Garanhuns inicia campanha “Faça Bonito” com seminário sobre enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes

A Prefeitura de Garanhuns, por meio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, deu início, nesta sexta-feira (16), à programação da Campanha “Faça Bonito”, que visa o combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. A abertura da campanha aconteceu com um seminário realizado na Câmara de Vereadores de Garanhuns, reunindo autoridades e profissionais que atuam diretamente na prevenção e enfrentamento desse tipo de violência no município. As ações, que fazem parte do Maio Laranja, seguem até o dia 30 deste mês.

Na ocasião, o público presente acompanhou a apresentação cultural realizada por crianças atendidas pelo programa AABB Comunidade. O seminário também apresentou o painel: “Protocolo de atendimento à criança e adolescente vítima ou testemunha de violência de Garanhuns”, apresentado pela coordenadora do Creas, Rita de Cássia; além da palestra “Faça Bonito: o desafio de construir a proteção intersetorial e enfrentar a violência sexual contra crianças e adolescentes”, ministrado por Lídia Lira, pesquisadora social e articuladora comunitária da Secretaria Municipal de Saúde do Recife.

“É desafiador olhar e se implicar na cena. É desafiador trabalhar a angústia de pensar que a cada hora nesse país 13 crianças são mortas devido a violência sexual. E aí, o que pensamos, falamos e fazemos, nessa perspectiva, está em conexão? O combate a esse mal deve estar em sintonia em todos esses aspectos. Não adianta só falarmos, é preciso que todos, sem exceção, lutemos por esta causa”, pontuou Lídia.

Neste ano, a mobilização nacional do 18 de Maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, completa 25 anos. Instituída pela Lei Federal 9.970/00, a data representa uma conquista histórica na luta pelos direitos humanos de crianças e adolescentes no Brasil.

Defesa Civil do Estado realiza simulado de resposta a desastre

O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Executiva de Proteção e Defesa Civil, realiza um simulado de resposta a desastres, nesta quarta-feira (21), a partir das 6h, no bairro dos Estados, no Campo do Grêmio, em Camaragibe, e no Centro Integrado de Comando e Controle do Estado, no Recife. A ação tem o objetivo principal de avaliar a eficácia das equipes de resposta, a execução do plano de contingência, o funcionamento do sistema de alerta e a evacuação de comunidades em áreas de risco.

Em Camaragibe, haverá a simulação de deslizamento de barreira, evacuação da área de risco e socorro de vítimas, junto com as ações de pronta resposta dos órgãos envolvidos. Ao mesmo tempo, no Centro Integrado de Comando e Controle do Estado, será instalada a Sala de Situação que irá monitorar dez cenários de desastres em todo o território pernambucano, com isso os órgãos que estarão presentes irão simular o que fariam em cada situação apresentada.

“É mais um esforço na preparação do sistema estadual de proteção e defesa civil em cooperação e articulação com os sistemas municipais em defesa civil, em especial com o município de Camaragibe. É um momento importante para que as forças operacionais do estado de Pernambuco, juntamente com as coordenadorias de Defesa Civil, façam a implementação dos planos táticos operacionais de resposta e coordenação de ajuda humanitária e proteção às famílias afetadas por desastres naturais”, disse o secretário executivo de Proteção e Defesa Civil, coronel BM Clóvis Ramalho.

A ação é coordenada pela Secretaria de Defesa Social, através da Secretaria de Proteção e Defesa Civil do Estado, e conta com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca (SDA), Secretaria de Saúde (SES), Secretaria de Recursos Hídricos e de Saneamento (SRHS), Secretaria de Assistência Social, Combate à Fome e Políticas sobre Drogas (SAS), Agência Pernambucana de Águas e Climas (APAC), Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBMPE), Grupamento Tático Aéreo (GTA), Gerência Geral de Polícia Científica (GGPOC), Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), Companhia Pernambucana de Saneamento (COMPESA), Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), Centro Integrado de Operações de Defesa Social (CIODS), 7ª Divisão do Exército (7ª DE), Capitania dos Portos (CPPE), II Comando Aéreo Regional (II COMAR), Neoenergia Pernambuco, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e Coordenadorias Municipais de Proteção e Defesa Civil.

Serviço:

O que: Simulado de resposta a desastre.
Quando: 21.05.2025, às 6h.
Local: Bairro dos Estados, no Campo do Grêmio, em Camaragibe, e no Centro Integrado de Comando e Controle do Estado, no Recife.

