Covid-19: Boletim diário da Secretaria de Saúde – 28.09.21

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até esta terça-feira (28), 97,58 % dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus. Hoje, foram registrados 20 novos casos, 11 pessoas recuperadas da doença e nenhum óbito.

O número de testes realizados subiu para 109.161 dos quais 41.767 foram através do teste molecular e 67.394 pelo teste rápido, com 32.969 confirmações para a Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 75.593.

Também já foram registrados 125.615 casos de síndrome gripal e 1.074 pessoas estão em isolamento domiciliar.

Em investigação, a secretaria informa que são 599 casos, 51 pessoas em isolamento domiciliar e oito internamentos.

Após 15 anos, geladeiras ganham novo selo de eficiência do Inmetro  

Após 15 anos sem atualização dos selos de eficiência energética do inmetro, saiu a portaria nº332 que prevê obrigatoriedade a partir de junho de 2022. Onde acontecerá, três categorias novas nas etiquetas desses produtos.  

Hoje, por exemplo, todas as geladeiras novas vendidas no Brasil estão classificadas como A, a categoria de maior eficiência. Com essa mudança, serão criadas as subclasses: A+, A++ E A+++. A categoria A+++, terá uma eficiência de até 30% em relação a atual A; a A++ indicará 20% a menos no consumo e a A+, com economia de 10%.  

Essas mudanças ocorrem devido a uma crise híbrida, que nos põe no risco de um racionamento de energia e de uma conta de luz, cada vez mais alta. Onde, o objetivo é a ideia de reforçar o papel da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) em indicar os produtos que consomem menos energia. E como as geladeiras estão presentes em praticamente todos os lares, sendo utilizadas 24 horas por dia, consumindo em torno de 30% da energia, a atualização da sua etiqueta é especialmente relevante para promover a conservação de energia nas residências, com impacto positivo nas cotas de luz, reduzindo a demanda energética do País. 

Enquanto que essa mudança não chega, no Home Center Ferreira Costa você encontra vários modelos de refrigeradores com a categoria A. Inclusive, modelos que trabalham em potência mais baixa do que as outras geladeiras convencionais, fazendo toda a diferença na conta de energia no final do mês. Chegando até a 40%, que corresponde aproximadamente a o,837 R$/kWh. Com tecnologia que regula o compressor de acordo com a variação de temperatura, sendo avaliada pelo abre e fecha da porta e pela quantidade de alimentos armazenados. 

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Com 137 anos de história, a Ferreira Costa, o maior Home Center do Nordeste, está presente nos estados de Pernambuco, Bahia, Sergipe e Paraíba. Brevemente estaremos no estado do Rio Grande do Norte, levando ao consumidor mais de 80 mil itens para casa, construção e decoração. Além de suas seis lojas, a Ferreira Costa também possui seu e-commerce www.ferreiracosta.com, com entrega para todo Brasil. 

Secretaria de Saúde de Caruaru realiza XXII Audiência Pública

Será realizada, na nesta quarta-feira (29), a XXII Audiência Pública do Sistema Municipal de Saúde. O evento acontecerá a partir das 8h, na Câmara de Vereadores de Caruaru, que fica localizada na Rua 15 de Novembro. Na ocasião vão ser apresentadas as atividades realizadas, bem como auditorias executadas e recursos financeiros aplicados no setor público municipal de saúde.

De acordo com a secretária de Saúde de Caruaru, Bárbara Florêncio, a transparência pública é um dos objetivos essenciais da saúde do município. “A divulgação das ações governamentais, além de contribuir para o fortalecimento da democracia, prestigia e desenvolve as noções de cidadania, contribuindo com a consolidação do Sistema Municipal de Saúde. Por isso, é tão importante a participação da população”, afirma.

