Prefeitura de Caruaru abre votação popular para o II Registro do Patrimônio Vivo

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Fundação de Cultura, abre, nesta segunda-feira (20), a votação popular para a escolha de um dos integrantes do II Registro do Patrimônio Vivo do município. São 29 habilitados pelo edital após a análise do mérito artístico e cultural e apenas um será escolhido pela população.

Cada pessoa pode votar apenas uma vez em um dos candidatos, através do site http://patrimoniovivo.caruaru.pe.gov.br/. O prazo para a votação acaba no dia 26 de setembro, próximo domingo. Também durante esta semana, os candidatos também farão uma defesa oral e serão avaliados por uma Comissão Especial de Análise constituída por quatro membros de Caruaru, sendo dois representantes da Fundação de Cultura e dois do Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC). Ao todo, este edital selecionará cinco integrantes do Registro do Patrimônio Vivo. O resultado final – da votação popular e com os escolhidos pela comissão – está previsto para o dia 5 de outubro.

O Registro do Patrimônio Vivo de Caruaru (RPV) tem objetivo de oferecer apoio financeiro e também de preservação, por incentivo do Governo Municipal, para os processos de criação e divulgação de técnicas; modos de fazer e saberes das culturas tradicionais ou populares; mediante atividades, ações e projetos desenvolvidos por pessoas físicas ou jurídicas de natureza cultura; sem fins lucrativos, residentes ou domiciliados e com atuação no município há mais de 20 anos, contados da data do pedido de inscrição.

Para 69% dos brasileiros a situação econômica do Brasil piorou, indica Datafolha

Levantamento divulgado pelo Datafolha nesta segunda-feira (20) aponta que a situação econômica do país piorou para 69% dos brasileiros.

O número é o terceiro maior já registrado na comparação com pesquisas realizadas em 2015 e 2018. O maior índice havia sido observado no governo Dilma Rousseff (PT), quando esse percentual chegou a 82%. O segundo maior apareceu no governo do presidente Michel Temer (MDB), quando o percentual atingiou os 72%.

A pesquisa entrevistou presencialmente 3.667 brasileiros em 190 municípios entre os dias 13 a 15 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

O percentual dos que afirmaram ter havido melhora ficou em 20%, enquanto 11% dos entrevistados disseram observar a situação estagnada, isto, é, “ficou como estava”.

O Datafolha aponta, ainda, que o impacto negativo é maior entre mulheres e jovens. Cerca de 74% das entrevistadas afirmaram que a economia do país piorou, contra 62% dos homens. Já no público de 16 a 44 anos 70% afirmaram piora, contra 65% dos entrevistados com idades acima dessa faixa etária.

A pesquisa também apurou a expectativa para os próximos meses. Para 39% dos entrevistados a economia brasileira vai piorar, enquanto 28% afirmam que vai ela melhorar. Já 30% disseram acreditar que ela permaneceria como está.

Congresso em Foco

8ª edição do Black Day Caruaru Shopping acontecerá nos dias 22 e 23 de setembro

O Caruaru Shopping estará realizando mais um Black Day. A tão esperada campanha promocional, que chega a sua 8ª edição, acontecerá nos dias 22 e 23 de setembro, das 8h à 0h, com descontos de até 70% em todas as lojas.

Além dos descontos, o cliente, a cada R$ 100 em compras, vai poder trocar por um cupom e concorrer a um carro 0km.

E, para facilitar ainda mais, o Caruaru Shopping irá disponibilizar o Expresso Black Day. “Trata-se de um ônibus que fará o transporte gratuito dos clientes (shopping/centro/shopping)”, garantiu Walace Carvalho, gerente de Marketing do centro de compras e convivência.

O Black Day contará ainda com a presença do Procon, para qualquer dúvida em relação às compras, e da Vigilância Sanitária. “Estaremos reforçando e respeitando todas as medidas e seguindo todos os protocolos de biossegurança para o combate à Covid-19. Os nossos clientes, bem como todos os colaboradores, terão toda segurança garantida”, concluiu Walace Carvalho.

O Caruaru Shopping está localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Bairro Indianópolis

Sistema FIEPE realiza escuta regional no Agreste para planejamento estratégico 2022-2027

A Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) realizou, na última semana, em Caruaru, escuta regional para elaboração do planejamento estratégico que irá nortear as ações das quatro casas do Sistema, composto por SESI, SENAI, IEL e FIEPE, pelos próximos cinco anos. A Unidade Regional Agreste (URA) foi a terceira regional a receber a iniciativa que já realizou as escutas dos empresários de Araripina e Petrolina. A ideia é definir um plano de ações cada vez mais alinhado com as demandas da indústria no Estado como um todo.