UFPE vai expandir o Centro Acadêmico de Vitória com a construção de novos prédios

A UFPE deu importantes passos, na última sexta-feira (16/05), para a expansão do Centro Acadêmico de Vitória, em Vitória de Santo Antão. O reitor, Alfredo Gomes, e o prefeito de Vitória de Santo Antão, Paulo Roberto, assinaram a escritura do terreno do antigo zoológico da cidade, que foi doado pela prefeitura à UFPE, e receberá novos projetos do CAV, entre elas o Restaurante Universitário. O evento foi realizado no hall do prédio principal do centro, no bairro do Alto do Reservatório.

Na ocasião também foi assinada a ordem de serviço para a construção da 4ª Etapa do centro, cujas obras são estimadas em R$ 18.912.799,75, recursos oriundos do novo Plano de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), do Governo Federal, com previsão de término em novembro de 2026. A 4ª etapa do CAV compreende uma área total de intervenção de 3.980,14 m², sendo um prédio com quatro pavimentos, que contará com 14 de salas de aula com capacidade para 50 alunos cada, cinco laboratórios, laboratório de informática, biotério (espaço destinado a criação e manutenção de animais de laboratório, que são utilizados em pesquisas científicas, ensaios e experimentos); oito salas para as coordenações dos cursos, salas de reunião, 14 salas para professores, secretarias, copa e outros espaços.

Participaram do evento o vice-reitor Moacyr Araújo, a deputada federal Iza Arruda, o diretor do CAV, José Antônio dos Santos, e a vice-diretora, Michelle Galindo. Ainda prestigiaram a cerimônia os pró-reitores Pedro Carelli (Pesquisa e Inovação), Carol Leandro (Pós-Graduação), Helen Frade (Planejamento), Conceição Reis (Extensão), Cinthia Alves (Assuntos Estudantis), diretores de pró-reitorias e superintendentes da Universidade, os ex-diretores do CAV Florisbela Câmara e José Eduardo Garcia, docentes, técnicos e alunos do centro. Pela prefeitura, também estavam o secretário de Educação, Carmelo Souza da Silva, e o procurador municipal Felipe Moura.

O reitor Alfredo Gomes elogiou o prefeito e a relação fraterna que foi construída com ele. “Mesmo antes da posse, já conversamos sobre as possibilidades de apoio mútuo”, disse. “Este momento hoje da assinatura da escritura é a culminância da boa relação que a UFPE tem com o município”, destacou, agradecendo a parceria. Alfredo Gomes informou que os recursos para a nova etapa são do Novo PAC, assim como a verba para a instalação do novo Centro Acadêmico do Sertão da UFPE, em Sertânia, em fase de implantação. O reitor anunciou ainda que foi lançado o edital de licitação da obra do Complexo Poliesportivo do CAV, que vai garantir novos espaços (quadra coberta, piscina, banheiros e apoio) para uso dos alunos dos cursos de Educação Física.

O prefeito Paulo Roberto mostrou-se muito satisfeito com a parceria existente entre o município e a Universidade, pela repercussão que as ações do CAV trazem para Vitória e para todo o seu entorno. Na solenidade, ele falou da luta da comunidade do Alto do Reservatório, onde fica localizado o centro acadêmico, e a necessidade de investir ainda mais na localidade, com a expansão do CAV e a abertura de novas vias para facilitar a mobilidade no bairro. “Queremos contribuir cada vez mais para o conhecimento e trabalhar para as futuras gerações”, destacou.

Prevenção e combate à tortura nas unidades prisionais de Pernambuco é discutida na Alepe

A deputada estadual Dani Portela (PSOL) realizou nesta terça-feira (19) na Alepe uma Audiência Pública para debater as medidas de prevenção e combate à tortura nas unidades do sistema prisional de Pernambuco. A iniciativa foi uma ação conjunta da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos em conjunto com o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT). No evento, foi apresentado um relatório como produto das inspeções realizadas pelo Mecanismo e a CCDHPP durante o ano de 2024.

“Em lugares que as pessoas deveriam sair diferentes de como entraram, elas vivem com medo. Que ninguém possa passar por tratamento vexatório e degradante. Essa deve ser uma luta do conjunto da sociedade. A lei de execução penal precisa ser cumprida, as pessoas privadas de liberdade merecem ser tratadas com dignidade”, defendeu a deputada Dani Portela.

