Caruaru: Promotoria do Patrimônio recomenda adoção de medidas de controle na locação de veículos

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Cidadania, com atribuição na Defesa do Patrimônio Público, recomendou à prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, e aos secretários municipais, ordenadores de despesa, fiscais de contratos e membros das comissões de licitação que adotem medidas para um controle mais efetivo na prestação de serviços decorrentes de contratos de locação de veículos, transporte escolar, transporte de cargas e pessoas.

Conforme a recomendação, os gestores devem identificar os locais, horários, itinerários e quantidades dos serviços a serem prestados, notadamente nos de locação e transporte de cargas, visando possibilitar o conhecimento prévio do custo básico do serviço, resguardando o princípio da competitividade, inclusive no pregão nº 084/2021, que visa a contratação de serviços de locação de caminhões guindastes tipo Munck com cesto incluindo motorista, manutenção e combustível, para apoio às ações de poda, limpeza e de manutenção do serviço de iluminação pública. O pregão tem sessão prevista para o próximo dia 3 de novembro, às 9h, no endereço eletrônico: www.comprasgovernamentais.gov.br.

Também deve-se exigir das empresas contratadas toda documentação hábil a individualizar o veículo afeto à prestação de serviço como condição para assinatura do contrato.

A Promotoria do Patrimônio de Caruaru recomenda ainda não pagar despesas públicas sem a efetiva comprovação da prestação do serviço de locação de veículos, transporte de pessoas ou cargas através de informações extraídas de tacógrafo devidamente lacrado e verificado pelo INMETRO e do sistema de rastreamento ou módulo de embarcado de monitoramento/GPS quando o caso; bem como, não pagar despesas públicas sem o devido relatório das viagens acompanhado da individualização dos veículos através de sua documentação e habilitação dos motoristas e/ou operadores (manutenção das condições de habilitação).

Além disso, os gestores devem designar servidores efetivos com conhecimento técnico na área contratada para exercício das funções de fiscais de contratos bem como para realização da despesa pública, criando cargos e realizando concurso público se necessário.

Por fim, especificamente quanto ao edital nº 072/2021 (transporte escolar), recomenda-se que se inclua no objeto do contrato a disponibilização de monitores com treinamento de primeiros socorros e capacitação para lidar com pessoas com deficiência durante o trajeto contratado.

Foi conferido o prazo de cinco dias úteis para as autoridades destinatárias da recomendação, firmada pelo promotor de Justiça Marcus Alexandre Tieppo Rodrigues, comuniquem ao Ministério Público Estadual o acatamento e a adoção de providências para cumprimento.

Vendas do comércio cresceram 1,6% em setembro, diz Serasa Experian

Lojas de material de construção reabrem, autorizadas pela Prefeitura a funcionar durante o período de isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus (covid-19)

As vendas no varejo do comércio físico no país tiveram alta de 1,6% em setembro em comparação ao mesmo mês do ano passado. A elevação foi impulsionada principalmente pelo setor de material de construção, que registrou a maior alta de 9,1%. Os dados divulgados na quinta-feira (28) são do indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian.

Além do setor de material de construção, registraram variação positiva o de supermercados, alimentos e bebidas, com elevação nas vendas de 2%; e móveis, eletrodomésticos, eletrônicos e informática (6,8%). Já os setores de combustíveis e lubrificantes; veículos, motos e peças; e tecidos, vestuário, calçados e acessórios, tiveram retração de 12,3%, 1,6% e 7,8%, respectivamente.

“É possível afirmar que o comércio brasileiro ainda sofre as consequências da instabilidade econômica. Os números poderiam ser melhores, mas com a alta da taxa Selic e da inflação no país, junto ao cenário de desemprego, os consumidores não conseguem fortalecer o poder de compra, enfraquecendo a evolução do varejo nacional”, disse o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

Na comparação de setembro com o mês anterior, o comércio registrou leve alta de 0,3%. De acordo com o índice, as vendas foram impulsionadas pelo setor de material de construção, que cresceu 1,7%; veículos motos e peças (1,6%); tecidos, calçados, vestuários e acessórios (1,4%). Na contramão, o segmento de combustíveis e lubrificantes e o de supermercados, alimentos e bebidas, registraram quedas de 3,3% e 1,3%, respectivamente. Móveis, eletrodomésticos, eletrônicos e informática tiveram alta de 0,8%.

