Bolsonaro: ‘Eu me pergunto como chegamos até aqui, como estamos sobrevivendo’

O presidente Jair Bolsonaro desembarcou, nesta terça-feira (28/09), em Teixeira de Freitas (BA). A visita faz parte da agenda da comemoração “Mil dias de um governo sério, honesto e trabalhador”. Acompanhado de ministros, o presidente deverá visitar municípios das cinco regiões do país, entre hoje e 1º de outubro. O primeiro local escolhido foi a região Nordeste, reduto petista. Durante o evento, foram veiculadas peças com ações locais e frases como: “Não te contaram, mas o governo faz muito pelo Nordeste”. No discurso na inauguração da Estação Cidadania e entrega de títulos de propriedades rurais, o presidente disse que se pergunta como chegou até aqui. Bolsonaro ainda lembrou a facada de 2018.

“Sabíamos dos desafios, das dificuldades e do que o povo precisava. Jamais esperava estar na situação que me encontro no momento, sobrevivendo a uma tentativa de assassinato e se elegendo num pequeno partido. Realmente, só Deus explica o que aconteceu comigo e com a nossa pátria. Mas as missões difíceis sabemos que ele nos dá, mas também sabemos que ele sempre estará ao nosso lado enquanto nós formos obedientes a ele. Às vezes, me pergunto como chegamos até aqui, como estamos sobrevivendo, como estamos nos comportando ainda durante uma difícil fase da pandemia com consequências terríveis não só para o Brasil bem como para todo o mundo”, apontou.

Bolsonaro listou problemas como a pandemia, a inflação, a crise hídrica e voltou a culpar governadores que adotaram medidas restritivas na tentativa de conter casos de Covid-19 pela alta dos preços. Ele destacou que, em meio à pandemia, para ajudar aos mais pobres, o governo criou o Auxílio Emergencial.

“Como consequência (da pandemia), temos inflação alta, em especial nos gêneros alimentícios. Isso no mundo todo. Enfrentamos uma das maiores secas refletindo no preço da energia. Enfrentamos também uma geada ímpar que atacou a nossa agricultura. Enfrentamos também alguns governadores pelo Brasil que fecharam tudo sem se preocupar com as consequência para os mais humildes. Tivemos a oportunidade de atender 68 milhões de pessoas que perderam sua renda. Sabíamos que eles tinham dificuldade de sobreviver, foi o maior plano social do nosso Brasil. Somente no ano passado, com o Auxílio, o Brasil gastou com vocês o equivalente a 13 Bolsas Famílias. Um sinal de que nós nos preocupamos com os mais humildes”, disse.

O presidente citou os atos de 7 de Setembro e bradou que “o bem maior de um povo é a liberdade”. Ele relatou ainda ter questionado ao ministro João Roma “o que leva esse povo, num momento difícil que estamos vivendo, estar ao nosso lado?”.

“Temos um país rico e podemos atender aos mais necessitados por mais algum tempo e pedimos a Deus que essa pandemia se vá logo embora e todos nós possamos voltar logo à normalidade. Enche os olhos ver pelo Brasil não mais a cor vermelha, mas as cores verde e amarelo da nossa bandeira. Sabemos que o bem maior de um povo é a sua liberdade. Nisso, nós temos a certeza como demonstrado no último dia 7 que não abriremos mão, com liberdade, esperança e fé, nós venceremos qualquer desafio. A certeza de estarmos no caminho certo é a forma como o nosso povo tem se apresentado por todo o Brasil. Não tem preço estar no meio de vocês. Isso é gratificante. Perguntei agora há pouco, falei com o João Roma: o que leva esse povo, num momento difícil que estamos vivendo, estar ao nosso lado? Ele respondeu: ‘É a fé, é a esperança, é certeza que estamos dando o melhor de nós para o futuro da nossa nação'”, alegou.

Correio Braziliense

CGM realiza encontro alusivo ao Setembro Amarelo

A Controladoria-Geral do Município promoveu encontro alusivo ao Setembro Amarelo, na manhã desta terça-feira (28), no auditório do Complexo Administrativo da Prefeitura de Caruaru. Na ocasião, os servidores da CGM participaram de café da manhã, bem como ainda de roda de conversa com a psicóloga Georgina Boulitreau. Durante a atividade, eles debateram sobre as causas e prevenções relacionadas ao suicídio – tema abordado pela campanha nacional.