O objetivo da Audiência foi apresentar os achados e recomendações do Relatório do MNPCT evidenciando práticas de tortura e maus-tratos em instituições de privação de liberdade no estado e cobrar ações do Poder Público. Entre as principais reivindicações estão a restruturação adequada pelo Governo do Estado do Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate à Tortura com chamamento de peritos através de seleção pública e o fechamento do Hospital Psiquiátrico Ulysses Pernambucano. Também foram ouvidas sérias denúncias de vítimas, familiares e organizações da sociedade civil sobre medidas punitivas, condutas abusivas de policiais penais, equivalentes à tortura, dentre outras.

“Precisamos que não apenas o Mecanismo cobre, mas todo o conjunto da sociedade pressione as autoridades para que essas recomendações sejam observadas. Precisamos caminhar, há muito trabalho a ser feito, e questões que envolvem tortura não podem esperar”, cobrou Camila Antero, perita do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura.

Com direito à fala na tribuna, os representantes do Governo não trouxeram as respostas solicitadas. Na ocasião, ainda foi concedido Voto de Aplauso à Wilma Melo, Coordenadora compartilhada do Comitê Estadual de Combate e Prevenção à Tortura e do Serviço Ecumênico de Militância nas Prisões (Sempri), pelas décadas de trabalho em defesa dos direitos humanos de pessoas privadas de liberdade no sistema prisional.

Principais achados das inspeções:

PRESÍDIO DE IGARASSU (PI)
Localidade: Município de Igarassu.
Capacidade oficial: 1.226 vagas.
População no momento da inspeção: 5.424 pessoas (ocupação de 442%).
Pessoas recém-chegadas dormem a céu aberto, expostas a chuva e sol. Ocorrência grave de “favelização”: celas transformadas em “barracos” vendidos por até R$100 mil, alugados por até R$ 500/mês pelos Chaveiros. Exploração econômica da privação de liberdade altamente consolidada. Local de graves violações.
Principais achados: Superlotação extrema (Ocupação de 442%: 5.424 pessoas para 1.226 vagas; alojamento em quadra descoberta, com aspecto de campo de refugiados); Pessoas dormindo a céu aberto. Os recém-chegados são obrigados a dormir em locais abertos, expostos a intempéries, como chuva; processo de “favelização” e exploração econômica ( celas são vendidas ou alugadas como “barracos” – R$ 5 mil a R$ 100 mil ou alugadas por R$ 500/mês -; presos pobres dormem em corredores – “na BR”-; itens básicos como água, colchões e higiene são vendidos ilegalmente a preços abusivos; a exploração é aplicada por chaveiros com anuência da gestão oficial).

COLÔNIA PENAL FEMININA DE BUÍQUE (CPFB)
Localização: Município de Buíque, a cerca de 300 km do Recife.
Inauguração: 2006.
Capacidade oficial: 107 vagas.
População no dia da inspeção (15/04/2024): 232 mulheres (216% de ocupação).
Perfil: 90 sentenciadas, 141 provisórias (61% aguardando julgamento). Infraestrutura originalmente projetada para homens, adaptada precariamente para mulheres. É utilizada como “castigo” via transferências administrativas sem ordem judicial. Destino frequente de mulheres transferidas de outras unidades superlotadas.
Principais achados: Castigos e regime disciplinar abusivo (castigos coletivos e celas de isolamento aplicados sem processo legal; mulheres trancadas sem direito a banho de sol; punições com suspensão de visitas e restrição à comunicação familiar; ameaça de castigo se mencionarem necessidades em videochamadas); Violações contra mulheres, população LGBTQI+ e pessoas com transtornos mentais (falta de itens essenciais para gestantes e mães; violência estrutural e negligência às necessidades de pessoas trans, tais como atendimento especializado, hormonização, etc; completa negligência às pessoas com transtornos mentais); Estrutura física degradante (celas escuras, sem ventilação, mofadas, infiltrações severas; falta de camas e colchões suficientes: muitas dormem no chão; banheiros precários e celas sem iluminação à noite); Alimentação precária e racionamento de água (comida insuficiente e nutricionalmente inadequada – carboidratos em excesso, poucas frutas/verduras; água racionada a apenas 2 horas por dia; presas bebem água da torneira sem filtragem); Abandono material e desigualdade (kit de higiene é raro e de péssima qualidade; vestuário, colchões e absorventes femininos são precários ou inexistentes; mulheres sem família são as mais vulneráveis, sem acesso a itens básicos); Saúde e atendimento insuficiente (ausência de profissionais permanentes; atendimento apenas parcial e precário; presas com transtornos mentais são colocadas em celas de isolamento, agravando seus quadros).