Senado regulamenta a profissão de despachante documentalista

Palácio do Congresso Nacional na Esplanada dos Ministérios em Brasília

O Senado aprovou nesta quinta-feira (28) a regulamentação da profissão de despachante documentalista. O projeto de lei (PL) referente ao tema foi aprovado pela Câmara dos Deputados e agora segue para sanção presidencial.

O despachante documentalista é o profissional responsável por acompanhar a tramitação de processos e procedimentos de terceiros em órgãos públicos. Da mesma maneira, deve cumprir diligências, anexar documentos, prestar esclarecimentos, solicitar informações e relatórios, bem como executar todos os atos pertinentes e necessários à mediação ou à representação.

Segundo o relator do PL no Senado, Otto Alencar (PSD-BA), o despachante documentalista “atua, majoritariamente, na desburocratização da vida do cidadão brasileiro em seus afazeres junto à administração pública de qualquer dos entes federados”. Na avaliação do relator, esse profissional poupa o tempo de seus clientes e previne a existência de conflitos evitáveis entre a administração pública e aqueles que o profissional está representando.

Pelo texto aprovado, para exercer a profissão será obrigatório estar registrado no Conselho Federal ou nos Conselhos Regionais dos Despachantes Documentalistas, constituídos pela Lei 10.602, de 2002). O profissional terá que ser maior de 18 anos ou emancipado, e graduado em curso tecnológico de despachante documentalista, reconhecido pela legislação.

Receita Federal paga hoje lote residual do Imposto de Renda

 IMPOSTO DE RENDA 201,Declaração IRPF 2019

A Receita Federal credita hoje (29) na conta bancária do contribuinte a restituição do lote residual de restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) relativo ao mês de outubro de 2021. O lote contempla também restituições residuais de exercícios anteriores.

As informações sobre a restituição estão disponíveis por meio de aplicativo para tablets e smartphones e por meio do site da Receita, na área intitulada Meu Imposto de Renda, onde deve-se clicar em Consultar a Restituição.

Nela, o contribuinte tem acesso às orientações e aos canais de prestação do serviço, nos quais é possível fazer consultas no formato simplificado ou completo de sua situação, por meio do extrato de processamento, acessado no portal e-CAC. Caso identifique pendência, ele poderá retificar a declaração.

Segundo a Receita Federal, há R$ 448,5 milhões em créditos bancários para 292.752 contribuintes. “Desse total, R$ 169.234.573,08 referem-se ao quantitativo de contribuintes que têm prioridade legal, sendo 4.593 idosos acima de 80 anos, 40.459 entre 60 e 79 anos, 3.862 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave e 14.520 cuja maior fonte de renda seja o magistério”, informou, em nota a Receita.

O pagamento da restituição é feito na conta bancária informada na Declaração de Imposto de Renda. Nos casos em que o depósito não tenha sido feito, os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil. Em geral essa situação ocorre quando a conta corrente declarada foi encerrada.

Para ter acesso ao dinheiro não depositado, o contribuinte precisa reagendar o crédito por meio do Portal BB, ou ligar para a Central de Relacionamento BB, nos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).

“Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição no prazo de um ano, deve requerê-lo pelo portal e-CAC, disponível no site da Receita Federal, acessando o menu Declarações e Demonstrativos > Meu Imposto de Renda e clicando em Solicitar restituição não resgatada na rede bancária”, informa a Receita.

Dia Nacional do Livro: hábito da leitura aumentou na pandemia

Movimento de leitores na livraria Martins Fontes, em Vila Buarque.

A pandemia de covid-19 fez com que a população de todo o mundo passasse por experiências de isolamento e distanciamento social. Para muitas pessoas, os grandes companheiros durante estes momentos foram os livros, que são celebrados hoje (29) – Dia Nacional do Livro – em todo o território nacional.  