*Serviço:*

O quê: XXII Audiência Pública do Sistema Municipal de Saúde

Data: 29 de setembro de 2021 (quarta-feira)

Horário: 8h às 12h

Local: Câmara de Vereadores de Caruaru

Prefeitura de Caruaru divulga nova lista de crianças contempladas com vagas em creches

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria Municipal de Educação e Esportes (Seduc), divulgou, no Diário Oficial da última segunda-feira (27), uma nova relação de crianças contempladas com vagas nas creches, que têm entre 0 e 3 anos de idade. Elas estão identificadas pelo nome e CPF.

Para concretizar a matrícula, os responsáveis devem, primeiro, comparecer à Seduc, entre 28 de setembro e 8 de outubro, munidos de cópias dos seus documentos e dos documentos dos beneficiados. O horário de atendimento será das 8h às 14h.

As cópias dos documentos das crianças que deverão ser apresentadas são da Certidão de Nascimento e/ou RG, CPF, do cartão do SUS, do cartão de vacinação atualizado e do cartão do Bolsa Família (caso seja beneficiário), bem como duas fotos 3×4 e laudo médico para estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. Já os pais ou responsáveis precisam levar as cópias do seu RG, CPF e comprovante de residência com CEP.

De acordo com José Emerson da Silva, gerente da Organização Escolar, os responsáveis, após terem os documentos conferidos na Secretaria de Educação e Esportes, receberão uma nota técnica. “Essa nota técnica deverá ser levada para a unidade escolar, pois a matrícula só será efetuada com a apresentação da mesma”, afirmou.

A Secretaria Municipal de Educação e Esportes está localizada na Avenida José Marques Fontes, 21, no Bairro Santa Rosa.

Prefeitura de Caruaru entrega a Praça da Cultura à população

A Prefeitura de Caruaru, por meio das secretarias de Infraestrutura Urbana e Obras e de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, entregou, nesta terça-feira (28), a Pracinha da Cultura Compositor Carlos Fernandes, localizada na Avenida Caruaru, no Bairro Maria Auxiliadora. O evento de inauguração contou com a presença do prefeito em exercício, Rodrigo Pinheiro; do ministro do Turismo, Gilson Machado, e do diretor de Marketing da Embratur, Sílvio Nascimento, além de outras lideranças da região.

O local irá proporcionar a realização de atividades sociais de lazer e cultura, passando a receber os atendimentos e serviços do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Maria Auxiliadora, que atende em torno de 36 bairros circunvizinhos, totalizando mais de 200 atendimentos semanais à população e aos seus territórios. “Caruaru ganha mais um equipamento público de qualidade. A Pracinha da Cultura Compositor Carlos Fernando é uma dessas importantes realizações que deixaremos como legado dessa revolução urbana e social da nossa gestão, que tenho a honra de dividir com a Prefeita Raquel Lyra”, destacou o prefeito em exercício, Rodrigo Pinheiro.

Além das atividades do Cras, também serão executados os serviços do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos José Carlos de Oliveira, que atende a mais de 120 usuários (crianças, adolescentes e idosos), com atividades semanais de educação social, teatro, dança e perna de pau.

A obra conta com quadra poliesportiva, que terá atividades da Gerência de Esporte e Lazer; espaço para teatro, que dará suporte às atividades do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo (SCFV), bem como telecentro e biblioteca, na qual a comunidade e os grupos do SCFV terão acesso. Pista de skate, playground, mesas de jogos e equipamentos de esportes também estão inseridos na praça.

“É com muita alegria que recebemos esse importante equipamento, onde poderemos melhorar o atendimento à população desta região, oferecendo-lhes, além dos serviços socioassistenciais, a prática de esportes, lazer e cultura, melhorando a qualidade de vida de todos”, afirma Carlos Braga, secretário de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.

Secretaria de Saúde de Caruaru realiza XXII Audiência Pública

Será realizada, na próxima quarta-feira (29), a XXII Audiência Pública do Sistema Municipal de Saúde. O evento acontecerá a partir das 8h, na Câmara de Vereadores de Caruaru, que fica localizada na Rua 15 de Novembro. Na ocasião vão ser apresentadas as atividades realizadas, bem como auditorias executadas e recursos financeiros aplicados no setor público municipal de saúde.

