Pinho, os empreendedores inscritos no programa passarão por consultorias já nas próximas semanas. “Após a finalização do diagnóstico, em conjunto, as instituições parceiras desenvolverão as atividades necessárias para que os feirantes obtenham aumento de presença digital e consequentes crescimentos nos números de clientes e de faturamentos, com redução, de quebra, em relação aos custos”, afirmou.

Durante a sua vigência, o Feira Conectada oferecerá atendimento personalizado com especialistas qualificados. A iniciativa corresponde a um Acordo de Cooperação técnica entre ABDI e a Prefeitura de Caruaru com a não transferência de recursos financeiros entre as partes.

Gilson Machado se coloca à disposição de Bolsonaro para concorrer ao Governo de Pernambuco

Novo presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, durante solenidade de posse.

Apontado como possível candidato ao governo de Pernambuco, Gilson Machado, Ministro do Turismo, se coloca à disposição do presidente da república, Jair Bolsonaro (Sem partido), para uma possível candidatura. “Estou pronto para qualquer coisa que ele (Bolsonaro) determinar. Amanhã pode acontecer tudo, inclusive nada”, destacou, em entrevista com a Rádio Clube.

Gilson não revelou muito além da sua disposição, e, de acordo com o ministro, nem ele nem o presidente estão de olho na reeleição, apesar das motociatas e agendas populares em que Bolsonaro sempre participa indicarem o contrário. Único ministro pernambucano do governo Bolsonaro, Machado vem sendo cotado como nome para as eleições estaduais como forma de fortalecer uma possível tentativa de reeleição do presidente.

Até o momento, Bolsonaro ainda não tem um palanque montado em Pernambuco. Alguns pré-candidatos tentam aproximação, como a deputada Clarissa Tércio (PSC), que vem acenando para o presidente há alguns meses, na esperança de construir uma campanha sob o palanque dele. A deputada, inclusive, acompanhou Bolsonaro em quase todas as agendas de sua visita ao estado, no início de setembro.

Dependendo das articulações, a oposição em Pernambuco pode chegar até seis palanques, tendo até mesmo um do PT, caso a sigla não permaneça na Frente Popular, grupo comandado pelo PSB. O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), vem de uma família mais próxima de Bolsonaro e seria o nome mais perto do presidente dentro das candidaturas mais fortes. Anderson já foi cotado a concorrer pelo governo, mas, segundo especulações, Ferreira pode abrir mão da disputa para apoiar a candidatura da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), formando, junto com ela, o segundo dos seis possíveis palanques da oposição.

Outra chapa seria encabeçada pelo prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (União Brasil), que se deslocou do MDB para o novo partido, fusão do DEM e o PSL, para poder concorrer ao governo, após sua casa inicial escolher permanecer na Frente Popular em 2022. Além disso, a oposição também pode ser composta por Clarissa Tércio (PSC), pré-candidata que já vem tentando articular ligação com Bolsonaro e mais uma chapa do PTB, possivelmente comandada pelo Coronel Meira. A sexta chapa seria composta pelo próprio Gilson Machado, ainda sem partido, caso Bolsonaro assim queira.

Diario de Pernambuco

Eduardo Bolsonaro sobre viagem a Dubai: ‘Vim para atrair empregos’

Uma publicação de Heloísa Bolsonaro, casada com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL/SP), filho “03” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), causou um alvoroço entre opositores da família e do governo federal.

No post de Heloísa, Eduardo aparece vestido de “sheik”, juntamente com a família, Heloísa e a filha do casal, também fantasiadas de trajes típicos da região de Dubai, onde o parlamentar esteve acompanhado de uma comitiva de 69 pessoas aos Emirados Árabes, com custo em torno de R$ 3,6 milhões.

O deputado declarou, no entanto, através de uma publicação nas redes sociais, que viajou com recursos próprios. ”Eu não estou aqui com dinheiro público. A minha viagem para cá com a minha esposa tem zero reais de contribuinte”, afirmou Eduardo, que disse estar representando a Frente Parlamentar Brasil-Emirados Árabes.

A imagem é de uma foto típica de turistas, que não chamaria a atenção não fossem pelos trajes usados pela família, que aparecem fantasiados de árabes, e o preço cobrado para o registro do momento.

Um site turístico da capital dos Emirados Árabes Unidos oferece a sessão fotográfica, com direito a trajes e maquiagem, realizada no Central Market Souk, por 174,22 dólares o casal e uma criança (cerca de R$ 955 ao câmbio de hoje).

Expo Dubai 2020

Eduardo Bolsonaro está em Dubai junto com a comitiva brasileira para participar da Expo Dubai 2020. Além dele, o vice-presidente Hamilton Mourão e outras 68 pessoas do governo fazem parte da entourage cujo custo aos cofres públicos pode chegar a R$ 3,6 milhões.

Em vídeo divulgado em seu perfil no Twitter, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu em Dubai o uso de dinheiro público para que uma “grande comitiva” acompanhe o presidente Jair Bolsonaro em viagem aos Emirados Árabes Unidos para participar do evento internacional Dubai Expo, previsto para durar até o próximo ano.

“Primeiro: uma comitiva grande aqui é vista como um sinal de prestígio. Segundo: eu não estou aqui com dinheiro público. A minha viagem para cá com a minha esposa tem zero reais de contribuinte”, declarou.

