ARTIGO — O impacto do saneamento na saúde da população

Por André Ricardo Telles

O saneamento básico é essencial para garantir a saúde e o bem-estar da população. Quando falamos em acesso à água potável e tratamento de esgoto, estamos tratando de um direito fundamental que impacta diretamente na qualidade de vida das pessoas. Porém, infelizmente, milhões de brasileiros ainda vivem sem esses serviços, o que facilita a propagação de doenças e aumenta os gastos com saúde pública.

A relação entre saneamento e saúde é muito simples: sem água tratada e esgoto adequado, o risco de doenças como diarreia, leptospirose, hepatite A e infecções parasitárias aumenta consideravelmente. Crianças e idosos são os mais afetados, pois têm o sistema imunológico mais sensível.

Além das doenças diretamente relacionadas à falta de saneamento, outros impactos na saúde são menos evidentes, mas igualmente preocupantes. A presença de esgoto a céu aberto, por exemplo, atrai vetores de doenças como mosquitos e roedores, que podem transmitir dengue, chikungunya, febre amarela e leptospirose. Além disso, a contaminação de rios e lençóis freáticos compromete a qualidade da água utilizada para consumo e agricultura, perpetuando ciclos de contaminação e doenças.

Desde a aprovação do Novo Marco Legal do Saneamento, em 2020, o Brasil tem um grande desafio pela frente: garantir que até 2033 toda a população tenha acesso à água potável e ao tratamento adequado de esgoto. Para isso, é fundamental investir em soluções inovadoras, como sistemas de reuso de água, tratamento descentralizado de esgoto e tecnologias sustentáveis. São medidas que, além de reduzirem o impacto ambiental, trazem mais eficiência e rapidez para alcançar a universalização do saneamento.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), para cada real investido em saneamento, economizam-se até quatro reais em despesas médicas e hospitalares. Isso significa que investir em infraestrutura básica não é apenas uma questão de saúde, mas também de economia e desenvolvimento.

No entanto, é importante nos atentarmos a questão da educação sanitária. De nada adianta ampliar a infraestrutura se a população não tiver acesso a informações sobre boas práticas de higiene e descarte correto de resíduos. Campanhas educativas e programas de conscientização são fundamentais para que o saneamento seja efetivo e traga benefícios duradouros à sociedade.

Garantir que todas as pessoas tenham acesso a saneamento básico é cuidar da saúde da população e do futuro do país.

Um tratamento de água adequado traz inúmeros benefícios para a população. Além de evitar a propagação de doenças, garante maior segurança alimentar ao fornecer água de qualidade para irrigação e produção de alimentos. Também reduz a contaminação ambiental, preservando rios e mananciais que são fontes essenciais para o abastecimento humano. Com isso, há uma melhoria significativa na qualidade de vida, permitindo que comunidades inteiras vivam com mais dignidade e segurança.

Com planejamento, investimentos e parcerias estratégicas, podemos transformar essa realidade e construir um Brasil onde ninguém sofra por falta de água limpa e esgoto tratado. Afinal, saneamento é mais do que infraestrutura: é qualidade de vida, dignidade e saúde para todos.

*André Ricardo Telles é CEO da Ecosan, empresa de soluções sustentáveis para o tratamento de água e recuperação de efluentes. Pós-Graduado em Inovação na Universidade CUOA na Itália, com MBA pela FGV, Telles já publicou livros no Vale do Silício pela IBM-USA e está à frente de inovações que transformam desafios ambientais em soluções de engenharia eficientes e sustentáveis.

Hospital Mestre Vitalino promove Semana Dedicada à Segurança do Paciente

Entre os dias 7 e 11 de abril, o Hospital Mestre Vitalino (HMV), em Caruaru, realiza uma programação especial em alusão ao movimento “Abril pela Segurança do Paciente”. Com o tema “Mais acesso e cuidado integrado: qualidade em toda jornada!”, a iniciativa busca promover uma cultura de segurança, valorizando boas práticas no atendimento e engajando tanto os pacientes quanto os profissionais da instituição.