Para a controladora-geral de Caruaru, Andréa Ribeiro, a atividade foi bastante proveitosa, neste período ainda de pandemia da covid-19, onde o número de casos relacionados a transtornos mentais tem crescido de forma significativa. “O mundo inteiro vem passando por um período difícil devido à pandemia e consideramos de muita importância momentos como esses com a nossa equipe, haja vista que os cuidados com a saúde mental devem ser adotados de maneira constante”.

Já para a psicóloga Georgina Boulitreau, que atua no Centro de Atenção Psicossocial – CAPS III, o encontro serviu para reforçar a relevância de se ficar atento em relação aos sinais da prática do suicídio. “Precisamos ficar cada vez mais cautelosos aos que outros falam, a como eles se comportam para que possamos proporcionar o acolhimento necessário. Aqui tivemos oportunidade de conversarmos, debatermos e darmos dicas sobre a promoção da saúde mental e sua importância para a prevenção ao suicídio”.

O que é o Setembro Amarelo?

Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio, iniciada em 2015. O mês de setembro foi escolhido para a campanha porque, desde 2003, o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. A ideia é promover eventos que abram espaço para debates sobre suicídio e divulgar o tema alertando a população sobre a importância de sua discussão.

Ao longo dos últimos anos, a campanha vem ganhando cada vez mais força no cenário nacional e até mesmo mundial, isso porque, de acordo com o relatório Suicide Worldwide, publicado pela OMS em junho, mais de 700 mil pessoas morreram por suicídio em 2019, o que representa uma a cada 100 mortes. No Brasil, são aproximadamente 13 mil pessoas por ano. A maioria dos suicídios está relacionada a distúrbios mentais, como depressão e transtorno bipolar.

Corpo de turista pernambucano que se afogou na praia do Francês, em Alagoas

O corpo do turista pernambucano Carlos Henrique Araújo da Silva, de 22 anos, foi encontrado, na madrugada desta terça-feira (28). Ele havia se afogado no último domingo (26), na praia do Francês, em Marechal Deodoro, Litoral Sul de Alagoas, distante cerca de 15 quilômetros da capital Maceió.

A informação foi confirmada à Folha de Pernambuco pelo Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBMAL). Segundo a corporação, o corpo do jovem foi achado na faixa de areia da praia, um dos principais destinos turísticos de Alagoas, por volta das 2h.

Carlos Henrique e outros dois jovens, de 17 e 22 anos, se afogaram na praia do Francês, no domingo. Esses dois foram resgatados com vida e Carlos seguia sendo procurado, inclusive com auxílio de aeronaves do Corpo de Bombeiros.

Com a maré baixa entre o final da noite de segunda-feira (27) e a madrugada de terça-feira, os bombeiros retomaram as buscas, encerradas mais cedo por causa da falta de luminosidade natural.

Na praia, o corpo do jovem pernambucano foi achado numa região próximo a coqueirais. Segundo o CBMAL, com a maré baixa, há a tendência de que o próprio mar expulse o corpo.

O corpo de Carlos Henrique foi recolhido pelo Instituto de Medicina Legal (IML) de Maceió, de onde aguarda liberação para ser transferido para Pernambuco – ele morava com a família em Toritama, no Agreste do Estado. O Instituto de Criminalística (IC) também foi acionado.

Folhape

Sesc tem vagas para Ensino Médio da Educação de Jovens e Adultos em Caruaru

O Sesc Caruaru está com vagas abertas para turmas do Ensino Médio da EJA – Educação de Jovens e Adultos. O objetivo é poder proporcionar a conclusão dos estudos às pessoas que por alguma razão não conseguiram terminar este nível de ensino no tempo escolar regular. As matrículas e mensalidades custam R$ 100 e podem ser feitas na Central de Relacionamento da unidade, que fica na Rua Rui Limeira Rosal, s/n, no bairro Petrópolis. Os trabalhadores do comércio e seus dependentes, com o Cartão do Sesc atualizado, têm desconto e pagam R$ 50.