PENITENCIÁRIA JUIZ PLÁCIDO DE SOUZA (PJPS)
Localização: Caruaru, agreste pernambucano.
Inauguração: 1986.
Capacidade oficial: 744 vagas.
População no dia da inspeção (16/04/2024): 1.735 pessoas privadas de liberdade (245,69% de ocupação).
Presos provisórios: 1.178 (67,5%).
Número de pavilhões: 16.
Histórico de rebeliões, sendo a mais grave em 2016, com 6 mortes. Ausência de separação entre provisórios e sentenciados, violando a legislação.
Principais achados: Superlotação e abandono (lotação acima da capacidade; celas superlotadas, falta de ventilação e iluminação adequada; presos dormem no chão, sem colchões); Violência institucionalizada (uso sistemático de spray de pimenta, balas de borracha, cassetetes e gás lacrimogêneo contra os presos; relatos de espancamentos por agentes e por chaveiros; presos são jogados no chão e pisoteados durante revistas; Presença de “chaveiros” (poder disciplinar delegado a presos através de uma brecha no Art 131, inciso X da Lei nº 15.755, de 4 de abril de 2016, que institui o Código Penitenciário do Estado de Pernambuco; chaveiros aplicam castigos físicos, cobram taxas para uso de espaços, vendem produtos a preços exorbitantes e humilham os demais presos; a gestão “paralela” impõe controle por medo e violência com anuência da gestão oficial); Isolamento e celas disciplinares (Presos jogados em celas sem colchão, sem roupas, sem água potável e sem banho de sol; isolamentos impostos sem qualquer processo legal ou contraditório/ampla defesa); Saúde negligenciada (ausência de assistência médica contínua; medicamentos vencidos, falta de psicólogos e profissionais de saúde; presos com doenças crônicas ou mentais abandonados à própria sorte; Falta de acesso à justiça (muitos não têm defensores designados e desconhecem sua situação processual; denúncias de represálias após queixas à Defensoria ou a inspeções); Falta de assistência material (roupas e itens básicos são fornecidos apenas por familiares. Quem não tem visita fica sem acesso a itens essenciais).

HOSPITAL PSIQUIÁTRICO ULYSSES PERNAMBUCANO (HUP)
Localização: Recife. Inauguração: 1º de janeiro de 1883.
Tombado como Patrimônio Histórico do Estado (1992).
Capacidade: 115 leitos (30 na emergência e o restante em seis enfermarias).
Tipo: única emergência psiquiátrica 24h do estado.
Data da inspeção: 18/04/2024.
Missão da inspeção: verificação do cumprimento da Lei nº 10.216/2001 (Reforma Psiquiátrica).
Principais achados: Contenções físicas ilegais (amarras aplicadas por vigilantes terceirizados, sem prescrição médica; contenções noturnas sem controle, ausência de documentação e protocolos); Infraestrutura insalubre (ambientes mofados, sem ventilação, com colchões rasgados e fétidos; falta de roupas, cobertas e vestuário para os pacientes); Higiene e alimentação precárias (roupas íntimas espalhadas pelo chão, banheiros sem privacidade; pacientes relataram sentir fome com frequência).

CENIP RECIFE (Centro de Internação Provisória – Masculino)
Localização: Bairro do Prado, Recife.
Capacidade: 70 vagas.
Ocupação no dia da inspeção (19/04/2024): 46 adolescentes.
Perfil: adolescentes do Recife, Região Metropolitana e interior (Limoeiro, Goiana, etc.). Tempo de internação: até 45 dias, conforme o ECA.
A unidade é apontada com recorrência em denúncias por violações de direitos, tais como: lógica prisional aplicada a adolescentes; revistas vexatórias e castigos ilegais; falta de projeto pedagógico; e saúde mental negligenciada (falta de psicólogos, psiquiatras e atendimento sistemático e ausência de protocolo de prevenção ao suicídio).