As atividades começaram nesta segunda-feira (07) com ações voltadas para pacientes e acompanhantes nos setores de Hemodiálise Ambulatorial (às 9h) e na Unidade de Oncologia (às 10h), além de abordagens educativas com os colaboradores nos halls do 1º e 2º andares, no hall da enfermaria Cirúrgica 2 e na área de saída das ambulâncias, ao longo de toda a manhã.

Na terça-feira (8), as ações se repetem com nova rodada de atividades educativas para usuários e equipes de colaboradores da unidade, reforçando orientações sobre segurança e qualidade na assistência. Já nos dias 9 e 10, o foco será nos colaboradores não assistenciais, com encontros nas docas do hospital, sempre às 9h30.

A programação culmina com duas palestras especiais sobre o tema “Qualidade em Toda Jornada”, que serão realizadas no Auditório do HMV, nos dias 10 e 11 de abril, às 14h. A iniciativa tem como objetivo sensibilizar todos os envolvidos na rede de cuidado sobre a importância da segurança como elemento essencial na jornada de cuidados com o paciente.

Desde 2015, o HMV possui o Núcleo de Segurança do Paciente e tem se destacado no interior por sua preocupação com a implantação e boas práticas das Metas Internacionais de Segurança do Paciente, estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e preconizadas pela Joint Commission International (JCI).

STF: para maioria, teto de gasto não se aplica à receita do Judiciário

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou por excluir do teto de gastos do novo arcabouço fiscal as receitas próprias dos tribunais e demais órgãos do Judiciário – como as custas processuais e os emolumentos, entre outras fontes.

A corrente majoritária entendeu que o gasto feito com essas receitas não está sujeito a limitações se o dinheiro for aplicado no custeio dos serviços das atividades específicas do Poder Judiciário.

Votaram assim o relator, ministro Alexandre de Moraes, e os ministros Dias Toffoli, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin e Gilmar Mendes, que havia pedido vista do processo em fevereiro. O tema é julgado no plenário virtual e os demais ministros têm até a próxima sexta-feira (11) para votar.

Em seu voto, Moraes escreveu ser essa a “solução que prestigia” a autonomia orçamentária do Judiciário. A exclusão das receitas próprias do Judiciário “não afeta o comprometimento institucional no esforço de recuperação da higidez fiscal”, assegurou o ministro.

“É que as receitas provenientes da União e conformadas pelo orçamento público continuarão a ser regidas pelo teto do regime fiscal sustentável. Subtrai-se dele somente aquilo que o Poder Judiciário ‘angaria sponte propria’ [por vontade própria]”, acrescentou Moraes [por vontade própria]”, acrescentou Moraes.

O arcabouço fiscal atual, em vigor desde 2023, impõe um limite de 0,6% a 2,5% para o crescimento das despesas primárias da União, o que inclui os orçamentos globais dos Três Poderes. Pela regra geral, os gastos de um ano só podem crescer 70% do que tiver crescido da arrecadação fiscal do ano anterior.

Em manifestação ao Supremo, o Legislativo e o Executivo enfatizaram que a legislação sobre o arcabouço fiscal foi aprovada e sancionada tendo em vista o esforço de cada poder para o controle da dívida pública, o que inclui as receitas do Judiciário, que devem ser submetidas ao novo teto.

Para a maioria dos ministros do Supremo, contudo, limitar os gastos do Judiciário com o dinheiro que ele próprio arrecada é inconstitucional, por violar a divisão dos Poderes.

A ação direta de inconstitucionalidade sobre o tema (ADI 7641) foi aberta pela Associação dos Magistrados Brasileiros(AMB). A entidade reclamou que a legislação deveria ter dado aos tribunais o mesmo tratamento conferido a instituições como as universidade e empresas públicas, que tiveram permissão para gastar além do teto se o dinheiro vier de receitas próprias.

Fies: instituições de ensino têm até hoje para confirmar participação

As instituições privadas de ensino superior têm até esta segunda-feira (7) para confirmar a participação na edição de oferta de vagas remanescentes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o primeiro semestre de 2025.

O programa do Ministério da Educação (MEC) oferece financiamento para cursos de graduação em universidades e faculdades privadas que tenham avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

O objetivo da política pública é facilitar o acesso de estudantes de baixa renda ao ensino superior.