O representante da Diretoria na ocasião foi o diretor administrativo Bruno Veloso, que foi responsável pela abertura do encontro. Antes de contribuírem com o planejamento estratégico da Federação, empresários das indústrias de alimentos, plástico, construção civil, vestuário, gráfico, metais e etiquetas, que integram o Conselho Regional, ouviram dos executivos do Sistema a apresentação do campo de atuação, serviços e prioridades de cada uma das instituições, em um novo processo incorporado à iniciativa das escutas regionais.

Após as apresentações, os empresários se dividiram em grupos com formação diversa para analisar cada uma das casas e propor melhorias, levantar demandas locais e sugerir ações que auxiliem no desenvolvimento da indústria, principalmente no interior. O diretor regional da FIEPE, João Bezerra, avaliou como bastante produtivo o encontro. “Receber integrantes da Diretoria e executivos das casas do Sistema em nossa regional é sempre muito proveitoso. É a partir desse diálogo coletivo que temos conseguido avançar e beneficiar a indústria de Caruaru que se fortalece com a FIEPE e com a participação de cada empresário por meio do associativismo”.

Para o diretor administrativo da FIEPE, Bruno Veloso, as escutas regionais são de extrema importância para que o trabalho das casas do Sistema FIEPE seja ainda mais assertivo, especialmente no contexto pós-pandemia. “Saímos com a missão cumprida. Para tudo que foi indicado pelos empresários haverá retorno, vamos trabalhar em cima de cada item e muito será acrescido às atuações das nossas instituições. Aqui, no Agreste, muito foi falado sobre a boa atuação da FIEPE em defesa da indústria, o que mostra que estamos no caminho certo e que o empresário percebe a importância da Federação e colabora para que esse trabalho seja aprimorado”.

Ansiedade por relatório final toma conta da CPI da Covid-19

Instalada pelo Senado Federal em abril deste ano, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID caminha para mais uma semana de depoimentos, mas agora com a ansiedade nas alturas pelo seu fim.

O encerramento dos trabalhos, a partir da entrega do relatório final e da discussão do texto a ser elaborado, pode acontecer já na sexta-feira, mas a CPI já tem autorização para funcionar até o início de novembro e o encerramento esta semana ainda é incerto.

Na terça-feira, os senadores devem ouvir Wagner Rosário, ministro da Controladoria-Geral da União (CGU). Os integrantes da CPI suspeitam de que houve omissão por parte da CGU no que se refere a negociações irregulares no Ministério da Saúde.

Diante de algumas declarações na CPI, Wagner se manifestou na quarta-feira e, em resposta ao presidente da CPI, publicou no Twitter: “Senador Omar Aziz, calúnia é crime! A autoridade antecipar atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação, também é crime! Aguardando ansiosamente sua convocação”, disse.

“Prevaricação também é crime”, afirmou Aziz em resposta ao ministro da CGU. O embate pelas redes sociais parece ser uma prévia do tom que será adotado no depoimento do ministro. A expectativa é de mais uma sessão de debates exaltados.

Já na quarta-feira, Pedro Benedito Batista Júnior, diretor-executivo da empresa Prevent Senior, deve depor à CPI. O plano de saúde é suspeito de ocultar mortes em um estudo sobre cloroquina e prescrever o chamado kit COVID-19 a pacientes – a partir de medicamentos como a hidroxicloroquina e a ivermectina, sem eficácia contra o coronavírus.

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a usar dados da pesquisa da Prevent Senior para defender a cloroquina no combate à COVID-19.

Pedro Benedito Batista Júnior iria depor na última quinta-feira, mas não compareceu, pois seus advogados afirmam que não houve tempo suficiente para se programar e estar presente à comissão, já que a intimação teria acontecido no dia anterior.

A empresa também negou as suspeitas relacionadas aos medicamentos sem eficácia comprovada contra o coronavírus. As acusações da realização de testes dos medicamentos em pacientes sem conhecimento prévio foi apresentada de forma anônima por médicos que teriam passado pela empresa.