CASE SANTA LUZIA (Feminino – Socioeducativo)
Localidade: Recife. Inauguração: 24 de março de 2020.
Capacidade: 45 vagas.
Ocupação no dia da inspeção (19/04/2024): 19 adolescentes (18 em internação e 1 em internação provisória).
Perfil etário: 3 adolescentes de 14-15 anos; 13 de 16-18 anos; 3 entre 19-20 anos.
Adolescentes com filhos: 3 mães internadas com filhos pequenos. A unidade funciona junto ao CENIP feminino, divididas apenas por um muro.
Principais achados: Ambiência violadora e desumana (prática de contenção física e uso excessivo de punição; discurso de “proteção” encobre violações de direitos); Estrutura de modelo carcerário (unidades com celas de tranca, grades, câmeras e segurança armada); Falta de atenção a necessidades específicas (adolescentes grávidas ou com filhos sem atendimento diferenciado; desrespeito a identidade de gênero, raça e vulnerabilidades específicas); Educação falha e insuficiente (aulas intermitentes, sem projeto pedagógico integrado; atividades de lazer e arte são quase inexistentes).

São João – Mudanças no trânsito no entorno do Pátio de Eventos para montagem de estrutura

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Autarquia de Mobilidade de Caruaru (AMC), informa que, a partir desta quarta-feira (21), a rua Manoel Surubim terá sentido de circulação invertido. A mudança se faz necessária pelo fechamento da rua Agnelo Dias Vidal, para montagem da estrutura do Maior e Melhor São João do Mundo.

O fluxo de veículos, que antes seguia pela rua Agnelo Dias Vidal, passará a ser desviado pela rua Manoel Surubim, sentido Centro/Subúrbio. A alteração no fluxo de veículos do local ficará em vigor até o fim do São João de Caruaru.

Pernambuco segue recuperando protagonismo na economia

Por Marcelo Rodrigues

A economia pernambucana apresenta sinais claros de recuperação desde a mudança de gestão estadual. Os dados oficiais compilados pela Condepe Fidem e outras fontes mostram um cenário econômico em franca expansão.

O PIB total de Pernambuco saltou de R$ 245,8 bilhões em 2022 para R$ 288,6 bilhões em 2024, um crescimento expressivo que supera a média nacional. Este avanço reflete-se diretamente no PIB per capita, que passou de R$ 27.138,86 para R$ 30.261,99, representando um incremento de 11,51% em apenas dois anos.

O crescimento econômico geral do estado, que era de 2% em 2022, mais que dobrou, alcançando 4,9% em 2024. Destaca-se especialmente o desempenho do setor agropecuário, que saiu de um modesto crescimento de 1,2% para impressionantes 11,5%. A indústria também apresentou significativa recuperação, com taxa de crescimento quase triplicada, passando de 1,2% para 3,5%.

O setor de serviços manteve sua trajetória positiva, ampliando sua taxa de crescimento de 2,5% para 3,9%. O Valor Adicionado Bruto (VAB) da economia pernambucana também demonstrou vigor, aumentando sua taxa de crescimento de 2,1% para 5,1%.

No comércio exterior, embora as exportações tenham sofrido redução de R$ 2,88 bilhões para R$ 2,17 bilhões, as importações apresentaram forte alta, saltando de R$ 9,11 bilhões para R$ 7,44 bilhões. Como resultado, o déficit da balança comercial diminuiu, passando de R$ 6,23 bilhões para R$ 5,26 bilhões.

Um indicador social importante, a renda domiciliar per capita, registrou melhoria considerável, evoluindo de R$ 1.171,83 para R$ 1.453,00, um incremento de aproximadamente 24%.

A capacidade de pagamento do estado (Capag), medida pelo Tesouro Nacional Transparente, também mostrou evolução, saindo da nota B para B+, o que reflete o aprimoramento na gestão das contas públicas e abre caminho para novas captações de recursos.

O conjunto desses indicadores demonstra que Pernambuco atravessa um período de revitalização econômica, com crescimento generalizado, melhoria na renda da população e fortalecimento da capacidade de investimento do estado, criando bases mais sólidas para o desenvolvimento futuro.

O que os números revelam é um Pernambuco que finalmente despertou de sua letargia histórica. Após décadas de crescimento tímido e desenvolvimento aquém de seu potencial, o estado agora rompe definitivamente com o ciclo de estagnação. Todos os setores da economia – indústria, serviços e especialmente o agronegócio – convergem para um mesmo rumo de prosperidade, indicando que não se trata de um avanço isolado, mas de uma transformação estrutural da economia pernambucana.