As livrarias, que tiveram que fechar as portas logo no início da emergência sanitária, foram altamente afetadas pela impossibilidade de vendas. Agora, registram o retorno gradual do público e o aumento significativo nas vendas de livros em geral.

“As pessoas compraram muito mais livros [na pandemia]. Passados os quatro primeiros meses, quando houve muita incerteza e muitas dificuldades até mesmo de logística e de lojas fechadas, as pessoas começaram a se reconectar e as vendas cresceram, o que observamos no mundo inteiro. Aqui no Brasil demorou um pouco mais. Começamos a notar isso mais forte a partir de agosto. De setembro em diante, o crescimento foi tão grande que praticamente recuperou todas as perdas do período inicial da pandemia. E esse movimento permanece em 2021”, disse Marcos da Veiga Pereira, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel).

Movimento de leitores na livraria Martins Fontes, em Vila Buarque.
Movimento de leitores na livraria Martins Fontes, em Vila Buarque. – Rovena Rosa/Agência Brasil

Segundo ele, neste ano de 2021, o setor está crescendo de forma robusta inclusive sobre 2019, período anterior à pandemia. “Acho que as pessoas redescobriram o prazer de ler e [isso] recolocou o livro nos hábitos diários”, disse Pereira.

Ler é um hábito para a especialista em inovação Solange Belchior, 43 anos. “Sempre foi uma das minhas atividades favoritas nas minhas horas vagas”, disse ela, que costumava ler cerca de dez livros por ano. Solange lê muito mais do que a média nacional: a quantidade média de livros consumida pelo brasileiro é de apenas 2,5 livros inteiros por ano.

Como ocorreu com muitas pessoas, ela não conseguia ler no início da pandemia. “O ano de 2020 foi muito intenso e eu não conseguia me concentrar. Li pouquíssimo, mas também não me forcei a ler. Leitura tem que ser por prazer, não por obrigação”, falou. Já neste ano de 2021, ela leu mais do que costumava: foram 26 livros lidos até agora. “Em 2021 tudo mudou. Foi o ano que mais li. Comecei a seguir no Instagram mais pessoas ligadas aos livros e essas pessoas inspiram a gente a querer ler mais, saber mais”, explicou.

Com menos deslocamentos pela cidade e menos atividades presenciais, grande parte das pessoas também teve mais tempo livre durante a pandemia. “Por conta do trabalho, estudos, distância de casa e deslocamentos, o único tempo que tinha para ler era no transporte público. Por conta da pandemia estou em home office desde março de 2020, então tenho um pouco mais de tempo livre. Às vezes fecho o notebook e já emendo um livro para desligar a cabeça dessa doideira corporativa”, disse Pedro Balciunas, 26 anos, escritor, roteirista e jornalista.

Nesse tempo, ele também criou um perfil no Instagram para publicar resenhas sobre livros. “Como sempre li muito, as pessoas naturalmente vinham me procurar para pedir dicas de livros, incentivos para ler mais. Então decidi maximizar isso com a rede social, um lugar que te dá acesso a muita gente interessada no mesmo assunto que você”, contou.

Balciunas tem o hábito de ler desde criança. E assim como Solange, passou a ler mais durante a pandemia. “Em 2019, li 12 livros; em 2020 foram 14 livros. Até o momento, em 2021, já foram 24”, falou.

Aumento de Vendas

O Painel do Varejo de Livros no Brasil, divulgado pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) a partir de pesquisa feita pela Nielsen BookScan, demonstrou que, entre janeiro e setembro deste ano foram vendidos 36,1 milhões de exemplares de livros, aumento de 39% em comparação ao mesmo período de 2020.

Apesar da base de comparação ser baixa, já que em 2020 o setor ainda enfrentava muitos problemas relacionados à pandemia, esse aumento já é robusto em relação a 2019 também. “A gente está crescendo em 2021 em relação a 2019. A gente cresceu muito em relação a 2020, ano da pandemia. Mas se comparar com 2019, é um crescimento robusto também”, afirmou Marcos da Veiga Pereira, presidente do Snel.