De acordo com a secretária de Saúde de Caruaru, Bárbara Florêncio, a transparência pública é um dos objetivos essenciais da saúde do município. “A divulgação das ações governamentais, além de contribuir para o fortalecimento da democracia, prestigia e desenvolve as noções de cidadania, contribuindo com a consolidação do Sistema Municipal de Saúde. Por isso, é tão importante a participação da população”, afirma.

Serviço:

O quê: XXII Audiência Pública do Sistema Municipal de Saúde

Data: 28 de setembro de 2021 (quarta-feira)

Horário: 8h às 12h

Local: Câmara de Vereadores de Caruaru

Guedes fala em privatização de Petrobras e BB e diz sobre Mercosul: ‘Incomodados que se retirem’

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender nesta segunda-feira a privatização de estatais como Banco do Brasil e Petrobras num horizonte de dez anos. Ele também afirmou que o Mercosul passa por um momento de transformação e sugeriu que, se a Argentina estiver insatisfeita, pode se retirar da área de livre comércio.

O Brasil, que atualmente ocupa a presidência do bloco, defende a redução da tarifa externa comum (TEC), ponto que é rechaçado pelos argentinos. Questionado também sobre seus planos para o país em dez anos, Guedes falou sobre intensificar a agenda de privatização, acenando com a venda da Petrobras e Banco do Brasil.

A avaliação do ministro é de que a Argentina vive um momento delicado, mas Brasil, Uruguai e Paraguai querem dar um passo a frente. Para isso, espera que a Argentina some uma “unanimidade” no consenso, ainda que tenha alguma diferença no tratamento de uma nova regra.

“O Mercosul vai se modernizar e quem estiver incomodado que se retire”, afirmou durante evento virtual nesta segunda-feira. Segundo Guedes, o Mercosul travou o avanço de Brasil e Argentina, que se tornaram “prisioneiros” de uma plataforma que perdeu efetividade e que precisa ser modernizada.

“A nossa posição é de avançar. Nós não vamos sair do Mercosul, mas nós não aceitaremos o Mercosul como ferramenta de ideologia. O Mercosul tem uma proposta muito clara: ele tem que nos permitir, ele é uma plataforma de integração na economia global”, afirmou Guedes.

O ministro acrescentou: “Se ele não entregar esse serviço, nós vamos modernizar e os incomodados que se retirem. Um dia a Argentina falou isso para os outros: ‘olha o Mercosul é como é e quem não quiser que se retire’. Vamos devolver isso para a Argentina”. disse.

Procurada, a Embaixada da Argentina em Brasília preferiu não comentar as declarações de Guedes.

O ministro também falou sobre seu plano para o Brasil em dez anos, que inclui o avanço na agenda de privatizações, incluindo gigantes como a Petrobras e Banco do Brasil, e mudanças estruturais que possam impulsionar um ritmo de crescimento mais forte.

“Qual plano para os próximos dez anos? Continuar com as privatizações, Petrobras, Banco do Brasil, todo mundo entrando na fila, sendo vendida e sendo transformada em dividendos sociais”, afirmou, fazendo menção ao plano de uso do Fundo Brasil, que abarcaria recursos obtidos com as vendas das estatais para ser repassado aos mais pobres.

Ele ainda ponderou que as privatizações não aconteceram no ritmo esperado, mas destacou o volume de R$ 240 bilhões em dois anos e meio com subsidiárias e afirmou que “as grandes” virão agora, fazendo menção à Eletrobras e aos Correios.

Mais cedo, durante evento da Caixa Econômica, Guedes criticou o Senado por não ter aprovado a medida provisória (MP) 1.045, originalmente criada para recriar programas como redução de jornada na pandemia, que foi acrescida de uma série de mudanças trabalhistas.