A expressiva elevação da renda domiciliar per capita em 24% sinaliza que essa prosperidade começa a alcançar o bolso do cidadão comum, transformando indicadores macroeconômicos em qualidade de vida real. A melhoria na classificação da capacidade de pagamento pelo Tesouro Nacional, por sua vez, abre caminho para um ciclo virtuoso de investimentos em infraestrutura e serviços essenciais. Pernambuco finalmente entra na rota do desenvolvimento sustentável, com solidez fiscal e indicadores sociais em ascensão, escrevendo um novo capítulo em sua história e oferecendo um horizonte de oportunidades para todos os pernambucanos.

Marcelo Rodrigues é professor e advogado.

Pernambuco tem o maior crescimento de renda do Brasil em 2024 e o melhor desempenho estadual da série histórica, iniciada em 2013

Pernambuco alcançou a maior variação percentual de crescimento do rendimento médio mensal domiciliar de todo o país, em 2024, com 17,64%, na comparação com o ano de 2023, passando de R$ 1.888,00 para R$ 2.221,00. O percentual de crescimento de 17,64% é o melhor obtido na série histórica estadual, iniciada em 2013, quando houve um crescimento de 4,93%. Os dados são da Pnad Contínua sobre Rendimento de Todas as Fontes, publicada no último dia 8 de maio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse percentual em 2024 é o maior já registrado por um estado desde 2014.

“Um estado só cresce verdadeiramente se a sua população também estiver se desenvolvendo, com conquistas diárias. O levantamento da Pnad Contínua indica que, em Pernambuco, estamos no caminho certo com o crescimento do rendimento médio mensal domiciliar. Esse resultado positivo se soma a muitos outros. No primeiro trimestre, por exemplo, Pernambuco somou 4,2 mil novos empregos para as mulheres”, afirmou a governadora Raquel Lyra.

O aumento histórico da renda dos pernambucanos foi impulsionado pelo maior crescimento econômico dos últimos 15 anos e pela geração de empregos em 2024, quando foram criados 62,2 mil postos de trabalho, um crescimento de 21,9% em relação a 2023, segundo dados do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. “Em 2024, Pernambuco fechou o quarto trimestre com uma alta de 6,2% do Produto Interno Bruto. Os empregos estão aparecendo e projetos têm saído do papel em todas as áreas, como estradas e obras hídricas. Vivemos, hoje, um jogo de ganha-ganha, com benefícios para o Estado e a população”, reforçou a vice-governadora Priscila Krause.

De acordo com o levantamento, a influência dos programas sociais no resultado foi bem pequena no desempenho da renda da população. Ainda de acordo com dados do IBGE sobre a fonte da renda, o Estado registrou uma alta de 23,24% da renda efetivamente recebida em todos os trabalhos, de 19,90% da renda habitualmente recebida em todos os trabalhos e de 5,36% da renda proveniente de programas sociais na comparação com 2023, o que demonstra que o crescimento da renda observado é resultado da aceleração da economia pernambucana e não da ampliação de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família.

Habitualmente recebido trata-se do valor médio esperado que a pessoa recebe em um mês de trabalho, excluindo pagamentos ocasionais, a exemplo de 13º salário, bônus anuais, horas extras, e faz um ajuste sazonal. O efetivamente recebido considera tudo aquilo que o trabalhador recebe, incluindo 13º salário, bônus e outros ganhos.

“Pernambuco está retomando um patamar de crescimento econômico e de renda mensal da população que não se via há mais de uma década, o que o fez recuperar o protagonismo no Nordeste e ficar no topo do país. Demos um salto muito grande graças ao trabalho da gestão da governadora Raquel Lyra para resolver a situação fiscal e tornar o Estado mais atrativo para novos investimentos privados, além de melhorar a infraestrutura para que os negócios que estão aqui sejam mantidos e ampliados com uma capacidade histórica de investir com recursos próprios e de captações de recursos. São dados que reforçam que Pernambuco está acelerando a sua economia de forma sustentável”, disse o secretário de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional, Fabrício Marques.

O secretário de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo, Manuca, destacou o novo recorde e o avanço importante na trajetória de recuperação econômica do Estado. “Esse crescimento, que foi o maior entre todos os estados do país, reflete o impacto das políticas do Governo de Pernambuco no fomento ao empreendedorismo, na interiorização da qualificação profissional, na ampliação do acesso ao crédito e incentivo à formalização. Nos últimos anos, a atual gestão reforçou os atendimentos a micro e pequenos empreendedores e investiu em programas de capacitação alinhados às demandas do mercado. Esses resultados demonstram que o desenvolvimento econômico só é sustentável quando está associado à geração de oportunidades reais para a população”, pontuou.