Compras online

Em entrevista à Agência Brasil, Vitor Tavares, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), disse que a pandemia foi um momento muito difícil para o setor. Principalmente nos primeiros meses após a chegada do novo coronavírus ao Brasil, quando os governos determinaram o fechamento do comércio não essencial – caso das livrarias. “A pandemia afetou muito, não só o setor editorial, mas a economia como um todo. No começo da pandemia, ficamos muito preocupados porque as livrarias e as editoras, no mês de março, pararam. Ficamos praticamente 90 dias com o afastamento social. As livrarias físicas estavam fechadas, sem faturar nada. Todo mundo ficou muito preocupado”, disse Tavares.

“Depois, em um segundo momento, a gente percebeu que a pandemia não ia terminar assim tão rápido e começamos a nos reinventar. Os editores, por exemplo, se tinham planejamento de fazer uma certa quantidade de livros, diminuíram pela metade. As livrarias tradicionais, que já trabalhavam com vendas pela internet, tiveram um aumento muito bom, até dobraram o faturamento das vendas de livros pela internet. Foi o que de fato alavancou as vendas no ano de 2020”, falou Tavares.

Solange foi uma das pessoas que comprou livros pela internet durante a pandemia. “Comprei muito mais livros na pandemia. E o consumo foi muito maior pelo e-commerce. Mas com a volta da abertura do comércio, estou indo também em livrarias de rua pra comprá-los”, disse Solange.

Ficção

O gênero literário mais procurado durante a pandemia pelos brasileiros foi ficção. “Em 2020, as pessoas consumiram muitos clássicos. O autor mais vendido durante a pandemia foi George Orwell, com A Revolução dos Bichos”, disse o presidente do Snel.

“Achei um livro simples e atemporal, que dialoga com questões atuais, como pós-verdade, exploração, corrupção, líderes insanos e escolhas de inimigos para gerar crises”, descreveu Balciunas, um dos brasileiros que conheceu a obra do escritor indiano radicado em Londres.

Outro livro que também apareceu entre os mais vendidos nesse período foi a ficção distópica 1984, também de Orwell. “Todo brasileiro deveria ler este livro”, acrescentou Solange.

Segundo o Snel e a CBL, outros gêneros literários com alta demanda foram guias de culinária e gastronomia, livros infantis e publicações sobre negócios.

Novas perspectivas

Com o avanço da vacinação e a consequente diminuição dos casos de covid-19, as livrarias brasileiras puderam reabrir. Isso possibilitou também que novos livros fossem lançados no mercado. “Na pandemia, foi muito difícil lançar livros novos. As livrarias fechadas impediram que a gente pudesse apresentar novidades. E isso tem acontecido agora em 2021. Vamos perceber um crescimento muito forte no número de novos produtos lançados”, disse Pereira.

“As livrarias começaram a reabrir e a gente viu que o público leitor começou a voltar a comprar livros. O brasileiro, na pandemia, não deixou de ler. Assim como os autores não deixaram de escrever. Tivemos aumento muito interessante de novos livros, novos lançamentos”, falou Tavares, citando que as inscrições para o Prêmio Jabuti, que é organizado pela Câmara, tiveram um grande aumento neste ano. Outro fenômeno ocorrendo com o avanço da vacinação é a abertura de novas livrarias físicas, principalmente na cidade de São Paulo.

Para incrementar as vendas, o setor também aposta em outras estratégias para se aproximar do leitor. “Sempre fomos muito passivos em relação ao consumidor. Mas isso passou a ser mais ativo na pandemia, na medida em que a comunicação passou a ser online, todos os departamentos de marketing das principais editoras passaram a centrar atividades e esforços, em construir uma base de relacionamento direto com seus leitores. O livro passa a ser muito mais presente em sua vida”, disse o presidente do sindicato.