A MP também recebeu dois programas de bolsas do governo, para jovens e idosos, que poderiam trabalhar em governos e empresas ganhando metade de um salário mínimo por meio período, com o objetivo de criar meios para estes grupos entrar no mercado de trabalho, mas os projetos, que segundo o governo poderia criar dois milhões de ocupações temporárias, as os projetos caíram junto com a MP.

Após as críticas, o ministro da Economia pediu ao Congresso para aprovar as propostas que vão permitir ao governo turbinar o Bolsa Família, substituindo o programa pelo Auxílio Brasil.

Para isso, o ministro citou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que permitirá o parcelamento dos precatórios – dívidas contra a União reconhecidas pela Justiça, com a aval do Conselho Nacional de Justiça e a reforma do Imposto de Renda, que prevê a taxação de lucros de dividendos.

“Nós precisamos do Congresso e nós precisamos, posteriormente, de uma interpretação do Supremo Tribunal Federal, com quem temos conversado. A PEC dos precatórios abre espaço fiscal e o imposto de renda é a fonte de recursos para o reforço do Auxílio Brasil, dentro do teto”, disse Guedes, acrescentando:

“Não faltarão os recursos para os vulneráveis, para reforçarmos o auxílio emergencial, mas também dentro do compromisso de responsabilidade fiscal. O Auxílio Brasil dentro do teto, com responsabilidade fiscal exige esse apoio do Congresso, a PEC dos precatórios e um lado e a reforma do Imposto de Renda, pelo outro lado”, comentou.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, antecipou que o resultado do mercado formal de trabalho de agosto virá positivo. Os dados ainda serão anunciados pelo ministro do Emprego e Previdência, Onyx Lorenzoni nesta semana.

Segundo Guedes, o Brasil está gerando entre 200 mil e 300 mil todo mês e vai superar a marca de três milhões, desde o início da pandemia do novo coronavírus.

Agência O Globo

Banco Central projeta inflação acima da meta para 2022

Ao decidir por subir a taxa básica de juros, a Selic, para 6,25%, na última semana, o Banco Central (BC) passou a projetar uma inflação em 3,7% em 2022, acima da meta de 3,5% para o ano. A avaliação consta na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta terça-feira.

Essa projeção é uma mudança em relação à reunião realizada em agosto, quando o Copom decidiu por subir os juros para 5,25%. Naquele época, o cenário básico do BC apontava para projeções de inflação “alinhadas” às metas de 2022, 3,5% e 2023, 3,25%. Há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p) para cima ou para baixo no cumprimento da meta.

No documento divulgado nesta terça, a inflação de 3,7% no próximo ano e de 3,2% em 2023, quando a meta será de 3,25%, constam no cenário básico do Copom.

“De acordo com o cenário básico, que utiliza a trajetória para a taxa de juros extraída da pesquisa Focus, o câmbio seguindo a paridade do poder de compra e os preços de commodities em dólares estáveis em termos reais, as projeções de inflação estão ligeiramente acima da meta para 2022 e ao redor da meta para 2023”, aponta o documento.

Para 2021, o BC também revisou suas projeções. Em agosto, a expectativa era que a inflação chegasse a 6,5% no final do ano. Agora, a previsão é de 8,5%. A avaliação é que a inflação ao consumidor segue elevada, com alta nos bens industriais que deve persistir no curto prazo.

“Ademais, nos últimos meses os preços dos serviços cresceram a taxas mais elevadas, refletindo a gradual normalização da atividade no setor, dinâmica que já era esperada. Adicionalmente, persistem as pressões sobre componentes voláteis como alimentos, combustíveis e, especialmente, energia elétrica, que refletem fatores como câmbio, preços de commodities e condições climáticas desfavoráveis”, diz a ata.

Esse movimento é parecido com o do mercado, que vem revisando suas expectativas de inflação para este ano e para 2022, embora não tenha alterado sua projeção para 2023. Segundo o relatório Focus, o IPCA deve ficar em 4,12% em 2022 e 3,25% em 2023.