Na avaliação do secretário-executivo de Atração de Investimentos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Maurício Laranjeira, os resultados refletem o bom momento em que vive o Estado. “O que é importante observar é que o item que mais cresceu é o rendimento que vem de trabalho e emprego, com mais de 20%, e não o de benefício social. Ou seja, todo o trabalho do Governo de melhoria do ambiente de negócios, facilitação do ambiente de negócios, atração de novos empreendimentos, novos investimentos e também os investimentos públicos, que geram muito emprego, estão sendo traduzidos nesses dados. O Governo está fazendo o ambiente propício para a economia melhorar por ela mesma e não via programas sociais. É aumento real”, avaliou.

Estudantes de Jornalismo do UniFavip participam da 25ª Assembleia Xukuru do Ororubá

Estudantes do curso de Jornalismo do Centro Universitário UniFavip Wyden estiveram, no sábado (17), na Aldeia Pedra D’água, no Território Indígena (TI) Xukuru do Ororubá, em Pesqueira, para acompanhar a abertura da 25ª Assembleia Xukuru do Ororubá, que este ano tem como tema: ‘Limolaygo Toype: Do passado violado ao presente criminalizado’. A atividade envolveu estudantes matriculados em duas disciplinas do curso de Jornalismo: ‘Introdução à Fotografia’ e ‘Fotojornalismo’. Que se deslocaram até Pesqueira buscando conhecer mais sobre o povo Xukuru do Ororubá, bem como suas tradições, cultura, arte e, claro, as lutas que travam para manter viva a sua própria história.

É isso que explica o professor Diogenes Barbosa, docente das duas disciplinas, que coordenou a participação dos estudantes e o desenvolvimento das atividades na aldeia. Ele reflete sobre a participação dos estudantes e o impacto de atividades como esta na formação dos alunos de Jornalismo do UniFavip.

“Durante a visita, pudemos acompanhar atividades que sequer podem ser registradas, por fotografia ou vídeo. Momentos que nos aproximam e nos ajudam a entender melhor sobre tradições as quais conhecemos muito pouco ou quase nada. Tenho certeza que, para a formação dos estudantes, a atividade foi muito importante”, analisa Diogenes.

O professor acrescenta que, para quase todos os alunos, foi a primeira visita ao povo Xukuru do Ororubá. “Apenas uma das nossas estudantes já havia participado da Assembleia e conhecia a dinâmica. Foi ela, inclusive, quem sugeriu a visita e, a partir da provocação feita por ela, que nos mobilizamos para estar em Pesqueira no sábado (17)”, complementa o professor Diogenes.

Trata-se da estudante Ana Beatriz Maciel, que cursa o primeiro período de Jornalismo no UniFavip. Ela é de Pesqueira, de descendência Xukuru, e viu na visita uma oportunidade de possibilitar a outras pessoas da turma conhecerem mais sobre o significado da Assembleia, realizada anualmente, neste mesmo período. “Participar da 25ª Assembleia Xukuru do Ororubá foi uma experiência profundamente significativa, não apenas por ser realizada em minha aldeia, mas por representar um reencontro com minhas raízes, minha cultura e minha espiritualidade”, destaca Ana Beatriz, apontando a importância desta vivência.

“Estar presente nesse momento coletivo de luta, memória e resistência me fortaleceu enquanto parte do povo Xukuru, reafirmando a importância da nossa identidade, do nosso território e da sabedoria ancestral que nos guia. Ver nossa gente reunida, renovou meu compromisso com a continuidade dessa história”, complementa Ana Beatriz.

Em outros casos, como o da estudante Adrya Vila Nova, foi a primeira vez no território Xukuru. “A visita foi, sem dúvidas, uma experiência fora do comum. Uma cultura forte, sagrada e colorida, que me surpreendia a cada momento. Sentir o chão tremer no momento em que os pés eram batidos na terra se somava com um canto em que não era preciso gritar para ser escutado”, relata.

*AUTORIDADES* – Os estudantes também puderam acompanhar os discursos de lideranças, inclusive de fora do território Xukuru do Ororubá. Entre eles, o da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, que representou o Governo Federal no evento; e o prefeito de Pesqueira, o Cacique Marcos Xukuru (Republicanos).