Vagas remanescentes
Os dados para o Fies 2025 do primeiro semestre devem ser preenchidos virtualmente, até as 23h59 de hoje, pelas faculdades privadas exclusivamente, pelo Sistema Informatizado do Fies (Sisfies), no módulo com o título Fies Oferta. Para acessar o sistema, é preciso ter cadastro no Login Único do portal Gov.br.

Devem ser informados dados de cada curso a ser ofertado, número de vagas, turno, local e valores das semestralidades.

Somente as instituições que fizeram a adesão ao Fies do primeiro semestre de 2025 e ao Fundo Garantidor do Fies ficam habilitadas a assinar eletronicamente o termo de participação, no módulo FiesOferta.

Cronograma
Após o período de confirmação de participação, o novo edital publicado pelo MEC, de 8 a 11 de abril, permitirá que as instituições de ensino superior verifiquem e até corrijam informações do documento que formaliza a participação nessa edição do Fies.

O edital ainda determina que as faculdades privadas divulguem, em suas páginas eletrônicas na internet e com a fixação em local de grande circulação de estudantes, a participação da entidade no processo seletivo.

A divulgação deve informar o número de vagas remanescentes disponibilizadas, a relação de cursos e turnos de cada local de oferta da instituição, bem como a legislação que ainda será publicada pelo MEC relativa a vagas remanescentes do Fies.

Fies 2025/1

O Ministério da Educação (MEC) confirmou que, em breve, divulgará novo edital com as regras e o cronograma para a inscrição dos estudantes às vagas remanescentes do Fies, que sobram das etapas anteriores de seleção do programa neste ano.

Na fase regular do Fies 2025/1, as universidades privadas de ensino superior ofereceram 67.301 vagas de cursos de graduação.  Na outra ponta, o programa recebeu mais de 493 mil inscrições de 198.579 candidatos. Cada um deles pode se inscrever em até três opções de cursos.

Agora, as vagas remanescentes são destinadas exclusivamente aos estudantes efetivamente matriculados no curso, turno e local de oferta para os quais se inscreveram.

A pasta aguarda apenas as informações prestadas pelas mantenedoras das instituições de ensino superior não gratuitas até esta segunda-feira.

Em meio a políticas tarifárias de Trump, abertura comercial do Brasil elevaria PIB e estimularia investimentos, aponta FecomercioSP

US President Donald Trump speaks after touring a section of the border wall in Alamo, Texas on January 12, 2021. (Photo by MANDEL NGAN / AFP)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, na última quarta-feira (2), um conjunto de medidas envolvendo tarifas para praticamente todos os países do planeta. No caso do Brasil, ficou definido que produtos nacionais terão uma taxa adicional de 10% para entrar no mercado estadunidense — o que, para alguns analistas, foi um alívio, considerando as alíquotas mais altas impostas às mercadorias da China (34%) e da União Europeia (20%), por exemplo.

Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), ainda que os anúncios sejam lamentáveis ao mundo, abrem uma janela de oportunidade para o País ampliar a presença nas cadeias globais de valor e se inserir com mais força no jogo de trocas internacionais, fazendo, justamente, o movimento oposto ao dos Estados Unidos: diminuindo tarifas e aplacando burocracias.

A Entidade vem discutindo há alguns meses, com autoridades, sociedade civil e empresas, uma ampla agenda de abertura comercial brasileira, que, nesse contexto, é fundamental para o desenvolvimento nacional.

Alguns números ajudam a entender o cenário. Há quase meio século, a participação brasileira no mercado internacional é pequena, flutuando em torno de 1,5% de toda a corrente de comércio global. Além disso, dados da Organização Mundial do Comércio (OMC) referentes ao ano de 2023 (último dado disponível) mostram que o Brasil é apenas o 24º maior exportador do mundo e o 27ª colocado no ranking de importações. Tudo isso mesmo tendo o nono maior Produto Interno Bruto (PIB) do planeta. E por que isso acontece?