Em 12 meses encerrados em setembro, o IPCA-15 de setembro atingiu 10%. O indicador mede as variações de preços entre os dias 15 de cada mês e, por isso, serve como uma prévia do IPCA, usado nas metas de inflação do governo.

Nessa segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro admitiu que, para debelar a inflação que assola o país, ele diz ser um “zero à esquerda” em economia, mas que deposita sua confiança no presidente do Banco Central, Roberto Campos.

De acordo com a ata, os riscos fiscais estão “implicando” em um viés de alta nas projeções e esse peso tem justificado uma alta maior dos juros para controlar a inflação. O documento aponta que esse patamar seria inclusive acima do usado no cenário básico, em que a Selic ficaria em 8,25% em 2021 e 8,5% em 2022.

Com isso, levando em conta o estágio do ciclo de altas nos juros e as simulações, o BC considera que o atual ritmo de ajuste, de 1 p.p a cada reunião é adequado e um aumento da magnitude do ciclo é a “estratégia mais apropriada” para atingir as metas de inflação. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse antes da reunião do Copom que fará o que for preciso para levar a inflação para a meta.

Alexandre Almeida, economista da CM Capital, afirmou que além do 1 p.p na próxima reunião, ele projeta uma outra alta de 1 p.p em dezembro, fechando o ano em 8,25%. Para o próximo, o economista apontou que a sinalização do BC de “aumento da magnitude do ciclo” pode significar uma continuação das altas, mas em níveis mais baixos.

— Mesmo para 2022, o mercado já começa a colocar alguns ajustes menores de 75 pontos-base (0,75 p.p) na primeira reunião de 2022 e ajustes menores nas duas reuniões subsequentes, isso acaba sendo destacado pelo BC — explicou Almeida.

O economista também destaca que essa alteração de cenário para o ano que vem poderá ser vista nas expectativas do mercado, que devem subir as projeções para os juros e diminuir as de PIB. A CM Capital já esperava juros mais altos no próximo ano e espera crescimento de 0,9%.

— Acaba tendo uma perspectiva de piora, porque com elevação da perspectiva de juros, você está removendo incentivos em termos de nível de investimento, isso tende a fazer uma revisão das expectativas de PIB para baixo — apontou.

Apesar das recentes altas nas projeções de inflação e revisões para baixo na expectativa de crescimento, o Banco Central ainda vê um “crescimento robusto” no segundo semestre deste ano. Segundo o Focus, o PIB deve crescer 5,04% em 2021

“Ao resultado do PIB do segundo trimestre ligeiramente melhor que o esperado, seguiram-se divulgações de alta frequência marginalmente mais negativas, ainda que evoluindo favoravelmente. Parte dessas revisões decorre de uma antecipação do crescimento esperado para alguns dos setores mais atingidos pela pandemia; outra parte deriva da menor produção industrial decorrente da manutenção de dificuldades nas cadeias de suprimentos”.

E seguiu:

“O Comitê manteve a visão de uma retomada robusta da atividade no segundo semestre, na medida em que os efeitos da vacinação sejam sentidos de forma mais abrangente”, diz o documento.

A ata ainda aponta que o crescimento econômico em 2022 será beneficiado por três fatores: recuperação do mercado de trabalho e setor de serviços, desempenho do setor agropecuário e da indústria extrativa e “resquícios” do processo de normalização da economia.

Sobre emprego, o Copom avaliou que o mercado de trabalho segue em recuperação, mas a diferença entre os números da PNAD Contínua, pesquisa sobre desemprego feita pelo IBGE e do Novo Caged, divulgação do Ministério da Economia, dificulta a avaliação.

“O recuo da taxa de desocupação com crescimento da força de trabalho e da população ocupada indica que o mercado de trabalho segue em recuperação. Todavia, os níveis das duas últimas variáveis ainda consideravelmente abaixo dos observados antes da pandemia sugerem hiato remanescente no mercado de trabalho”, apontou.