Encerramento

A expectativa dos senadores era de encerramento dos trabalhos nesta sexta-feira, depois de uma primeira prorrogação dos trabalhos até 5 de outubro. Contudo, os depoimentos podem adiar a entrega do relatório da CPI, produzido pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator do colegiado, e sua discussão. Vice-presidente da CPI, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) considera que os trabalhos devem ser adiados para uma conclusão na primeira quinzena de outubro.

“Acho que nós teríamos que ter mais duas semanas de CPI. Hoje, é mais razoável pensar na conclusão dos trabalhos para a primeira semana de outubro. Há 30 requerimentos pendentes, já aprovados. Temos que escolher quais dessas convocações nós vamos pautar”, observou Randolfe. Outros senadores, contudo, acreditam que é possível a conclusão nesta semana. “Toda hora está surgindo um elemento novo nessa trama grande de corrupção que tem o governo Bolsonaro no Ministério da Saúde”, considera Otto Alencar (PSD-BA).

Calheiros afirmou que a decisão da data da entrega do relatório e de sua análise vai partir da CPI, e que ele vai se adaptar a isso. O relatório é o produto do que a comissão quer e pensa.

“A tarefa com que me honraram foi exatamente essa, e eu vou me adequar ao seu cumprimento”, diz. Fato é que a CPI da COVID ainda pode ser prorrogada por mais 30 dias e ter um resultado até 5 de novembro, a depender da aprovação dos integrantes da comissão. O colegiado extraordinário apura omissões do governo federal durante a pandemia do novo coronavírus e o repasse de verbas federais aos governos estaduais.

Relatório
O relator já informou que o texto final do inquérito conduzido pela comissão vai responsabilizar o presidente Jair Bolsonaro por mais de um crime, entre eles o de prevaricação, por ter tomado conhecimento de irregularidades no processo de compra da vacina indiana Covaxin, mas não ter informado as fraudes a nenhuma autoridade investigativa.

O senador disse que não elaborou o documento sozinho e que aceitou contribuições tanto de senadores quanto de grupos de estudos que se debruçaram sobre as provas encontradas pela comissão, como o parecer escrito por um grupo de juristas coordenado pelo ex-ministro da Justiça Miguel Reale Jr., que imputa ao presidente uma série de condutas que configuram crime de responsabilidade.

O documento cita, por exemplo, a preferência de Bolsonaro em manter o funcionamento da atividade econômica em meio à crise sanitária e incentivar a população a fazer uso de remédios sem eficácia comprovada e com graves efeitos colaterais, em vez de coordenar estratégias eficazes de enfrentamento à pandemia, evidenciando que o presidente estaria “fugindo à responsabilidade de promover a adoção de medidas de precaução”.

“É evidente que nós teremos crimes comuns — são muitos os crimes comuns —, crime de responsabilidade, crime contra a vida e contra a humanidade. Mas nós vamos fazer isso com critério, com responsabilidade. Nós não vamos, incoerentemente, querer atribuir um número máximo de crimes apenas para penalizar as pessoas publicamente”, destaca Renan.

“Nós estamos imaginando um relatório com vários encaminhamentos. Nós queremos fazer escolhas acertadas, para que esse relatório tenha uma consequência rápida na Procuradoria-Geral da República e também no Tribunal Penal Internacional”, acrescenta o relator da CPI.

Presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM) tem a mesma expectativa de Renan. “Que ele tenha muita sabedoria, para que a gente possa ter um relatório consistente, um relatório embasado em fatos e provas, para que a nação brasileira saiba que o trabalho que fizemos durante esses meses servirá para que o Brasil não cometa os mesmos equívocos se, infelizmente, tivermos uma nova pandemia. A gente não deseja isso para ninguém. Um mundo de cabeça pra baixo. O Brasil destoando das principais lideranças na condução da pandemia”, frisa.

Estado de Minas

Terceira via tenta não perder a força; analistas veem variedade de nomes como empecilho

A variedade de políticos que se apresenta à população como terceira opção de voto para as eleições presidenciais do ano que vem dificulta a construção de uma candidatura que seja forte o suficiente para bater de frente com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Enquanto os dois principais nomes da política nacional detêm uma parcela importante do eleitorado, a pulverização entre os demais candidatos afasta a possibilidade de que algum deles mude o destino do pleito.