A Federação avalia que o Brasil se manteve inerte frente às transformações ocorridas no comércio internacional desde a década de 1990, período marcado pela inexistência de uma política externa e comercial que contemplasse os principais interesses da economia brasileira.

Assim, enquanto grande parte das nações promoveu mudanças nas estruturas tarifárias, reduzindo as taxas de importação sobre bens intermediários e de capital, o que permitiu o surgimento das cadeias globais de valor e de produtos “made in world”, o País seguiu apostando no modelo de escalada tarifária, sob uma visão mercantilista de que exportar é bom e importar é ruim, que culminou no chamado adensamento das cadeias domésticas, ou seja, o produto é inteiramente produzido dentro do País.

O resultado disso é um mercado fechado, com baixa produtividade e totalmente fora dessas cadeias.

No Brasil, a tarifa aumenta conforme se avança no estágio produtivo, ou seja, cresce à medida que se passa de matéria-prima para bem intermediário, para bem de capital e bem de consumo. Esse modelo, chamado de escalada tarifária, impede a modernização das nossas plantas produtivas com máquinas e equipamentos mais eficientes, além de não permitir a sua inserção nas cadeias globais de valor. Então, fica caro e inviável às empresas multinacionais se inserir no Brasil.

A consequência dessa limitada abertura comercial é uma menor eficiência econômica. Sem a pressão da competição internacional, muitas indústrias brasileiras permanecem menos eficientes e inovadoras do que poderiam ser. Ademais, os consumidores brasileiros acabam pagando preços mais altos por produtos que, em uma economia mais aberta, poderiam ser importados a custos inferiores. É preciso mudar esse cenário.

ABERTURA TRANSVERSAL

São dados como esses que fazem a Federação propor uma redução gradual, transversal e previsível das tarifas de importação de Bens de Capital (BK) e de Bens de Informática e Telecomunicações (BIT) brasileiras até que estejam no mesmo patamar do resto do mundo, de cerca de 4%.

De acordo com a FecomercioSP, ainda é essencial intensificar as negociações de acordos de livre-comércio, reformar estruturas do Mercosul — como a que impede os países-membros de alinhar acordos individualmente — e retomar a oferta brasileira de adesão ao Acordo de Compras Governamentais da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Além disso, a Entidade pede também uma desburocratização dos processos de importação e a extinção do Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM), tributo que não cumpre a função para que foi criado e que encarece as importações, prejudicando os consumidores. São propostas que integram a agenda de abertura comercial da Federação [veja todas abaixo].

A iniciativa se baseia, antes de tudo, em exemplos positivos de países como a Coreia do Sul e o México, que reduziram tarifas de importação sobre bens intermediários e BK, abrindo espaço para que integrassem as cadeias produtivas globais e aproveitassem as vantagens comparativas. Em 1991, por exemplo, a tarifa sul-coreana para BK era de cerca de 14,8%. Em 2016, não chegava a 2%. No caso dos bens de consumo, a taxa caiu de 17,4% para 5,6%, no mesmo período.

O México, por sua vez, ressecou a tarifa sobre BK de 13,2% para 2,2%, entre os anos 1990 e 2016. Em outras palavras, enquanto ambos os países passaram a fabricar produtos “made in world”, o Brasil segue na lógica do “made in Brazil”.

POR QUE ABRIR O PAÍS AO COMÉRCIO GLOBAL?

A FecomercioSP acredita que há vários aspectos relevantes que favorecerem o argumento da abertura comercial brasileira. A primeira é que, como não sentem a pressão da competição internacional, as indústrias do País não são tão eficientes como poderiam. Ao contrário, produzem uma série de produtos muitas vezes com tecnologias obsoletas, além de não investirem em inovação — porque não concorrem efetivamente — e, por fim, ainda fazem com que os consumidores tenham de pagar mais caro por itens que, se fossem importados, sairiam mais em conta.

É justamente por isso que uma abertura comercial teria o efeito oposto ao que comumente se diz dessa iniciativa: ao invés de destruir a Indústria nacional com a atração de mercadorias importadas, um país mais comercialmente aberto promoveria uma integração bastante significativa do Brasil com os mercados e as cadeias internacionais, resultando em mais competitividade para as empresas nacionais, além de condições para a inovação e a geração de empregos — tudo isso com custos mais baixos à população.