Bolsonaro joga crise econômica na conta da pandemia

No lançamento, ontem, do programa Caixa Tem — primeiro evento para marcar os 1.000 dias do governo —, o presidente Jair Bolsonaro não passou uma mensagem de otimismo, de trabalho árduo pela chegada de dias melhores ou mesmo fez um balanço dos benefícios entregues ao longo do período. Preferiu enfatizar os problemas econômicos enfrentados na sua gestão, sobretudo a inflação que faz com que o preço dos combustíveis esteja sempre sendo remarcado para cima. Conforme disse, isso é resultado de uma “realidade mundial” — provocado pela pandemia de Covid-19 — e que esses reajustes não acontecem por “maldade”.

“Nós temos o percurso, temos muitos obstáculos. São intransponíveis? Não, mas depende do entendimento de cada um. Alguém acha que eu não queria a gasolina a R$ 4 ou menos? O dólar a R$ 4,50 ou menos? Não é maldade da nossa parte, é uma realidade. E tem um ditado que diz: ‘Nada está tão ruim que não possa piorar. Nós não queremos isso’”, salientou.

Em outro ponto do pronunciamento, o presidente atribuiu os problemas vividos pelo país a uma conjuntura geral que se apresenta desfavorável. “Mil dias de governo com uma pandemia que muitos acham que o que acontece hoje no tocante à economia — inflação, preço de combustíveis, de alimentos, entre outros problemas — está acontecendo porque eu sou presidente. E não, em grande parte, pelo que nós passamos e estamos passando ainda”.

Problemas
Outra surpresa foi que, seis dias depois de afirmar, na Assembleia-Geral das Nações Unidas, que o Brasil estava havia dois anos e oito meses “sem qualquer caso concreto de corrupção”, Bolsonaro disse ontem que a prática continua presente no seu governo. “Eliminou-se a corrupção? Obviamente que não. Podem acontecer problemas em alguns ministérios? Podem, mas não será da vontade nossa”, explicou.

Segundo Bolsonaro, “vamos buscar maneiras de, obviamente, apurar o caso (de corrupção) e tomar providências cabíveis com outros poderes sobre aquele possível ato irregular. Mas diminuiu muito a corrupção no Brasil. Muito”.

Há pelo menos dois casos de suspeita de corrupção no governo federal. Em maio, a Polícia Federal cumpriu mandados em operação que envolveu o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e a cúpula do Ibama por suposto favorecimento no contrabando de madeira. Além desse, o Ministério Público Federal e a PF investigam o contrato do Ministério da Saúde para comprar a vacina indiana Covaxin, suspenso pelo próprio governo após a revelação, pela CPI da Covid, de suspeitas de corrupção tantas eram as inconsistências do contrato que seria assinado pela pasta e a Precisa Medicamentos, que venderia o imunizante.

Bolsonaro disse que as “pressões” em seu governo são “menores” que em gestões anteriores. “Hoje existem (pressões)? Existem, mas bem menores”, justificou.

PT
Mas a economia e a corrupção não foram as únicas preocupações manifestadas por Bolsonaro no evento de ontem. O presidente deixou claro que se sente incomodado com a liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em todos os cenários das pesquisas de opinião sobre a corrida ao Palácio do Planalto. E voltou a tentar se contrapor aos governos do PT.

“Você já sabe qual o filme do futuro porque você viveu 14 anos passados esse filme. E pode ter certeza, não serão apenas mais 14 anos. Serão no mínimo 50. É isso que queremos para a nossa pátria?”

E acrescentou: “Se a facada (que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018) fosse decisiva naquele momento, é só imaginar quem estaria no meu lugar (no segundo turno da corrida presidencial, disputou contra o petista Fernando Haddad). O perfil dessa pessoa, o seu alinhamento com outros países do mundo, em especial, aqui da América do Sul, onde nós estaríamos agora”.