As aulas são de segunda a sexta, das 18h30 às 22h. Os alunos recebem material didático, composto de textos e apostilas preparados pelos professores. No ato da matrícula, é preciso apresentar cópias da Carteira de Identidade, CPF, Certidão de Nascimento ou Casamento, comprovante de residência, uma foto 3×4 e Histórico Escolar ou Declaração Provisória. A metodologia adotada fortalece as ações educacionais, focando na linha socioconstrutivista, que adota um processo de ensino e aprendizagem pautado na realidade do aluno.

Sesc – Fundado em 1947 em Pernambuco, o Serviço Social do Comércio é uma instituição privada mantida pelos empresários do comércio de bens, serviços e turismo. Atuante na Região Metropolitana do Recife, Zona da Mata Norte, Zona da Mata Sul, Agreste e Sertão, oferece atividades gratuitas ou a preços populares nas áreas de Educação, Cultura, Lazer, Assistência e Saúde para comerciários e dependentes. As 23 unidades, incluindo os hotéis em Garanhuns e Triunfo, operam respeitando os protocolos de saúde e alinhadas aos órgãos públicos, e têm ações presenciais, virtuais ou híbridas. No campo digital, a instituição oferece o aplicativo Sesc-PE, facilitando acesso às atividades, renovação e habilitação do cartão, entre outras funcionalidades, e disponibiliza a plataforma Sesc Digital
(https://cursos.sescpe.com.br/todos).

Por ela, é possível conhecer o cronograma de cursos e realizar a inscrição de forma online e segura. Para acompanhar todas as informações sobre o Sesc, acesse www.sescpe.org.br. Além disso, os empresários do comércio de bens, serviços e turismo que possuem o Cartão do Empresário, da Fecomércio, podem adquirir produtos e serviços do Sesc em condições diferenciadas.
Mais informações: www.cartaodoempresario.com.br.

Serviço: Vagas para o Ensino Médio da EJA do Sesc Caruaru
Matrículas: Central de Relacionamento da unidade – Rua Rui Limeira Rosal, s/n, Petrópolis
Matrículas e mensalidades: R$ 50 (trabalhadores do comércio e dependentes) e R$ 100 (público geral)
Horário das aulas: segunda a sexta, das 18h30 às 22h
Informações: (81) 3721-3967

Prefeitura de Caruaru oferta 10 vagas para médico

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Administração (SAD), divulga o processo seletivo que foi aberto, esta semana, com o objetivo de preencher postos de trabalho temporários oferecidos pela Secretaria de Saúde. Ao todo, 10 vagas se encontram disponíveis para médico, sendo uma para psiquiatra, três para pediatra e seis para ginecologista/obstetra.

Com exceção de médico ginecologista e obstetra evolucionista diarista, para cada função, há uma vaga em aberto para pessoa com deficiência. Os selecionados atuarão nas unidades de saúde do município.

Interessados podem fazer as inscrições, até a próxima sexta-feira (1º), acessando o portal https://www.selecoes.caruaru.pe.gov.br. De acordo com o edital da seleção, cada candidato só pode concorrer a apenas uma vaga. Já o resultado preliminar do processo será divulgado no mesmo site e no Diário Oficial do município.

Em caso de dúvidas, os candidatos podem enviar e-mail para o endereço selecoespmc@gmail.com ou entrar em contato pelo telefone (81) 3721-8507 (Ramal 212), horário de atendimento das 8h às 13h.

Semana de Sustentabilidade e Responsabilidade Social debaterá “Mudanças Climáticas”

De hoje, 28 de setembro, a 1º de outubro, o Centro Universitário UniFavip promoverá a 2ª Semana de Sustentabilidade e Responsabilidade Social. Este momento é ideal para promover ações relacionadas às três dimensões sustentáveis: ambiental, econômica e social. Neste ano, ainda por conta da pandemia da Covid-19, todas as iniciativas estão sendo estimuladas pelos organizadores para acontecerem por meio da internet, com palestras que iniciam às 17h30. O evento gratuito será aberto a todos os alunos e ao público externo. As unidades que cadastrarem suas atividades no portal da ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior) irão receber o selo de Instituição Socialmente Responsável.