Estante de livros da livraria Martins Fontes, na Vila Buarque.
Estante de livros da livraria Martins Fontes, na Vila Buarque. – Rovena Rosa/Agência Brasil

Outra estratégia citada por Tavares foi que as livrarias, principalmente as menores, passaram também a vender pela internet, utilizando suas redes sociais. “As livrarias de bairro, as menores, foram as que mais sofreram na pandemia. Elas não têm um capital para ficar fechadas por um período muito longo. A gente viu que muitas delas tiveram que fechar ou ser vendidas. Mas também percebemos que muitas começaram a adquirir, correr atrás e vender livros pela internet, Whatspp, por rede social, fazendo lives”.

Depois desse período mais difícil da pandemia, o setor agora se anima também com a volta dos eventos presenciais dedicados ao livro, como a Bienal do Livro de São Paulo. Em julho de 2022, ela volta a ser presencial e vai prestar uma homenagem a Portugal, como parte das celebrações pelos 200 anos da Independência do Brasil.

Apesar dessas perspectivas positivas, o setor ainda batalha para impedir que a taxação sobre os livros seja aprovada. Desde 1946, os livros são isentos de impostos, mas uma proposta de reforma tributária do governo prevê o fim dessa isenção. “Temos combatido, lutado muito, para que o livro não seja tributado e para que ele seja acessível cada vez mais para a população como um todo”, disse Tavares.

Dia do Livro

Em celebração ao Dia Nacional do Livro, Solange reforça a importância da leitura como instrumento de transformação. “Acho que é uma troca muito intensa de conhecimento entre o escritor e o leitor. Além claro, de que quanto mais se lê, mais a gente entende as questões políticas e sociais que envolvem nosso dia a dia. Com isso, começamos a pensar e agir de forma diferente para que o cenário mude”, refletiu.

Estante de livros da livraria Martins Fontes, na Vila Buarque.
Estante de livros da livraria Martins Fontes, na Vila Buarque. – Rovena Rosa/Agência Brasil

“Dica? Desligue do celular e vá ler um livro”, acrescentou. “Nada contra TV, séries, novelas, eu mesmo adoro tudo isso, mas leitura é uma forma muito mais potente e dinâmica de estimular o nosso cérebro, isso é científico. Ela te coloca em contato consigo mesmo de uma maneira muito sutil e que ativa capacidades cognitivas de atenção, foco e concentração que nenhum outro meio possibilita.”

Dólar volta a ficar acima de R$ 5,60 com Copom e auxílio emergencial

dólar

Em meio à indefinição em torno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, o dólar teve forte alta e voltou a fechar acima de R$ 5,60. A bolsa caiu para abaixo dos 106 mil pontos e fechou no menor nível em quase um ano.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (28) vendido a R$ 5,625, com alta de R$ 0,07 (+1,26%). A cotação chegou a desacelerar para R$ 5,59 após a divulgação de que o governo teve superávit primário em setembro pela primeira vez desde 2012, mas voltou a subir perto do fim da sessão.

A moeda norte-americana acumula alta de 3,29% em outubro. No ano, a divisa valorizou-se 8,41%. Embora tenha caído contra o euro e as principais divisas do mundo, o dólar subiu perante o real, o peso mexicano e o rand sul-africano. A desvalorização do real, porém, foi mais intensa que a dos outros países emergentes.

O dia também foi tenso no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 105.705 pontos, com queda de 0,62%. O indicador chegou a cair 1,02% por volta das 12h30, mas diminuiu o ritmo de queda após a divulgação de balanços de lucro em empresas que compõem o índice.

O Ibovespa está no menor nível desde 13 de novembro do ano passado. O índice acumula queda de 0,56% na semana, 4,75% no mês e 11,19% em 2021.

Dois fatores contribuíram para a instabilidade no mercado financeiro. O primeiro foi a reação ao aumento, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, da taxa Selic, juros básicos da economia, de 6,25% para 7,75% ao ano. Apesar de esse ter sido o maior aperto monetário desde o fim de 2002, parte dos investidores considerou a alta tímida diante do avanço da inflação.

O segundo fator foi a possibilidade da edição de crédito extraordinário, fora do teto de gastos, para prorrogar o auxílio emergencial ou criar o Auxílio Brasil, caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que parcela os precatórios e muda o cálculo do teto de gastos não seja aprovada. O adiamento da votação na Câmara para a próxima semana não diminuiu a incerteza em torno do tema.