Estado de Minas

Mercado financeiro eleva projeção da inflação para 8,69%

Edifício-sede do Banco Central no Setor Bancário Norte, em lote doado pela Prefeitura de Brasília, em outubro de 1967

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, subiu de 8,59% para 8,69% neste ano. Trata-se da 28ª elevação consecutiva da projeção. A estimativa está no Boletim Focus de hoje (18), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para 2022, a estimativa de inflação ficou em 4,18%. Para 2023 e 2024, as previsões são de 3,25% e 3%, respectivamente.

Em setembro, puxada pela energia elétrica e combustíveis, a inflação subiu 1,16%, a maior para o mês desde 1994, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o indicador acumula altas de 6,9% no ano e de 10,25% nos últimos 12 meses.

A previsão para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior de 5,25%. Para 2022 e 2023 as metas são 3,5% e 3,25%, respectivamente, com o mesmo intervalo de tolerância.

Taxa de juros
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 6,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para a reunião no final deste mês, o Copom já sinalizou que pretende elevar a Selic em mais um ponto percentual.

As projeções do BC para a inflação também estão ligeiramente acima da meta para 2022 e ao redor da meta para 2023. Isso reforça a decisão da autarquia de manter a política contracionista de elevação dos juros.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2021 em 8,25% ao ano, mesma projeção da semana passada. Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica suba para 8,75% ao ano. E para 2023 e 2024, a previsão é de Selic em 6,5% ao ano.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a recuperação da economia. Além disso, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio
As instituições financeiras consultadas pelo BC reduziram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 5,04% para 5,01%. Para 2022, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 1,5%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,1% e 2,5%, respectivamente.

A expectativa para a cotação do dólar se manteve em R$ 5,25 para o final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é de que a moeda americana fique nesse mesmo patamar.

Agência Brasil

Com muitos desocupados, realidade de mercado de trabalho ainda é preocupante

Embora a média trimestral da taxa de desemprego na média móvel do trimestre encerrado em julho recuou para 13,7%, conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de desocupados no país chega de 14,1 milhões. Especialistas consideram o o número expressivo e alertam que a realidade do mercado de trabalho ainda é preocupante.

“Existem mais de 14 milhões de desempregados, 5,5 milhões de desalentados e 13 milhões de deslocados do mercado de trabalho, que não exercem a sua profissão. Isso significa que precisamos ampliar o conceito (do desemprego), Mais de 30 milhões de brasileiros não estão conseguindo renda suficiente para a sobrevivência ”, alerta o economista Simão Silber, professor da Universidade de São Paulo (USP). A População Economicamente Ativa (PEA) é de 105 milhões, esse contingente gira em torno de 30% da PEA. “Esses brasileiros, em grande parte, são pessoas com pequena qualificação e que trabalhavam na informalidade e, atualmente, ganhararam do governo o apelido de ‘invisíveis’”, acrescenta o acadêmico.

Conforme os dados da Pnad, a população subutilizada soma 31,7 milhões de pessoas e o rendimento médio só encolhe. Em julho, foi de R$ 2.508, dado 2,9% inferior ao trimestre anterior e 8,8% abaixo do registrado no mesmo intervalo de 2020.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, no entanto, prefere citar apenas os números do mercado de trabalho formal do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), cujos dados são positivos graças ao Benefício para a Manutenção do Emprego e da Renda (BEm). A empresa que adere ao programa divide o custo do empregado com o governo, reduzindo a jornada ou o salário do trabalhador, mas não pode demitir durante o período em que utilizar o benefício.

Neste ano, o Caged registrou um saldo positivo de 2,2 milhões de vagas de janeiro a agosto, em grande parte, graças ao BEm, que demorou para ser renovado em 2021. O benefício é elogiado pelos especialistas e pelo mercado.

“Esse programa foi muito positivo porque garantiu a preservação de empregos formais durante a pandemia e, neste ano, foi um acerto do governo, porque o emprego formal é muito difícil de ser gerado por ter um custo excessivo”, destaca o economista Ecio Costa, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ele reconhece que, sem o BEm, os dados do Caged deste ano poderiam estar negativos. “Até dezembro, as empresas que aderiram ao Bem não devem demitir”, destaca o economista José Luis Oreiro, professor da Universidade de Brasília (UnB). Ele lamenta, no entanto, a precarização do mercado de trabalho, os cortes recentes do governo em investimentos em pesquisa científica e as contradições do governo com medidas que pioram a imagem do país junto aos investidores, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, que pode ser votada nesta semana na Câmara dos Deputados. Com a medida, o governo quer abrir espaço — em torno de R$ 50 bilhões — na peça orçamentária e, assim, permitir o governo ampliar o Bolsa Família e incluir os “invisíveis”.

“A PEC dos Precatórios vai aumentar o custo de rolagem da dívida pública e aumentar a percepção de risco dos investidores. Ela permite um calote em uma dívida judicializada e que não cabe recurso”, pontua Oreiro. “O serviço da dívida está fora do teto de gastos. Bastava tirar o precatório da regra. Mas o ministro consegue transformar uma crise em um tsunami”, acrescenta.

Retomada desigual
Aliás, a famosa retomada em V que Guedes insiste em afirmar é controversa. Para analistas como Oreiro, essa curva de crescimento da economia depois da recessão provocada pela Covid-19 é um K, porque, apesar de alguns verem uma recuperação da pandemia em alguns setores, ela é desigual no todo da economia.

Os mais pobres, por exemplo, só veem a situação piorar diante do desemprego elevado e da inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que acumula alta de 10,25% em 12 meses até setembro e amplia o fosso da desigualdade social.