Atualmente, o Brasil é lembrado sempre pelo seu amplo mercado interno, com cerca de 200 milhões de pessoas, mas não pela capacidade de as suas empresas encontrarem internamente os meios para se expandirem para outros mercados. Uma abertura comercial teria ainda o impacto imediato de recolocar o Brasil no jogo global em outra posição: como ator relevante das cadeias globais de valor, reforçando as vantagens comparativas nacionais.

Reajustes tarifários devem fechar 2025 com um efeito médio de 3 5%, prevê Aneel

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou na manhã desta segunda-feira, 7, que os índices de reajuste e revisões tarifárias de energia elétrica devem fechar o ano de 2025 com um efeito médio de 3,5%. A projeção consta no novo boletim trimestral “InfoTarifa” lançado nesta segunda-feira.

A Aneel ressalta que o efeito médio esperado é menor do que a projeção para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 5,65% ao final de 2025, segundo o boletim Focus mais recente.

Para o ano, a expectativa é de aumento entre 1,6% a 2% em custos médios com encargos setoriais, compra de energia, distribuição e componentes financeiros.

O boletim aponta que até março de 2025 foram deliberados dois processos tarifários, da Roraima Energia e Enel RJ. A primeira teve alívio de 3,70%, em média, nas tarifas. A segunda teve alta de 0,27%, em média. Ou seja, o efeito médio geral é uma diminuição de 0,09% no intervalo de três meses.

O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, disse em nota que o panorama será atualizado trimestralmente, à medida que os reajustes das distribuidoras forem deliberados. O boletim mostra ainda a projeção de R$ 41 bilhões no orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para 2025.

A CDE 2025 está em consulta pública e, segundo a Agência Reguladora, será definida em breve. Conforme o histórico dos últimos cinco anos, o subsídio para fonte incentivada triplicou. Isso considera desconto nas Tarifas de Uso dos Sistemas de Transmissão (TUST) e Distribuição (TUSD), por exemplo.

Quaest: 52% dos brasileiros acham justa decisão de tornar Bolsonaro réu

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em tornar réu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é considerada “justa” por 52% dos eleitores. Essa constatação é apontada pela pesquisa Genial/Quaest, divulgada neste domingo (6/4), que perguntou aos brasileiros: “A decisão do Supremo Tribunal Federal foi justa ou injusta?”.

Enquanto 52% foram favoráveis à decisão, 36% consideraram “injusta” decisão da Suprema Corte e outros 12% dos entrevistados não responderam ou não souberam responder à questão apresentada pela Genial/Quaest. A margem de erro do levantamento é de 2% para mais ou menos e o nível de confiança é de 95%.

O levantamento entrevistou 2.004 brasileiros de 16 anos ou mais entre os dias 27 e 31 de março. A decisão do STF em acatar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) foi publicada em 26 de março. No STF, Bolsonaro terá de se defender da acusação de ter atuado em prol de um Golpe de Estado.

Bolsonaro será preso?

Essa pergunta também foi feita aos entrevistados pela pesquisa Genial/Quaest. Para 46% dos eleitores ouvidos, o ex-presidente será condenado à cadeia pelo STF. Já para 43%, o político do PL não será preso, enquanto 11% afirmaram não saber ou não responderam à pergunta sobre o futuro de Bolsonaro.

As informações são do Correio Braziliense.

Quatro cidades elegeram novos prefeitos neste domingo

Quatro cidades do País elegeram novos prefeitos em eleições suplementares neste domingo, 6. Os pleitos ocorreram após a cassação das chapas eleitas nas eleições de 2024. As informações são do Estadão Conteúdo.

Novos chefes do Executivo municipal foram eleitos em Eldorado (SP), Neves Paulista (SP), Ruy Barbosa (BA) e Paranhos (MS). Os eleitorados que retornaram às urnas neste domingo somam 64,8 mil pessoas.