STF decide que crime de injúria racial não prescreve

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu  que o crime de injúria racial não prescreve. A Corte entendeu que casos de injúria podem ser enquadrados criminalmente como racismo, conduta considerada imprescritível pela Constituição.

O caso envolve uma mulher idosa de 79 anos que foi condenada pela Justiça do Distrito Federal a um ano de prisão pelo crime de injúria qualificada por preconceito. A sentença foi proferida em 2013.

A situação que levou à condenação ocorreu um ano antes em um posto de gasolina. A acusada queria pagar o abastecimento do carro com cheque, mas ao ser informada pela frentista que o posto não aceitava essa forma de pagamento, ofendeu a funcionária com os seguintes dizeres: “negrinha nojenta, ignorante e atrevida”.

A defesa sustentou no processo que a autora das ofensas não pode ser mais punida pela conduta em razão da prescrição do crime. Para os advogados, ocorreu a extinção da punibilidade em razão da idade. Pelo Código Penal, o prazo de prescrição cai pela metade quando o réu tem mais de 70 anos.

Além disso, a defesa sustentou que o crime de injúria racial é afiançável e depende da vontade do ofendido para ter andamento na Justiça. Dessa forma, não pode ser comparado ao racismo, que é inafiançável, imprescritível e não depende da atuação da vítima para que as medidas cabíveis sejam tomadas pelo Ministério Público.

Votos
O caso começou a ser julgado no ano passado, quando o relator, ministro Edson Fachin, proferiu o primeiro voto do julgamento e entendeu que a injúria é uma espécie de racismo, sendo imprescritível.

Em seguida, o ministro Nunes Marques abriu divergência e entendeu que o racismo e a injúria se enquadram em situações jurídicas diferentes. Para o ministro, o racismo é uma “chaga difícil de ser extirpada”, no entanto, a injúria qualificada é afiançável e condicionada à representação da vítima. “Não vejo como equipará-los, em que pese seja gravíssima a conduta de injúria racial”, afirmou.

Hoje, na retomada do julgamento, o ministro Alexandre de Moraes, que havia pedido vista do processo, votou para considerar o crime de injúria racial imprescritível. Moraes citou os comentários da idosa para exemplificar que trata-se de um caso de racismo.

“Isso foi ou não uma manifestação ilícita, criminosa e preconceituosa em virtude da condição de negra de vítima? Logicamente, sim. Se foi, isso é a prática de um ato de racismo”, afirmou.

O entendimento foi seguido pelos ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e o presidente, Luiz Fux.

Covid-19: Brasil registra 15.268 casos e 389 mortes em 24 horas

Vendedor com protetor facial e máscara de proteção aguarda clientes no Rio de Janeiro, Brasil, 1º de setembro de 2020. REUTERS / Ricardo Moraes

O total de pessoas que contraíram covid-19 durante a pandemia subiu para 21.781.436. Em 24 horas, as autoridades de saúde registraram 15.268 novos casos de covid-19.  

Ainda há 195.044 casos em acompanhamento, de pessoas que tiveram o quadro de covid-19 confirmado.

Desde o início da pandemia, 607.068 pessoas morreram da doença. De ontem para hoje, foram confirmadas por secretarias de Saúde 389 mortes pela doença.

Boletim Covid-19 de 28 de outubro de 2021
Boletim Covid-19 de 28 de outubro de 2021 – Ministério da Saúde

Ainda há 2.956 falecimentos em investigação. Essa situação ocorre pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a investigação sobre se a causa foi covid-19 ainda demandar exames e procedimentos posteriores.

Até esta segunda-feira, 20.979.324 pessoas haviam se recuperado da covid-19.

Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado nesta quinta-feira (28). A atualização consolida informações enviadas por secretarias estaduais de Saúde sobre casos e mortes em cada Unidade da Federação.

Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (151.798), Rio de Janeiro (68.229), Minas Gerais (55.525), Paraná (40.460) e Rio Grande do Sul (35.423).

Já os estados com menos óbitos resultantes da doença são Acre (1.845), Amapá (1.991), Roraima (2.029), Tocantins (3.873) e Sergipe (6.027).