Por mais que algumas estatísticas apontem a intenção de parte dos brasileiros de votar em um nome que não seja Bolsonaro ou Lula, como o recorde de abstenções nas eleições de 2018 (42,1 milhões de brasileiros votaram nulo, branco ou não compareceram ao local de votação), a impressão de momento é de que a terceira via não vai decolar.

Um retrato disso foi o pouco contingente de manifestantes nos atos de 12 de setembro, organizados pelo Movimento Brasil Livre (MBL), que tiveram como pauta o impeachment de Bolsonaro. O fato de o PT não ter aderido ao ato, ao contrário do que fizeram potenciais presidenciáveis, como o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e Ciro Gomes (PDT), esvaziou o protesto e mostrou uma aparente rejeição à terceira via.

“O eleitor ainda não conhece essa terceira via. Um candidato não é escolhido pela população, ele é trabalhado internamente e apresentado à população como alguém presidenciável. Ter várias terceiras vias atrapalha, porque você fragmenta esses votos”, analisa o cientista político André Rosa.

Para o especialista, por mais que ainda haja tempo e viabilidade para a construção de um nome para dividir as atenções com Lula e Bolsonaro, sem um acordo majoritário entre as siglas, a derrota é um caminho inevitável. “É muito mais estratégico ter um nome de consenso em que outras candidaturas vão abraçar do que várias candidaturas fluidas”, afirma.

Professor e mestre em ciência política, Valdir Pucci acrescenta que, ao contrário de Bolsonaro e Lula, a terceira via não consegue aglutinar um mesmo perfil de eleitores devido à pluralidade de pautas que são defendidas entre os seus candidatos. “São muitas composições para se unirem em um único nome contra Jair Bolsonaro ou Lula. Então, eu acho que não teremos uma terceira via única. Há muitos espectros ideológicos e interesses divergentes dentro deste processo, desde a centro-direita até a esquerda”, observa.

Saída
Por enquanto, o melhor caminho para a terceira via ganhar força é que Bolsonaro ou Lula fiquem inelegíveis. Representantes da terceira via monitoram, por exemplo, a possibilidade de o atual presidente ficar de fora do pleito de 2022 por uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que pode torná-lo inelegível no inquérito aberto para investigar os ataques ao sistema eleitoral e à legitimidade das eleições.

Nos próximos meses, os defensores de uma candidatura alternativa devem intensificar a mobilização pelo impeachment do atual presidente. No Congresso Nacional, parlamentares tentam se organizar para promover atos em todo o país no feriado de 15 de novembro. Para a senadora Simone Tebet (MDB-MS), as manifestações podem ter sucesso porque, até lá, a CPI da Covid já terá apresentado o relatório final, com diversos crimes imputados a Bolsonaro.

“Há um consenso entre os partidos de que há um ataque constante à imprensa livre, aos outros Poderes da República e aos pilares da democracia. Temos esse consenso. O que falta, agora, é um diálogo para entender como caminharemos juntos. Tenho total consciência de que é possível estarmos juntos nas ruas no dia 15 de novembro, quando tivermos mais elementos do relatório da CPI e, infelizmente, tivermos números mais tristes ainda na economia, decorrentes da crise institucional e política criada pelo presidente da República”, destaca.

O deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) não acredita que a terceira via está fragilizada, mas reconhece que “a questão é trabalharmos essa terceira via, que pode ser a primeira via, o primeiro projeto de poder, de gestão, de administração, de governança, de democracia, de retomada e de crescimento”. “Lula e Bolsonaro são o mais do mesmo, se não forem mais do pior. Eles são como irmãos siameses, eles se retroalimentam. Um vive em função do outro. Eles são o côncavo e o convexo, o espelho e o reflexo”, pondera.

Prévias no PSDB
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), participa de uma reunião hoje, às 12h, na sede do PSDB em Brasília para tratar de sua pré-candidatura à presidência da República. O tucano estará acompanhado do senador Izalci Lucas (PSDB-DF). O paulista possui, até o momento, um terço da preferência do PSDB para as prévias da legenda, que acontecerão em novembro, e, nos últimos meses, visitou diferentes estados do país em busca de apoio. O maior adversário de Doria é o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

Ciro Gomes (PDT)

Terceiro colocado nas últimas pesquisas sobre intenção de voto, se credencia como um candidato de centro-esquerda. Durante as manifestações de 12 de setembro, Ciro conseguiu aplausos de um público formado por eleitores de direita e centro-direita, que o pedetista precisa conquistar para ter chances de chegar ao segundo turno.