*SOBRE A ASSEMBLEIA* – A Assembleia Xukuru do Ororubá acontece todos os anos, entre os dias 17 e 20 de maio, em homenagem ao Cacique Chicão – assassinado em 20 de maio de 1998, em uma tentativa de silenciar os Xukuru que exigiam a demarcação de seus territórios. As atividades são uma demonstração de que eles permanecem lutando.

Empresa de ônibus Bandeira Mobilidade vai substituir Capital do Agreste a partir desta quarta-feira (21), em Caruaru

A Autarquia de Mobilidade de Caruaru (AMC) informa que a empresa de ônibus Bandeira Mobilidade inicia os serviços nesta quarta-feira (21), em Caruaru.

A nova empresa estará substituindo a concessionária Capital do Agreste, gradativamente, até o final do mês de julho.

As linhas da Capital do Agreste continuarão funcionando normalmente. A empresa Bandeira Mobilidade estará incluindo 28 ônibus novos que estarão substituindo a frota da atual da empresa, com o objetivo para atender a população caruaruense com mais conforto e segurança.

Abaixo as linhas:

107 – Salgado/ Lagoa do Algodão;
109 – Rendeiras/ Morada Nova;
110 – São José/Centro Adm/ São José ;
117 – Universitário/ Via Luiz Gonzaga;
123 – Cidade Jardim;
130 – UFPE;
139 – Polo Caruaru;
171 – Patos/Juá;
181 – Serra Velha;
182 – Gonçalves Ferreira.

Dor de cabeça: quando o sintoma comum pode indicar algo mais sério

A dor de cabeça é uma condição multifatorial que afeta cerca de 140 milhões de brasileiros, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia. Estima-se que cerca de 15% da população sofra o sintoma de forma frequente, sendo uma das principais causas de afastamento do trabalho e redução da produtividade.

O neurologista da Hapvida, Luiz Pascuzzi, afirma que a cefaleia é uma das queixas mais frequentes na prática médica, tanto em consultórios quanto em hospitais e prontos-socorros. “Em todas as circunstâncias onde o médico atua, os pacientes apresentam a cefaleia como queixa principal ou acessória a outra patologia ou motivo de atendimento”, explica.

As cefaleias podem ser classificadas em dois grandes grupos: primárias e secundárias. As primárias não têm uma causa estrutural identificável e incluem tipos como a migrânea (ou enxaqueca), que é mais comum em mulheres, e as tensionais. Já as secundárias estão associadas a outras doenças, como tumores cerebrais, aneurismas, meningites, entre outras.

Pascuzzi alerta que alguns sinais podem indicar que a dor de cabeça não é apenas um incômodo passageiro e merece avaliação médica imediata. “Merecem atenção as cefaleias que iniciam após os 50 anos, além daquelas de início súbito, com características progressivas na intensidade, frequência e duração; de início recente em pacientes com neoplasias ou HIV, em doenças sistêmicas (febre, rigidez de nuca etc.), com sinais neurológicos focais e associada a edema de papila”, cita.

“Quando a cefaleia é progressiva quanto à intensidade, frequência e duração ou vem acompanhada de sinais neurológicos focais, deve-se investigar com mais atenção”, destaca o neurologista. Em casos como esses, exames de imagem e avaliação neurológica são indicados para identificar possíveis causas subjacentes.

O diagnóstico é clínico na maioria dos casos. “Mais de 90% do diagnóstico se faz com uma boa anamnese e exame clínico. Os exames complementares são realizados conforme a necessidade”, afirma Pascuzzi.

O tratamento deve ser direcionado por um especialista de forma individualizada, conforme a doença de base. O neurologista da Hapvida ressalta ainda que o uso incorreto e repetitivo de analgésicos pode trazer riscos sérios à saúde.

Além do acompanhamento adequado, medidas preventivas podem ajudar a reduzir a frequência das dores, como manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas, evitar álcool e tabaco, além de cuidar da saúde mental. “Terapias alternativas como yoga, acupuntura e natação também são indicadas como parte do cuidado”, acrescenta Pascuzzi.

A campanha do Dia Nacional de Combate à Cefaleia busca ampliar a conscientização da população sobre o tema. “A grande maioria das cefaleias é benigna, mas é importante que as pessoas se conscientizem de que também pode ser sintoma de doenças mais graves”, conclui o especialista.