Enquanto Jair Bolsonaro (PL) discursava na Avenida Paulista pela anistia aos condenados por golpismo no 8 de Janeiro, a cidade onde o ex-presidente passou sua adolescência elegeu um novo prefeito. Bolsonaro nasceu em Glicério, no interior de São Paulo e foi registrado na cidade de Campinas. Durante a infância, morou em cidades como Jundiaí e Sete Barras. Aos dez anos, mudou-se com a família para Eldorado.

A eleição suplementar foi necessária em razão da cassação do registro de Elói Fouquet, do PSDB, por improbidade administrativa. O eleito foi Noel Castelo, do Solidariedade, que havia se elegido vereador na eleição de 2024. Com 41,8% dos votos válidos, Castelo derrotou os adversários Doutor Galindo (PSD) e Doutora Débora (PT), que registraram 37,8% e 20,2% dos votos válidos, respectivamente. Ambos haviam tentado se eleger à prefeitura no ano passado.

Em Neves Paulista, o eleito foi Kiko Rossali, do PL, que obteve 79,2% dos votos válidos. Seu único adversário foi Betinho Milani (PSD). Rossali substitui Reginaldo da Silva, também do PL, condenado em abril de 2020 por furto qualificado. Em razão da condenação, Silva está inelegível até 2028. Ele teve o registro da candidatura negado durante a campanha, mas recorreu da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em Ruy Barbosa, município da Bahia próximo a Feira de Santana, a vencedora da eleição extra foi Eridan de Bonifácio (MDB). A votação foi acirrada entre a emedebista e Dr. George, do PSD: Eridan recebeu 51,5% dos votos válidos e o pessedista, 48,5%. A prefeita eleita é mulher de Bonifácio, vencedor do pleito em 2024 e cassado por irregularidades na prestação de contas da prefeitura em 2016. Neste ano, ele comandava o Executivo local pelo PT e teve as contas públicas rejeitadas pela Câmara de vereadores por desvios em recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).

Paranhos é um município na fronteira com o Paraguai e próximo da cidade sul-mato-grossense de Dourados. O eleito foi Hélio Acosta do PSDB. O tucano venceu o petista Ricardo Laurício por 64,4% a 30,6% dos votos válidos. Em 2024, o prefeito Heliomar Klabunde (MDB) havia se reelegido, mas foi cassado por irregularidades no Programa de Erradicação de Trabalho Infantil.

Difusora Running abre 2º lote de inscrições para corrida em Caruaru

Já estão abertas as inscrições para a 3ª edição do Difusora Running, que este ano será realizado no dia 17 de maio. O evento que já está no calendário esportivo da cidade, está com o segundo lote de inscrições em aberto.

Os interessados em participar podem realizar o cadastro através do site: https://www.ticketsports.com.br/. A inscrição do segundo lote custa R$ 130,00 mais 1kg de alimento não perecível que deve ser entregue no dia da retirada do kit. Os participantes PCD têm desconto de 50%.

Este ano os competidores irão concorrer nas categorias de caminhada 3km e corrida, segmentados por masculino e feminino, em trajetos de 5km e 10 km. A premiação será destinada aos competidores da categoria corrida de rua.

Nos dias 14, 15 e 16 de maio, os atletas devem retirar o kit corrida no Shopping Difusora, no stand de atendimento que será montado no shopping. O kit é composto de camisa Dry-Fit Sport, com 50% UV, sacochila, chip descartável, número de peito, medalha (entregue após a conclusão da prova). O kit só será retirado com a identificação do participante e a entrega do alimento não perecível. Não será entregue kit no dia do evento.

A concentração da corrida será a partir das 17h30 na Avenida Agamenon Magalhães, em frente ao Difusora, onde será montada uma estrutura para receber os corredores, que durante o percurso, receberão água e ao fim do evento, uma mesa com frutas será disponibilizada para hidratação dos atletas.

Premiação:
O valor correspondente à premiação será disponibilizado ao ganhador por meio de um cartão habilitado para operações financeiras, incluindo saques, transferências e pagamentos de boletos.