João Doria (PSDB)

O governador de São Paulo é um dos principais adversários políticos de Bolsonaro, mas passou a dividir a rivalidade com o chefe do Executivo quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recuperou os direitos políticos. Seu status ainda é dúvida, pois o PSDB só vai definir seu candidato em novembro.

Eduardo Leite (PSDB)

O governador do Rio Grande do Sul é o principal adversário de João Doria nas prévias do PSDB. Apesar de não possuir um trunfo tão forte como o paulista, que ganhou popularidade ao garantir a chegada da CoronaVac ao Brasil, Leite possui apoio de uma parcela importante da legenda, como dos ex-presidentes da sigla Pedro Tobias e Antonio Carlos Pannunzio. Para os tucanos, Eduardo Leite tem condições de “unir o país”.

Rodrigo Pacheco (DEM)

De perfil moderado, o presidente do Senado é tido como um nome que pode garantir serenidade em meio às tensões vividas no país. Pacheco vem assumindo o papel de “apaziguador” diante dos recentes embates entre o Executivo e o Judiciário, o que agrada à classe política que defende uma candidatura alternativa ao Planalto. Ele é a aposta do presidente do PSD, Gilberto Kassab, para disputar o pleito em 2022.

Alessandro Vieira (Cidadania)

O senador se credencia para as eleições por conta da atuação na CPI da Covid. Apesar de ter apoiado Bolsonaro em 2018, o parlamentar se tornou crítico ao presidente e, atualmente, é um dos expoentes da oposição ao governo no Congresso.

Correio Braziliense

Operação Fantoche: MPF oferece quarta denúncia

O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco (PE) ofereceu, à Justiça Federal,  denúncia contra nove envolvidos em fraudes com recursos federais no âmbito de convênios firmados pelo Ministério do Turismo (Mtur) e pelo Serviço Social da Indústria (Sesi) com entidades sem fins lucrativos e empresas para promoção de eventos culturais. Os denunciados são acusados de desviar cerca de R$ 3,5 milhões do projeto Relix Pernambuco 2017. O caso é de responsabilidade da procuradora da República Silvia Regina Pontes Lopes.

São acusados do crime de peculato o diretor do Departamento Nacional do Sesi e presidente da Confederação Nacional da Indústrica (CNI), Robson Braga de Andrade, o diretor regional do Sesi em Pernambuco, Ricardo Essinger, o superintendente regional do Sesi no estado, Nilo Augusto Câmara Simões, o empresário e à época secretário de Meio Ambiente do Estado de Pernambuco, Sérgio Luís de Carvalho Xavier, os diretores do Instituto Origami, Hebron Costa Cruz de Oliveira e Romero Neves Silveira Souza Filho, os administradores da Aliança Comunicação e Cultura, Luiz Otávio Gomes Vieira da Silva e Lina Rosa Gomes Vieira da Silva, bem como o administrador da Alto Impacto Entretenimento, Luiz Antônio Gomes Vieira da Silva. Todos já foram alvos de denúncias anteriores do MPF no âmbito da Operação Fantoche.

A nova denúncia é a quarta oferecida no curso da operação, deflagrada em fevereiro de 2019. As investigações – iniciadas a partir de relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU) – indicaram o uso de empresas de “fachada” e pagamentos por serviços não realizados para desvio da verba federal.

Segundo a procuradora da República, Robson Braga de Andrade, Ricardo Essinger, Nilo Augusto Câmara Simões e Sérgio Luís de Carvalho Xavier participaram da liberação dos recursos do Relix Pernambuco 2017, segunda edição do festival no estado, sem nenhum tipo de avaliação financeira, pesquisa de mercado ou acompanhamento da execução orçamentária e financeira do projeto, possibilitando o enriquecimento ilícito de terceiros às custas de verba do Sistema S.

O MPF destaca que os denunciados Hebron Costa Cruz de Oliveira e Romero Neves Silveira Souza Filho, respectivamente presidente e diretor sociocultural do Instituto Origami, uma das entidades cooptadas no esquema, utilizaram empresas de “fachada” e pagamentos por serviços não realizados na execução do Relix. As investigações ainda apontaram que a Aliança Comunicação e Cultura Ltda. foi a principal destinatária dos recursos alocados no projeto, que foram repassados mediante a emissão de notas fiscais faturadas pela Aliança por serviços supostamente prestados em benefício do Instituto Origami.