Vacinação

No total, até o início da noite desta quinta-feira (28), o sistema do Ministério da Saúde marcava a aplicação de 272,6 milhões de doses de vacina contra a covid-19 no Brasil, sendo 154,3 milhões da primeira dose e 118,2 milhões da segunda dose e dose única.

Foram aplicadas 6,9 milhões de doses de reforço. No total, foram distribuídas 334,9 milhões de doses a estados e municípios.

Covid-19: Boletim diário da Secretaria de Saúde – 28.10.21

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até esta quinta-feira (28), 97,65% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus. Hoje, foram registrados 17 novos casos, 20 pessoas recuperadas da doença e nenhum óbito.

O número de testes realizados subiu para 111.779 dos quais 42.870 foram através do teste molecular e 68.909 pelo teste rápido, com 33.408 confirmações para a Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 77.754.

Também já foram registrados 128.457 casos de síndrome gripal e 785 pessoas estão em isolamento domiciliar.

Em investigação, a secretaria informa que são 617 casos, 54 pessoas em isolamento domiciliar e oito internamentos.

Raquel Lyra lança Fliagreste

Foto: Janaína Pepeu

A Prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, lançou, oficialmente, na noite desta quarta-feira (27), o Festival Literário do Agreste (Fliagreste). O evento, que tem como tema central “A cada livro, um novo mundo”, segue até o domingo, dia 31, no Sesc Caruaru. O homenageado este ano é o educador Paulo Freire.

A abertura contou com a declamação de poesia do poeta Dorgi Tabosa, representando a Academia Caruaruense de Cordel, shows de Erisson Porto e Mozart Vieira, bem como com o lançamento da primeira obra literária produzida, exclusivamente, com o incentivo do poder público, o livro “Asas da palavra do país de Caruaru”.

A iniciativa da Fundação de Cultura (FCC) de lançar o livro é inédita e foi pensada em parceria com a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). “Foram escolhidos 50 autores, cada um com uma obra literária de até duas laudas, para a publicação”, explicou o presidente da FCC, Rubens Júnior.

“É uma alegria muito grande representar Caruaru com alguns versos. A felicidade é muito grande em participar dessa obra, desse livro, que é o primeiro de muitos, com certeza”, destacou o aposentado José Antônio, um dos escritores da coletânea.

Em seu discurso, na abertura do Fliagreste, o secretário de Educação e Esportes, João Paulo Derocy Cêpa, agradeceu o empenho de todos para a realização do festival e enalteceu a importância de Paulo Freire, o homenageado do evento, para a educação do Brasil. “O futuro de todos nós é pela educação, e Paulo Freire continua contribuindo, de forma significativa, com as suas obras. Elas nos dão um norte para oferecer aos nossos estudantes uma educação de qualidade e inclusiva para todos”, disse.

A Prefeita Raquel Lyra também agradeceu o empenho de todos para que o festival acontecesse, e falou da importância da realização de um evento como esse.

“Esse festival tem como objetivo incentivar a cultura da leitura, proporcionando o contato não apenas com os livros e literaturas, mas também com a arte e a cultura, que são tão fortes em nossa região. A literatura é, sem dúvida, um dos mais expressivos setores da produção cultural de Caruaru”, afirmou Raquel.

Feira de livros, lançamentos, palestras, oficinas, apresentações culturais, entre outras atrações, fazem parte da programação do evento, que está seguindo todas as medidas de proteção contra a Covid-19.

*Bônus*

Professores e alunos da rede municipal de ensino receberam, da Prefeitura de Caruaru, bônus para ser utilizado na compra de livros durante o Fliagreste.

O voucher, que já era oferecido aos professores, agora foi estendido também para os alunos. Os docentes receberam um bônus de R$ 350. Já para o aluno, o valor vai de R$ 10 a R$ 50, dependendo do ano em que o mesmo está cursando.

Para os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), o bônus é de R$ 50; para os estudantes do Ensino Fundamental (anos finais), R$ 40; R$ 30 para os alunos do Ensino Fundamental (anos iniciais); R$ 20 para a Educação Infantil (pré-escola) e R$ 10 para os estudantes da Educação Infantil (creche).