“O objetivo do UniFavip ao promover essa iniciativa é despertar o interesse de nossos alunos e colaboradores para causas sustentáveis. Enquanto instituição de ensino superior temos a missão de educar além do que tange à formação acadêmica, engajando o aluno em ações que impactem a sociedade, nas mais diversas atmosferas: do meio ambiente ao socioeconômico, contribuindo de forma consciente para um futuro melhor”, destaca Vivian Inácio, coordenadora de Parcerias e Sustentabilidade do Centro Universitário.

O termo “mudanças climáticas” se refere às mudanças de longo prazo que vem sendo observadas e projetadas em diversas variáveis climáticas, tais como padrões de precipitação, temperatura e vento. Essas mudanças decorrem tanto de fatores antropogênicos (isto é, causados pelo Homem) quanto por fatores naturais e ocasionam uma ampla variedade de efeitos em diversos aspectos dos sistemas geofísicos, naturais e humanos. O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), órgão das Nações Unidas, responsável por produzir informações científicas, afirma que há 90% de certeza que o aumento de temperatura na Terra está sendo causado pela ação do homem.

Hoje, Welen Gabriela de Aguiar abre o evento com a palestra sobre “Negócios sustentáveis: por onde começar a integrar as ODS no planejamento estratégico”. Já Johnny Laranjeira fala no segundo no dia 29 do tema “Prospectando Cenários para Futuros Sustentáveis”, enquanto Maíra Jerônimo Ferreira fecha a programação, no dia 1º de outubro, com a temática: “Consumo Consciente pra que?” As inscrições são gratuitas e estão abertas. Os interessados podem se inscrever e conferir a programação no link: https://bit.ly/3zFYJmq. Para assistir as palestras, os participantes devem assessar https://bit.ly/AssistaEvento.

HMV agradece voto de aplauso do deputado Tony Gel

A direção do Hospital Mestre VItalino (HMV) agradece ao deputado Tony Gel pelo voto de aplauso apresentado na Assembleia Legislativa de Pernambuco à unidade pela celebração da Campanha de “Setembro Verde” em Caruaru. Ontem (27) foi celebrado o Dia Nacional da Doação de Órgãos e, desde o dia 23 de setembro, a Organização de Procura de Órgãos (OPO) do HMV, em parceria com a Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital Regional do Agreste (HRA), realizam ações de conscientização nas unidades.

Tony Gel ressaltou que a vivência desse período, intitulado Setembro Verde, busca reforçar a conscientização da importância da doação de órgãos, pois, o intuito dessa ação é esclarecer todas as dúvidas dos profissionais de saúde do referido Hospital, sobre o processo de doação, explicando e esclarecendo como cada pessoa pode expressar o seu desejo em ser doador e avisar às suas famílias. “Diante do exposto, fiz questão de registrar e apresentar um Voto de Aplauso ao Hospital Mestre Vitalino, extensivo a todos os envolvidos na Campanha do Setembro Verde, no município de Caruaru” relatou Tony Gel.

A enfermeira Janine Duarte, coordenadora da Organização de Procura de Órgãos do HMV, agradece o reconhecimento do deputado. “Recebi com muita alegria a informação sobre o voto de aplauso do deputado Tony Gel. O reconhecimento do nosso trabalho motiva e nos traz ânimo para continuar nessa grande missão de conscientização e trabalho junto às famílias e aos colaboradores das unidades de saúde. Aproveito para agradecer a OPO do Hospital Regional do Agreste pela parceria e a toda equipe envolvida na campanha”, destacou.

Atualmente para ser um doador de órgãos basta que cada pessoa comunique a família este desejo, além de conversar sobre o tema em seu meio social. Essa conduta possibilita que em um momento tão delicado, como é o da morte de um ente querido, a família possa seguir com o processo de doação.

Marília Arraes participa de audiência pública para debater cotas na pós-graduação

A partir de um requerimento do mandato da deputada federal Marília Arraes (PT-PE), a Câmara dos Deputados realizou, na manhã de ontem (27), uma audiência pública virtual para debater a política de cotas na pós-graduação. O evento foi convocado em parceria com a deputada federal Natália Bonavides (PT-RN), titular da Comissão de Educação da Casa.