Ainda de acordo com a denúncia, uma parcela dos serviços referentes ao contrato de patrocínio firmado entre o Sesi e o Instituto Origami foi viabilizada mediante contratações realizadas por intermédio da empresa Alto Impacto Entretenimento Ltda. Na contratação, foi detectado sobrepreço e consequente superfaturamento referente ao valor contratado pelo Sesi. As apurações evidenciaram que o instituto exerceu função meramente instrumental na execução do projeto, atuando como intermediário entre Sesi/PE e os destinatários finais dos recursos.

Segundo o MPF, assim como nos eventos anteriores, a edição 2017 do Relix contou com intensa participação do então secretário de Meio Ambiente Sérgio Luís de Carvalho Xavier, que teria cuidado das tratativas formais e aprovação do projeto, também articulando sua realização.

A procuradora da República destaca que as entidades do Sistema S, por gerirem recursos públicos e estarem sujeitas aos princípios constitucionais inerentes à atividade administrativa, estão obrigadas a exigir prestação de contas dos valores transferidos a entidades privadas por meio de contratos de patrocínio, assim como os terceiros patrocinados estão obrigados a essa prestação.

Em caso de condenação pelo crime de peculato, a pena para cada um dos denunciados pode chegar a 12 anos de reclusão, podendo ser maior devido à prática continuada, além do pagamento de multa. Na denúncia, a procuradora da República requereu ainda que a Justiça Federal decrete a perda de eventual cargo ou função pública exercida pelos acusados, bem como a perda de bens acrescidos ao patrimônio em decorrência da prática criminosa e a reparação dos danos causados aos cofres públicos.

Histórico – As investigações relacionadas à Operação Fantoche identificaram fraudes ocorridas em processos seletivos e contratos firmados por diversos departamentos do Sesi e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) desde 2002. De acordo com as apurações, as irregularidades ocorreram em seleções e contratos envolvendo o grupo empresarial da Aliança Comunicação e Cultura, com sede no Recife (PE). A entidade fora contratada inicialmente por inexigibilidade de licitação de forma indevida e, posteriormente, por meio da contratação indireta de seus projetos mediante a cooptação de organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips).    

Na primeira denúncia oferecida pelo MPF no caso, em agosto de 2020, dez pessoas foram acusadas de desvio de mais de R$ 2,5 milhões do Sesi, liberados em contrato de patrocínio do projeto Relix Pernambuco 2014, firmado entre o Departamento Regional do Sesi no estado e o Instituto Origami.    

A segunda denúncia decorrente da Operação Fantoche, ajuizada em setembro de 2020, tem como réus sete pessoas acusadas de desvio de recursos federais repassados por meio de cinco convênios firmados entre o MTur e o Instituto Mundial do Desenvolvimento e da Cidadania (IMDC). O objetivo foi a realização de eventos artísticos e culturais para promover o estado de Pernambuco nas cidades de Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Para cada convênio, foram repassados, pelo Ministério do Turismo, R$ 300 mil – totalizando R$ 1,5 milhão em verbas federais. A terceira denúncia oferecida pelo MPF, em março de 2021, tem como alvos oito acusados de desviar cerca de R$ 2,2 milhões do projeto Relix Alagoas 2016.      

O MPF ainda analisa outros projetos financiados pelos departamentos do Sesi, além dos convênios celebrados diretamente entre a União, por meio do Ministério do Turismo, e as entidades sem fins lucrativos investigadas nos desdobramentos da Operação Fantoche.

Colisão na BR 232 em Sanharó deixa dois mortos

Uma colisão frontal entre um carro e um ônibus na madrugada desse domingo (19), por volta das 3h da madrugada no KM 190 da BR 232, em Sanharó, no Agreste pernambucano, deixou duas pessoas mortas.

Faleceram no local o motorista do carro, de 56 anos, e do ônibus, de 53 anos. O ônibus estava saindo de Iguatu, no Ceará, com destino a Recife. No carro, no modelo Prisma, estava apenas o motorista que, pelos vestígios da colisão, foi verificado que o carro entrou na contramão da rodovia.

De acordo com informações colhidas no local, além do motorista do ônibus, havia 33 passageiros, e nenhum ficou ferido.

A Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiro, Samu, Instituto de Criminalística e a Polícia Civil estiveram no local. Quem vai investigar o caso será a Polícia Civil.