Nos 5km, os 3 primeiros colocados, Masculino e Feminino:
Tempo Oficial (Bruto)
1º Lugar: Troféu + R$ 800,00 reais;
2º Lugar: Troféu + R$ 500,00 reais
3º Lugar: Troféu + R$ 300,00 reais

Premiação Categoria PCD:
Nos 5 km, para os 3 primeiros colocados, Masculino e Feminino:
Tempo Oficial (Bruto)
1º Lugar: Troféu + R$ 800,00 reais;
2º Lugar: Troféu + R$ 500,00 reais
3º Lugar: Troféu + R$ 300,00 reais

Premiação Categoria Geral:
Nos 10 km, para os 3 primeiros colocados, Masculino e Feminino:
Tempo Oficial (Bruto)
1º Lugar: Troféu + R$ 1.000,00 reais;
2º Lugar: Troféu + R$ 800,00 reais
3º Lugar: Troféu + R$ 500,00 reais

Nos 10 km, os 3 primeiros colocados, masculino e feminino, receberão troféus na faixa etária:
Tempo Oficial (Bruto)
Dos 18 anos aos 29 anos de idade;
Dos 30 anos aos 39 anos de idade;
Dos 40 anos aos 49 anos de idade;
Dos 50 anos aos 59 anos de idade;
Dos 60 anos aos 69 anos de idade;
Dos 70 anos de idade em diante.

Cantora Maéve lança em maio o álbum “Volúpia”que mistura vários ritmos musicais

A cantora, compositora e flautista Maéve está produzindo o álbum “Volúpia”, um trabalho que mistura soul, frevo, brega e brazilian funk, trazendo letras que reafirmam o protagonismo das mulheres negras na música e resgatam a importância histórica dessas mulheres no frevo e em outros ritmos populares brasileiros. O álbum faz parte do projeto “Volúpia: Vozes Negras do Agreste”, financiado pela PNAB Pernambuco e viabilizado pela Secretaria de Cultura de Pernambuco e pelo Ministério da Cultura (Governo Federal). O lançamento oficial das músicas acontece no dia 13 de maio, seguido do show de estreia no dia 14 de maio, em Belo Jardim, cidade onde Maéve construiu grande parte de sua trajetória artística.

Um dos destaques do álbum, “Sai da Minha Frente”, que chegou ao público em 2024 gravada sem apoio financeiro, foi indicada ao Prêmio da Música de Pernambuco 2025 na categoria Videoclipe – Carnaval. O prêmio, um dos mais importantes da cena musical do estado, já consagrou grandes artistas pernambucanos e reforçou a relevância do trabalho da cantora na atual cena musical. Para Maéve, a escolha do frevo para essa música vai além da sonoridade vibrante e contagiante.

“Foi uma forma de resgatar o protagonismo feminino no ritmo e reafirmar que mulheres negras não pedem licença para existir, elas avançam, ocupam e transformam. “Sai da Minha Frente” carrega essa herança. É a voz e o corpo das mulheres negras em movimento, abrindo caminho, sem medo e sem pedir permissão”, destaca a artista. Além da já lançada “Sai da Minha Frente”, o álbum conta com quatro faixas inéditas: “Tocando no Raidin”, “Miudinho”, “Montanha Russa” e “Volúpia”.

Segundo a artista, mais do que um álbum, “Volúpia” é um manifesto sonoro que reafirma a força da música negra Agrestina. Maéve vem construindo esse movimento a partir do Agreste pernambucano, conectando ritmos periféricos a narrativas de resistência e pertencimento. “Sempre ouvimos sobre a música do Recife e do Sertão, mas o Agreste também tem um som, tem um pulso. É uma região de encruzilhada, de passagem e encontro, e a música que faço nasce desse lugar, das experiências de ser negra no Agreste, das influências que se misturam aqui”, explica.

Com 13 anos de carreira, Maéve se consolidou como uma das vozes expressivas da nova cena pernambucana. Nascida em Jaboatão dos Guararapes, passou boa parte da vida adulta no Agreste, onde construiu sua trajetória artística. Cantora, flautista, compositora, atriz e educadora musical, ela une tradição e contemporaneidade, destacando a potência da música negra e sua conexão com identidade e resistência. Acompanhe mais sobre o trabalho de Maéve em @negratinta_.