A pauta sobre cotas na pós-graduação é uma das prioridades do mandato de Marília, que trabalha arduamente por mais ações afirmativas sobre o tema. A parlamentar, inclusive, é autora do Projeto de Lei 3402/2020, que torna obrigatória a reserva de vagas em seus programas de pós-graduação. “Estou muito feliz em fazer essa audiência pública em um momento de tantos retrocessos. Enquanto agente política e cidadã, pensava que no ano de 2021 estaria comemorando a conquista de vários direitos e não lutando para manter direitos que estão sendo destruídos”, afirma Marília.

“A audiência de hoje é uma oportunidade de ouvir mais contribuições e olhares. Para a elaboração do nosso relatório, partimos de uma constatação: a inexistência de um programa de cotas para a pós-graduação. É necessário democratizar essa etapa da educação”, ressalta Natália Bonavides, que é a relatora do projeto na Câmara dos Deputados.

Além das parlamentares, participaram do evento: Cléber Santos Vieira (presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros- ABPN); Paulo Vinícius (membro da ABPN, professor da Universidade Federal do Paraná e diretor da SIPAD/UFPR); Iêda Leal de Souza (coordenadora Nacional do Movimento Negro Unificado- MNU); Gabriel Henrique Lima (representante do Fórum Nacional de Educação Inclusiva); Alberto Terena (coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil- APIB); Rita de Oliveira (coordenadora do Grupo de Trabalho de Políticas Etnorraciais da Defensoria Pública da União); Sara Wagner York (representante da Associação Nacional de Travestis e Transexuais- ANTRA) e Josiel dos Santos (diretor de políticas de emprego da ANPG).

Sertão de Itaparica recebe quatro Ações de Cidadania


Foto: Henrique Paparazzi/@defensoriaimagens

Petrolândia, Itacuruba e Floresta receberão mutirão de serviços do Governo do Estado e das prefeituras para atualização de documentação, saúde e informações sobre políticas públicas
Uma série de serviços como atualização dos documentos, testes de saúde, assistência social e muito mais vão estar disponíveis nas quatro Ações de Cidadania que o Programa Governo Presente realiza em três cidades no Sertão de Itaparica. O primeiro evento acontece no distrito de Icó, em Petrolândia (quarta, dia 29 de setembro), no município de Itacuruba (quinta, dia 30), centro de Petrolândia (sexta, dia 1º de outubro) e em Floresta (sexta à tarde, dia 1º de outubro). Os eventos representam uma espécie de mutirão de serviços públicos e de divulgação de políticas sociais. A Ação é uma realização do Governo do Estado, através da Secretaria de Políticas de Prevenção à Violência e às Drogas, junto com as prefeituras parceiras.

Cerca de 140 mil atendimentos gerais já foram realizados somente neste ano, em todas as regiões do Estado. Os serviços são agendados para uma melhor organização do atendimento, evitando a formação de filas e facilitando a aplicação dos protocolos de proteção individual e coletiva. Na entrada da escola são aferidas à temperatura, o uso de máscaras de proteção e o distanciamento social são obrigatórios. A Operação pela Prevenção distribui máscaras para quem não estiver usando no momento.

O serviço mais procurado é o de emissão de carteiras de identidade. Todo o processo é totalmente eletrônico, com scanners e outros aparelhos eletrônicos para a coleta de dados biométricos. A emissão da primeira via da identidade é gratuita, enquanto que para a emissão da segunda via, é preciso pagar uma taxa no valor de R$ 24,36.

Desafio do terceiro setor passa por mudanças culturais e estruturais nas empresas

*Anne Wilians

Somos desiguais, sem acesso aos bens, espaços e oportunidades de forma democrática, assim como acontece em inúmeros países em desenvolvimento e do terceiro mundo.

Ao não tratar políticas públicas e pautas de direitos humanos de forma contínua e duradoura, com comprometimento e sem viés partidário, aumentamos a vulnerabilidade de quem necessita dessas ações sociais. Os organismos do Terceiro Setor são essenciais nessa temática, para que, junto ao governo e ao setor privado, busquem a mitigação de desigualdades.