Diario de Pernambuco

Mercado financeiro eleva projeção da inflação para 8,35%

Edifício-sede do Banco Central no Setor Bancário Norte, em lote doado pela Prefeitura de Brasília, em outubro de 1967

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, subiu, novamente, de 8% para 8,25% neste ano. É a 24ª elevação consecutiva na projeção. A estimativa está no Boletim Focus de hoje (20), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para 2022, a estimativa de inflação é de 4,10%. Para 2023 e 2024, as previsões são de 3,25% e 3%, respectivamente.

A previsão para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

Em agosto, puxada pelos combustíveis, a inflação subiu 0,87%, a maior inflação para o mês desde o ano 2000, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o indicador acumula altas de 5,67% no ano e de 9,68% nos últimos 12 meses, o maior acumulado desde fevereiro de 2016, quando o índice alcançou 10,36%.

Taxa de juros
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 5,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Amanhã (21) e quarta-feira (22), o Copom realiza a sexta reunião do ano para definir a Selic.

Na ata da última reunião, em agosto, os membros do comitê já indicaram que deve haver nova elevação, de 1 ponto percentual. Essa também é a expectativa do mercado financeiro, de que a taxa suba para 6,25% ao ano no encontro do Copom desta semana.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2021 em 8,25% ao ano. Na semana passada a projeção era 8%. Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica suba para 8,50% ao ano. E para 2023 e 2024, a previsão é 6,75% e 6,50% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas podem dificultar a recuperação da economia. Além disso, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio
As instituições financeiras consultadas pelo BC mantiveram a projeção para o crescimento da economia brasileira este em 5,04%. Para 2022, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 1,63%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,30% e 2,50%, respectivamente.

A expectativa para a cotação do dólar também se manteve em R$ 5,20 para o final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,23.

Agência Brasil

Piso salarial de professores no Brasil é o mais baixo entre 40 países

Os professores brasileiros nos anos finais do ensino fundamental têm os piores salários entre 40 países avaliados em um estudo da Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE). Dados do levantamento sobre o impacto da pandemia do novo coronavírus também mostraram que o Brasil foi o país que fechou as escolas por mais tempo durante a pandemia.

O piso salarial dos docentes brasileiros se mostrou o mais baixo entre 37 nações do bloco e dos três países parceiros representados no levantamento. Em média, um professor brasileiro recebe R$ 131.407 (US$ 25.030), por ano no nível pré-primário; R$ 133.171 (US$ 25.366), no nível primário; R$ 135.135 (US$ 25.740), no nível secundário inferior geral; e R$ 140.301 (US$ 26.724), no nível secundário superior geral.

Nos outros países da OCDE, porém, as remunerações médias anuais dos professores eram de R$ 213.711 (US$ 40.707), R$ 239.856 (US$ 45.687), R$ 251.937 (US$ 47.988) e R$ 271.682 (US$ 51.749) no pré-primário, primário, secundário inferior e superior, respectivamente.

Mesmo os professores universitários, que no Brasil recebem salários maiores, têm uma remuneração 48,4% inferior em relação à média mundial.

O levantamento também destacou que 88% dos profissionais que trabalham em educação básica são mulheres. Na educação superior, porém, o cenário muda, com apenas 46% das salas de aula ocupadas por mulheres em 2019.

Escolas fechadas na pandemia
Como medida para tentar evitar a propagação da Covid-19, países do mundo inteiro fecharam escolas e suspenderam aulas presenciais. Segundo o estudo da OCDE, entre janeiro de 2020 e maio de 2021, pelo menos uma parte dos alunos estava com as instituições fechadas em todos os países que participaram da pesquisa.

Segundo o estudo, o Brasil foi o último a voltar presencialmente nas escolas pré-primárias. Na educação básica, o país só ficou atrás do México em tempo de fechamento. Ambos os países totalizaram mais da metade dos dias de 2020 com as instituições de ensino fechadas.

Os responsáveis pelo relatório comentam que os primeiros anos de vida são cruciais para o desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças, principalmente aquelas mais vulneráveis. A pesquisa destaca que aplicar métodos eficientes de aprendizagem remota é ainda mais desafiador de acordo com a faixa etária dos alunos. “Sempre que possível, as escolas devem permanecer abertas, com medidas de saúde adequadas que minimizam os riscos para alunos, funcionários e o restante da população”, aponta o estudo.

Correio Braziliense