A distribuição dos vouchers para professores e alunos ficou a cargo do gestor de cada escola. A rede municipal de ensino tem, hoje, 2.894 professores e 44.638 alunos matriculados. “O bônus possibilita a compra de livros, estimulando a cultura da leitura na população caruaruense, e, consequentemente, fomentando a atividade econômica
do segmento”, disse Raquel.

O Fliagreste é uma realização da Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Educação e Esportes e da Fundação de Cultura, em parceria com a Andelivros.

*PROGRAMAÇÃO*

*28.10.2021 (quinta-feira)*

10h às 11h: Apresentação cultural.

11h30 às 12h30: Ginástica Laboral com professores de Educação Física, apresentação do grupo de percussão da Escola Municipal Professor Tabosa de Almeida,
apresentação do grupo Brincantes.

13h às 13h50: Palestra “Ayó: a construção da identidade
Negra na Literatura Infantil Brasileira”, com Ana Carolina Silva, da Biblioteca do Sesc Caruaru.

15h às 15h30: Roda de Conversa sobre a Lei Maria da Penha, com Lucimary Passos, advogada, conselheira da Subseccional da OAB/Caruaru e presidente do Coletivo Afro Ilê Dandara.

16h às 17h30: Show de Hugo, o Mágico.

17h30 às 18h30: Palestra sobre o tema Outubro Rosa, com
David dos Santos Oliveira.

19h às 21h: Show da cantora Isabela Moraes.

*29.10.2021 (sexta-feira)*

10h às 11h: Apresentação cultural.

11h30 às 12h30: Contação Literária: “O Patinho Feio” e “Cordel em Libras”.

13h às 13h50: Contação Literária.

14h às 15h30: Palestra “Os desafios contemporâneos para efetivação de políticas públicas das crianças e adolescentes, sujeitos de direitos e pessoas em desenvolvimento”, com Eduardo Paysan, advogado, mestre em serviço social e presidente do Comdica Recife.

16h às 17h30: Gabriela Kopnits (contação de histórias).

17h30 às 18h30: Roda de Diálogos: Saúde Mental, com a psicóloga Rebecca Brayner.

18h30 às 19h: Grupo Artístico Suíte de Barro, do Sesc
Caruaru.

19h às 21h: Show do cantor Xangai.

*30.10.2021 (sábado)*

10h às 10h30: Apresentação cultural.

10h30 às 11h30: Palestra “#ConversaSegura: privacidade e
segurança digital. com”, proferida por Gustavo Barreto, do programa Cidadão Digital – Safernet Brasil.

11h30 às 12h30: Rolê Empreendedor do Sebrae, com Roberto Montanha e Dani Amaral.

13h às 14h:  Palestra “Inteligência informacional e sua importância no uso da informação”, com Sílvio de Paula, doutor em Administração, professor-adjunto da UFPE e autor de vários livros.

14h às 15h30: Palestra da escritora e influenciadora digital, Leila Perci, que lançará o livro Textos curtos para uma vida longa.

16h às 17h: Mamusebá  (teatro infantil).

18h30 às 19h:  Grupo Artístico Suíte de Barro, do Sesc
Caruaru.

19h às 21h: Show de Jessier Quirino.

*31.10.2021 (domingo)*

10h às 11h: Apresentação cultural.

11h às 12h30h: Palestra “Aprender a aprender. A importância das competências socioemocionais na relação aluno-professor”, com Dénison Araújo, psicólogo social e consultor na área de formação de professores e planejamento escolar.

13h às 14h: Palestra “O Sagrado: a cada dia uma esperança”, com Padre Paulo.

14h30 às 15h30: O uso de podcasts na sala de aula no ensino híbrido com o professor da rede municipal de ensino, Luís Antonio de Barros.

16h às 17h30: Tio Bruninho (show infantil).

17h30 às 19h: Apresentação de arte-educadores: Adriana Sales (Seduc) e Banda da SDSDH.

19h às 21h: Solenidade de Encerramento