O Instituto Nelson Wilians, assim como diversos organismos do Terceiro Setor, se debruça na ciência de desenvolver programas e projetos que promovam transformação social.
No nosso caso — assim como 4,8% de outras organizações sociais — nos dedicamos à educação e, por meio de pesquisas e estudos técnicos, buscamos trocar experiências com outros institutos e setores públicos, a fim de aprimorar metodologias educacionais que possibilitam a inclusão de pessoas em situação de vulnerabilidade.

Aliados à tecnologia, cada vez mais temos visto inovações metodológicas que apresentam um saldo positivo. Os contemplados por esses programas de educação estão se cercando de ferramentas para buscar o seu lugar ao sol e conquistar seu espaço. Esperamos que, em breve, possam participar de um cenário econômico ativo e disputar espaços de poder que hoje são restritos a determinados grupos.

Isso está claro quando avaliamos as pesquisas da Pulses, consultoria estratégica especializada em gestão de pessoas. Elas nos mostram que menos de 10% dos colaboradores das empresas fazem parte de algum dos grupos considerados minoritários e se enquadram em alguma situação de vulnerabilidade social.

A reflexão é: será que a sociedade está apta a receber aqueles em situação de vulnerabilidade? De acordo com a consultoria PWC, 76% das empresas estão investindo em Diversidade e Inclusão. Porém, apenas 22% dos funcionários relataram perceber essas políticas internas, algo que nos diz muito sobre a falta de profundidade dessas ações.

Acredito que muito se deve ao desconhecimento da mudança de cultura empresarial e políticas de governança mais estruturadas, tanto para que busquemos esse cenário mais diverso quanto para que os educandos sintam que seus esforços valem a pena. Afinal, se possuímos programas educacionais públicos e privados que formam esse público, temos que ter um mercado interno que absorva essa mão de obra também.

De nada adianta fazermos campanhas de diversidade e inclusão sem práticas para que esse público plural se beneficie realmente disso. Como membro do Terceiro Setor e atuante na formação educacional de muitos destes jovens, sinto que devemos orientar e cobrar do setor privado algumas práticas para que tenhamos uma sociedade mais justa e equitativa.

A primeira delas envolve a compreensão de que temos um universo para olhar diante da diversidade, seja de gênero, raça, PCD, LGBTQIAP+ e os 50+. Em cada um desses grupos, temos outras variáveis e não podemos deixar de compreender suas interseccionalidades.

A análise de quais habilidades um candidato deve ter — ou as exigências para cada vaga — deve apresentar uma visão mais realista, para que não cobremos exacerbadamente sem necessidade, limitando ou tornando o ingresso no mercado inacessível para a maior parte da população.

Um exemplo claro é a exigência da língua inglesa num país em que menos de 5% da população domina esse idioma, segundo pesquisa feita pelo Instituto Cultural British Council. Uma boa oportunidade seria oferecer programas de formação continuada dentro das próprias organizações, para que seus colaboradores sejam formados e orientados de acordo com as expectativas da companhia.

Muitas vezes, o candidato nem consegue perceber que é apto para uma vaga. Para que isso ocorra, além da realização de buscas no mercado de forma direta, é necessário utilizar uma linguagem convidativa para se chegar a esse público.

Também é preciso trabalhar com metas para que essa pluralidade se materialize em cargos de gestão e alcance os C-level (executivos seniores). Afinal, também estamos falando de um reflexo na produtividade da empresa.

Queremos ver a transformação interna e que as nossas grandes organizações sejam um exemplo para a nossa sociedade. Caso alguém ache que isso implica na diminuição de qualidade ou competência técnica, o aumento de produtividade em organizações com real diversidade aparece comprovadamente nas pesquisas. Conforme aponta um estudo feito em 2017 pela consultoria McKinsey, essa realidade aponta 21% a mais de lucratividade nas companhias.

Para que isso ocorra, devemos ter lideranças internas interessadas em algo além de contratações e marketing. Devemos ter comprometimento efetivo. Como o trabalho envolve mudanças culturais e estruturais, podemos nos apoiar em empresas de consultoria especializadas para que os jovens assistidos em programas de educação, que fazem parte dessa maioria invisibilizada, tenham um lugar ao sol.

*É advogada, fundadora e presidente do Instituto Nelson Wilians