Correio Braziliense

Bolsonaro: ‘Eu me pergunto como chegamos até aqui, como estamos sobrevivendo’

O presidente Jair Bolsonaro desembarcou, nesta terça-feira (28/09), em Teixeira de Freitas (BA). A visita faz parte da agenda da comemoração “Mil dias de um governo sério, honesto e trabalhador”. Acompanhado de ministros, o presidente deverá visitar municípios das cinco regiões do país, entre hoje e 1º de outubro. O primeiro local escolhido foi a região Nordeste, reduto petista. Durante o evento, foram veiculadas peças com ações locais e frases como: “Não te contaram, mas o governo faz muito pelo Nordeste”. No discurso na inauguração da Estação Cidadania e entrega de títulos de propriedades rurais, o presidente disse que se pergunta como chegou até aqui. Bolsonaro ainda lembrou a facada de 2018.

“Sabíamos dos desafios, das dificuldades e do que o povo precisava. Jamais esperava estar na situação que me encontro no momento, sobrevivendo a uma tentativa de assassinato e se elegendo num pequeno partido. Realmente, só Deus explica o que aconteceu comigo e com a nossa pátria. Mas as missões difíceis sabemos que ele nos dá, mas também sabemos que ele sempre estará ao nosso lado enquanto nós formos obedientes a ele. Às vezes, me pergunto como chegamos até aqui, como estamos sobrevivendo, como estamos nos comportando ainda durante uma difícil fase da pandemia com consequências terríveis não só para o Brasil bem como para todo o mundo”, apontou.

Bolsonaro listou problemas como a pandemia, a inflação, a crise hídrica e voltou a culpar governadores que adotaram medidas restritivas na tentativa de conter casos de Covid-19 pela alta dos preços. Ele destacou que, em meio à pandemia, para ajudar aos mais pobres, o governo criou o Auxílio Emergencial.

“Como consequência (da pandemia), temos inflação alta, em especial nos gêneros alimentícios. Isso no mundo todo. Enfrentamos uma das maiores secas refletindo no preço da energia. Enfrentamos também uma geada ímpar que atacou a nossa agricultura. Enfrentamos também alguns governadores pelo Brasil que fecharam tudo sem se preocupar com as consequência para os mais humildes. Tivemos a oportunidade de atender 68 milhões de pessoas que perderam sua renda. Sabíamos que eles tinham dificuldade de sobreviver, foi o maior plano social do nosso Brasil. Somente no ano passado, com o Auxílio, o Brasil gastou com vocês o equivalente a 13 Bolsas Famílias. Um sinal de que nós nos preocupamos com os mais humildes”, disse.

O presidente citou os atos de 7 de Setembro e bradou que “o bem maior de um povo é a liberdade”. Ele relatou ainda ter questionado ao ministro João Roma “o que leva esse povo, num momento difícil que estamos vivendo, estar ao nosso lado?”.

“Temos um país rico e podemos atender aos mais necessitados por mais algum tempo e pedimos a Deus que essa pandemia se vá logo embora e todos nós possamos voltar logo à normalidade. Enche os olhos ver pelo Brasil não mais a cor vermelha, mas as cores verde e amarelo da nossa bandeira. Sabemos que o bem maior de um povo é a sua liberdade. Nisso, nós temos a certeza como demonstrado no último dia 7 que não abriremos mão, com liberdade, esperança e fé, nós venceremos qualquer desafio. A certeza de estarmos no caminho certo é a forma como o nosso povo tem se apresentado por todo o Brasil. Não tem preço estar no meio de vocês. Isso é gratificante. Perguntei agora há pouco, falei com o João Roma: o que leva esse povo, num momento difícil que estamos vivendo, estar ao nosso lado? Ele respondeu: ‘É a fé, é a esperança, é certeza que estamos dando o melhor de nós para o futuro da nossa nação'”, alegou.

Correio Braziliense